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ISSN 1646-6977
Documento produzido em 09.01.2015

A IMPORTÂNCIA DO AFETO MATERNO


INSERIDO NA LINGUAGEM DO MATERNALÊS
PARA O DESENVOLVIMENTO INFANTIL

2014

Darlan de Almeida Lima


Emanuelly Eudilene P.S. Silva
Estudantes de Psicologia - Estácio do Ceará Campus Corpvs (Brasil)

Email de contato:
pastordarlan@gmail.com

RESUMO

Este artigo sugere uma reflexão teórica acerca da importância do afeto materno inserido na
linguagem do maternalês, para o desenvolvimento infantil; conforme os teóricos Elliot (1982),
Bee (1996) e Ribeiro e Garcez (1988), a linguagem é o núcleo do sentido da ação recíproca que
dá o significado da comunicação. Conforme Sim-Sim (1998), Hoff (2006) e Hudson (2006),
através da manutenção da atenção do espaço de interação com a criança, agindo diretamente
relacionado com o fenômeno observado no corpo da criança pequena, há uma progressiva
interação da comunicação infantil que envolve pela situação materna de motivar a criança, cuja
modificação do padrão da fala interage, numa construção do espaço de valorização dessa troca
afetiva. Conforme Perroni (1992), Peterson (1994) e Mccabe (2004) e Bates (1976) se estabelece
na relação entre fala e afeto, que vai crescendo e formando uma teia externa de relacionamentos,
iniciando-se por gestos e sinais. Conforme Ornstein, Haden & Hedrick (2001/2003) e Rigolet
(2000), a comunicação baseada na linguagem mãe-criança (maternalês) provê mecanismos para
que crianças pequenas adquiram habilidades de memória generalizadas.

Palavras-chave: Voz, desenvolvimento, infantil.

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1. INTRODUÇÃO

Não nascemos com um repertório de palavras, mas sendo capacidade de tê-las.


A função básica da linguagem é comunicar e dar suporte a estruturas de pensamento. No
aspecto relacional ou emocional, o núcleo do sentido do maternalês se estabelece quando há
enunciados e formas verbais, como conteúdos funcionais. Elliot (1982) chama de traços
sintáticos os traços paralinguísticos de entonação exagerada que estão interligados com os traços
do discurso, com frases interrogativas e imperativas, mais fluentes, repetitivas e inteligíveis. A
aquisição da linguagem ocorre em uma ação recíproca, aonde existe uma parceria de conversação
voltada em direção à criança.

2. A INTERAÇÃO

Conforme destaca Bee (1996) um bebê acabado de nascer já está a comunicar. A


comunicação verbal é-lhe dado pelo adulto, é ele que dá à criança o significado da comunicação.
Por isso os pais têm uma função muito importante, mas também os irmãos, porque conseguem
adaptar o seu discurso de modo a fazerem-se entender pelos mais novos. O envolvimento da
criança envolve uma modificação da fala materna, numa troca interverbal para conduzir e
estruturar a fala da criança.
Essa quantidade da linguagem dos pais, que é importante para as crianças, é chamada
demotherese ou maternalês. Motherese ou maternalês (..) é falada numa voz mais aguda, num
ritmo mais lento, do que (...) entre adultos. As frases são curtas, com um vocabulário simples e
concreto, e gramaticalmente simples. Os pais quando falam com os filhos, repetem muito, com
pequenas variações, ou pode repetir a frase (...) numa forma um pouco mais longa e
gramaticalmente correta – um padrão conhecido como uma expansão ou remodelação.
Nesse processo de linguagem a condução e estruturação da fala materna, que possui
geralmente uma intensidade de voz mais alta é conhecido como mamanhês, paternalês, e até
mesmo tatibitati, conforme destacam Ribeiro e Garcez (1988) e afirmam que o termo original
émotherese ou maternalês (...) trata-
se de uma fala em tom de brincadeira, caracterizada por mudanças exageradas na altura
da voz, (...) com pausas longas e sons vocálicos alongados, acompanhados de sorrisos.
Abordando sobre a interação, afirma Inês Sim-Sim (1998) que essas frases pequenas e
simplificadas da mãe atuam no desenvolvimento da criança porque a musicalidade significativa

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provoca e se entende como uma troca afetiva através da manutenção da atenção do espaço de
interação entre a mãe e criança, através da semântica. No maternalês, a articulação, entoação
expressiva e vocabulário simplificado caracterizado por um grande número de enunciados curtos
e pela prevalência de palavras carregadas de conteúdo semântico e por um reduzido número de
palavras cuja função é meramente gramatical, pela presença preferencial de formas verbais
simples, referentes ao presente, passado e futuro imediato.

3. O DESENVOLVIMENTO

No aspecto cognitivo da questão, o núcleo do fundamento psíquico do maternalês ocorre na


questão da vocalização da criança à atividade verbal interpretativa da mãe, aonde o feedback
materno que favorece o desenvolvimento linguístico está diretamente relacionado com o
fenômeno observado no corpo da criança pequena. Hoff e Hudson (2006) frisam que o
desenvolvimento cognitivo da criança depende de interações comunicativas que ocorrem durante
a infância. A interação social é, então, fundamental no desenvolvimento do discurso narrativo.
Conforme Perroni (1992), Peterson (1994) e Mccabe (2004), o processo de construção
linguística, a criança estrutura a construção lexical aonde a situação da língua é estruturante e
determinante quando a comunicação no nível da compreensão se transforma em algo mais
complexo, (...) através das interações linguísticas se transmite o conhecimento, os
comportamentos sociais e os aspectos culturais. Para Bates (1976), o adulto é mediador na
relação aonde a influência recíproca se interage na didática entre a mãe e a criança, cuja fala
espontânea da criança com os pais possui uma ampla variedade de interação comunicativa nessas
funções de trocas linguísticas, e que as primeiras vocalizações e gestos da criança surgem
desprovidas de intencionalidade, um período de pré-locução que os adultos atribuem significado
comunicativo e referencial. Gritar, chorar, sorrir, são sinais a serem interpretados e respondidos
distintamente, atribuindo-se-lhes intencionalidade.
Berger & Thompson (1997) dizem que a interação da comunicação infantil envolve a
situação materna de motivar a criança, cuja modificação do padrão da fala interage,
caracterizando figuras e/ou localizando e nomeando objetos, envolvendo a preferência e
caracterizações específicas dessa interação entre a mãe e o bebê, pois bebês recém-nascidos
demonstram preferência por sons falados, pela linguagem adulto-para-criança (baby-talk ou
motherese) e manifestam clara preferência pela voz da sua mãe.

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4. O APRENDIZADO

Conforme trata Inês Sim-Sim (1998), acerca das interações verbais e do discurso dirigido
às crianças pela mãe, existe um ajuste de fala que varia de acordo com a fala infantil, aonde a
diretiva materna surge nas primeiras interações verbais, para que a construção do vínculo afetivo
se processe aonde a diretiva materna carrega uma intenção de explicitar um diálogo, formador da
língua falada; determinadas características específicas (frases curtas, articulação clara, entoação
marcadamente expressiva e vocabulário simplificado) parecem promover a apreensão da língua
por parte da criança.
Ornstein, Haden & Hedrick (2001/2003) tratam dessa associação, no aspecto mais intriseco
da pesquisa que trata da construção do espaço de interação, a valorização dessa troca afetiva se
estabelece numa fala interacionista entre fala e afeto, que é importante para o desenvolvimento da
criança, que vai crescendo e formando uma teia externa de relacionamentos, aonde a
comunicação baseada na linguagem mãe-criança (maternalês), em conversação sobre eventos
contínuos e passados, provê mecanismos para que crianças pequenas adquiram habilidades de
memória generalizadas.
Para Campos e Guimarães (2011) a criança nova, centrada nela, facilitada pela relação de
afeto com a mãe, pode ter uma continuidade de diálogo por causa de mudanças nas teias de
conversação. Por volta dos seis meses de vida da criança, as experiências linguísticas alteram a
percepção da criança na aquisição da linguagem.
A forma peculiar que adultos se dirigem à criança lhe dirigirem a fala não apenas
demonstra o carinho que se tem por essa criança, mas facilita o aprendizado da mesma. O
maternalês é usado não só pelos pais, mas também por outros adultos responsáveis por ela, e
exerce um papel importante, ajudam na clareza da fala; a fala fica mais reconhecível, dando
inteligibilidade.
Para Rigolet (2000), a afeição, ternura e intimidade provocam construção de característica
linguística na criança, aonde a alteração da fala à criança, além de espontânea, pode ser
instintivo. O sorriso é determinante no desenvolvimento de competências de comunicação do
bebê, pois representa três elementos essenciais: a) o sorriso, bem como toda a expressão facial
associada, estão impregnadas de significações socioafetivas positivas de bem-estar físico,
psíquico; b) o sorriso é um fator responsável pelo aumento interativo; c) o sorriso serve para
estabelecer e manter um contacto à distância e uma relação de reciprocidade. O uso do tom
infantil reduzido que assume tom de conversação de adulto, envolve anteriormente um
crescimento de características paralinguísticas, inicialmente com estados emocionais exagerados,
aonde o discurso da mãe foi modificado à medida em que a criança crescia, fazendo-a estar

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envolvida com a fala da mãe, durante as atividades de rotina diária. A mãe fala com o bebê das
ações, dos objetos, comentando igualmente as atitudes ativas observadas, seus sentimentos e
fazendo a sua interpretação. O bebê vai fornecer pistas, através dos seus sorrisos, vocalizações e
entoações, gestos e expressões faciais - conjunto de mímicas chamadas paraverbais, que facilitam
a descodificação das suas mensagens ainda rudimentares. Assim se promove o desenvolvimento
das bases da aquisição do vocabulário de compreensão (receptivo) e de produção.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O afeto materno inserido na linguagem do maternalês, age no desenvolvimento infantil,


pela musicalidade materna significativa que se entende como uma troca afetiva, na manutenção
da atenção do espaço de interação com a criança. Agindo diretamente relacionado com o
fenômeno observado no corpo infantil, cuja relação entre fala e afeto, forma uma teia externa de
relacionamentos, iniciando-se por gestos e sinais, cujos mecanismos para crianças pequenas
geram habilidades de memória generalizadas, aonde as experiências linguísticas alteradas
gradualmente, favorecem pela percepção da criança, a aquisição da linguagem.

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REFERÊNCIAS

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Academic Press.

BEE, H. (1996). A Criança em Desenvolvimento. Trd. Maria Adriana Veríssimo


Veronese. - 7.ed.-Porto Alegre: Artes Médicas

BERGER, K. & THOMPSON, R. (1997). Psicologia Del Desarrollo: Infância y


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CAMPOS, Talita da Silva & GUIMARÃES, Silvia A. H. em:


http://www.filologia.org.br/xv_cnlf/tomo_2/118.pdf. Acesso em 28.08.2013

HOFF, E- How social contexts support and shape language development. Departament
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HUDSON, J.A.- The developmental of future time concepts through mother-child


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ORNSTEIN, P.A.; HADEN, C.A. & HEDRICK, A.M. Learning to remember:


Socialcommunicative exchanges and the development of children’s memory
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PERRONI, M. C. Desenvolvimento do discurso narrativo,São Paulo:Martins Fontes,


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PETERSON, C- Narrative Skills and social class. Canadian journal education.19, 251-
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PETERSON , C. & McCabe, A. -Echoing our parents: Parental Influences on


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RIBEIRO, B. & GARCEZ, P. (orgs.) Sociolinguística Interacional. Porto Alegre: AGE


Ed., 1998.

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SIM-SIM, I. (1998). Do uso da linguagem à consciência linguística. In I. Sim-


Sim,Desenvolvimento da Linguagem (pp. 64). Lisboa: Universidade Aberta.

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