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Ser e fazer discípulos

Estudo 3 – O relacionamento
com o Mestre
“Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu
vou aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, pois sou
manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma.
Porque eu meu jugo é suave, e o meu fardo é leve” (Mateus 11.28-30).

No primeiro falamos que antes de fazer discípulos é necessário


ser discípulo, o que envolve segui-lo, numa caminhada de estar com
Ele, como vemos em Marcos 3.13-14. Também já dissemos que o melhor
discípulo era aquele que era o mais sujo, pois ficava tão próximo do seu
mestre que a sujeira das sandálias dele o sujava.
Assim, ao passar tempo nessa caminhada de seguir Jesus,
passamos e conhecê-lo melhor e a desenvolver um relacionamento
com Ele. O texto em destaque no estudo de hoje se refere a um convite
também dado por Jesus.
Ele fala sobre o seu “jugo”, que de forma literal é uma peça
feita de madeira que é utilizada para unir dois bois, para que andem no
mesmo compasso. No entanto, quando usa a palavra jugo, Jesus está
falando do seu ensino. Cada mestre da Lei tinha seu próprio jugo, ou
interpretação Lei.
Jesus cita que seu jugo é suave, pois o ensino dado pelos
mestres da Lei da época era muito pesado. Para eles a vida judaica se
tratava de cumprir inúmeras regras para alcançar a salvação ou
aplacar a ira de Deus. Esse tipo de foco fica claro, por exemplo, em
Mateus 23.
Assim, é natural Jesus falar de pessoas “cansadas e
sobrecarregadas”. Sua espiritualidade era um peso para correr atrás da
sua salvação. Porém, Jesus traz o seu jugo. Como dissemos no último
Ser e fazer discípulos
estudo, a mensagem de Jesus é uma boa notícia sobre sua graça. Jesus
não é aquele que nos obriga a fazer pela salvação, pois sabe que não
conseguiríamos fazer nada. Ele nos salvou. Isso é um fato! Algo que nos
é oferecido de graça por Jesus.
Assim, sabendo disso, Jesus faz um convite: “Vinde a mim”. É
nele que encontramos a paz de viver com Ele sem o peso do jugo dos
fariseus, mas de forma leve. Discipulado é viver próximo ao Mestre, em
um relacionamento de paz.
Um texto interessante para pensar sobre o relacionamento
com Jesus é de João 15. Neste trecho, Jesus conta a alegoria da Videira
e dos Ramos, na qual muitas vezes se pensa que seu principal objetivo é
de falar sobre os frutos.
Porém, quando lemos com cuidado, a palavra mais citada no
texto é “permanecei”, inclusive sendo usado no imperativo. Assim, a
principal mensagem do texto é que precisamos permanecer ligados a
Cristo, já que “sem mim nada podeis fazer” (João 15.5).
Portanto, Marcos 3.13-14, Mateus 11.28-30 e João15 fazem
coro com a importância de vivermos próximos a Jesus. Essa caminhada
com Jesus é fundamental. Mas obviamente não vivemos isso de forma
física, andando atrás de Cristo.
Nosso chamado é de estar com Cristo através de três áreas
fundamentais, as quais são citadas às crianças com a famosa sigla BOI
(Bíblia, Oração e Igreja).
Em primeiro lugar, na Bíblia nós conhecemos a pessoa de
Jesus. Não é a toa que o próprio Mestre diga: “Examinai as Escrituras,
porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam
de mim” (João 5.39). Conhecer a Bíblia é perceber que tudo converge
para Jesus. Ele é o centro de toda a narrativa bíblica, tal como diz Paulo
que “na plenitude dos templos, o Pai enviou seu Filho” (Gálatas 4.4).
Alguns autores dividem os temas bíblicos, colocando Jesus como
centro: Criação, Israel, Cristo, Igreja, Consumação.
Ser e fazer discípulos
Em segundo lugar, nos relacionamos com Jesus em oração.
Jesus mesmo destaca a importância da oração que é vivida de forma
secreta (Mateus 6.6) e também ensina uma oração aos seus discípulos
para que não usem de repetições vãs (Mateus 6.7-13).
A oração é muitas vezes sentida de forma um tanto mística,
até frustrante, por esperar certas respostas de Deus que não
acontecem. Contudo nossa relação com Jesus se torna bastante infantil
nesse caso, uma vez que sejamos como crianças recém nascidas, que
apenas esperam que os pais façam alguma coisa, se não, choram.
Oração não é uma oportunidade de colocar em movimento
um “deus” que está parado, mas é um tempo de viver com Deus, um
ser que é relacional, focado em nos conectarmos a Ele. Orar em
secreto diz respeito a um tempo de solitude. Algo bastante desafiador
nos tempos atuais. Orar é viver um relacionamento íntimo e verdadeiro
com Deus, como disse Clemente de Alexandria: “Orar é manter
companhia com Deus”.
Em terceiro lugar, a Igreja é a comunidade de discípulos
reunida. Não é um local, mas um grupo de pessoas que compartilha da
sua fé em Jesus. Muitas vezes se pensa que vamos nos relacionar com
Jesus só com a Bíblia e a Oração. Contudo, quando lemos Mateus
18.20, vemos que Jesus se faz presente na Igreja.
Ser Igreja é ter contato com Jesus. As igrejas são falhas sim.
Mas ser Igreja é perceber que Jesus morreu por pessoas como aquelas e
até mesmo por você, gente imperfeita, que mereceria a condenação
eterna, mas que foi alcançada pela maravilhosa graça de Jesus, assim
como nós. E é vendo essa graça sendo derramada pelo outro que
percebo também a graça que eu vivencio. E isso alimenta uma
reciprocidade de experiência da presença de Cristo em sua graça.
Por fim, é válido lembrar que além de ser alguém muito
amoroso nos convidando para viver debaixo de seu jugo suave e leve,
o discipulado traz um custo.
Ser e fazer discípulos
Em Mateus 16.24 percebemos que seguir a Jesus se refere a
negar a nós mesmos. No último estudo falamos sobre um reino de Deus
chegado. Deus criou todas as coisas e tinha direito como Rei sobre
tudo. Porém, em Adão e Eva, nós entramos em rebelião, querendo nos
tornar reis sobre nós mesmos, como vimos em 1 Samuel 8.6-7. E como
reis sobre nós mesmos trouxemos apenas mais corrupção sobre tudo
que nos cerca.
Mas Cristo é o Deus encarnado. Aquele que tem direito de
reinar sobre tudo. E é somente debaixo do seu governo que podemos
voltar a viver a harmonia do início. Não é possível seguir de fato Jesus
sem autonegação ou deixar o reinado para Jesus. “Se” e somente “se”
alguém quiser seguir Jesus, precisa negar a si mesmo. Precisamos tê-lo
como Rei e Senhor sobre nós.
Isso é discipulado! O relacionamento verdadeiro com o Mestre
passa por permanecermos nele, em leitura bíblica, oração e igreja; e ao
mesmo tempo, vivendo debaixo do seu senhorio, como Rei sobre nossas
decisões, atitudes, etc.
Para refletir e praticar: Você tem permanecido em Cristo?
Busca ler a Bíblia regularmente? Ora sem cessar? É Igreja em vez de ir a
igreja? Coloca sua vida debaixo do senhorio de Jesus (sem síndrome de
Gabriela)? Se tem vivido assim, tem buscado ser discípulo de Jesus.

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