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UNIDADE 1: DIVERSIDADE DA BIOSFERA

1.1. ORGANIZAÇÃO BIOLÓGICA

Os seres vivos têm grande complexidade química, por isso, têm um nível de
organização muito maior do que aquele encontrado na matéria bruta. Nos seres vivos a
constituição começa nos átomos que se reúnem formando moléculas e, às vezes,
cristais. As moléculas reúnem-se formando organelos. Uma enorme quantidade de
moléculas inorgânicas e orgânicas interagem com os organelos, formando a célula.
Conhecida como unidade fundamental dos seres vivos, essa estrutura é capaz, por
exemplo, de se nutrir, crescer e se reproduzir. A célula só pode ser vista ao microscópio.
Alguns seres vivos, como as bactérias e os protozoários (como as amebas) são
formados por uma única célula. Esses organismos são conhecidos como unicelulares.
Mas a maioria dos seres vivos, como os animais, é composto de muitas células. Esses
são conhecidos como organismos pluricelulares, O nosso corpo, por exemplo, contém
cerca de 60 trilhões de células.
Na maioria dos organismos pluricelulares todas as suas partes trabalham em
conjunto e mantêm o organismo funcionando de maneira equilibrada, isso porque as
células se reúnem em grupos formando tecidos. Como por exemplo, tecido muscular,
tecido epitelial, etc.
Os tecidos podem se reunir formando órgãos, que se organizam em sistemas.
Por exemplo, o sistema digestivo é formado por um conjunto de órgãos (como a boca,
estomago, intestinos, etc.) responsáveis pela nutrição.
É O conjunto de sistemas que forma um organismo. O corpo humano, por
exemplo, é formado, entre outros, pelos sistemas nervoso, digestivo (ou digestório),
respiratório, circulatório (ou cardiovascular), urinário, genital, muscular e esquelético.
A organização dos seres vivos não termina com a formação de um organismo. Se
considerando todo o sistema de vida no planeta, existem graus ainda mais complexos de
organização. Sabemos que os seres vivos interagem com outros seres e com o ambiente.
Assim sendo, indivíduos da mesma espécie agrupam-se em determinada região,
formando uma população. Por exemplo, o conjunto de gazelas no Parque Nacional da
Kissama forma uma população de gazelas.
As relações estabelecidas entre diferentes populações que habitam o mesmo
local, formam uma comunidade. Uma comunidade é o conjunto de todas as espécies
que habitam determinado ambiente, como uma floresta ou uma lagoa.
A comunidade relaciona-se fortemente com os factores físicos e químicos do ambiente
em que se encontra – como a chuva e a temperatura. Desse modo, forma-se um conjunto
– constituído por seres vivos e factores físicos e químicos – chamado ecossistema (do
grego oíkos = casa, ambiente; systema = reunião, grupo). Um exemplo de ecossistema é
a floresta do Maiombe, incluindo os seres vivos, o tipo de solo, de clima, a quantidade
de água, etc.
O conjunto de todos os ecossistemas do planeta forma a biosfera (do grego bios
= vida; sphaîra = esfera, globo), ou seja, a biosfera é o conjunto de todas as regiões da
Terra em que é possível serem habitadas por seres vivos de modo permanente.

1.2. ESTUDOS DOS ECOSSISTEMAS

Os ecossistemas são estudados por um ramo da biologia denominado Ecologia.


A palavra “ecologia” deriva de duas palavras gregas: oikós (casa) e logos (estudo).
Assim, Ecologia significa literalmente o “estudo da casa”. Essa palavra foi usada pela
primeira vez em 1870 pelo biólogo alemão Ernst Haeckel, para designar o estudo das
interacções dos organismos entre si e com os demais componentes do ambiente.

Como já mencionado, ecossistema é o nome dado a um conjunto de


comunidades que vivem em um determinado local e interagem entre si e com os
elementos físico e químicos do ambiente, constituindo um sistema estável, equilibrado
e auto-suficiente. O termo foi utilizado pela primeira vez em 1935 pelo botânico e
ecólogo inglês Sir Arthur George Tansley (15 de Agosto de 1871 – 25 de Novembro de
1955).

Os elementos físicos e químicos do ambiente que interagem com os seres vivos


são chamados factores abióticos (do grego a = sem; bios = vida), e os seres vivos
formam os factores bióticos. O conjunto dos factores abióticos é chamado biótopo (do
grego bio = vida; thopos = lugar).

Os ecossistemas estão divididos em dois grandes grupos principais:


ecossistemas terrestres e ecossistemas aquáticos.

Os ecossistemas terrestres são principalmente caracterizados pelo clima e por


vegetação com características específicas. Conjuntos de grandes ecossistemas com
fisionomias vegetais semelhantes formam os biomas. Os principais tipos de biomas ou
ecossistemas terrestres do mundo são Florestas Tropicais, Campos, Savanas,
Desertos, Polar e altas montanhas, Tundra, Floresta Temperada, Decídua e
Floresta de Coníferas.

O estudo dos ecossistemas aquáticos envolve pesquisas nas áreas de Química,


Física e Geologia. Para entender esses ambientes, precisamos saber qual é a composição
química dos corpos d’água, sejam eles rios, lagos ou oceanos; precisamos conhecer
características como temperatura, pressão e turbidez da água; devemos entender a
estrutura geológica do local, entre outros aspectos.
Os ecossistemas aquáticos estão representados pelos oceanos, mares, rios e
lagos. Neles, os seres vivos são classificados em três grandes categorias:
Plâncton: compreende organismos geralmente microscópicos que vivem em
suspensão na coluna de água, sendo carregados pelas correntezas. Existem dois grupos,
os organismos clorofilados, denominados fitoplâncton, como as algas (Fig. a esquerda),
e os não clorofilados, especialmente protozoários e pequenos animais, denominados
zooplâncton (Fig. a direita);

Nécton: compreende os animais nadadores activos que vivem na coluna de água,


como é o caso de muitos peixes;
Bentos: compreende organismos que vivem em contacto com o substrato do
fundo, de forma fixa (séssil), como os corais e as algas, ou de forma vágil, isto é,
deslocando-se livremente, como os caranguejos.
Os ecossistemas de água doce podem ser divididos em duas categorias:
Ecossistemas lênticos: formados por lagos, lagoas e poças e caracterizados por
águas paradas;
Ecossistemas lóticos: formados pelos rios, que têm água em movimento.

1.2.1. CADEIAS E TEIAS ALIMENTARES

1.2.2. NÍVEIS TRÓFICOS

Assim como os humanos, todos os animais precisam se alimentar e usam como


fonte de nutrientes outros seres vivos, como as plantas. As plantas, embora produzam o
próprio alimento (matéria orgânica), também precisam de nutrientes, que geralmente
ficam disponíveis no solo. Muitos dos minerais presentes no solo são resultado da
atividade de fungos e bactérias sobre matéria orgânica morta, ou seja, organismos que já
morreram.
As relações alimentares que os organismos estabelecem entre si forma cadeias e
teias alimentares.
Cadeia alimentar é o modo em que a matéria e a energia de um ecossistema são
transferidas de um ser vivo para outro ser vivo.
A cadeia alimentar apresenta etapas. Cada etapa da cadeia alimentar é chamada
nível trófico (do grego trophé = nutrição). As plantas, as algas, algumas bactérias e
alguns protistas ocupam o nível trófico dos produtores (ou produtores primários)., por
serem autotróficos, ou seja, conseguem produzir o próprio alimento (matéria orgânica –
açúcares) a partir de substâncias inorgânicas ou minerais, utilizando a energia luminosa.
Os animais, como o gafanhoto, que alimentam-se directamente de vegetais
(herbívoros), ocupam o nível trófico dos consumidores primários. Aqueles animais,
como o sapo, que alimenta-se dos animais herbívoros ocupam o nível trófico dos
consumidores secundários. Os que consomem estes ocupam o nível trófico dos
consumidores terciários e a seguir vem os que ocupam o nível trófico dos
consumidores quaternários, e, assim sucessivamente.
O último nível trófico é ocupado pelos decompositores, um grupo de organismo
composto por fungos e bactérias que vivem no solo e na água, cuja função é quebrar e
oxidar excretos e restos orgânicos de plantas e animais mortos para obter a energia e as
substâncias necessárias ao funcionamento de seu organismo.
As substâncias inorgânicas produzidas pela decomposição podem ser utilizadas
novamente pelos outros seres vivos, recomeçando o ciclo.

Muitos animais têm alimentação variada, e outros servem de alimento a mais de


uma espécie. Há também animais que, por se alimentarem de vegetais e de animais,
podem ser consumidores primários, secundários ou terciários. São os animais
omnívoros ou onívoros (do latim omni = tudo; vorare = devorar), como o ser humano.
Por isso forma-se no ecossistema cadeias interligadas denominadas teias ou redes
alimentares.
Teia ou rede alimentar é a interligação de várias cadeias alimentares, formando
uma complexa rede de transferência de matéria e de energia.
1.2.3. BIODIVERSIDADE

Todos os organismos dependem uns dos outros para sobreviver. Essa é uma das
razões pelas quais é necessário que a exploração dos recursos naturais preserve a imensa
biodiversidade de nosso planeta. Assim, evitamos desequilíbrios ecológicos e
respeitamos as outras espécies, muitas delas ainda desconhecidas pelos seres humanos.
A origem da palavra "biodiversidade" é comumente atribuída ao botânico norte-
americano Walter G. Rosen, uma contracção de "diversidade biológica", durante seu
planejamento para o "Fórum Nacional sobre a Biodiversidade", ocorrido no final de
1985.
No começo da década de 1980, ‘O termo biodiversidade - ou diversidade
biológica era sinónimo de riqueza de espécies; em 1982, o termo adquiriu o sentido de
diversidade genética e riqueza de espécies e, por fim, em 1986, no 1º Fórum Americano
sobre diversidade biológica organizado pelo Conselho Nacional de Pesquisa dos EUA
(National Research Council, NRC), expandiu-se abrangendo além da diversidade
genética e da diversidade de espécies, a diversidade ecológica.
A Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), popularmente conhecida
como a Convenção da Biodiversidade, define o termo ‘diversidade biológica’, em seu
segundo artigo, como a “variabilidade entre organismos vivos de todas as origens
compreendendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros
ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos de que fazem parte; compreendendo
ainda a diversidade dentro de espécies, entre espécies e de ecossistemas.”
A Convenção da Diversidade Biológica (CDB) é o primeiro instrumento legal
para assegurar a conservação e o uso sustentável dos recursos naturais. Mais de 160
países assinaram o acordo, que entrou em vigor em Dezembro de 1993. Angola tornou-
se membro da Conferência das Partes desta Convenção no dia 01 de Abril de 1998.
Biodiversidade é o grau de variação de vida. Esse termo descreve ao mesmo
tempo a variedade e a riqueza de todas as espécies (diversidade de espécies), a
variedade dos genes contidos dentro de cada indivíduo de tais espécies (diversidade
genética) e também a variedade de ecossistemas dentro de uma área, bioma ou do
próprio planeta (diversidade de ecossistemas).

Diversidade de genética
A diversidade genética é a variabilidade presente no conjunto dos indivíduos da
mesma espécie e resulta da variação intra-específica ao longo da reprodução sexuada. É
essa variabilidade, que faz com que os indivíduos de uma mesma espécie sejam
diferentes entre si, que os mecanismos da evolução e da selecção das espécies
funcionem, garantindo a possibilidade de adaptação das espécies às alterações do meio.
A variabilidade genética entre os indivíduos de uma espécie é essencial para possibilitar
a manutenção daquela espécie.

Diversidade de espécies
É a diversidade de espécies que possibilita a manutenção dos diversos serviços
do ecossistema, necessários à manutenção da vida humana. Com efeito, a manutenção
da vida humana não depende apenas da provisão dos diversos recursos naturais
extraídos directa ou indirectamente da natureza, como a madeira, os tecidos, os
alimentos, medicamentos, etc. Além destes, cuja importância e fundamento são
inegáveis, há vários outros serviços prestados pela natureza que, mesmo sem serem
devidamente notados, são tão ou mais importantes do que aqueles, como os serviços de
polinização, reciclagem de nutrientes, conservação de solos e controle de pragas e
doenças, que dependem directamente da diversidade de espécie existentes.

Diversidade de ecossistemas
Por fim, a outra dimensão do conceito de biodiversidade é aquela relativa à
diversidade de ecossistemas, que diz respeito aos ecossistemas, ambientes e paisagens
diferentes, presentes na Terra, bem como às interacções entre as comunidades em
relações complexas. O planeta possui diversos ecossistemas diferentes, cada um com
condições climáticas, geográficas e históricas que o tornam único. É desnecessário frisar
as diferenças óbvias entre o Parque Nacional do Iona, a florestas do Maiombe ou o
deserto do Namibe.
Cada ecossistema reúne condições específicas que garantem a manutenção de
inúmeras espécies que por vezes somente existem em locais específicos, de modo que a
manutenção dos ecossistemas é também essencial para a manutenção da diversidade de
espécies, da diversidade genética e dos serviços ecológicos importantíssimos aos seres
humanos.
A biodiversidade não é distribuída uniformemente pelo planeta. Ela depende de
factores como a temperatura, precipitação, altitude, solos, geografia, presença de outras
espécies e história evolutiva. Existem regiões do globo onde há mais espécies que em
outras e estas regiões estão concentradas nos trópicos, devido a disponibilidade
energética (energia solar).

1.2.1. VALORES DA BIODIVERSIDADE

É necessário estimar o valor da biodiversidade para que se possa fazer uma


distribuição equitativa da riqueza da biodiversidade. Os valores da biodiversidade estão
divididos em cinco principais:
Valor intrínseco: Todas as espécies são importantes, não apenas por uma
questão de ética, mas, porque todas as espécies participam da cadeia alimentar.
Valor funcional: Cada espécie tem um papel funcional no ecossistema. Por
exemplo, existem as presas, os que são predadores, as plantas que são os grandes
produtores, etc.
Valor de uso directo: Através do turismo, do uso de espécies comestíveis ou de
novas substâncias farmacêuticas, da madeira, caça, da sua função ecológica –
fotossíntese, protecção contra a erosão.
Valor de uso indirecto: estes são mas abrangentes, envolvendo as funções
ecológicas da biodiversidade como a protecção de bacias hidrográficas, preservação de
habitat para espécies migratórias, estabilização climática, sequestro de carbono, ciclo de
nutrientes, reciclagem de resíduos.
Valor potencial: referem-se aos benefícios ainda desconhecidos da
biodiversidade, como a descoberta de novas substâncias (principio activo) para o
tratamento de doenças.

1.2.2. PRINCIPAIS AMEAÇAS

As principais ameaças à biodiversidade global são a destruição de habitats,


a introdução de espécies exóticas e espécies invasoras, a poluição genética (técnicas
de hibridização para aumentar o rendimento da agricultura e da pecuária; cultivos
transgénicos), a exploração insustentável de recursos naturais (caça excessiva,
desmatamento excessivo, má conservação do solo na agricultura e o comércio ilegal de
animais silvestres), mudanças climáticas (efeito estufa e aquecimento global) e a
superpopulação humana.

A fim de promover acções de conservação, a Organização das Nações Unidas


(ONU) declarou os anos de 2011 a 2020, como a Década da Biodiversidade.

1.2.3. IMPORTÂNCIA DA BIODIVERSIDADE

Cada ser vivo possui um papel fundamental no equilíbrio do planeta, dos meros
micróbios até os seres humano. Cada espécie que entra em extinção representa revés ao
mundo inteiro.
Todos os seres humanos necessitam da biodiversidade, pois é daí que tiramos
nossos alimentos, medicamentos e outros produtos, como princípios activos, que são
utilizados para gerar outros produtos ou gerar renda, como é o caso da madeira, das
fibras, do algodão e de outros produtos naturais. Além disso, a biodiversidade garante o
equilíbrio do planeta, permitindo, por exemplo, que pragas não proliferem no ambiente
e que não ocorra alteração no volume de chuvas.
Diante da importância das espécies que vivem em nosso planeta, a Organização
das Nações Unidas estabeleceu, em 1992, que no dia 22 de maio de todos os anos seria
comemorado o Dia Internacional da Biodiversidade

1.2.4. CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE

Em Biologia, conservação é a execução de planos, programas e projectos


relativos à preservação e protecção da biodiversidade.
A conservação dos ecossistemas naturais, flora, fauna e os microrganismos,
garante a sustentabilidade dos recursos naturais e permite a manutenção de vários
serviços essenciais ao bem-estar humano. Angola, por ser um país de grande diversidade
biológica, tem grandes desafios e responsabilidades em relação à conservação de
espécies.
Existem duas estratégias de conservação da Biodiversidade, a conservação in
situ e a conservação ex situ.
Conservação in situ são estratégias de conservação de ecossistemas e habitats
naturais e de manutenção e recuperação de populações em seus meios naturais e, no
caso de espécies domesticadas ou cultivadas, nos meios onde tenham desenvolvido suas
propriedades características.
Conservação ex situ é uma estratégia de preservação e recuperação de espécies
vegetais e animais fora do seu habitat natural.
A melhor estratégia para protecção a longo prazo da diversidade biológica é a
preservação das comunidades naturais e populações no ambiente selvagem, conhecida
como preservação in situ ou preservação local. Somente na natureza as espécies são
capazes de continuar o processo de adaptação evolucionária para um ambiente em
mutação dentro de suas comunidades naturais.
A estratégia de conservação ex situ também é de grande importância, pois é a
melhor estratégia de conservação para grupos com menos espécies e grandes exigências
de espaço, como os grandes vertebrados. Nesta estratégia, mantém-se as espécies em
condições artificiais sob a supervisão humana, como por exemplo, em zoológicos,
microrganismos cultivados em estufas, fazendas com criação de caça, aquários e
programas de criação em cativeiro. As plantas são mantidas em jardins botânicos,
arboretos e bancos de sementes.

UNIDADE 2: BASE CELULAR DA VIDA


2.1. INTRODUÇÃO

Com exceção dos vírus, os seres vivos são formados por célula ou células, e a
compreensão de como os seres vivos surgiram e evoluíram começa com o entendimento
de como a célula surgiu e evoluiu.
A área da Biologia que estuda a célula é a Citologia (do grego: cito = célula;
logos = estudo). Esse estudo só foi possível a partir do momento em que o ser humano
começou a construir aparelhos com lentes que permitiam grande aumento da imagem.
Esses aparelhos, chamados microscópios (do grego: mikrós = pequeno; skopeo = ver,
enxergar), possibilitam o conhecimento e o estudo de estruturas invisíveis a olho nu. A
maioria das células é microscópica, mas, existam células visíveis a olho nu, (como pode
ver na figura abaixo - Fotografia de alga marinha unicelular, do gênero Acetabularia).

A Citologia – nos ajuda a compreender melhor a origem das doenças e faz parte
também da pesquisa de novos medicamentos e de tecnologias que nos garantem melhor
qualidade de vida.

2.2. EVOLUÇÃO DO CONHECIMENTO CITOLÓGICO

Para estudar a estrutura e o funcionamento da célula, os cientistas utilizam vários


instrumentos e técnicas. Um exemplo de instrumento é o microscópio.
O holandês Anton van Leeuwenhoek (1632-1723; pronuncia-se “lêvenhuk”) foi
um comerciante de tecidos que dedicava boa parte do seu tempo ao estudo da natureza.
Ele tinha notável habilidade para polir lentes e torná-las muito finas, para poder usá-las
para examinar as fibras de tecidos e atestar sua qualidade.
Com suas lentes e técnicas de iluminação, Leeuwenhoek (figura abaixo) foi
capaz de aumentar a imagem dos objectos até 270 vezes. Ele pôde, assim, observar
microrganismos que mediam apenas cerca de 0,003 mm de comprimento. Embora as
imagens fossem ainda muito distorcidas na forma e na cor, isso já constituía um grande
avanço, pois o ser humano não vê, a olho nu, objectos com menos de aproximadamente
0,1 mm de comprimento.
Na mesma época em que Leeuwenhoek desenvolvia suas lentes e realizava suas
observações de um mundo pequeno demais para ser observado a olho nu, o cientista
inglês Robert Hooke (1635-1703; pronuncia-se “huk”, com a letra “h” aspirada)
observou pedaços de cortiça com o auxílio de um microscópio formado por duas ou
mais lentes associadas dentro de um tubo de metal. Esse objecto era o chamado
microscópio composto, semelhante aos microscópios de hoje. Hooke descreveu
pequenas cavidades no interior daqueles pedaços de cortiça e deu-lhes o nome de
células (do latim cellula 5 pequenos compartimentos). De fato, como a cortiça é um
tecido de células mortas que protege o tronco das árvores, o que Hooke viu foi apenas o
envoltório da célula e o espaço vazio antes ocupado pela célula viva (figura a seguir).

A evolução do conhecimento humano sobre as células continua até hoje. Depois


de Hooke, na década de 1820, o botânico escocês Robert Brown (1773-1858;
pronuncia-se “bráun”) descobriu um pequeno corpo no interior de vários tipos de
células e o chamou de núcleo. E, vários outros organelos têm sido descobertos até
então.

2.3. TEORIA CELULAR (DEFINIÇÃO DE CÉLULA)


2.3.1. HISTÓRIA

Admite-se que a teoria celular foi criada por Robert Hooke em 1665, pois,
Hooke estabeleceu que a célula é a unidade fisiológica dos seres vivos.
Em 1838, o botânico alemão Matthias Schleiden (1804-1881; pronuncia-se “xláiden”)
concluiu que a célula era a unidade básica de todas as plantas. Um ano mais tarde, o
zoólogo alemão Theodor Schwann (1810-1882; pronuncia-se “xvan”) generalizou esse
conceito para os animais. Iniciava-se assim o desenvolvimento da teoria celular de
Schwann e Schleiden. Essa teoria afirma, entre outras generalizações, que todos os seres
vivos são formados por células.
Mas ainda havia uma questão: de onde vinham as células? Em 1858, o médico
alemão Rudolf Virchow (1821-1902; pronuncia-se “fírchov”) afirmou que toda célula
provém de outra, querendo dizer que uma célula é capaz de se reproduzir. Virchow fez
mais uma afirmação ousada para a época: as doenças seriam consequência de problemas
nas células.

2.3.2. IMPORTÂNCIA

A importância da teoria celular reside no facto de ter levado os biólogos à


investigações científicas (utilização do método científico) mais profundas para dar
respostas convincentes aos postulados da teorias celular, acabando assim com o
empirismo. É devido a teoria celular que hoje chega-se a conclusões de determinados
experimentos

2.3.3. POSTULADOS DA TEORIA CELULAR

A elaboração da teoria celular foi resultado de várias pesquisas realizadas por


diversos cientistas ao longo do tempo, de acordo com essa teoria:
- Todos os seres vivos são formados por células;
- A célula é a unidade morfológica dos seres vivos, pois, alguns têm o corpo
formado por uma única célula;
- A célula é a unidade fisiológica dos seres vivos, porque as propriedades vitais
de um organismo dependem das propriedades de suas células, nas quais ocorrem as
reacções do metabolismo;
- As células surgem sempre de outras células, cada uma contém as informações
hereditárias de todo o organismo, o DNA e o RNA.

2.4. MICROSCOPIA ÓPTICA E ELECTRÓNICO


2.4.1. ASPECTOS GERAIS SOBRE A MICROSCOPIA ÓPTICA PARTE ÓPTICA E
MECÂNICA DO MICROSCÓPIO ÓPTICO

Muitos atribuem a invenção deste instrumento a Galileu, outros a família


Jansen, porém foi Leeuwenhoek quem realmente aperfeiçoou o instrumento e o utilizou
na observação de seres vivos.
2.4.2. SISTEMAS DE AMPLIAÇÃO E ILUMINAÇÃO

Sistema de Iluminação e focagem

Numa correcta iluminação a luz deve atravessar a preparação. O ajuste correcto é aquele
em que:
- O campo visual está uniforme e completamente iluminado;
- O ângulo de entrada na objectiva está iluminado. Para se obter o referido ajuste deve
seguir-se o seguinte conjunto de procedimentos:
1. Verificar se a componente óptica está devidamente limpa;
2. Confirmar se a objectiva de menor ampliação está no prolongamento do tubo;
3. Abrir o diafragma e ligar a fonte de luz;
4. Visualizar o campo do microscópio que deve estar uniformemente iluminado. Para
proceder à focagem deve-se:
a) Colocar a preparação na platina e, após estar centrada na “janela”, prendê-la com as
pinças;
b) Mover lentamente o parafuso macrométrico, para que a platina se aproxime da
objectiva, tendo o cuidado de ir controlando estes movimentos adoptando uma posição
lateral relativamente ao microscópio;
c) Observando através da ocular, afastar lentamente a platina até obter a primeira
imagem;
d) Com o auxílio do parafuso micrométrico, corrigir a focagem até se obter uma
imagem nítida;
e) Regular a abertura do diafragma, iluminando o campo do microscópio de acordo com
o material que se está a observar.

Sistema de ampliação

Ampliação total = Ampliação ocular X Ampliação objectiva


Exemplo: se tivermos a observar uma preparação (material) com uma objectiva de 40,
sendo a ocular de 10, a ampliação total é de 400x, ou seja, 10 x 40 = 400x
Nota: Para os microscópios comuns a objectiva tem um poder de ampliação de 10x.
Características da imagem em microscopia óptica

Sistema objectivo (objectivas)


- Fornece uma imagem: real, ampliada, simétrica e invertida.
Sistema ocular (oculares)
- Fornece uma imagem: ampliada relativamente à imagem fornecida pela objectiva,
direita e virtual (porque se forma através da lente ocular).A imagem que o observador
recebe do objecto é: AMPLIADA, SIMÉTRICA, INVERTIDA e VIRTUAL

2.4.3. PARTE ÓPTICA E MECÂNICA DO MICROSCÓPIO ÓPTICO


2.5. ESTRUTURA DE UMA CÉLULA ANIMAL E VEGETAL

Microfotografias do microscópio óptico

Microfotografias de células eucariota vegetais

Microfotografias de células eucariota animais

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