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Resumo
Conclui-se, desse modo, que a visão da verdade sendo feita de forma justa e coerente, dentro do
jornalismo, não é uma visão tão romântica quando se imaginava, por mais que não haja uma verdade
absoluta.
Por exemplo, no século XVII o padrão de beleza era ditado por mulheres
com corpos carnudos, volumosos, porém o padrão de beleza que hoje é
imposto são mulheres com corpos sarados, definidos, esbeltos. Nota-se que,
para o século XVII aquele padrão era uma verdade tangível, que não possuía
previsão de um fim. Uma verdade que foi momentânea, como podemos
perceber.
Esse elemento que faz parte da vida de muitas pessoas é composto, muitas
vezes, pelo senso comum ou ideologia. Sem conhecimento apropriado, não
há como chegar a uma verdade que tenha uma lógica no momento em que
se busca, até porque como o conhecimento está em constante evolução, não
se sabe até quando aquela verdade continuará valendo.
Essas e outras questões serão explanadas com mais detalhes nos tópicos a
seguir.
A verdade no jornalismo
Uma forma que a verdade deve ser empregada no jornalismo é agindo com
a técnica de verificação que, ao ser usada no trabalho de investigação,
considera os dois lados de um mesmo fato: o lado contra e o favor, para que
haja uma certa imparcialidade. O repórter ou jornalista que manipula e
ordena a informação antes de chegar ao público, faz com que uma verdade
seja garantida de forma natural. [4]
Assim, garante-se uma boa notícia, mostrando a verdade mesmo que não
seja uma verdade literal.
Uma verdade que, depois de muitas investigações feitas pela polícia, foi
constatada não ser totalmente verdadeira, pois foi feita com o único objetivo
de expor um fato mentiroso, que ocorreu contra o caseiro. Esse é, sem
dúvida, um furo de reportagem, porém usado para fins ilícitos. Nessa
reportagem que ganhou grande repercussão no meio jornalístico não há
muita verdade, mas sim novidade.
A defesa da verdade
Portanto, todos podem agir para o bem da verdade. O governo pode fazê-lo
viabilizando meios que possibilitem uma verdade, abrindo mão de certos
sigilos que mantêm, desde documentos históricos a um julgamento no
Superior Tribunal de Justiça importante, que envolva notícias fundamentais
para a informação da sociedade.
Com esses pequenos atos, há a possibilidade de fazer com que haja mais
atenção e menos alienação e manipulação por parte de meios que queiram
se autopromover e dizimar a verdade.
NOTAS
[3] Tema abordado no artigo científico "Telejornalismo: a Pacificação do sentido", pelo Doutor em
Educação, professor da FAMECOS-PUCRS na Graduação e na Pós-Graduação, Roberto Ramos, na
revista eletrônica de jornalismo Verso e Reverso, em 2005.
[5] "…Estamos na era da mídia e para a mídia, mais que a verdade, interessa a novidade." (Pregação
do Pe. Raniero Cantallamessa na Celebração da Paixão do Senhor) - Citação retirada do artigo "Mais
que a verdade interessa a novidade", escrito pelo Mons. Antonio Rômulo Zagotto, da Arquidiocese de
Cachoeiro de Itapemirim - ES.
[6] Informações retiradas a partir do artigo "Marcelo Netto, Marcelo Netto", de Diogo Mainardi,
jornalista da revista Veja.
[7] Comitê criado pelos jornalistas Bill Kovach e Tom Rosenstiel, nos EUA, composto por vários
profissionais da área jornalística, que expuseram o jornalismo de verificação como sendo um dos
elementos fundamentais para um bom jornalismo, explanado no livro "Os elementos do jornalismo: o
que os jornalistas devem saber e o público exigir", capítulo 4, da página 111 à página 144.
Referências Bibliográficas
VERDADE. In: Miniaurélio Século XXI Escolar: o minidicionário da língua portuguesa. 4 ed. rev. e amp.
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001, p. 707.
COSTA, Cristina. Sociologia: Introdução à ciência da sociedade. 2 ed. São Paulo: Moderna, 2000, p.
70-82. Cap.: Sociologia alemã: a contribuição de Max Weber.
KOVACH, Bill; ROSENSTIEL, Tom. Os elementos do Jornalismo: O que os jornalistas devem saber e o
público exigir - tradução de Wladir Dupont. 2 ed. São Paulo: Geração Editorial, 2004.
ZAGOTTO, Mons. Antônio Rômulo. Mais que a verdade interessa a novidade. [mensagem pessoal].
Mensagem recebida por <icart@terra.com.br> em 29 abr. 2006.
MAINARDI, Diogo. Marcelo Netto, Marcelo Netto. Veja. 1949, ed. São Paulo, Abril, ano 39, n. 12, p.
57, 29 mar. 2006.
RAMOS, Roberto. Telejornalismo: a pacificação do sentido. Verso e reverso. [s.l.], ano XX, n. 42,
2005/3. Disponível em: <http://www.versoereverso.unisinos.br/index.php?e=6&s=9&a=54>. Acesso
em: 06 abr. 2006.