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CURSO DE
Entrevista Motivacional
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
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CURSO DE
Entrevista Motivacional
MÓDULO IV
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
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MÓDULO IV
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princípios produzem melhores resultados. Assim, a junção da Entrevista
Motivacional com as Intervenções Breves, resulta na técnica denominada
Intervenção Breve Motivacional.
A Intervenção Breve Motivacional é uma técnica adaptada da entrevista
motivacional para ser utilizada em contatos breves nos serviços de atenção básica a
saúde e baseia-se no modelo dos estágios de mudança. É uma técnica de curta
duração que pode ser utilizada por profissionais não especializados, assim como a
abordagem da Entrevista Motivacional.
As pressuposições teóricas da Intervenção Breve baseiam-se na ideia de
que um comportamento disfuncional pode ser mudado, que a motivação deve ser
avaliada e adaptada para a ação e que a percepção dos pacientes diz respeito a sua
responsabilidade no equilíbrio do processo de mudança de comportamento a ser
desenvolvido. O objetivo da Intervenção Breve é estabelecer para cada indivíduo os
padrões de consumo (utilizando-se de instrumentos adequados para tal) e fazer
associação com riscos que ele pode estar submetido quando faz uso de drogas.
Além disso, aconselhar sobre alternativas de mudanças de comportamento e ajudar
a traçar estratégias adequadas para alcançá-las, reforçando a capacidade do
indivíduo de produzir tais mudanças, ou seja, sua autoeficácia.
A Intervenção Breve é uma técnica que foca a educação e a motivação do
paciente para diminuir o uso de drogas. Os estudos relativos à Intervenção Breve
apresentam enfoque em sua efetividade na redução do padrão de uso de
substâncias, bem como no preparo dos profissionais envolvidos. Essa intervenção é
caracterizada por seis elementos básicos, que foram reunidos num acróstico
(FRAMES) a partir das palavras em inglês:
• Feedback
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• Aconselhamento
• Afeto (Empathy)
• Autoeficácia (Self-efficacy)
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Para o mesmo objetivo de memorização, pode-se utilizar
a palavra ADERIR, em português:
• Autoeficácia;
• Devolução;
• Empatia;
• Responsabilidade;
• Inventário;
• Recomendações.
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Perceba que os elementos das Intervenções Breves
são muito semelhantes ao da Entrevista
Motivacional, por isso elas se complementam em
Intervenção Breve Motivacional.
A diferença está no período de aconselhamento que
é mais breve na Intervenção Breve Motivacional.
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O estilo do terapeuta será determinante na resistência
do paciente quanto à mudança de comportamento, pois
quando ela surge, o paciente desenvolve a tendência de
não produzir a mudança de comportamento.
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Esses pontos servem de base para o início do trabalho com a Entrevista
Motivacional, evitando a resistência, resolvendo a ambivalência e introduzindo a
mudança.
Outro ponto-chave para tornar-se um terapeuta motivacional está em mudar
o estilo de trabalho. Para sentir-se seguro em relação à aplicação da Entrevista
Motivacional, o terapeuta deverá suprir as três fases do processo de aprendizagem:
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São elas: perguntar, escutar e informar.
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• Como melhorar a orientação:
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O terapeuta deverá:
Para entender melhor como se devem juntar todas as peças desse quebra-
cabeça apresentado até aqui, é importante um exemplo de um fragmento de caso.
Todavia, esse não deve ser um exemplo a ser seguido como “receita de bolo”, pois a
Entrevista Motivacional, embora com pressupostos e estratégias específicas para
sua estruturação, é uma abordagem individualizada e personalizada. Seu uso
dependerá das características de cada paciente. É preciso esclarecer que, para uma
abordagem mais didática, algumas partes do tratamento serão puladas.
Caracterização do caso
Sexo: feminino
Idade: 40 anos
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Demanda: não está feliz com seu peso, sente-se gorda. Recentemente foi
ao médico e os resultados de exames mostraram alterações importantes em seu
estado geral de saúde relacionadas ao excesso de gordura corporal.
Terapeuta: O que você está me dizendo é que seu marido e o médico estão
preocupados com seu peso (o terapeuta faz uma reflexão simples).
Terapeuta: Então, você notou que está comendo mais do que antes (aqui o
terapeuta faz mais uma reflexão).
Paciente: Não muito bem, mais acho que isso, às vezes, acontece com as
pessoas. Eu gosto de comer e acho um sacrifício fazer dieta.
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Terapeuta (continuação): Você está me dizendo que seu marido e seu
médico estão preocupados com seu peso em razão de sua saúde. Você também se
sente um pouco preocupada, mas também pressionada por eles a diminuir a
ingestão de comida. Você gosta de comer, mas reconhece que, às vezes, exagera
na quantidade (o terapeuta faz um resumo do que foi dito até então).
Terapeuta: Isso é muito importante. Tem mais alguma coisa que você tenha
notado em relação ao seu problema?
Paciente: Sim.
Terapeuta: Você dorme tarde, após todos terem ido dormir (escuta
reflexiva).
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Terapeuta: Se você pensar que está prejudicando sua saúde, conseguiria
mudar (escuta reflexiva).
Terapeuta: O que você acredita que teria que reduzir em sua comida? O
médico lhe deu informações sobre isso?
Paciente: Sim, ele me disse que posso apenas substituir alguns alimentos
mais calóricos por outros menos calóricos.
Terapeuta: O quanto você se sente confiante para fazer isso numa escala
de 1 a 10? (medindo autoeficácia).
Paciente: Talvez 4.
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Seguindo a sessão:
Paciente: Bom, na verdade, não vejo muitas coisas ruins nisso. Apenas pelo
fato de ficar com imensa vontade de comer.
Paciente: Sim.
Terapeuta: E se você pensasse que numa festa você pode comer, apenas
quando estiver em casa é que terá que fazer a dieta? (aumentando a autoeficácia).
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Terapeuta: Quando temos um problema, ficamos tão envolvidos com ele
que parece que não podemos falhar em nenhum momento. Porém, essas pequenas
falhas são possíveis e devemos encará-las como um momento de aprendizagem.
(ensinando sobre recaída e melhorando a autoeficácia).
Paciente: Acho que preciso mudar, gostaria de mudar, mais não sei como.
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Paciente: Não sei. O que você acha?
Paciente: Bom, não é por causa delas, é que me esqueço de seguir a dieta
quando me distraio com outras coisas.
Terapeuta: Então, que estratégias podemos usar para que você lembre-se
de sua dieta?
Paciente: Não sei, talvez se eu pedir ao meu esposo que me avise quando
eu estiver exagerando.
Terapeuta: Você acha que ele poderá ajudá-la. Ele está sempre com você?
Paciente: Acredito que sim. Nos finais de semana sempre estamos juntos.
Paciente: Sim.
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Terapeuta: Muito bom. Podemos tentar.
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Terapeuta: Que bom! Você realmente está conseguindo seguir seus
objetivos. Como você está se sentindo?
Terapeuta: É importante que você lembre que embora tenha feito muitos
avanços nas últimas semanas, é preciso estar sempre atenta aos perigos de
recaída. Sabemos também que, ao contrário do que você pensou, a recaída não
significa a perda de tudo que conquistou até aqui, certo? (trabalho de prevenção e
preparação de recaídas).
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Este é um pequeno exemplo de como conduzir as sessões de Entrevista
Motivacional. É claro que muitos elementos da teoria não foram contemplados nesse
exemplo a fim de não tornar-lo cansativo e longo demais.
Agora cada um pode iniciar seu treino pessoal e a aplicação da Entrevista
Motivacional com seus pacientes.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BIEN, T.; MILLER, W.; & TONIGAN, J. Brief interventions for drugs problems: a
review. Addiction, 88, 3, p. 315-335, 1993.
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PROCHASKA, J.; DiCLEMENTE, C. Transtheorical therapy: toward a more
integrative model of change. Psychoterapy: theory, research and pratice, v. 20, p.
368-375, 1982.
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