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Os seres vivos têm grande complexidade química, por isso, têm um nível de
organização muito maior do que aquele encontrado na matéria bruta. Nos seres vivos a
constituição começa nos átomos que se reúnem formando moléculas e, às vezes,
cristais. As moléculas reúnem-se formando organelos. Uma enorme quantidade de
moléculas inorgânicas e orgânicas interagem com os organelos, formando a célula.
Conhecida como unidade fundamental dos seres vivos, essa estrutura é capaz, por
exemplo, de se nutrir, crescer e se reproduzir. A célula só pode ser vista ao microscópio.
Alguns seres vivos, como as bactérias e os protozoários (como as amebas) são
formados por uma única célula. Esses organismos são conhecidos como unicelulares.
Mas a maioria dos seres vivos, como os animais, é composto de muitas células. Esses
são conhecidos como organismos pluricelulares, O nosso corpo, por exemplo, contém
cerca de 60 trilhões de células.
Na maioria dos organismos pluricelulares todas as suas partes trabalham em
conjunto e mantêm o organismo funcionando de maneira equilibrada, isso porque as
células se reúnem em grupos formando tecidos. Como por exemplo, tecido muscular,
tecido epitelial, etc.
Os tecidos podem se reunir formando órgãos, que se organizam em sistemas.
Por exemplo, o sistema digestivo é formado por um conjunto de órgãos (como a boca,
estomago, intestinos, etc.) responsáveis pela nutrição.
É O conjunto de sistemas que forma um organismo. O corpo humano, por
exemplo, é formado, entre outros, pelos sistemas nervoso, digestivo (ou digestório),
respiratório, circulatório (ou cardiovascular), urinário, genital, muscular e esquelético.
A organização dos seres vivos não termina com a formação de um organismo. Se
considerando todo o sistema de vida no planeta, existem graus ainda mais complexos de
organização. Sabemos que os seres vivos interagem com outros seres e com o ambiente.
Assim sendo, indivíduos da mesma espécie agrupam-se em determinada região,
formando uma população. Por exemplo, o conjunto de gazelas no Parque Nacional da
Kissama forma uma população de gazelas.
As relações estabelecidas entre diferentes populações que habitam o mesmo
local, formam uma comunidade. Uma comunidade é o conjunto de todas as espécies
que habitam determinado ambiente, como uma floresta ou uma lagoa.
A comunidade relaciona-se fortemente com os factores físicos e químicos do ambiente
em que se encontra – como a chuva e a temperatura. Desse modo, forma-se um conjunto
– constituído por seres vivos e factores físicos e químicos – chamado ecossistema (do
grego oíkos = casa, ambiente; systema = reunião, grupo). Um exemplo de ecossistema é
a floresta do Maiombe, incluindo os seres vivos, o tipo de solo, de clima, a quantidade
de água, etc.
O conjunto de todos os ecossistemas do planeta forma a biosfera (do grego bios
= vida; sphaîra = esfera, globo), ou seja, a biosfera é o conjunto de todas as regiões da
Terra em que é possível serem habitadas por seres vivos de modo permanente.
Todos os organismos dependem uns dos outros para sobreviver. Essa é uma das
razões pelas quais é necessário que a exploração dos recursos naturais preserve a imensa
biodiversidade de nosso planeta. Assim, evitamos desequilíbrios ecológicos e
respeitamos as outras espécies, muitas delas ainda desconhecidas pelos seres humanos.
A origem da palavra "biodiversidade" é comumente atribuída ao botânico norte-
americano Walter G. Rosen, uma contracção de "diversidade biológica", durante seu
planejamento para o "Fórum Nacional sobre a Biodiversidade", ocorrido no final de
1985.
No começo da década de 1980, ‘O termo biodiversidade - ou diversidade
biológica era sinónimo de riqueza de espécies; em 1982, o termo adquiriu o sentido de
diversidade genética e riqueza de espécies e, por fim, em 1986, no 1º Fórum Americano
sobre diversidade biológica organizado pelo Conselho Nacional de Pesquisa dos EUA
(National Research Council, NRC), expandiu-se abrangendo além da diversidade
genética e da diversidade de espécies, a diversidade ecológica.
A Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), popularmente conhecida
como a Convenção da Biodiversidade, define o termo ‘diversidade biológica’, em seu
segundo artigo, como a “variabilidade entre organismos vivos de todas as origens
compreendendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros
ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos de que fazem parte; compreendendo
ainda a diversidade dentro de espécies, entre espécies e de ecossistemas.”
A Convenção da Diversidade Biológica (CDB) é o primeiro instrumento legal
para assegurar a conservação e o uso sustentável dos recursos naturais. Mais de 160
países assinaram o acordo, que entrou em vigor em Dezembro de 1993. Angola tornou-
se membro da Conferência das Partes desta Convenção no dia 01 de Abril de 1998.
Biodiversidade é o grau de variação de vida. Esse termo descreve ao mesmo
tempo a variedade e a riqueza de todas as espécies (diversidade de espécies), a
variedade dos genes contidos dentro de cada indivíduo de tais espécies (diversidade
genética) e também a variedade de ecossistemas dentro de uma área, bioma ou do
próprio planeta (diversidade de ecossistemas).
Diversidade de genética
A diversidade genética é a variabilidade presente no conjunto dos indivíduos da
mesma espécie e resulta da variação intra-específica ao longo da reprodução sexuada. É
essa variabilidade, que faz com que os indivíduos de uma mesma espécie sejam
diferentes entre si, que os mecanismos da evolução e da selecção das espécies
funcionem, garantindo a possibilidade de adaptação das espécies às alterações do meio.
A variabilidade genética entre os indivíduos de uma espécie é essencial para possibilitar
a manutenção daquela espécie.
Diversidade de espécies
É a diversidade de espécies que possibilita a manutenção dos diversos serviços
do ecossistema, necessários à manutenção da vida humana. Com efeito, a manutenção
da vida humana não depende apenas da provisão dos diversos recursos naturais
extraídos directa ou indirectamente da natureza, como a madeira, os tecidos, os
alimentos, medicamentos, etc. Além destes, cuja importância e fundamento são
inegáveis, há vários outros serviços prestados pela natureza que, mesmo sem serem
devidamente notados, são tão ou mais importantes do que aqueles, como os serviços de
polinização, reciclagem de nutrientes, conservação de solos e controle de pragas e
doenças, que dependem directamente da diversidade de espécie existentes.
Diversidade de ecossistemas
Por fim, a outra dimensão do conceito de biodiversidade é aquela relativa à
diversidade de ecossistemas, que diz respeito aos ecossistemas, ambientes e paisagens
diferentes, presentes na Terra, bem como às interacções entre as comunidades em
relações complexas. O planeta possui diversos ecossistemas diferentes, cada um com
condições climáticas, geográficas e históricas que o tornam único. É desnecessário frisar
as diferenças óbvias entre o Parque Nacional do Iona, a florestas do Maiombe ou o
deserto do Namibe.
Cada ecossistema reúne condições específicas que garantem a manutenção de
inúmeras espécies que por vezes somente existem em locais específicos, de modo que a
manutenção dos ecossistemas é também essencial para a manutenção da diversidade de
espécies, da diversidade genética e dos serviços ecológicos importantíssimos aos seres
humanos.
A biodiversidade não é distribuída uniformemente pelo planeta. Ela depende de
factores como a temperatura, precipitação, altitude, solos, geografia, presença de outras
espécies e história evolutiva. Existem regiões do globo onde há mais espécies que em
outras e estas regiões estão concentradas nos trópicos, devido a disponibilidade
energética (energia solar).
Cada ser vivo possui um papel fundamental no equilíbrio do planeta, dos meros
micróbios até os seres humano. Cada espécie que entra em extinção representa revés ao
mundo inteiro.
Todos os seres humanos necessitam da biodiversidade, pois é daí que tiramos
nossos alimentos, medicamentos e outros produtos, como princípios activos, que são
utilizados para gerar outros produtos ou gerar renda, como é o caso da madeira, das
fibras, do algodão e de outros produtos naturais. Além disso, a biodiversidade garante o
equilíbrio do planeta, permitindo, por exemplo, que pragas não proliferem no ambiente
e que não ocorra alteração no volume de chuvas.
Diante da importância das espécies que vivem em nosso planeta, a Organização
das Nações Unidas estabeleceu, em 1992, que no dia 22 de maio de todos os anos seria
comemorado o Dia Internacional da Biodiversidade
Com exceção dos vírus, os seres vivos são formados por célula ou células, e a
compreensão de como os seres vivos surgiram e evoluíram começa com o entendimento
de como a célula surgiu e evoluiu.
A área da Biologia que estuda a célula é a Citologia (do grego: cito = célula;
logos = estudo). Esse estudo só foi possível a partir do momento em que o ser humano
começou a construir aparelhos com lentes que permitiam grande aumento da imagem.
Esses aparelhos, chamados microscópios (do grego: mikrós = pequeno; skopeo = ver,
enxergar), possibilitam o conhecimento e o estudo de estruturas invisíveis a olho nu. A
maioria das células é microscópica, mas, existam células visíveis a olho nu, (como pode
ver na figura abaixo - Fotografia de alga marinha unicelular, do gênero Acetabularia).
A Citologia – nos ajuda a compreender melhor a origem das doenças e faz parte
também da pesquisa de novos medicamentos e de tecnologias que nos garantem melhor
qualidade de vida.
Admite-se que a teoria celular foi criada por Robert Hooke em 1665, pois,
Hooke estabeleceu que a célula é a unidade fisiológica dos seres vivos.
Em 1838, o botânico alemão Matthias Schleiden (1804-1881; pronuncia-se “xláiden”)
concluiu que a célula era a unidade básica de todas as plantas. Um ano mais tarde, o
zoólogo alemão Theodor Schwann (1810-1882; pronuncia-se “xvan”) generalizou esse
conceito para os animais. Iniciava-se assim o desenvolvimento da teoria celular de
Schwann e Schleiden. Essa teoria afirma, entre outras generalizações, que todos os seres
vivos são formados por células.
Mas ainda havia uma questão: de onde vinham as células? Em 1858, o médico
alemão Rudolf Virchow (1821-1902; pronuncia-se “fírchov”) afirmou que toda célula
provém de outra, querendo dizer que uma célula é capaz de se reproduzir. Virchow fez
mais uma afirmação ousada para a época: as doenças seriam consequência de problemas
nas células.
2.3.2. IMPORTÂNCIA
Numa correcta iluminação a luz deve atravessar a preparação. O ajuste correcto é aquele
em que:
- O campo visual está uniforme e completamente iluminado;
- O ângulo de entrada na objectiva está iluminado. Para se obter o referido ajuste deve
seguir-se o seguinte conjunto de procedimentos:
1. Verificar se a componente óptica está devidamente limpa;
2. Confirmar se a objectiva de menor ampliação está no prolongamento do tubo;
3. Abrir o diafragma e ligar a fonte de luz;
4. Visualizar o campo do microscópio que deve estar uniformemente iluminado. Para
proceder à focagem deve-se:
a) Colocar a preparação na platina e, após estar centrada na “janela”, prendê-la com as
pinças;
b) Mover lentamente o parafuso macrométrico, para que a platina se aproxime da
objectiva, tendo o cuidado de ir controlando estes movimentos adoptando uma posição
lateral relativamente ao microscópio;
c) Observando através da ocular, afastar lentamente a platina até obter a primeira
imagem;
d) Com o auxílio do parafuso micrométrico, corrigir a focagem até se obter uma
imagem nítida;
e) Regular a abertura do diafragma, iluminando o campo do microscópio de acordo com
o material que se está a observar.
Sistema de ampliação