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A COMPOSTAGEM COMO FERRAMENTA PRÁTICA DE EDUCAÇÃO

AMBIENTAL APLICADA NA ASSOCIAÇÃO DE MULHERES


EDUCADORAS-AME DO MUNICIPIO DE AÇAILÂNDIA

Com o aumento populacional a sociedade tem cada vez mais gerado resíduos durante sua rotina. Dentre
os resíduos mais gerados em uma residência está o do tipo orgânico. Segundo dados do IBGE (2010) a
maior porcentagem (51,4%) dos resíduos gerados nas cidades brasileiras é constituída por resíduos
orgânicos. Esses resíduos quando dispostos em aterros ou lixões causam elevados impactos ambientais,
além de reduzirem o tempo de vida útil dos aterros e geram despesas que poderiam ser evitadas. Assim, a
compostagem surge como uma forma viável e sustentável de reciclar um volume tão grande de resíduos
orgânicos diariamente produzidos.

A compostagem utiliza práticas que favorecem a transformação da materia orgânica de residuos em um


material mais estável. Inacio e Miller (2009) definem que as técnicas da compostagem são baseadas nas
características físicas e químicas dos materiais empregados, buscando manter controlada a temperatura,
umidade e a relação C/N (Carbono/Nitrogênio). Kiehl (2012) relata que após a compostagem são
formados dois importantes componentes: nutrientes disponiveis para a nutrição vegetal e o húmus como
condicionador e melhorador das propriedades físicas, químicas e biológicas do solo. A compostagem
pode ser conduzida em grande escala (indústrias de compostagem) ou em pequenas propriedades como é
o caso da compostagem doméstica (BRITO, 2006).

O tema compostagem estabelecido é de grande relevância para a área ambiental, tendo em vista que
promove uma conscientização sobre a importância de se reduzir o envio de resíduos orgânicos para os
lixões e aterros, além de fornecer uma possibilidade de fonte de renda extra com a comercialização do
adubo orgânico produzido.

Com isso, o objetivo deste trabalho foi desenvolver a consciência ambiental das mulheres participantes da
Associação Mulheres Educadoras, sobre o manejo da fração orgânica de resíduos gerados em suas
residências. O trabalho iniciou com a execução de palestras educativas aplicadas na própria AME- em
Açailândia-MA.

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Esse primeiro encontro ocorreu no dia 05/10/2017 onde foi explanado de maneira clara e simplificada o
assunto compostagem doméstica através de uma palestra, onde foram abordados temas como resíduos
orgânicos, reciclagem, coleta seletiva e a importância da compostagem e como ocorre o processo de
compostagem doméstica.

Gráfico 1

Associadas que sabem o que são resíduos


orgânicos

2; 13%

sim
não

14; 87%

Fonte: Elaborado pelo Autor (2018)


Gráfico 2

Associadas que sabem (ouviram falar) o que é


compostagem doméstica

5; 31%
sim
não
11; 69%

Fonte: Elaborado pelo Autor (2018)

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Gráfico 3

Quantas descartam resíduos orgânicos em


lixo comum

3; 19%
sim
não
3; 19%
10; 62% as vezes

Fonte: Elaborado pelo Autor (2018)

Foi determinado o local onde seria realizada a oficina que foi no quintal de uma das educadoras da
associação AME localizado na quadra lote residencial tropical vila Ildemar Açailândia-MA e ficou
marcado para o dia 09/11/2017, cada participante responsabilizou-se por levar os resíduos orgânicos
gerados em suas residências, que antes seria descartado no lixo comum, foram coletadas aparas de gramas
cedida pela prefeitura de Açailândia, a serragem foi coletada nas movelarias do bairro e o esterco bovino
foi doação de um pecuarista local, a maior parte do resíduo foi recolhida em frutarias, e pôde-se perceber
o grande desperdício de alimentos que ocorre nesses estabelecimentos já que são jogados todos os dias no
lixo uma grande quantidade de frutas, legumes e hortaliças e algumas vezes é doada para a alimentação
de animais suínos.

As integrantes do projeto juntamente com as associadas se reuniram no local às 09 horas da manhã


acompanhadas pelo Doutor Bruno Lucio Menezes responsável por coordenar as oficinas, a princípio foi
definido o local exato onde seria montada a pilha de compostagem, o solo foi limpo e forrado com uma
cama de grama, logo após foi colocado os resíduos já cortados em pequenos pedaços para facilitar a
degradação, tomando como medida um balde de 5 litros pra cada balde de matéria molhada duas de
matéria seca para que o composto fique estabilizado, não ficando nem molhado demais e nem muito seco
demostrando dessa maneira que o processo de compostagem é uma técnica simples, porém deve ser
controlada e manejada de forma correta garantindo assim um bom resultado e um composto de qualidade.

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O processo de montagem da compostagem durou 10 dias, nesse tempo a leira foi alimentada de dois em
dois dias até chegar a uma altura de 1m sendo explicado o passo a passo às integrantes do projeto, o
término da montagem deu-se no dia 19/11/2017 e passou-se a controlar a umidade e a temperatura,
devido ser uma compostagem em leira termofílicas com aeração passiva. Nesse tipo de compostagem
deve-se revirar e molhar a pilha de resíduos afim de criar um ambiente propício para as bactérias
degradarem mais rapidamente os resíduos, revirando para que o oxigênio circule dentro da leira
multiplicando assim o número de micro-organismos favorecendo o processo de compostagem.

Com 45 dias passou-se a fazer o revolvimento da pilha de quinze em quinze dias tomando sempre o
cuidado de molhar a compostagem, já podendo ser visível a mudança na cor do resíduo disposto na pilha
seu cheiro bem característico não apresentando odores desagradáveis.

Os resultados desse projeto revelam que as mulheres participantes da associação AME aprenderam a
utilizar as técnicas de compostagem que desta feita pode ser realizada em sua residência ou passar tal
conhecimento para colegas e vizinhos, disseminando a consciência ambiental obtida durante esse período
de aprendizado.

Dessa forma a reutilização dos resíduos orgânicos e a viabilidade da compostagem doméstica se mostrou
eficiente para o dia a dia da comunidade reduzindo os resíduos acumulados em terrenos baldios e lixões.
A compostagem doméstica de resíduos orgânicos além de importante fonte de matéria orgânica dispõe de
nutrientes que são essenciais para as plantas crescerem e produzirem verduras e frutos de qualidade
servindo como fonte alternativa de renda para essas associadas.

REFERÊNCIAS

1. BRITO, M. L. Compostagem para a agricultura biológica. In: Manual de Agricultura Biológica –


Terras de Bouro. Escola Superior Agrária de Ponte de Lima, 2006. Cap. 3, p. 119-138. Disponível
em: http://www.actuaracd.org/uploads/5/6/8/7/5687387/manual_ab_terras_bouro.pdf Acesso em: 12
out 2015.

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2. IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico:
2008. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Rio de Janeiro, 2010. 219 p

3. INÁCIO, C. T.; MILLER, P. R. M. Compostagem: ciência e prática para a gestão de resíduos


orgânicos. Rio de Janeiro. Embrapa Solos, 2009. 156 p.
4. KIEHL, E. J. Manual de compostagem: maturação e qualidade do composto. Piracicaba, 172 p.
2012.

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