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Vontade e Liberdade

no período medieval
Universidade Estadual de Feira de Santana.
Seleção Pública para o magistério superior: professor substituto - Edital nº 001/2017
Prova didática.
Candidato: Diogo Campos da Silva
A história da “vontade”:

● O carácter intelectualista da ética


filosófica grega: Sócrates, Platão.

● A origem aristotélica da noção de vontade:


a escolha deliberada.

● O caráter volitivo da ética filosófica do


medievo cristão.

● A liberdade como categoria psicológica e


não política.

● Liberdade humana X Deus.


A psicologia do ato moral em Aristóteles

- Os fins da ação são dados por um


querer (boúlesis): raciocínio
desiderativo ou desejo racional;

- Deliberamos sobre os meios de agir


para realizar o fim postulado pela
vontade;

- Percebemos qual o melhor meio


disponível dadas as circunstâncias
em que nos encontramos;

- Escolhemos este melhor meio;

- Agimos conforme o que escolhemos.


Agostinho de Hipona
(Aurelius Augustinus Hipponensis)

Nascimento: 354 em Tagaste, Numídia


(moderna Souk Ahras, Argélia)
Morte: 430 (75 anos) em Hipona, Numídia
(moderna Annaba, Argélia).
A vontade e a psicologia agostiniana:

A vontade humana é o movimento da alma por adquirir (querer) ou rejeitar (não querer) algo.
É responsável por:

- Todos os movimentos sensíveis da alma, as emoções básicas:


- desejo: ceder ao movimento da alma em direção a um objeto;
- alegria: comprazer-se na posse de um objeto antes querido;
- medo: ceder ao movimento de recusa da vontade em relação a um objeto;
- tristeza: não consentir a um mal sofrido, a algo não querido;

- Todas as atividades cognitivas da alma:


- sensação: a vontade é responsável por manter o órgão sensorial fixado no objeto (atenção);
- memória: a atenção da vontade é responsável por imprimir na alma a marca da sensação;
- imaginação: é a vontade que une e mistura as imagens;
- intelecto: o conhecimento pressupõe o querer conhecer;

- O amor;

- Querer ou não a ordem divina e sua realização neste mundo.


A questão do livre-arbítrio da vontade no
interior da teodicéia agostiniana:
o problema do mal.
Nada Todo o ser
Ausência de ser Deus
A não criação. Sumo bem
Imutável e eterno

Criaturas
Três perfeições corruptíveis:
O mal: medida, forma, ordem
Privação de um bem que se
deveria possuir, pura
ausência, não criação.
O mal natural:
A sucessão do imperfeito pelo
perfeito justifica-se pela beleza
O platonismo de Agostinho
gerada ao longo do tempo.

O mal moral, voluntário, O mal é inevitável, já que


o pecado: Deus cria ex nihilo.
resulta do livre-arbítrio
Problema:
cedido por Deus à
vontade humana. Não teria sido melhor nada
criar?
Contra o maniqueísmo
Primeiro problema: criar uma vontade livre não seria
criar um mal?

Resposta: O exemplo das mãos.

Em si, toda criatura é boa.

Uma vontade é má somente na medida em que ela é


privada de ser o que deveria ser.

A vontade é um bem mediano e não absoluto.

Só dela mesma depende o mau uso do bem que ela é.

Os dois atos livres da vontade que decidem nossa


infelicidade eterna: aversão ao Bem supremo e conversão
aos bens secundários.
Segundo problema:

Mas, Deus, sendo causa de tudo, não é causa eficiente de


tais movimentos da vontade, logo, a causa do pecado?

Resposta:

Deus criou a vontade capaz tanto de desviar-se quanto de


apegar-se a Deus.

O movimento da vontade em direção contrária a Deus é


um auto-abandono da vontade em direção ao nada.

Não há causa eficiente e positiva para este abandono.


O pecado, a graça divina
e o problema da liberdade.
Dois sentidos da graça divina:

1) A criação - sentido impróprio.


2) O verbo encarnado fez de alguns pecadores
seus fiéis - sentido próprio. A graça depois
do pecado original.

1) O homem do paraíso:

Sábio, incorruptível e imortal.

Amava a Deus sem esforço. Domava seus


anseios com facilidade. A proibição do fruto era
um preceito de fácil obediência.

O pecado original deve-se apenas ao


livre-arbítrio da vontade.
2) O homem decaído:

As duas desordens na natureza humana resultante do


pecado original: a ignorância e a concupiscência.

Preserva algo da natureza original que lhe foi


agraciada por Deus. Mas essas perfeições sozinhas não
realizam nada que possua valor para Deus.

Para cair, o homem só tinha seu querer. Para


reergue-se não basta querer para poder.

1º momento: Deus faz o homem conhecer o pecado por


intermédio da lei.

2º momento: Deus faz o homem nele crer, a fé.

3º momento: Deus escolhe os homens, a salvação.


A doutrina da graça (em sentido próprio) de
Pelágio:

A graça não deve intervir antes do pecado, para


prevení-lo, agraciando a vontade com o poder de querer de
maneira correta, mas apenas depois do erro, com a
remissão do pecado.

O livre-arbítrio é a condição da graça. O esforço cria os


méritos.

Mas a graça, por definição, não seria um dom gratuito?

Os contra-exemplos dados por Paulo de Tarso e pela


experiência pessoal do próprio Agostinho: a vontade pode
querer o bem e, no entanto, não ser capaz de realizá-lo.
“Porque não faço o bem que quero, mas o mal que
não quero esse faço.
Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu,
mas o pecado que habita em mim.
Acho então esta lei em mim, que, quando quero
fazer o bem, o mal está comigo.
Porque, segundo o homem interior, tenho prazer
na lei de Deus;
Mas vejo nos meus membros outra lei, que batalha
contra a lei do meu entendimento, e me prende
debaixo da lei do pecado que está nos meus
membros.
Miserável homem que eu sou! quem me livrará do
corpo desta morte?
Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso
Senhor”.

Paulo de Tarso, Epístola aos romanos 7,19-25.


A doutrina da graça (em sentido próprio) de
Agostinho:

A graça é o que confere à vontade seja a força para


querer o bem seja para realizá-lo.

Tal força dupla é a liberdade.

Livre-arbítrio da vontade: escolha que se exerce em


função de motivos conhecidos, mesmo que o motivo
seja irresistível (a graça).

Liberdade é o bom uso do livre-arbítrio. A graça


confere liberdade à vontade.

A graça não eliminaria a vontade humana e seu


livre-arbítrio.
O problema da conciliação entre a graça divina,
o livre-arbítrio e a liberdade:

A questão do determinismo: antes e depois da graça,


nossa vontade parece determinada.

Sempre faremos o que nos deleitar mais.

A graça parece possibilitar a liberdade de ação (não há


constrangimento para se realizar o que se deseja) e
destruir a liberdade de indiferença (há constrangimento
sobre o querer).

O pecado introduz a desordem na ordem por Deus


criada. Restabelecer a ordem é criar de novo. O homem,
só, não pode fazê-lo.

A questão da liberdade humana no cenário


cristão-medieval e no cenário moderno.
Imagens:

Slide 2:
a) Busto de Sócrates: <http://www.mundociencia.com.br/filosofia/socrates/>.
b) Busto de Platão: <https://www.pensador.com/autor/platao/>.
c) Busto de Aristóteles: <http://olhar-filosofico.blogspot.com.br/2012/03/aristoteles-visao-da-antropologia.html>.
d) Fotografia de Hannah Arendt: <https://www.companhiadasletras.com.br/autor.php?codigo=00017>.
Slide 4: Retrato de Agostinho: <http://naogostodeplagio.blogspot.com.br/2010/09/confissoes-de-santo-agostinho-2.html>.
Slide 7:
a) Retrato de Maniqueu: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Manes_(profeta)>.
b) Platão, recorte de “Escola de Atenas”, 1509-1511, Rafael: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Platão>.
Slide 8, 9 e 11:
“Santo Agostinho”, 1636-1638, Peter Paul Rubens: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Agostinho_de_Hipona>.
Retrato de Agostinho: <https://en.wikipedia.org/wiki/Patristic_Institute_Augustinianum>.
“Adão e Eva”, Jan Gossaert (Mabuse): <http://pt.wahooart.com/@@/9GEPCR-Jan-Gossaert-(Mabuse)-Adão-e-Eva>.
Slide 12:
a) “Moisés e a tábua dos dez mandamentos”, Rembrandt:
<https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-704514816-moises-tabua-dez-mandamentos-pintor-rembrandt-tela-repro-_JM>
b) “Transfiguração de Cristo”, Rafael: <http://deniseludwig.blogspot.com.br/2013/09/pinturas-biblicas-do-novo-testamento.html>.
Slide 13, 14 e 15:
Retrato de Pelágio: <http://construindohistoriahoje.blogspot.com.br/2013/01/questoes-acerca-do-pelagianismo-parte-i.html>.
Ícone de São Paulo no mosteiro de Spaso-Preobrazhensky, em Iaroslavl, na Rússia: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_de_Tarso>.
Retrato de Santo Agostinho, século XVII, Philippe de Champaigne: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Agostinho_de_Hipona>.
Slide 16:
a) Ícone de Agostinho: <http://baixadacatolica.blogspot.com.br/2015/08/santo-agostinho-de-hipona-grande.html>.
b) Retrato de Kant:
<https://blogs.thegospelcoalition.org/justintaylor/2015/02/26/a-crash-course-on-influencers-of-unbelief-immanuel-kant/>.
FIM
Obrigado pela atenção!

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