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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

FACULDADE DE DIREITO

LÉZIO ELIDIO JERONIMO GUSTAVO

Falta de rigor na divulgação das Leis em Moçambique

Nampula

2019
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

FACULDADE DE DIREITO

LÉZIO ELIDIO JERONIMO GUSTAVO

FALTA DE RIGOR NA DIVULGAÇÃO DAS LEIS EM MOÇAMBIQUE

Trabalho de carácter avaliativo, pertencente a


cadeira de Metodologia, leccionada por Dr. Barbosa
Morais, a ser entregue no dia 27 de Fevereiro do
ano corrente.

Nampula

2019
EPÍGRAFE

“Não há melhor maneira de exercitar a imaginação do que


estudar direito. Nenhum poeta jamais interpretou a natureza com
tanta liberdade quanto um jurista interpreta a verdade.”

(Jean Giraudox)

1
LISTA DE ABREVIATURAS
Al. - Alínea
vi

Art.º - artigo

CRM - Constituição da República de Moçambique.

TIC’s - Tecnologia de Informação e Comunicação

2
Índice
EPÍGRAFE.......................................................................................................................................I
LISTA DE ABREVIATURAS........................................................................................................II
INTRODUÇÃO...............................................................................................................................1
CAPÍTULO I: DESCOBRIMENTO DO PROBLEMA (CONTEXTUALIZAÇÃO TEÓRICA). .4
CAPITULO II: COLOCAÇÃO PRECISA DO PROBLEMA........................................................4
CAPÍTULO III: PROCURA DE CONHECIMENTOS OU INSTRUMENTOS RELAXANTES
AO PROBLEMA.............................................................................................................................6
1. Noções fundamentais da divulgação da lei..................................................................................6
1.1. Conceito....................................................................................................................................6
1.1.1. Objecto da divulgação.......................................................................................................6
1.1.2. Tipos de divulgação..........................................................................................................6
Tradicional.......................................................................................................................................6
Científica..........................................................................................................................................7
Tecnológica......................................................................................................................................7
2. Lei.............................................................................................................................................8
2.1. Objecto da lei........................................................................................................................8
2.1.1. Âmbito jurídicos do conceito de lei..................................................................................8
Constitucional..................................................................................................................................8
CAPÍTULO IV: TENTATIVA DE RESOLUÇÃO DO PROBLEMA.............................................9
CAPÍTULO V: INVENÇÃO DE NOVAS IDEIAS......................................................................10
CAPÍTULO VI: OBTENÇÃO DE SOLUÇÕES...........................................................................11
CAPÍTULO VII: INVESTIGAÇÃO DAS CONSEQUÊNCIAS DAS SOLUÇÕES OBTIDAS.13
CAPÍTULO VIII: PROVA.............................................................................................................13
CORRECÇÃO DE HIPÓTESES TEÓRICAS..............................................................................14
CONCLUSÃO...............................................................................................................................15
BIBLIOGRAFIA...........................................................................................................................16
INTRODUÇÃO
O trabalho que se vai apresentar tem como tema “a falta de rigor na divulgação das leis
moçambicanas” e tem objecto reflectir como efeito a divulgação das leis em Moçambique. Ao
desenvolver da humanidade a lei não era tão presente na vida dos seres humanos, isto porque não
havia uma positivação estática e bem compilada das normas. O elemento comum aos direitos é a
influência exercida sobre o seu desenvolvimento pela ciência do direito que foi elaborada nas
universidades a partir do século X I. ai ensino do direito é quase exclusivamente baseado
no estudo de direito romano, mais especialmente da codificação d a época de Justiniano,
que então foi baptizado de Corpus Iuris Civilis. O poder de fazer leis passa progressivamente
dos senhores e das cidades para os soberanos e depois para a nação. A partir dos séculos XV e
XVI, a maior p arte das cidades (salvo na Alemanha) e numerosos senhores perdem no
todo, ou em parte, o pode r de legislar. O poder legislativo torna-se um atributo dos
soberanos: os reis (França, Espanha, países escandinavos) ou os grandes príncipes
territoriais (Itália, Alemanha, províncias Belgas). A intervenção dos governados não fica, em
todo o lado, completamente excluída; corpos representativos das ordens políticas e sociais
(nobreza, clero, Burguesia) reunidos em Estados gerais (França, Países Baixos), Parlamento
(Inglaterra) ou Cortes (Espanha) actuam sobre os governantes, designadamente no
domínio fiscal. Em Inglaterra, o Parlamento adquire definitivamente o papel principal na
actividade legislativa a parti r do fim do século XVII. Em França, passa do rei para a nação
na sequência da Revolução de 1789. Desde então em todo o Ocidente, a soberania nacional e
a democracia tendem a sobrepor-se ao poder pessoal dos reis e príncipes.

Assim a l ei tornou-se, nos séculos XIX e XX , a expressão da vontade nacional e é


formulada por órgãos chamados legislativos, escolhidos pelos cidadãos do Estado. Cada
Estado tem o seu próprio sistema jurídico baseado em leis adoptadas pelos órgãos de poder. O
direito tornou-se nacional. Para um melhor conhecimento das leis (cada vez mais numerosas) e
também das regras jurídicas extraídas de outras fontes do direito (costume, jurisprudência,
doutrina), procedeu-se em toda a parte a codificação: que é o conjunto do direito (como
na Prússia em 1794 , na Rússia em 1832) ou de certos ramos do direito (como em
França em 180 4-1810: código civil, código penal. Desde então, começou a espalhar-se no

1
todo o mundo em particular Moçambique, uma das leis que dominou o mundo foi a lei das XII
tabuas, porem esta lei inspirou muitos países, mas é de referir que esta lei foi criticada, devido ao
seu principio “olho por olho e dente por dente”. Depois de surgimento de vários códigos na quela
época surge o código de Napoleão e código alemão, desde então Moçambique vem alguma
adoptar algumas compilações, uma vez que sentiu necessidade de compilar as suas próprias
normas, sendo assim uma das primeiras compilações legais foi na constituição. A primeira
constituição de Moçambique entrou em vigor em simultâneo com a proclamação com a
independência nacional em 25 de J unho de 1975, nessa altura, a competência para
proceder a revisão constitucional fora atribuída ao comité central da Frelimo até a criação
da assembleia com poderes constituintes que ocorreu em 1978.; dai passa-se para a
constituição de 1990, a revisão constitucional ocorrida em 1990 trouxe alterações muito
profundas em praticamente todos os campos do país. Porem um dos marcos desta constituição
foi a introdução do sistema multipartidário .Estas mudanças que já começavam a manifestar-se
na sociedade, principalmente na área económica a partir de 1984,encontram a sua
concretização formal com a nova constituição Considerando a importância da constituição
como a “lei mãe” do Estado moçambicano, chegando-se a Constituição de 2004, Esta
revisão constitucional ocorrida em Moçambique. Fora aprovada no dia 16 de Novembro
de 2004. Não se verifica com esta nova constituição uma ruptura com o regime da C RM
de 1990, mas sim, disposições que procuram reforçar e solidificar o regime do Estado
de Direito e democrático, trazido em 1990 através de melhores especificações e
aprofundamentos em disposições já existentes e também p ela criação de novas figuras,
princípios e direitos, e elevação de alguns institutos e princípios já existentes na legislação
ordinária a categoria constitucional. Um aspecto muito importante de distinção desta
constituição das interiores é o ”consenso” na sua aprovação, uma vez que ela surge da
discussão não só dos cidadãos, como também da Assembleia da República representada
por diversos partidos políticos ( o que não se verificou nas anteriores) dai a necessidade
do seu conhecimento pelos seus cidadãos porem esta constituição adoptava, e de referir que
esta constituição também sofreu uma revisão pontual tendo introduzido algumas inovações, os
presidentes de municípios passam a ser eleitos também como cabeças-de-lista à assembleia
municipal, cada província terá um secretário de Estado

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Nas províncias será instituída uma nova figura: um secretário de Estado, a ser nomeado pelo
Presidente da República, que tem a função de assegurar a realização das funções exclusivas e de
soberania do Estado, que não são objecto do processo de descentralização.

A proposta de revisão pontual da Constituição exclui funções de soberania do Estado, como a


definição de políticas nacionais de defesa, segurança e ordem pública, fiscalização das fronteiras,
emissão de moeda, bem como relações diplomáticas.

Também estão fora da alçada dos poderes descentralizados os recursos naturais, minerais e
energia, gestão das águas interiores, mar territorial, zona económica exclusiva, bem como a
criação e alteração de impostos. A lei sempre foi feita para conformar os actos futuros, e não os
pretéritos. Esse entendimento, aparentemente simplório, prevalece desde a mais remota
antiguidade e constitui a base da legislação Moçambicana. Funda-se na razão natural das coisas.
Tendo em conta oque se trouxe a tona, então compete-nos falar desse tema em analise, uma vez
que temos um vasto motivo para falar dessa força motriz moçambicana que é a lei.

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CAPÍTULO I: DESCOBRIMENTO DO PROBLEMA (CONTEXTUALIZAÇÃO
TEÓRICA)
Falta de rigor na divulgação das Leis em Moçambique, o que esta em causa é a falta de rigor na
divulgação das leis no nosso país, uma vez que Moçambique é uma Estado de direito
democrático. O princípio do Estado de direito democrático é acolhido e definido no art. 3.º da
Constituição, que proclama que a “República de Moçambique é um Estado de Direito, baseado
no pluralismo de expressão, na organização política democrática, no respeito e garantia dos
direitos e liberdades fundamentais do Homem. Nos princípios fundamentais consagrados na
nossa Lei Fundamental, o princípio do Estado de direito democrático ocupa um lugar de enorme
relevo. Tanto assim é que o legislador constitucional considera “o reforço da democracia, da
liberdade, da estabilidade social e da harmonia social e individual” como uma das tarefas
fundamentais do Estado (art. 11.º, alínea f) da CRM). Porem um dos reforços da liberdade é o de
direito a informação nos termos do artigo 48 º da CRM de 2004, nos traz a ideia de que todo o
cidadão tem o direito a informação.

E no nosso ordenamento jurídico define-se lei, como sendo todo o diploma o normativo emanado
por um órgão com competência, isto é, Assembleia da República, uma vez que a Assembleia da
república. Por tanto a nossa a lei fundamental, ou seja, mãe no seu artigo 168 º n º 1, nos diz que
a Assembleia da república é a assembleia representativa de todos os cidadãos moçambicanos,
logo pode-se concluir também este diploma emanado por este órgão deve ou pertence a todos
cidadãos moçambicanos; deste modo todos os cidadãos moçambicanos devem conhecer essa lei
emanada por este órgão. Por tanto olhando sobre este ângulo, quero me referir te todos os
cidadãos sem deixar de mencionar aqueles das zonas campesinas ou mesmo zonas mais
desfavorecidas, aquelas zonas que não há condições de ter informações relativamente oque esta
acontecendo na actualidade.

CAPITULO II: COLOCAÇÃO PRECISA DO PROBLEMA


Mas a questão que se coloca é a seguinte: quais são as razões que concorrem para a não
rigorosidade na divulgação da lei? uma vez que o nosso órgão legislativo diz, assim pressupõe-se
que vem emanando as normas tendo em conta a situação social do país. O Governo

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moçambicano omite ou não tem capacidade suficiente para a divulgação das diversas leis
aprovadas no país, ou seja, não consegui ou não tem rigor para divulgar as leis?

O nosso ordenamento jurídico não tem rigorosidade na divulgação das leis, isto faz com que haja
diversas dificuldades no seu uso e na sua aplicação, uma vez que existem a redores do nosso país
pessoas que não conhecem e nem sabem quais são os seus deveres e direitos em consequência
disso temos uma sociedade atrasada no tempo.

Como consequência da alegada inércia das entidades competentes, maior parte da população não
conhece os seus direitos e deveres. Esse facto traz a tona este grande problema, uma vez que a
maior parte d população moçambicana desconhece o seus direitos e deveres, porem compete ao
nosso governo divulgar para além de publicar apenas as nossas normas.

Então ficamos nessa questão, que foi colocada de forma precisa, como sendo o ponto de partida
do nosso trabalho. Resta-nos saber se o poder legislativo, por intermédio do governo consegue,
ou seja, terá a o rigor e a eficácia da divulgação da lei. Porquê será que a lei não é divulgada a
rigor ? O nosso ordenamento jurídico tem sempre rebatido na mesma tecla, de que a lei
moçambicana deve ser oponíveis a terceiros, mas pode-se dizer que essa expressão é meramente
formal, porque na verdade não se efectiva. Então porque será que não se efectiva está
oponibilidade a terceiros no que tange a lei. Queremos acreditar que é através da não
rigorosidade da divulgação das leis, ou mesmo a falta de rigor na divulgação. Então porque não
se divulga as leis moçambicanas? Oque está falhar para esse acto de divulgação concretizar-se?

Será que é através da nossa organização administrativa ou o nosso modelo constitucional do


Estado?

Sobre o tema em apreço, a questão que se pode colocar é apurar se existe rigorosidade na
divulgação das leis moçambicanas? Ou por outra existem porque em Moçambique existe a fraca
divulgação das leis? Num sistema de legalidade estrita como o nosso, a obrigação do poder
legislativo, para além de legislar que é a sua função principal, deve também incentivar por
intermédio de alguém dotado de conhecimentos legais para divulgar claramente as normas
legais. Então oque está falhar, oque será que falta para se fazer tal acto?

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CAPÍTULO III: PROCURA DE CONHECIMENTOS OU INSTRUMENTOS
RELAXANTES AO PROBLEMA.

1. Noções fundamentais da divulgação da lei

1.1. Conceito
Divulgação, também conhecida como popularização de uma dada acção , são as actividades que
buscam fazer uma difusão do conhecimento ou de algo que já esta em uso, de modo que todos
usem-na. A divulgação é fundamental para o desenvolvimento do país e do mundo, uma vez que
ela é responsável pela circulação de ideias e conhecimentos ou de resultados sobre um dado
serviço, acontecimento ou mesmo noticias para a população em geral. Desta forma
potencializando a integração da populcao em geral nos assuntos internos da sociedade e do país
em causa ou mesmo no mundo.

1.1.1. Objecto da divulgação


Falar de objecto, no cómodo geral é falar de que se visa tutelar, isto é, o que se irá aprofundar no
que toca uma dada matéria ou assunto. Porem olhando no âmbito mais específico que é o nosso,
nos referimos do nosso âmbito jurídico. Obviamente que na área jurídica não será tão diferente
do quanto se fala no cómodo geral, então aqui falar de objecto é falar do Quid que incide a
relação, o assunto que se vai referenciar. Partido deste pressuposto, é de referir que o objecto da
divulgação é a própria informação, ou seja, o conteúdo que se visa divulgar, isto porque quando
se quer espelhar uma dada acção ou acontecimento ou mesmo resultado para o publico em geral,
ela deve vir munida de uma informação, onde está informação é o objecto ou o conteúdo a ser
divulgado.

1.1.2. Tipos de divulgação

Tradicional
Está é a divulgação mais remota, mais antiga, é um tipo de divulgação não com muitas técnicas
evolutivas, muita das vezes faz-se oralmente, directamente ao encontro do grupo alvo, onde

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sempre existe um mediador entre o público e a informação, trazendo a tona os problemas, as
soluções e os momentos que a sociedade em causa esta passar.

Este de divulgação foi usada pela primeira vez na Roma, pelo romanos, isto é, os romanos
centravam-se, reuniam-se em hastas publicas, nas praças para dar informação aos cidadãos
romanos por meio de escrituras positivadas no papel cujo era escrito por uma tinta onde o
principal suporte era uma pena.

Científica
É democratizar o acesso ao conhecimento científico e criar condições para uma alfabetização
científica, em que os cidadãos tenham a capacidade de discutir assuntos que impactam de alguma
forma na sociedade, mas que poderia ficar restritos à especialistas devido a termos e conceitos
pouco conhecidos.

Para divulgação científica o conteúdo deve ser claro e bem explicado, podendo ter um formato
flexível. E sendo veiculado em diferentes meios, como as redes sociais. Assim, é possível
promover o debate e educar a sociedade como um todo ou mesmo um grupo específico

A divulgação científica iniciou-se há mais de cinco mil anos. Mais recentemente, a popularização
da ciência tem sido interpretada também como um instrumento para tornar disponíveis
conhecimentos e tecnologias que ajudem a melhorar a vida das pessoas e que tem suporte a
desenvolvimentos económicos e sociais sustentáveis. Tais acções podem ter ainda um importante
papel de apoio às actividades sociais. Mas não devem ser vistas apenas pelo seu carácter
complementar ao ensino formal. Tem seu significado próprio, ao se dirigirem a um público mais
amplo.

Tecnológica
A divulgação tecnológica é quase uma das mais recentes, relativamente as anteriores já
abordadas. Neste tipo de divulgação existe uma particularidade que é a divulgação da ciência
aplicada, o que faz com que seja equiparada a divulgação científica. Neste tipo, muita das vezes
o mediador não está directamente ligado ao grupo alvo, ou seja, ele pode estar em qualquer lugar,

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mas desde que tenha acesso a tecnologia para puder difundir a informação em causa ou
pretendida no seio popular.

Existem diversos tipos de publicação mas estás são as mais usuais. O nosso país tem sido mais
usual a divulgação tecnológica e a científica. Podemos ver na actualidade que através do
desenvolvimento que o país tem trazido, de uma forma superficial, porem não é muito notório o
desenvolvimento que acabamos de frisar. Ainda olhando sobre o mesmo ângulo no que toca o
tipo de divulgação mais usada, onde frisamos que são a científica e a tecnológica. No que toca a
científica podemos ver que a ciência em se cresceu em maior relevo fazendo com as pessoas
saibam a partir da ciência, isto é, já temos varias escolas, universidades, centro de ensino que
divulgam as suas informações por meio da ciência. Mexendo com a divulgação tecnológica, é a
questão da divulgação de empresas, anúncios, vagas por meio da internet, por meio das
televisões, redes sócias em geral, e isto em Moçambique é notório.

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2. Lei

A expressão lei é oriunda do verbo latino “lex” que significa aquilo que se liga, ou mesmo lei,
este termo usa-se para referência alguns preceitos estatuídos e positivadas num dado código ou
escritura, criadas para estabelecer as regras que devem ser seguidas.

Já no âmbito de Direito a lei é uma norma tornada obrigatória ou imperativa pelo força coerciva
do poder legislativo, ou de uma autoridade legitima que constitui direitos e deveres a uma
comunidade.

2.1. Objecto da lei

2.1.1. Âmbito jurídicos do conceito de lei

Constitucional
No âmbito constitucional a lei, segundo o professor Bacelar Gouveia, define-se como sendo todo
o diploma ou acto normativo emanado por um orgão com competência, isto é, o órgão com está
competência é a assembleia da república, nos termos do artigo 169 da CRM de 2004.

E porem esta lei em Moçambique ela para a sua elaboração passa por algumas fazes para
posterior promulgação

CAPÍTULO IV: TENTATIVA DE RESOLUÇÃO DO PROBLEMA


Antes de qualquer coisa, o Estado precisa encarar a lei no que tange a sua divulgação como
um recurso de gestão e desenvolvimento para o país. Nessa óptica, assim como se
concebem políticas direccionadas para os sectores de habitação, saúde, educação,
segurança pública devem se conceber as estratégias no que toca a rigorosidade da divulgação
das leis.

Tais estratégias, de natureza particular, referem-se às directrizes e acções estratégicas capazes de


orientar o uso eficaz da lei na sociedade jurídica e me geral, de acordo com os novos paradigmas,

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tais como a, participação social directa nas decisões políticas e gestão dos serviços públicos, bem
como o livre acesso do cidadão a justiça.

Em Moçambique, o Governo tem mostrado a sua capacidade de reacção ao paradigma de


rigorosidade na divulgação das leis.

O factor-chave desse problema está concentrado numa complexa implícita metodologias de


divulgação das normas em alusão, pela qual se espera que o governo olhe este problema a sério
e com isso tentar arranjar formas para elevar o número de cidadãos no que toca o
conhecimento da lei, possibilitando, desse modo, a ampla fruição das direitos e a aplicação dos
deveres. Sendo assim sugiro que o Estado tem de se ocupar de como expandir a lei. Porem os
dos métodos que se traz é o seguinte, incentivar o Governo de fazer grupos de pessoas dotadas de
conhecimentos legais de modo que as mesmas, possam passar de comunidade em comunidade a
divulgar as normas jurídicas

Enquanto o Estado pretende acabar com o “ problema da não rigorosidade da divulgação das
normas leis, ”, porem está e um das condições necessárias para a inserção do cidadão na
sociedade jurídica e em geral, muitos moçambicanos ainda permanecem à parte do
desconhecimento legais, ainda também no que toca os seus direitos e deveres.

Portanto, sendo a rigorosidade da divulgação da lei, um dos maiores desafio a ser enfrentado
pelo Estado para a consolidação de uma sociedade informada no que tange a área legal, ou no
mínimo se conhecer oque Moçambique impõe para os seus cidadãos no que toca a área legal,
uma vez que a maior parte da informação disponível na Internet encontra-se, na sua maioria,
sob a forma de texto escrito, inacessível para mais de metade dos moçambicanos que não
sabem ler e escrever.

Os livros, os boletins, nunca são uma provocação. Eles são a matéria-prima da discussão. Em
todo o âmbito das ciências humanas, o documento escrito corresponde ao que nas ciências da
natureza são os dados sensíveis, ou seja a observação dos dados sensíveis. Aquilo que não deixa
registo escrito não é conhecível, não é estável. Com o tempo, deixa de ser acessível.

É bom não esquecer que a grande mudança social e jurídica que está a ocorrer no mundo não é
uma obra de improviso, mas sim uma obra de muito trabalho e rigorosidade nas divulgações das

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leis, e em Moçambique isso pouco se verifica, então para ter essa evolução social e jurídica
especificamente, é necessário que se tenha em atenção os métodos e estratégias que irão trazer
directivas para a dita rigorosidade na divulgação das leis. Então a outra hipótese das demais que
já foram abordadas, e a seguinte, criação de postos ou lugares em que semanalmente as pessoas
das zonas recônditas irão centrar-se ou reunir-se para ouvir a palavra ou a letra da lei, quando me
refiro a criação destes postos, eis os mesmos devem ser construídos nas zonas desfavorecidas no
que tange a chegada de informação, porem estes postos estarão directamente ligados a área
jurídica.

CAPÍTULO V: INVENÇÃO DE NOVAS IDEIAS


Moçambique esta a desenvolver paulatinamente, não tao rápido mas esta a se fazer sentir, itso
constitui uma mais-valia para os moçambicanos. Entretanto, o maior desafio prende-se ao facto
de a maior dos moçambicanos continuar ainda sem o conhecimento dos seus objectivos, direitos,
o que exige da sociedade civil a intensificar as acções de advocacia a vários níveis. Desenvolvido
e devidamente concluído o tema urge tecer as seguintes recomendações, ao Governo, que
proceda à regulamentação e estratégias para a divulgação da lei , mormente aos aspectos
relacionais entre o a lei e a sociedade;

Ao Ministério público, como entidade a quem incumbe o controlo da legalidade, proceda a


instauração de acções e actividades que visem tutelar direitos e interesses difusos dos cidadãos,
cedendo ao seus funcionários tempo, de modo, que se tutele o interesse em causa.

Não existe boa sociedade jurídica à margem de uma má divulgação legal, que não permita a
clareza das decisões e garanta a transparência da lei e das decisões jurídicas no seio da
comunidade, da sociedade, e o do mundo no geral.

Deste modo também recomenda-se ao Estado moçambicano a pautar no principio, liberdades e


garantias patentes na Constituição da República de Moçambique, porem um dos princípios e o
direito a informação.

Segundo o professor Figueiredo Dias, predominante na área de direito constitucional, olha a lei
como uma força motriz, tendo sido a partir dela (lei) que o país se estabiliza no tempo e no
espaço, isto porque a lei em si estabelece uma relação intrínseca entre os indivíduos no que toca

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os problemas que a sociedade vem enfrentando1, a partir desta estrita relação entre os indivíduos
irão surgir ideias, métodos de como direccionar politicas e técnicas de resolução de conflitos,
problemas predominantes no sector de produção de serviços ou bens e no sector jurídico.

André pereira de carvalho, que se ocupa na área de Tecnologia de Informação e comunicação


(TIC’s), a informação é um principal elemento na comunicação, a informação mostra o relevo do
conteúdo a ser transmitido perante o público. A informação veio a ser um pressuposto
importantíssimo da sociedade, porem sem ela nada se diz e nada se vulgar. Sobre este prisma,
ainda a informação fez com que os vários países se interligassem de modo a dialogar para sanar
os conflitos que os mesmos apresentavam2.

CAPÍTULO VI: OBTENÇÃO DE SOLUÇÕES


De qualquer modo, antes de mais, é preciso esclarecer que não se trata necessariamente de um
problema que deriva da inexistência de leis funcionais. Mas do facto de não haver uma
mentalidade preparada associada a determinadas práticas que contribuam para o incremento do
referido sector.

Actualmente, o sistema legislativo regula quase todas as matérias da sociedade, sendo impossível
ao ser humano conhecê-lo na sua totalidade. A lei não é apenas a lei nacional, mas ainda a lei
comunitária e internacional. Assim, o conhecimento da lei pelo cidadão só é possível se
entendido em termos de especialização ou reuniões em que as pessoas detentoras de
conhecimentos legais irão transmitir a informação jurídica. O cidadão não tem de conhecer toda
a lei, mas tem de conhecer apenas a lei aplicável aos casos básicos e frequentes na sociedade
enquanto integrante dela. Consequentemente, as reuniões dos detentores do conhecimento
jurídico para com a sociedade, o grupo alvo devem cada vez mais rebatidas.

A esta, porem que uma espécie de capacitação deve ser feita uma vez ao mês e adequadamente
mas sempre visando, sempre, atingir a qualidade na inserção do cidadão no que tange o
conhecimento da lei e beneficiar os indivíduos interessados. A formação não deve ser aferida
apenas pelo prisma do benefício pessoal do individuo em particular mas sim da sociedade em

1 DIAS, Jorge Figueiredo, Direito de Informação e Tutela de Honra no Direito Penal Português, Coimbra,
1982,pag 56
2 CARVALHO, André, Tecnologia de Informacao e Comunicacao, Rio de Janeiro, 1995, pag 245

12
geral. A formação adequada é aquela que diz respeito à área em que o cidadão ira se deparar. Mas
toda a formação em áreas conexas e que vise melhorar os conhecimentos do cidadão no que
tange a lei, é formação adequada.

Para assegurar a sua independência e imparcialidade, também deverá existir um compromisso


ético dos cidadãos em respeitar a lei, que se afaste a sua participação em actividade subordinada
a outros órgãos de soberania e qualquer ligação a organizações de carácter secreto ou que
promovam qualquer forma de discriminação das pessoas. Essa noção implica, também, especiais
preocupações ao nível das regras e dos procedimentos de transmissão ou divulgação das leis em
todo o território Moçambicano.

É, assim, que um direito fundamental do cidadão vai se reforçar e se tutelar. Queremos acreditar
que nenhum cidadão enquanto integrante da sociedade pode ser alheio a esta questão. Mais do
que um dever ou um direito, esta é uma questão essencial para o desenvolvimento do cidadão e
para o desenvolvimento integrado da sociedade. O cidadão não pode, no processo da aplicação
da lei, em qualquer das jurisdições, correr o risco de perder ou de ser violado o seu direito, sem
antes, a primeira vista ser entendido, ouvido e percebido.

Apenas um detentor da lei, ou conhecedor da área jurídica íntegro pode divulgar a lei de uma
forma meramente correcta. Entendendo-se aqui que a divulgação correcta da lei é aquela que
comece na divulgação da lei adequadamente ao caso concreto, passe pelo respeito dos cânones
legais na ponderação dos instrumentos e acabe na subsunção que melhor sirva, neste contexto, as
finalidades do processo, ou seja, divulgação justa e precisa da lei. E isto não se consegue sem
que estas tarefas fundamentais compitam a pessoas íntegras.

CAPÍTULO VII: INVESTIGAÇÃO DAS CONSEQUÊNCIAS DAS SOLUÇÕES


OBTIDAS
Relaivamete

CAPÍTULO VIII: PROVA


•Numa entrevista concedida ao @Verdade, Camilo Nhancale, presidente do Conselho de
Direcção da Kuwuka/JDA (Juventude, Desenvolvimento e Advocacia Ambiental), acusou o

13
Governo do dia de falta de vontade para que o povo moçambicano esteja a par de alguns
instrumentos legais vigentes no país.

Para o nosso entrevistado, em Moçambique existe vontade política para a aprovação das leis,
sendo o maior problema a forma como esses instrumentos são disseminados e implementados no
seio das comunidades. A fonte justifica que, devido ao elevado desconhecimento das leis
vigentes no país, as populações perdem os seus direitos, facto que resulta em conflitos que
prejudicam não só os populares, como também o próprio Estado.

Nhancale teceu estas considerações à margem de um seminário sobre Iniciativa de Transparência


Extractiva que juntou, na cidade de Nampula, alguns representantes do Governo e da sociedade
civil dos distritos de Moma, Angoche, Malema, Mogovolas, na província de Nampula, e Pebane,
na Zambézia.

O evento foi organizado pela Associação Nacional de Extensão Rural (AENA), KUWUKA JDA
e Plataforma Provincial das Organizações da Sociedade Civil de Nampula.

•Também podemos verificar que no seio nacional, que existe vasta gama de pessoas linchando
outras pessoas.

Para o sociólogo moçambicano, Carlos Serra, do Centro de Estudos Africanos da Universidade


Eduardo Mondlane, que há anos estuda os linchamentos, este fenómeno é um exercício - pleno e
corrente em Moçambique - de privatização da justiça, com os populares a chamar a si a acção
punitiva de pessoas "suspeitas ou culpadas de crimes"

Para Carlos Serra, O linchamento existe quando o Estado é fraco. Pode surgir nestas
circunstâncias como uma espécie de privatização da justiça, onde as pessoas se sentem
intranquilas e indignadas. As pessoas muitas vezes não confiam na polícia, a desconhecem a lei e
acabam por fazer justiça com as próprias mãos. É portanto uma indignação, uma punição, uma
justificação e é a busca de um bode expiatório também. Acontece muitas vezes que quem é
linchado não é aquele que roubou, mas aquele que se julga que terá roubado. Ou é aquele que
paga por todas, tudo isto porque as pessoas pensam de uma forma errónea que não há crime se
forem a queimar, matar alguém de uma forma colectiva.

14
CORRECÇÃO DE HIPÓTESES TEÓRICAS

15
CONCLUSÃO

16
BIBLIOGRAFIA

Legislação:

1. REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE, Constituição da República, Edição Revista e


actualizada, Minerva Press, Maputo, 2004..

Doutrina:

DIAS, Jorge Figueiredo, Direito de Informação e Tutela de Honra no Direito Penal


Português, RLJ, ano 115, Coimbra, 1982.

MASSUDA, Arthur, Liberdade de Informação: Participação e Controle Social, By SA, São


Paulo, 2012

CARRILHO, Colectânea de Legislação Constitucional, CFJJ, Maputo, 2009

SANTOS, Boaventura e TRINDADE, João Carlos, Conflito e Transformação Social: Uma


Paisagem das Justiças em Moçambique, Vol. I, Edições Afrontamento, Porto, 2003

Electrónico:
WERTHEIN, Jorge, A sociedade de Informação e seus Desafios. Disponível em
http://www.scielo.br/pdf/ci/v29n2/a09v29n2.pdf/, consultado no dia 3 de Fevereiro de 2015

Fontes de Entrevistas
https://www.dw.com/pt-002/porque-acontecem-tantos-linchamentos/a-17148389.

http://www.verdade.co.mz/destaques/democracia/49026-falta-rigor-na-divulgacao-das-leis-em-
mocambique-

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