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Ser e fazer discípulos

Estudo 2 – O que nosso Mestre


nos ensina?
“Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus
para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também
do grego; visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em
fé, como está escrito: O justo viverá por fé.” (Romanos 1.16-17)

O termo traduzido como “envergonhar-se de”, também quer dizer


“ofender-se por”. Como se pode achar vergonhoso ou ofensivo o
evangelho? Quando ele nos mostra quem somos diante da Salvação:
pessoas que estão recebendo algo imerecido, um presente e não uma
conquista; pessoas dependentes, hipócritas em sua própria moral e
incapazes de se salvar sozinhos. Isso ofende e deixa envergonhada uma
sociedade moderna que pensa ter autonomia para “encontrar Deus do
seu próprio jeito” sem reconhecer o senhorio de Cristo mostrado no
evangelho. É necessário entender nossa justa condição diante do amor
de Jesus e do poder do evangelho, como diz Charles Supurgeon: “O
Teu amor afastou o machado quando a Justiça disse “Corte”!”.
O estudo realizado pelo Instituto Americano de Cultura e Fé, nos
Estados Unidos (ACFI), apresentou que apenas um terço dos
entrevistados concordam totalmente com a afirmação de que foram
perdoados de seus pecados pela fé em Jesus Cristo como seu Salvador,
e que não podem fazer nada para merecer a vida eterna. Além disso,
77% acredita que todas as pessoas são basicamente boas. Essa é a
realidade apresentada por entrevistados que, apenas 46% afirmam ler a
Bíblia pelo menos uma vez por semana. Isso pode ajudar a explicar por
que a maioria deles, nas palavras do ACFI, “se afastou do ensino
bíblico”. Imagine se fosse perguntado quem lê diariamente?
Certamente seriam números bem pequenos. O entendimento de nossa
Ser e fazer discípulos
condição diante de Deus é diretamente relacionado com nossa
constância em leitura bíblica.
Quando se diz “primeiro do judeu”, é a referência histórica ao
trabalho de Deus no Antigo Testamento com o povo judeu,
direcionando-os e conduzindo-os até a vinda de Jesus Cristo, que é a
Salvação (João 4:22), e os judeus sendo apenas o ponto de inicio
daquilo que iria atingir os demais povos do mundo (Lucas 24:47). Mas é
importante ressaltar que não faz referência a algum privilégio ou
prioridade incluída no evangelho a partir de Jesus e na justiça de Deus
pela fé. O evangelho, que traduzido é “boa noticia”, é a mensagem
divulgada que diz que, mesmo não merecendo salvação alguma por
conta do pecado cometido por toda a humanidade (Rm 3:23), todos os
povos da Terra podem ser salvos, desde que confessem e creiam que
Jesus é o Filho de Deus e ressuscitou (Rm 10:9).
Mateus 28.18-20 é o final do evangelho de Mateus. E quando
lemos esse texto, vemos que logo após o chamado de fazer discípulos,
vem um complemento com dois verbos: “batizando-nos” (ao qual
vamos nos referir posteriormente) e “ensinando-os”. O ensino aqui é de
“todas as coisas que vos tenho ordenado”. Onde podemos ver todas
essas coisas ordenadas? Esse trecho é um convite para voltar a ler o
evangelho de Mateus para compreender o ensino de Jesus e, assim,
compreender o evangelho.
Sobre isso, Michael Horton vai dizer que:
A grande comissão realmente começa com uma grande
proclamação. Antes de haver uma missão, é preciso que
haja uma mensagem. Por trás do envio da igreja está o
Pai enviando seu Filho e o Espírito. Antes de partirmos,
temos de parar e ouvir – ouvir de fato – o que aconteceu
que temos de levar ao mundo. O evangelho antecede a
evangelização. Devemos dar ouvidos a esse evangelho
não apenas no início, para a nossa conversão, mas em
todos os momentos da nossa vida, se é que a Grande
Comissão deva ser um prazer deleitável, e não um
intolerável fardo com uma meta impossível1.

1
Michael Horton. A grande comissão: o resgate da estratégia divina para o discipulado. p. 25.
Ser e fazer discípulos
Se fosse feita uma ilustração, a grande comissão seria como, em
um reino medieval, o momento em que os arautos que vão anunciar ao
povo a boa notícia de que existe um novo rei. Mas seria isso apenas
uma ilustração ou uma realidade?
No capitulo 8 de 1 Samuel, vemos que os anciãos de Israel pedem
a Samuel que seja constituído um rei que governe sobre eles, como o
costume de outras nações, ao invés do sistema de governo por juízes. A
resposta de Deus a oração de Samuel diz que essa rejeição é na
verdade uma rejeição ao governo monarca em que Deus era o rei
deste povo, rejeição esta mostrada através da idolatria a outros deuses.
Após todo o decorrer da história do povo de Israel e seus diversos reis,
com a vinda de Jesus Cristo “(...)é chegado o reino de Deus” (Mt 12:28),
que nos liberta do império das trevas, e nos transporta ao reino do Filho
(Cl 1:13).
O Evangelho do Reino é dizer que há um novo Rei, que morreu e
ressuscitou para salvar seu povo, e que se isso não fosse feito, o caminho
justo para todo o povo, sem distinção, era a condenação eterna. Mas
pela graça, esse Rei que não conheceu o pecado, nos salva de nossa
condenação do pecado, se fazendo pecado por nós (1Cor 5:21).
Como diz Steven Lawson: “As pessoas que vão para o inferno, merecem
estar lá. As pessoas que vão para o céu, não merecem estar lá. A
primeira é justiça, a segunda é graça”.
Você entende qual era sua condição antes de conhecer a
Cristo? Você entende qual é sua atual condição ao conhecê-Lo?
Como você reage a essa mudança de condição?

Referências:
Keller, TIMOTHY. Romanos 1-7 para você. Apresentando o Evangelho.
p.23-28.
Spurgeon, CHARLES. Dia a dia com Spurgeon. p.75

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