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DOS ALIMENTOS
CUIABÁ/MT
1. CONCEITOS FUNDAMENTAIS
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1.3 NUTRIENTES: são substâncias que estão inseridas nos alimentos e possuem
funções variadas no organismo. São eles:
Carboidratos
Proteínas
Gorduras
Vitaminas
Minerais
Fibras
Água
1.4 ALIMENTAÇÃO: processo pelo qual os seres vivos adquirem do mundo exterior
os alimentos que compõem a dieta.
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A maioria dos alimentos preenche mais que uma função porque são
misturas de substâncias químicas.
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2. ESTUDO DOS NUTRIENTES
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2.1 GLICÍDIOS
São também chamados de carboidratos e açúcares.
Todas as células vivas contêm glicídios, eles são responsáveis por 50% a 60%
da energia proveniente da dieta humana normal. Um grama de glicídio fornece 4 kcal.
Uma molécula de glicídio é formada pela união de átomos de carbono,
hidrogênio e oxigênio, sempre em uma relação de um átomo de carbono e dois
átomos de hidrogênio para cada átomo de oxigênio (1:2:1).
A fórmula geral dos glicídios é (CH2O). Sua unidade básica é a glicose.
Os carboidratos são também utilizados pelo organismo como fonte de carbono
para síntese de: outros nutrientes como as proteínas, depósito de energia química e
elementos estruturais de células e tecidos.
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2.2 PROTEÍNAS
Proteínas são polímeros de elevado peso molecular, considerados os
constituintes básicos da vida, seu nome deriva da palavra grega "proteios", que
significa "em primeiro lugar".
A importância das proteínas, entretanto, está relacionada com suas funções no
organismo, e não com sua quantidade. Todas as enzimas conhecidas, por exemplo,
são proteínas; muitas vezes, as enzimas existem em porções muito pequenas, mesmo
assim, estas substâncias catalisam todas as reações metabólicas e capacitam ao
organismo à construção de outras moléculas - proteínas, carboidratos e lipídios - que
são necessárias para a vida.
São formadas por complexos de aminoácidos (unidade básica) que estão
ligados em formações peptídicas. Podem apresentar-se simples ou conjugadas,
quando estão associadas a outros elementos, como fósforo (fosfoproteína), glicídio
(glicoproteína) ou lipídio (lipoproteína). Estes elementos não-aminoácidos, formam o
grupo prostético ou aprotéico da proteína conjugada.
O corpo humano contém em média 10 a 12 kg de proteína, localizada
principalmente dentro da massa muscular esquelética, mas também no tecido
conjuntivo, tecido ósseo, tecido sanguíneo e nos fluídos orgânicos.
As proteínas são estruturalmente semelhantes aos glicídios, pois são
compostas por átomos de carbono, oxigênio e hidrogênio. Entretanto, elas apresentam
em sua estrutura o nitrogênio, elemento que as diferencia dos demais nutrientes. Cada
molécula de proteína contêm cerca de 16% de nitrogênio e fornece, igualmente aos
glicídios, 4 kcal/g.
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2.3 LIPÍDIOS
São compostos solúveis em solventes orgânicos como éter, clorofórmio e
metanol e insolúveis em água (hidrofóbicos). Ácidos graxos são suas unidades
básicas, são ácidos carboxílicos com longas cadeias de hidrocarbonetos.
Os lipídios, assim como as proteínas, também são estruturalmente semelhantes
aos glicídios, pois são compostos por átomos de carbono, oxigênio e hidrogênio.
A maior parte dos lipídios ingeridos na alimentação é composta por triglicerídios
(em torno de 90%), os triglicerídios estão acoplados a um álcool, o glicerol. Em menor
quantidade são ingeridos fosfolipídios, colesterol e vitaminas lipossolúveis. Além disso,
os triglicerídios constituem a principal forma de armazenamento da gordura corporal,
ou seja, mais de 90% da gordura do organismo está sob a forma de triglicerídios.
A diferença entre óleos e gorduras reside em sua aparência física, os óleos são
líquidos à temperatura ambiente, enquanto as gorduras são sólidas.
As propriedades físicas, químicas e nutricionais dos óleos e gorduras
dependem, fundamentalmente, da natureza, do número de átomos de carbono,
número de átomos de hidrogênio e do número de duplas ligações ao longo da cadeia.
Nos ácidos graxos saturados, os átomos de carbono estão ligados entre si por
ligações simples, e nos ácidos graxos insaturados por ligações simples e duplas.
As ligações duplas estão localizadas na cadeia de forma não conjugada,
frequentemente separadas por grupos metilênicos (CH2). As duas unidades da
molécula encontram-se frequentemente num dos lados da ligação dupla, assumindo a
configuração espacial do tipo cis. Entretanto, a configuração cis pode ser convertida
em trans no processo da rancidez, em reações de hidrogenação, na presença de
níquel e nos aquecimentos prolongados em temperaturas elevadas, nos quais se
reduzem o número de duplas ligações. É importante ressaltar que a configuração
espacial trans não existe na natureza, somente a cis.
O ângulo das duplas ligações na posição trans é menor que seu isômero cis e
suas cadeias carbônicas são mais lineares, resultando em uma molécula mais rígida
com propriedades físicas diferentes, inclusive no que se refere à estabilidade-
termodinâmica (Figura 3). Por isso, essas gorduras são muito utilizadas pela indústria
alimentícia, uma vez que são mais estáveis à deterioração, quando comparadas às
gorduras naturais.
Os lipídeos são elementos estruturais importantes de todas as membranas
celulares, sendo as esfingomielinas presentes nas membranas cerebrais e os
fosfolipídios nas demais membranas celulares do nosso organismo.
Lipídios são os nutrientes com a maior capacidade de fornecimento energético,
9 kcal/g.
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• Ácidos graxos saturados: são aqueles que contêm apenas ligações únicas
entre os átomos de carbono. Eles são abundantes nos produtos animais, tais
como carnes de boi, carneiro, porco, galinha, na gema de ovo, no creme
de leite, no leite, manteiga e queijo. Os ácidos graxos saturados do reino
vegetal incluem os óleos de côco, a margarina vegetal e a gordura vegetal
hidrogenada.
• Ácidos graxos insaturados: são aqueles que contêm uma ou mais ligações
duplas ao longo da cadeia de carbono. Os ácidos graxos monoinsaturados
possuem apenas uma dupla ligação, são encontrados no óleo de canola,
azeite de oliva, óleo de amendoim, óleo de abacate e o óleo contido nas
amêndoas. Os ácidos graxos poliinsaturados contêm duas ou mais duplas
ligações ao longo da cadeia carbônica, são encontrados nos óleos de açafrão,
de girassol, de soja e de milho.
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Manteiga
Cadeia Saturada
2.3.2 LIPOPROTEÍNAS
Para que possam ser transportados pelo sangue (meio aquoso), os lipídios,
devido a sua insolubilidade em água, necessitam ligar-se a elementos especiais. Estes
elementos são chamados de lipoproteínas - proteínas que, ligando-se aos lipídios,
transformam-se em lipoproteínas hidrossolúveis.
No plasma sanguíneo encontramos quatro tipos diferentes de lipoproteínas:
• Quilomícrons: são produzidos pela mucosa intestinal. Sua função é transportar
para as células os lipídios recebidos pelo organismo através da alimentação.
Para isso, os lipídios são primeiramente emulsionados (decompostos),
atravessam a célula intestinal do intestino delgado (enterócito), onde são
ressintetizados no retículo endoplasmático liso da célula, penetram a circulação
linfática, ganham uma capa protéica (apo proteína), formando assim o
quilomícrom (triglicerídeo + fosfolipídeo + colesterol + apo proteína)→ forma em
que os lipídios são transportados até o fígado e o tecido adiposo onde serão
armazenados;
• β-lipoproteínas (VLDL e LDL⇒“colesterol ruim”): são produzidas pelo fígado e
possuem densidade relativamente baixa, devido ao seu alto teor em colesterol e
baixo teor de proteína, portanto, apresentam maior chance de se depositar na
parede das artérias, levando ao aumento do risco de doença coronariana. Sua
função é abastecer as células do tecido adiposo com triglicerídios. A LDL é
produto da degradação da VLDL;
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Figura 5. Lipoproteína
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2.4 VITAMINAS
São compostos orgânicos presentes naturalmente em pequenas e diferentes
quantidades nos alimentos.
As vitaminas não são fontes de energia, ou seja, não fornecem calorias ao
organismo. Os alimentos fontes de vitaminas são: frutas, verduras, legumes, cereais
integrais e alguns alimentos de origem animal, como leite, manteiga, carnes, miúdos
(fígado, rim), ovos e óleo de peixe.
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2.5 MINERAIS
São elementos inorgânicos, com funções orgânicas essenciais, que atuam tanto
na forma iônica, quanto como constituintes de compostos, como enzimas, hormônio,
secreções e proteínas.
Os minerais atuam regulando o metabolismo enzimático, mantêm o equilíbrio
ácido-básico (relação entre os ácidos e bases) e hidroeletrolítico (relação entre água e
minerais), a irritabilidade nervosa e muscular e a pressão osmótica. Além disso,
facilitam a transferência de compostos pelas membranas celulares e compõem tecidos
orgânicos (ossos). Possuem também ações sinérgicas ou antagônicas entre si, visto
que o excesso ou deficiência de um, interfere no metabolismo do outro.
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2.6 FIBRAS
As fibras alimentares são todos os polissacarídeos vegetais da dieta (celulose,
hemicelulose, lignina, betaglicanas, pectina, goma e mucilagem), que não são
hidrolisados pelas enzimas do trato digestório humano. Elas são também chamadas
de polissacarídeos estruturais, pois conferem estrutura aos vegetais.
As fibras alimentares podem absorver ou adsorver (fixar) em sua estrutura,
substâncias orgânicas e inorgânicas, como carboidratos, proteínas, sais biliares,
vitaminas, minerais e água. A esta característica denomina-se capacidade hidrofílica
das fibras.
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2.7 ÁGUA
A água é uma substância polar, formada por oxigênio e hidrogênio, fundamental
para a vida.
O organismo humano é constituído em grande parte (cerca de 60%) de água.
Esta quantidade de água encontra-se distribuída em dois compartimentos principais,
o líquido extracelular e o líquido intracelular.
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EXERCÍCIOS
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3. ESTUDO DOS GRUPOS ALIMENTARES
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3.1 INTRODUÇÃO
Atualmente, uma das maiores preocupações da humanidade é ter uma boa
qualidade de vida. A maioria dos estudos mostra que isso requer principalmente, um
equilíbrio físico, emocional e mental.
A promoção da saúde permite que as pessoas adquiram maior controle sobre
sua própria qualidade de vida. Através da adoção de hábitos saudáveis não só os
indivíduos, mas também suas famílias e comunidade se apoderam de um bem, um
direito e um recurso aplicável à vida cotidiana.
A alimentação de todos os indivíduos deve obedecer as “Leis da Nutrição”
descritas por Pedro Escudero. Como já citado anteriormente, segundo essas leis,
deve-se observar a qualidade e a quantidade dos alimentos nas refeições e, além
disso, a harmonia entre eles e sua adequação nutricional. Uma alimentação que não
cumpra essas leis pode resultar, por exemplo, em aumento de peso e/ou deficiências
nutricionais. Portanto, a formação e a adoção dos hábitos saudáveis devem ser
estimuladas desde a infância, pois são durante os primeiros anos de vida que são
formados os hábitos.
Desta forma, o conhecimento dos grupos alimentares, bem como sua
aplicabilidade no dia a dia, contribuiu para a melhoria da qualidade de vida, uma vez
que a partir deles torna-se possível o uso da Pirâmide Alimentar como ferramenta
importante na promoção e manutenção da saúde da população.
A Pirâmide dos Alimentos mostra como todas as pessoas devem escolher
alimentos diariamente para uma dieta saudável. Além de ilustrar os grupos de
alimentos, a Pirâmide contém na sua essência os três princípios - as Leis de Escudero:
• Variedade: corresponde à utilização de diversos tipos de alimentos durante o
dia e durante cada uma das refeições. Quanto mais variado melhor;
• Moderação: cada grupo de alimento deve ser consumido em determinada
quantidade, para que se evitem carências nutricionais ou excessos;
• Equilíbrio: reúne os conceitos de variedade e moderação, respeitando a
utilização de vários alimentos em quantidades adequadas a cada pessoa.
Grupo das Carnes, Ovos e Leguminosas: assim com os laticínios, são alimentos
construtores e ricos em proteínas e gorduras como o colesterol. As proteínas
devem constituir de 10% a 15% do valor calórico total da dieta. Além de ricas em
proteínas e gorduras, as carnes são alimentos ricos em minerais como o ferro.
Deve-se ressaltar que as carnes e os ovos são fontes de proteínas de alto valor
biológico, pois fornecem todos os aminoácidos essenciais necessários à
alimentação. As leguminosas são boas fontes de fibras e proteínas de baixo valor
biológico. Exemplos de alimentos desse grupo são: carnes bovinas, suínas, aves e
peixes, ovos em geral, além de soja, ervilha, grão de bico, feijão, etc;
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Grupo dos Leites: são os leites e derivados e pertencem ao grupo dos alimentos
construtores, pois são ricos em proteína. Esses alimentos têm a função de
construção de tecidos orgânicos (músculo, pele, unha, cabelo, etc.). Além da
proteína são também boas fontes de gordura e cálcio responsável pela sustentação
dos ossos e contração dos músculos do corpo. Exemplos de alimentos desse
grupo são: leites, queijos (mussarela, prato, ricota, gorgonzola), iogurtes, requeijão,
coalhadas, etc;
Grupo das Hortaliças: esse é o grupo dos alimentos reguladores. Recebem esse
nome, pois são importantes para a manutenção da saúde por serem ricos em
vitaminas, minerais, água e fibras que ajudam a regular funções orgânicas.
Também contém carboidratos, mas em uma quantidade bem inferior do que o
grupo citado acima. Os alimentos que fazem parte desse grupo são todas as
verduras e legumes, como cenoura, couve, alface, agrião, repolho, entre outros.
Cada um desses alimentos possui diferentes vitaminas, minerais e fibras e, por
isso, a combinação de todos eles assegura uma alimentação saudável.
Grupo dos Açúcares e Gorduras: esse grupo está localizado no topo da Pirâmide
dos Alimentos, por isso devem ser ingeridos em menor quantidade, fazem parte do
grupo dos energéticos. Pertencem a esse grupo os açúcares, também chamados
de carboidratos simples, e as gorduras adicionadas no preparo dos alimentos, pois
como citado anteriormente, as carnes e laticínios já contêm gordura e as frutas
contêm açúcar. No geral, as gorduras devem constituir de 20 a 30% do valor
calórico total da dieta. Os alimentos desse grupo são: chocolates, doces, sorvetes,
margarina, óleos vegetais e gordura animal (manteigas, banhas). É importante
lembrar que esses alimentos devem ser controlados na alimentação, pois
contribuem para o aparecimento da obesidade, bem como de suas co-morbidades
(doenças associadas), como doenças cardiovasculares, hipertensão arterial,
hipercolesterolemia e diabetes.
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4. ESTUDO DA PIRÂMIDE ALIMENTAR
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4.1 INTRODUÇÃO
O avanço na ciência da alimentação e nutrição tem se tornado constante nos
últimos anos, e estes estudos geram resultados que devem ser usados para a
melhoria da qualidade de vida da população. No século passado, Atwater foi pioneiro
na investigação nutricional e o primeiro a desenvolver vários dos componentes
necessários para a elaboração de guias alimentares. Em 1894, ele publicou tabelas de
composição de alimentos e padrões dietéticos para a população norte-americana,
dando início às bases científicas para estabelecer relações entre a composição dos
alimentos, consumo e saúde dos indivíduos. A partir daí, foram propostos vários guias
para diversos grupos populacionais com diferentes formas de apresentação. O
conteúdo destes também foi modificado devido às novas concepções sobre alimentos,
como por exemplo, o consumo de gorduras e açúcares que é variável, conforme a
população à qual se destina o guia.
Tem se procurado uma forma gráfica de distribuição dos alimentos para uma
melhor compreensão por parte da população, ou seja, fazer com que haja o consumo
de vários alimentos e em quantidade suficiente para que juntos componham uma dieta
adequada nutricionalmente.
Foram testadas várias formas de apresentar os alimentos: em pilhas, em
utensílios (xícara, tigela, prato), em carrinho de supermercado e, finalmente como
pirâmide, que foi a adotada pelo United States Department of Agriculture (USDA) em
1992.
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Primeiro nível (base): é composto pelo grupo dos cereais (arroz, trigo), raízes
e tubérculos (batata, mandioca, mandioquinha, inhame) e massas (pães, bolos).
São alimentos ricos em carboidratos, responsáveis pelo fornecimento de
energia para o organismo. Devem-se consumir 7 porções por dia.
Segundo nível: é composto pelo grupo das hortaliças (verduras e legumes) e
frutas. São alimentos ricos em vitaminas e minerais, responsáveis pela
regulagem das funções do nosso organismo. Devem-se consumir 4 e 1/2
porções de hortaliças e 4 porções de frutas por dia.
Terceiro nível: é composto pelo grupo dos leites e derivados, carnes e ovos e
leguminosas. São alimentos ricos em proteínas, responsáveis pela formação e
manutenção dos tecidos do organismo. Deve-se consumir 3 porções de leite e
derivados por dia; 1 e 1/2 porções de carnes e ovos e 1 porção de leguminosas.
Quarto nível (topo): é composto pelo grupo dos óleos, gorduras, açúcares e
doces. Pode-se consumir de 1 e 1/2 porções de cada por dia.
Cada um desses grupos de alimentos fornece parcialmente, os nutrientes que o
organismo necessita. Os alimentos em um grupo não podem substituir os de outros.
Nem um grupo alimentar é mais importante que outro. Deve-se enfatizar que para ter
uma boa saúde cada indivíduo precisa de todos os grupos alimentares.
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EXERCÍCIOS
10. Após o conhecimento dos nutrientes, bem como de seus grupos alimentares,
explique como deve ser uma alimentação segundo as “leis de escudero”: variada,
moderada e equilibrada, na promoção e manutenção da saúde.
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5. DIGESTÃO, ABSORÇÃO E
METABOLISMO DOS NUTRIENTES
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5.1 INTRODUÇÃO
Os nutrientes são encontrados nos alimentos sob a forma de moléculas
complexas, o que impossibilita o seu aproveitamento pelo organismo. A redução
dessas moléculas grandes em moléculas menores, é função do trato gastrintestinal.
O trato gastrintestinal é composto por um tubo digestório longo, medindo
aproximadamente 5 metros de comprimento, e também por glândulas anexas. A
parede do tubo digestório tem a mesma estrutura da boca ao ânus, sendo formada por
quatro camadas: mucosa, submucosa, muscular e adventícia.
• BOCA
• ESÔFAGO
• ESTÔMAGO
• INTESTINO DELGADO Duodeno
Jejuno
Íleo
GROSSO Apêndice
Ceco
Cólon Ascendente
Cólon Transverso
Cólon Descendente
Sigmóide
Reto
• ÂNUS
Glândulas salivares
• GLÂNDULAS ANEXAS
Fígado
Pâncreas
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5.3 DIGESTÃO
Trata-se de uma série de modificações físicas e químicas, pelos quais os
alimentos são hidrolisados até a obtenção de seus elementos constituintes
(carboidrato→glicose, proteína→aminoácido, lipídio→ácido graxo), para que possam
ser absorvidos pelo trato gastrintestinal.
A digestão é regulada por mecanismos neurais (sistema nervoso autônomo –
simpático e parassimpático), e hormonais (colecistocinina, secretina, gastrina, etc.).
A digestão consiste simultaneamente na ação mecânica e química do trato
gastrintestinal sobre os alimentos:
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5.4 ABSORÇÃO
Consiste na passagem dos nutrientes através da parede do trato digestório,
atingindo direta ou indiretamente a circulação sistêmica para que possam ser
aproveitados pelo organismo.
A mucosa do intestino delgado é a mais adaptada para a absorção, devido a
grande área de contato com os nutrientes através de:
• Válvulas coniventes (dobras da mucosa)
• Vilosidades
• Microvilosidades (borda em escova)
Cada vilosidade contém vasos sanguíneos e linfáticos que recebe os nutrientes
absorvidos pelas células da mucosa.
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5.5 METABOLISMO
É uma atividade celular altamente dirigida e coordenada. São transformações
químicas complexas, contínuas e simultâneas que envolvem reações anabólicas
(síntese de novas moléculas com o consumo de energia) e catabólicas (quebra de
moléculas que liberam energia). Essas reações envolvem sistemas multienzimáticos
que cooperam para realizar quatro funções:
• Obter energia;
• Converter as moléculas dos nutrientes em moléculas necessárias para o
funcionamento da célula;
• Polimerizar precursores monoméricos;
• Sintetizar e degradar as biomoléculas necessárias para funções celulares
especializadas.
Portanto, metabolismo é a soma total de todas as transformações químicas que
ocorrem em uma célula, em condições normais a célula encontra-se em equilíbrio
dinâmico: ANABOLISMO↔CATABOLISMO.
ANABOLISMO CATABOLISMO
METABOLISMO
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6. DIGESTÃO, ABSORÇÃO E
METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS
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6.1 DIGESTÃO
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6.2 ABSORÇÃO
Os monossacarídeos glicose, galactose e frutose são absorvidos pelos
enterócitos por difusão facilitada ou transporte ativo através de um mecanismo onde o
sódio age como carreador.
A glicose por ser uma molécula hidrofílica, não consegue atravessar a
membrana plasmática das células, por isso existem dois tipos de mecanismos de
transporte que promovem a entrada de glicose nas células:
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6.3 METABOLISMO
Os monossacarídeos são lançados na circulação portal e conduzidos ao fígado,
onde a frutose e a galactose são convertidas em glicose. A galactose e a frutose
sofrem uma metabolização praticamente completa na primeira passagem pelo fígado,
de modo que normalmente quase não são encontradas quantidades apreciáveis
desses monossacarídeos no sangue.
Desta forma a glicose sanguínea pode ser utilizada pelo organismo por 3
diferentes vias: a glicólise, a glicogênese e a lipogênese.
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7. DIGESTÃO, ABSORÇÃO E
METABOLISMO DAS PROTEÍNAS
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7.1 DIGESTÃO
A digestão consiste em desdobrar as proteínas até a formação de seus
constituintes - os aminoácidos. As enzimas peptidases são responsáveis pela hidrólise
das proteínas, através da quebra das ligações peptídicas (ligações que unem os
aminoácidos).
A digestão protéica começa no estômago, onde o alimento é misturado com o
suco gástrico (solução rica em ácido clorídrico e em enzimas - a pepsina e a renina).
A pepsina inicia a digestão das proteínas, ela é estimulada pelo hormônio
gastrina, e tem a capacidade de digerir o colágeno (a maior proteína do tecido
conjuntivo).
A pepsina só é ativa em pH ácido (menor que 3), ela é produzida na forma
inativa chamada pepsinogênio, porém, o ácido clorídrico (abundante na secreção
gástrica), transforma o pepsinogênio em pepsina.
ÁCIDO CLORÍDRICO
Ð
PESINOGÊNIO (inativo)→PEPSINA (forma ativa)
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7.2 ABSORÇÃO
Os produtos finais da digestão das proteínas são: aminoácidos e pequenos
peptídeos. Os aminoácidos são absorvidos pelo intestino delgado e encaminhados ao
organismo pela corrente sanguínea.
Os pequenos peptídios (dipeptídios e tripeptídios) são transformados dentro
das células intestinais (borda em escova), pelas enzimas dipeptidases e tripeptidases
em aminoácidos, que também transpassam a membrana das células intestinais e
caem na corrente sanguínea.
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A maioria dos aminoácidos pode ser classificada como neutro, básico e ácido;
existem 4 sistemas distintos de transporte dos aminoácidos para a corrente sanguínea,
sendo um para cada tipo de aminoácido.
Após a passagem dos aminoácidos para o sangue, eles seguem pela veia porta
hepática (circulação portal), até o fígado, onde serão metabolizados e liberados na
circulação geral. Apenas 1% da proteína ingerida é excretada nas fezes.
7.3 METABOLISMO
As proteínas são constantemente sintetizadas a partir de aminoácidos, e
degradadas novamente no organismo numa reciclagem contínua. O pool de
aminoácidos orgânico deve estar sempre em equilíbrio, pois aminoácidos não
utilizados imediatamente após a síntese protéica são perdidos, já que não há
estocagem de proteínas. Assim, o total de proteínas no corpo de um adulto saudável é
constante, de forma que a taxa de síntese protéica é sempre igual à de degradação.
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8. DIGESTÃO, ABSORÇÃO E
METABOLISMO DOS LIPÍDEOS
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8.1 DIGESTÃO
A digestão dos lipídios ocorre em 3 fases:
1ª fase: emulsificação  bile
2ª fase: ação enzimática
3ª fase: formação de micelas  bile
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8.2 ABSORÇÃO
O jejuno é o principal local de absorção dos lipídios.
Os produtos da digestão dos lipídios (ácidos graxos + glicerol + monoglicerídios
+ lisofosfatídios) após formarem micelas junto com os ácidos biliares, as vitaminas
lipossolúveis e o colesterol, atravessam a mucosa do jejuno.
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8.3 METABOLISMO
O fígado é o maior centro metabólico dos lipídios, suas principais funções são:
• Síntese de triglicerídios a partir de glicídios e proteínas (anabolismo);
• Síntese de fosfolipídios e colesterol a partir de triglicerídios (anabolismo);
• Lipólise: degradação de triglicerídios para produção de energia (catabolismo).
8.4 EXCREÇÃO
A excreção normal de gordura nas fezes é cerca de 5g. Na ausência da bile, as
gorduras não são degradadas, nem tampouco absorvidas, ficando acumuladas nas
fezes e causando esteatorréia (fezes gordurosas).
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EXERCÍCIOS
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BIBLIOGRAFIA
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