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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)


Edwards, Jonathan, 1703-1758.
A Verdadeira Obra do Espírito: sinais de autenticidade / Jonathan Edwards; tradução
Valéria Fontana. — 2.a ed. rev. — São Paulo : Vida Nova, 2010.
ePub
Título original: The marks of a work of the true spirit.
ISBN 978-85-275-0654-0 (recurso eletrônico)
1. Bíblia. N.T. Epístola de João - Crítica e interpretação 2. Espírito Santo - Doutrina
Bíblica I. Título
09-11939 CDD-227.9406
Índices para catálogo sistemático:
1. Bíblia : Novo Testamento : Epístola de João Interpretação crítica 227.9406
Título do original: The Marks of a Work of the True Spirit
Todos os direitos em língua portuguesa reservados por
SOCIEDADE RELIGIOSA EDIÇÕES VIDA NOVA
Caixa Postal 21266, São Paulo, SP, 04602-970
www.vidanova.com.br | vidanova@vidanova.com.br

1.a edição: 1992


2.a edição revisada: 2010
Proibida a reprodução por quaisquer meios, salvo em citações breves, com indicação da
fonte.

GERÊNCIA EDITORIAL
Marisa K. A. de Siqueira lopes
REVISÃO
Arkhé Editorial
REVISÃO DE PROVAS
Josiane de Almeida
Mauro Nogueira
COORDENAÇÃO DE PRODUÇÃO
Sérgio Siqueira Moura

DIAGRAMAÇÃO
Sk editoração
DIAGRAMAÇÃO PARA E-BOOK
Felipe Marques
CAPA
Rima Comunicação
Sumário

Prefácio
Introdução

1. Sinais que supostamente negam uma obra espiritual


2. Sinais bíblicos de uma obra do Espírito de Deus
3. Inferências práticas
Prefácio

JONATHAN EDWARDS É CONHECIDO HOJE NO Brasil principalmente


por causa de seu sermão intitulado Pecadores nas mãos de um Deus
irado. Isso é lamentável, pois Edwards foi antes de tudo um humilde
missionário, que trabalhou entre os índios, e um pastor amoroso. É
provável que ele preferisse ser lembrado simplesmente como o “fiel
pastor da igreja de Northampton” e não como um pregador de
mensagens sobre o fogo do inferno. De qualquer forma, devido à
força e ao brilhantismo de seus escritos
teol ógi
cos, seu nome difundiu-se através dos Estados Unidos e da Europa.
Chegou o momento de apresentá-lo ao Brasil.
Neste pequeno livro, Edwards nos fala sobre a atuação do Espírito
na igreja através dos séculos. Essa questão lhe era crucial, pois sua
i grej a foi ati ngida pelo Grande Desper t amento das décadas de 30 e
40, no século XVIII. Esse foi um período de grande agi tação e con-
fusão, à medida que se faziam todos os tipos de alegação espiritual.
Não é necessário que se diga quão semelhante é hoje a situação no
Brasil.
Este livreto apareceu pela primeira vez numa forma mais
compacta, como uma palestra realizada na Universidade de Yale, nos
Estados Unidos. Com o passar do tempo, Edwards fez alguns
acréscimos, até que chegou ao tamanho que ele tem hoje. A verdadeira
obra do Espírito — sinais de autenticidade é uma exposição magistral do
capítulo 4 de lJoão, texto que nos exorta a avaliar “se os espíritos vêm
de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo”.
Edwards extrai dos escritos do apóstolo João um total de quatorze
sinais ou marcas que indicam a presença ou ausência do Espírito de
Deus numa pessoa, movimento ou igreja. A seguir, ele oferece cinco
conclusões práticas para a igreja, encerrando com sua ênfase
característica na humildade em todas as coisas do Espírito.
Os editores
Introdução

Amados, não acrediteis em qualquer espírito, mas avaliai se os espíritos vêm de Deus, porque
muitos falsos profetas têm saído pelo mundo (lJo 4.1).

NA ERA APOSTÓLICA, HOUVE O MAIOR der r amament o do Es pír it o de


Deus de t odo s os te mpos , se j a emterm os de dons e i nfluências
extraordinários, seja em termos de realizações comuns, convencendo,
conver
tendo, iluminando e santificando as almas dos homens. Todavia, à
medi da que as i nfl uências do verdadei ro Es pír i t o abun davam ,
também as falsificações se disseminavam; o Diabo fartou-se em imitar
as obr as do Espíri to de Deus, t a nt o as com u ns quanto as ext r ao r-
dinárias, conforme se evidencia em inúmeras passagens dos escritos
apostól icos. Is so tornou i ndispen sável o for neci mento de certas regras
à igreja de Cristo, marcas distintivas e claras através das quais ela
pudesse pr ossegui r e msegur ança, ao avali ar o verdadeiro e o f also, sem
correr o risco de ser ludibriada. A exposição dessas normas é o
propósito evidente do capítulo 4 de 1João, texto em que tal assunto é
tratado de forma mais clara e completa do que em qualquer outro
lugar na Bíblia. Com esse objetivo determinado, o apóstolo
encarre ga- se de su pr ir a igr ej a de Deus c oms i nai s do Es pí r i to ve rda-
deiro, que sejam claros, seguros e bem adaptados ao uso e à prática.
Para que o assunto pudesse ser abordado de maneira simples e
adequada, João insiste nessa temática ao longo de todo o capítulo. Por
isso mesmo, é estranho que o que é dito aqui não seja levado em
cons id era ção, nos i ns óli t os di as de hoj e quando há at ivi dades t ão inco-
muns e amplas nas me nt es das pessoas , um a im ensa vari edade de
opiniõ es e tant as di s-
cus-
sões a respeito da obra do Espírito.
A exposição do apóstolo João sobre esse assunto é introduzida por
uma menção ocasional ao fato de que o Espírito habita em nós, como
cl ara e vi dênci a da part icipaç ão em Cri st o. “Que m guarda s eus
mandamentos permanece em Deus, e Deus nele. E nisto conhecemos
que ele permanece em nós: pelo Espírito que nos tem dado.” (lJo
3.24). Consequentemente, podemos inferir que o propósito do
apóstolo não é apenas mostrar os sinais pelos quais é possível
distinguir o Espírito verdadeiro do falso, por seus dons de profecia e
milagr es ext ra ordinári os, mas é t am
bémf alar sobr e as inf l uências
comuns desses sinais na mente do povo de Deus, visando à união com
Cristo e à edificação nele, o que também fica claro nos próprios sinais
oferecidos, os quais iremos observar mais adiante.
As palavras iniciais do texto servem de introdução à exposição
sobre os sinais distintivos entre o verdadeiro Espírito e o falso. Antes
de definir cada um dos sinais, o apóstolo primeiro exorta os cristãos
contra a credulidade ingênua e a prontidão para confiar em toda
manifestação ilusória como obra do Espírito verdadeiro. “Amados,
não acrediteis em qualquer espírito, mas avaliai se os espíritos vêm de
Deus...” Em segundo lugar, o apóstolo adverte quanto à existência de
muitas imitações: “...porque muitos falsos profetas têm saído pelo
mundo”. Estes não só fingiam possuir o Espírito de Deus em seus
extraordinários dons de inspiração, mas também fingiam ser grandes
amigos e preferidos de Deus, pessoas eminentemente santas com
grande interesse pelas influências da salvação e santificação vindas do
Espírito de Deus. Portanto, devemos considerar essas palavras como
u ma ordempar a exami narmos e provarmos as pret ensões quant o ao
Espírito de Deus, nos dois aspectos acima referidos.
Assim, meu intuito agora é mostrar quais são os sinais verdadeiros,
certos e distintivos de uma obra do Espírito de Deus, pelos quais
podemos nos gui ar s egurament e ao j ul garmos qualq uer ação que
encontramos em nós mesmos ou nos outros. Nesse ponto, eu
observaria que em tais casos devemos tomar as Escrituras como nosso
guia. Elas são a grandiosa e definitiva regra de fé dada por Deus à sua
igreja, para orientá-la nas coisas relativas aos principais aspectos das
almas de seus redimidos, além de serem uma norma suficiente e
infalível. Com certeza, foram dadas evidências suficientes para que a
igreja fosse guiada na importante tarefa de discernir os espíritos. Sem
el as, a i greja est ari a su j eita a ilusões dolorosas e ir remediavelm ent e
exposta a ser subjugada e devorada por seus inimigos. Não precisamos
ter medo de confiar nessas regras de fé. Sem sombra de dúvida, o
Espírito que inspirou as Escrituras sabia como dispor boas regras, por
meio das quais fôssemos capazes de distinguir suas atuações de tudo
aquilo que falsamente alega proceder dele. Como observei antes, o
Es píri to de Deus f e z isso del iber adament e n o capí tulo 4 de 1João, de
forma mais detalhada e ampla do que em qualquer outro lugar da
Bíblia. Portanto, nesta exposição não procurarei em nenhum outro
lugar regras ou evidências para discernir os espíritos, mas me limitarei
àquelas encontradas nesse capítulo de 1João. No entanto, antes de
passar a tratar delas em detalhes, gostaria de preparar meu caminho:
em primeiro lugar, partiremos da negação, observando, em alguns
casos, as coisas que não são sinais ou evidências de uma obra do
Espírito de Deus.
Capítulo 1

Sinais que supostamente negam uma


obra espiritual

1. NADA PODE SER CONCLUÍDO COM CERTEZA unicamente a partir do


fato de uma obra ter sido realizada de maneira muito incomum e
extraordinária, uma vez que a variedade ou diferença ainda está dentro
dos l i mi te s das r e gras das Escri turas. As coisas e os eventos c omque a
igreja está acostumada não servem como regras para julgarmos as
obras, pois é possível que Deus aja de formas novas e extraordinárias.
É evidente que várias vezes no passado Deus já agiu de maneira
e xt raor
dinária. Ele fez coisas inéditas acontecerem, obras singulares, agindo
de tal forma que surpreendeu tanto homens quanto anjos. Já que
Deus agiu assim em tempos passados, não temos nenhuma razão para
pensar que ele não continue a agir dessa forma. As profecias das
Escrituras nos dão motivo para crer que Deus tem coisas inéditas a
realizar. Se uma obra, por maior que seja, não estiver em desacordo
com as regras estabelecidas por Deus, o simples fato de se desviar
daquilo que até agora tem sido o padrão não serve como argumento
de que ela não provém do Espírito de Deus. Ele é soberano em suas
ações. Sabemos que Deus lança mão de uma grande variedade de
ações e não podemos definir a extensão dessa diversidade dentro dos
limites das regras que ele mesmo fixou. Não devemos limitar Deus
naquilo em que ele mesmo não se limitou.
Portanto, não é lógico julgar que uma obra não seja do Santo
Espírito de Deus por causa do extraordinário nível de influência que
exerce na mente das pessoas. Ainda que elas pareçam ter uma
percepção fora do comum sobre a terrível natureza do pecado e uma
c onsci ência excepci o na l da desgraça de uma vida sem Cri st o; ai n da
que tenham visões extraordinárias da realidade e da glória das coisas
di vinas , s endo por i sso pr oporci onal m ent e l evadas a incli nações
bastante incomuns de temor, contrição, desejo, amor ou alegria; ainda
que a aparente mudança seja muito repentina e a ação seja levada a
efeito com uma rapidez bastante rara; ou ainda que o número de
pessoas afetadas seja muito grande, e muitas delas sejam bem jovens;
de todas essas circunstâncias além de outras que sejam incomuns,
nenhuma delas, porém, infringindo as regras dadas nas Escrituras
nenhuma delas prova que a obra não seja do Espírito de Deus. Antes,
se sua natureza estiver de acordo com as regras e os sinais dados nas
Escrituras, o grau de influência e o poder da atuação extraordinários e
incomuns são argumentos a seu favor; pois quanto mais alto for o grau
em que sua natureza se aproximar das regras, maior será sua
conformidade a elas e tanto mais evidente será tal conformidade.
Quando as coisas acontecem em uma escala menor, ainda que
realmente estejam de acordo com as regras, não é tão fácil perceber se
sua natureza está de acordo com tais regras.
As pe ssoas t endem muit o a duvi d ar do que l hes é est r anho;
especialmente os mais idosos, que hesitam em acreditar que seja certo
algo a qu e não est avamacos tumados emsu a é poca e de que nunca
ouviram falar nos dias de seus pais. Mas, se o simples fato de uma
obra se r mui to i ncom ums e tor nar umbo margum ento a f avor da afi r-
mação de que ela não provém do Espírito de Deus, então precisamos
rever como acontecia nos dias dos apóstolos. Naquela época, a ação do
Espí rito s e dava de form a t otal ment e inédita em mui tos aspectos,
como nunca se vira ou ouvira desde a fundação do mundo. Naqueles
tempos, mais do que nunca, a obra era levada a efeito com um poder
visível e notável. Jamais se viram antes efeitos do Espírito de Deus tão
poderosos e admi rávei s produzindo : mudanças tão s úbi tas; tãogra nde
comprom e
timento e fervor em enormes multidões; tantas alterações repentinas
em vilas, cidades e nações; tão rápido progresso e tão vasta extensão
do trabalho além de muitas outras circunstâncias extraordinárias que
poderi am s er m en ci on adas. A nat ureza i ncomum da at uação do
Es píri t o s urpre endeu os j udeus; el es nã o sa biamcomo i nt er pret á-l a,
mas não conseguiam acreditar que fosse uma obra de Deus. De fato,
muitos consideravam que as pessoas afetadas pela ação do Espírito
careciam de sanidade, como pode ser observado em Atos 2.13; 26.24
e lCoríntios 4.10.

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