PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL (PET) – UNESP Campus
de Ourinhos
Nome: Jessica Yasmin Galatti
Orientação: Prof. Dr. Nelson Rodrigo Pedon
RESENHA: HARVEY, David. Espaços de Esperança. Trad. de
Adail Ubirajara Sobral e Maria Stela
Gonçalves São Paulo: Edições Loyola, 2004 - Capítulo 6: Corpo
como estratégia de acumulação. No capítulo 6 denominado “Corpo como estratégia de acumulação”, Harvey (2004) afirma que o corpo como lógica irredutível de todos os valores não é algo novo e assenta que a volta a esse estudo nos debates contemporâneos deve ser encarado como uma forma de avaliação das bases de todas as formas de avaliação científica. O espaço-tempo corporal serve como signo condensado do espaço-tempo mais amplo do que é parte. Ou seja, o modo de produção do espaço-tempo tem vínculos inextricáveis com a produção do próprio corpo.
Utiliza autores como Lefebvre e Foucault para uma contestação a uma
visão mecanicista e absolutista por meio da qual o corpo é contido e disciplinado. O dilema apresentado pelo autor é voltar ao corpo humano como fonte de toda experiência, considerado um meio de oposição a toda rede de abstrações por meio de que são definidas, representadas e reguladas as relações sociais, as relações de poder, as instituições e as práticas materiais enquanto nenhum corpo é isento de processos sociais de determinação. Voltar ao corpo é exemplificar os processos sociais a que se faz propositalmente oposição.
Ao citar os conceitos de Marx busca a compreensão de processos de
produção e ação corporal no âmbito do capitalismo, em que os corpos são entendidos como entidades passivas que representam papéis econômicos performativos particulares, moldados pelas forças externas da acumulação e circulação do capital. Portanto, o capital se empenha em moldar os corpos de acordo com seus requisitos.