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Afetividade e o processo de ensino e aprendizagem

Família e Escola: Parceria Ideal

Afetividade e o processo de
ensino e aprendizagem
Família e Escola: Parceria Ideal

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Afetividade e o processo de ensino e aprendizagem
Família e Escola: Parceria Ideal

Unidade 4
Família e Escola: Parceria Ideal
Ao pensarmos a formação de professores e algumas lacunas da mesma,
podemos ver que a vivência prática dos docentes é aquela que promove o
discernimento social, isto é, a consciência das relações sociais dentro da
escola, se pensarmos a escola como um organismo social, de sistema
fechado e independente, que estabelece suas próprias marcas de interação. A
escola possui assim função definida, um meio social distinto de seu exterior,
de estrutura política e cultura própria, contudo a extrema relação entre escola
e comunidade permeia tais interações. Dentre as principais características
desta interação social tem-se o ato de receber e de dar instrução,
determinando uma ordem política, ou seja, uma organização de autoridade
escolar, que se desenvolve para que seja uma escola e nada mais. Não
importando a comunidade da qual faça parte a escola, a expectativa por um
aprendizado se faz presente, o que mobiliza flexibilizar currículos, quando
professores reunidos, detentores de certo poder, passam a influenciar a
organização de conteúdo, quando a voz ativa dos poderes entra em equilíbrio,
quando professores podem criar o que vai ensinar em balanço com aquilo que
lhe é cobrado por gestores escolares, que se mantém necessário.

Há ainda aquelas escolas em que os administradores impõem suas


demandas, poderes tornam-se frágeis bem como a relação dos próprios
professores com o ensino e o currículo. Da mesma forma, a própria atuação
dos atores sociais diversos ao redor da escola, a saber os alunos, as famílias

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e a própria comunidade, são excluídos do fazer educativo enquanto que na


relação entre professores e alunos o que é reside a subordinação. Para se
manter tal autoridade, exacerbadas com baixa posição social da profissão,
aplica-se a disciplina, fazendo o contraponto com o uso de instituições
auxiliares, voltadas à cultura em grande parte dos casos, que diminuem a
rigidez sistemática, possibilitando inovações inclusive dentro da sala de aula,
as mesmas instituições da comunidade por vezes mais significativas que a
própria escola. Nesta perspectiva, todos somos educadores. De igual modo
as famílias e a comunidade podem proporcionar novos rumos para a
educação significativa para os alunos. A ideia aqui é podermos manter uma
educação que prima pela participação espontânea e não pela subordinação a
uma autoridade, sejam gestores, sejam professores, mas sim unir forças com
a comunidade, a saber pais e instituições auxiliares, isto é, atividades que a
comunidade pode promover como pontos de cultura popular, com o mesmo
objetivo educativo.

Tal proposta, pode auxiliar na mediação dos grupos que não convivem bem,
na qual a escola possui influência para organizar convivência, pensando
indivíduos e materiais que dispõe, nas discussões que pode promover, bem
como, fomenta os sentimentos de pertencimento, as atividades para a cultura
do jovem ter seu espaço onde a cultura deve ser discutida, aliando a
socialização e a cultura com os conteúdos, ao invés de separá-los.

Há de se relembrar a existência de interdependência entre ambos, entre


família e escola. Fato é que a relação parental, a própria relação entre as
crianças e suas famílias ao longo de seu crescimento e amadurecimento

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psicológico, tornam-se de extrema importância durante sua infância. Contudo


deve se tomar o cuidado de pensar em que medida tal relação de parentesco
é superada com a educação e com as relações sociais de amizade e
coleguismo, visto que continuam influenciando a vida das crianças, dos
adolescentes, bem como a vida adulta. O que buscamos dizer é que pensando
pelo viés da psicologia e da formação da mente a grande influência a ser
exercida concentra-se na infância, com funções distintas para pais e entorno
escolar, mas as relações se mantém ao longo da vida, bem como modos de
pensar, de agir. O que se espera da escola e da educação, como uma
influência perpétua do que se aprendeu no passado, em relação ao que se
aprende no presente, é que realize uma formação integral, impedindo evasões
escolares.

Outro dado importante são que tipo de famílias são atendidas na escola em
que se trabalha. Por vezes, condições sociais de risco provocam
configurações familiares das mais diversas, que podem ir além dos laços
consanguíneos, podem se configurar com abandono por parte dos pais, ou
mesmo pela criação de outro parente. Vão além da própria relação de
intimidade que a convivência promove, tendo também configurações estas
que vão influenciar diretamente em quem é esse aluno e qual sua família, bem
como quais as expectativas que possuem em relação à escola. Uma definição
única para o conceito de família ainda torna-se complicada dada a
complexidade de famílias existentes hoje em dia.

Pensando tal questão, também pode se considerar as funções que escola e


família têm em comum: o preparo da criança e do adolescente para sua vida

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em sociedade, ainda que sejam diferentes em suas responsabilidades. Tais


funções, quando unidas em prol do aluno devem evitar condições de evasão
ou fracasso escolar, para que possam contribuir com um aluno pesquisador,
questionador, que assimila o contexto no qual vive e que mesmo que
passando por situações difíceis, que ameacem seu desenvolvimento
educacional, possam aliar-se à escola em vias de salvaguardar todo seu
processo de aprendizagem, em vias de maior colaboração e compreensão por
parte da escola em casos extremos.

Pensando deste modo, lembrando que a escola pública, por ser o que é, tem
sua identidade pautada no atendimento público, de comunidade e,
consequentemente, de núcleos familiares, uma proposta renovadora para o
ensino, aplicado em algumas escolas de países orientais, permitem tal espaço
por famílias e comunidade, ao passo que ensinam famílias a dialogar, dando
espaço para tal interferência nos próprios projetos escolares e até no ensino,
valorizando as mesmas. Os pais podem ser associados a projetos
pedagógicos, aprendendo a ensinar e seus comentários e sugestões são
debatidos em reuniões que se realizam regularmente com professores,
levadas em consideração para que sejam adotadas medidas específicas de
comum acordo.

É necessário que a escola esteja aberta para que todas as famílias interajam,
não importa como sejam constituídas, participem e colaborem, pois muito
têm a contribuir, estando também em um espaço que possam compreender
com a tolerância e com as noções de comunidade coletiva, de democracia
participativa, em vias de estimular o mesmo em seus filhos, como atores que

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modificam a realidade na qual estão inserem, que podem escolher mudar


suas vidas e as vidas dos outros. As famílias são diversificadas e necessitam
ser respeitadas, podendo ter na escola espaço para expor sua história,
contribuindo com a tolerância às diferenças. É necessário também que a
compreensão de mundo que aqui se insere permeie as características
regionais, a cultura local e a formação da vida para a apropriação do
patrimônio cultural que lhe é representativo, evitando assim rupturas totais
com suas raízes, para o respeito à diversidade e a manutenção, assimilação e
criação de novas expressões culturais representativas. Dessa forma, as
famílias e comunidades poderão também colaborar com o desafio essencial
se impõe à educação, promovendo as bases para uma sociedade mais
democrática e igualitária.

Referências Bibliográficas

OLIVEIRA, Cynthia Bisinoto Evangelista de; MARINHO-ARAÚJO, Claisy Maria. A


relação família-escola: intersecções e desafios. Estud. psicol.(Campinas), v.
27, n. 1, p. 99-108, 2010. ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A
EDUCAÇÃO, A CIÊNCIA E A CULTURA - UNESCO. Educação: Um tesouro a
descobrir: Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre
Educação para o século XXI (J. C. Eufrázio, Trad.). São Paulo: Cortez, 2003.
WALLER, Willard (1961). The Sociology of teaching. New York: Russell &
Russell. p.1-14.

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