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Anotações
WEISZ, Telma. O diálogo entre o ensino e a aprendizagem. São Paulo: Editora Ática, 2002.
Batismo de Fogo
•Telma Weisz relata o início da sua carreira em 1962.
•Tempo no qual prevaleceu o sentimento de ignorância.
•A escola estava organizada para que os alunos não se saíssem bem e o professor
agia como um “cego em meio a um tiroteio”.
•Hoje, porém, existiria muito mais possibilidades de mudar essa situação já que
existe um corpo de conhecimentos consolidados que, se não dá conta de tudo, pelo
menos ilumina os processos através dos quais as crianças conseguem ou não aprender
certos conteúdos.
•O professor, dessa forma, hoje é alguém com condições de ser sujeito de sua
ação profissional.
•Telma Weisz reafirma seu compromiso com as crianças da escola pública.
•Apesar de ser conhecida como uma especialista e alfabetização, seus estudos
são mais amplos e apresentam como tema central a questão da aprendizagem
UM NOVO OLHAR SOBRE A APRENDIZAGEM
•Crítica à postura adultocêntrica
–– organização do processo educativo a partir
–– da visão do adulto que já domina o
–– conteúdo que quer ensinar.
O professor (do lugar de quem já sabe) define, a priori, o que é mais fácil e o que é
mais difícil para os alunos e quais os caminhos que eles devem percorrer para realizar as
atividades desejadas, o que dificultaria a aprendizagem daquelas crianças que mais precisam
de acompanhamento por ainda não ter construído alguns conhecimentos exigidos
•No entanto, a adoção da postura adultocêntrica pelos professores não é uma
decisão voluntária, mas fruto de uma concepção que não os permite partir do ponto
de vista da criança.
A metodologia embutida nas cartilhas de alfabetização contribui para o fracasso na escola
•Emília Ferreiro e Ana Teberosky
As crianças constroem conhecimentos sobre a escrita desde muito cedo, a partir
do que observam na interação com o seu meio físico e social e das reflexões que fazem
a esse respeito; quando as crianças ainda não se alfabetizaram, buscam uma lógica que
explique o que não compreendem, elaborando hipóteses muito interessantes sobre o
funcionamento da escrita.
•metodologia das cartilhas
Pode fazer sentido para crianças convencidas de que para escrever uma
determinada palavra, basta uma letra para cada sílaba oral emitida (hipótese silábica),
mas para aquelas que ainda cultivam ideias muito mais simples a respeito da escrita,
ou seja, que ainda não estabeleceram relação entre a escrita e a fala (pré-silábica), o
esforço de demonstrar que uma sílaba, geralmente, se escreve com mais de uma letra
não faz nenhum sentido.
•Ao contrário do que é apresentado nas cartilhas, as crianças constroem hipóteses
sobre a escrita e seus usos a partir da participação em situações nas quais os textos
tem uma função social de fato.
•Por vivenciar poucas situação de leitura e escrita, as crianças mais pobres são
as apresentam hipóteses mais simples sobre o funcionamento do sistema alfabético.
•Dessa forma, o início de sua escolarização se dá em condições menos favoráveis do
que para aquelas crianças que participam de práticas sociais letradas desde pequenas.