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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

FACULDADE DE DIREITO

LICENCIATURA EM DIREITO

1° Grupo

Evolução Histórica do Direito de trabalho na Idade Moderna

Nampula, Março de 2019


UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

FACULDADE DE DIREITO

LICENCIATURA EM DIREITO

1° Grupo

DISCENTES:

Débora Colher

Diana Pawandiwa

Dinazarda Liomba

Lezio Elidio

Lot Marvin Camanga

Murillo Sibinde

Orlando Matos

Tomazia Tomo

Trabalho de carácter avaliativo da


cadeira de Direito de Trabalho,
referente ao 1º semestre, curso de
Direito, 4º ano curso diurno.
Leccionada pelo Docente: M/A. Clara
Macovele.

Nampula, Março de 2019.


Lista de abreviatura
Art. – Artigo.

Pag - Pagina.

Sec - Seculo

I
Índice
Lista de abreviatura ........................................................................................................... i

Introdução ................................................................................................................. 2

1. CAPITULO I .................................................................................................. 3

1.1.1 O Surgimento do Direito do Trabalho............................................................ 3

2. CAPITULO II ................................................................................................ 4

2.1.1 Evolução Histórica do Direito de trabalho em Moçambique ......................... 4

2.2.1 O colonialismo Português como um dos factores principais para o


aparecimento do Direito do Trabalho em Moçambique ............................................... 5

2.2.2 A Lei do Trabalho Forçado ............................................................................ 6

3. CAPITULO III ............................................................................................... 7

3.1.1 O Trabalho na Idade Moderna ....................................................................... 7

3.2.1 Da Antiguidade à Idade Moderna (Direito Romano) ................................... 13

3.2.2 Direito intermédio: corporativismo (Idade Média e Moderna) .................... 14

3.2.3 Revolução Industrial: a questão social ......................................................... 15

Conclusão ............................................................................................................... 18

Bibliografia ............................................................................................................. 19

I
Introdução
O trabalho em abordagem tem como tema: Evolução Histórica do Direito de
trabalho na Idade Moderna Antes de falar propriamente Evolução Histórica do Direito
de trabalho na Idade Moderna é pertinente falar do surgimento do Direito do Trabalho
nasce como reacção aos acontecimentos da Revolução Industrial, para fixar controlos
para o sistema económico e conferir medidas de civilidade. É produto da reacção da
classe trabalhadora ocorrida no século XIX contra a utilização sem limites do trabalho
humano.

Iremos abordar também acerca do Surgimento do Direito de Trabalho, assim como


em Moçambique e na idade moderna, sendo também uma pequena comparação com a
idade média.

A vida laboral do povo Moçambicano antes da chegada dos Portugueses Mesmo


antes da chegada dos portugueses, os primeiros Estados ou sejas as primeiras povoações
tinham um modo de exercer o trabalho dividindo-o por homens, mulheres e crianças.
Sendo que, as mulheres tinham a responsabilidade de trabalhar na machamba, apanhar
lenha, carregar àgua e cozinhar os alimentos. As crianças ajudavam as mães na
machamba, na recolha de vegetais, tomavam conta dos irmãos mais novos e
afugentavam os animais. Os homens iam à caça e à pesca acompanhados dos mais
velhosAo desenvolver do trabalho este encontra-se dividido em 4 capítulos e os
Princípios gerais do processo penal que, à semelhança dos Princípios gerais do direito,
podem desempenhar em matéria de processo penal as funções informadora, normativa e
interpretadora, podem para efeitos didácticos e expositivos ser agrupados tendo como
referencia a promoção ou iniciativa processual; a prossecução ou decurso processual; a
prova; e a forma.

O trabalho encontra-se estruturado e dotado de seguinte forma: contem 3 Capitulos


e tambem a lista de abreviaturas, índice, introdução, desenvolvimento, conclusão e as
referências bibliográficas usadas para a sua elaboração, foi utilizado um metodo de
estudo bibliografico e qualitativo.

2
1. CAPITULO I

1.1.1 O Surgimento do Direito do Trabalho


O Direito do Trabalho nasce como reacção aos acontecimentos da Revolução
Industrial, para fixar controlos para o sistema económico e conferir medidas de
civilidade. É produto da reacção da classe trabalhadora ocorrida no século XIX contra a
utilização sem limites do trabalho humano.1

O direito comum com suas regras privadas de mercado não mais atendia aos
anseios da classe trabalhadora, oprimida diante da explosão do mercado de trabalho
ocorrido em virtude da descoberta da máquina a vapor, de tear, da luz e da consequente
revolução industrial. E a prática de que contrato faz lei entre as partes colocava o
trabalhador em posição inferior, que em face da necessidade, acabava por aceitar
qualquer tipo de cláusula contratual, submetendo-se as condições desumanas e
degradantes.2

Daí a necessidade de um novo sistema legislativo proteccionista,


intervencionista, em que o Estado deixasse a sua apatia, sua inércia e tomasse um papel
paternalista, intervencionista, com o intuito de impedir a exploração do homem pelo
homem de forma vil.3

Desta forma nasce o Direito do Trabalho com função tutelar, econômica,


política, coordenadora e social. Tutelar, porque visa proteger o trabalhador e reger o
contrato mínimo de trabalho. Económico em face da sua necessidade de realizar valores,
injectar capital no mercado e democratizar o acesso as riquezas. Coordenadora porque
visa harmonizar os naturais conflitos entre capital e trabalho. Política, pois toda medida
estatal colectiva atinge a toda população e tem interesse público. E Social, pois visa a
melhoria da condição social do trabalhador.4

1
BARROS, Alice Monteiro de. Curso de direito do trabalho. 5. Ed. Ver. E ampl. São Paulo: LTr.
2009.pag .80
2
BARROS, Alice Monteiro de. Curso de direito do trabalho. 5. Ed. Ver. E ampl. São Paulo: LTr.
2009.pag.81
3
BARROS, Alice Monteiro de. Curso de direito do trabalho. 5. Ed. Ver. E ampl. São Paulo: LTr.
2009.pag .81
4
BARROS, Alice Monteiro de. Curso de direito do trabalho. 5. Ed. Ver. E ampl. São Paulo: LTr.
2009.pag.81

3
A história do Direito do Trabalho se divide em quatro períodos: a Formação -
que surgiu na Inglaterra, com a primeira lei tutelar, intitulada Acto da Moral e da Saúde,
em que essa lei proibia o trabalho de menores à noite e por duração superior a 12 horas
diárias. Em 1813 se proibiu na França o trabalho de menores nas minas; em 1839 na
Alemanha, teve inicio a edição de normas sobre trabalho da mulher e do menor. E em
1824, na Inglaterra a coalizão deixa de ser crime.5

No segundo período: a Intensificação (1848 a 1890) – os acontecimentos mais


importantes foram o Manifesto Comunista de Marx e Engels e a implantação da
primeira forma de seguro social na Alemanha, em 1883, no governo de Bismarck.6

O terceiro período: a Consolidação (1890 - 1919) é marcada pela publicação da


Encíclica Papal Rerum Novarum, de Leão XIII, preconizando o salário justo. E neste
período em Berlim também houve uma conferência sobre o Direito do Trabalho.7

E no quarto período: a Autonomia (de 1919 aos dias actuais) caracteriza-se pela
criação da Organização Internacional do Trabalho, das Constituições do México (1919)
e da Alemanha (1919). A acção internacional desenvolve um bom trabalho de
universalização do Direito do Trabalho. O Tratado de Versailles (1919) desempenha
papel importante: em seu artigo 427 não admite que o trabalho seja mercadoria,
assegura jornada de 8 horas, igualdade de salário para trabalhadores de igual valor,
repouso semanal, inspecção do trabalho, salário mínimo.8

2. CAPITULO II

2.1.1 Evolução Histórica do Direito de trabalho em Moçambique


A vida laboral do povo Moçambicano antes da chegada dos Portugueses Mesmo
antes da chegada dos portugueses, os primeiros Estados ou sejas as primeiras povoações
tinham um modo de exercer o trabalho dividindo-o por homens, mulheres e crianças.
Sendo que, as mulheres tinham a responsabilidade de trabalhar na machamba, apanhar

5
BARROS, Alice Monteiro de. Curso de direito do trabalho. 5. Ed. Ver. E ampl. São Paulo: LTr.
2009.pag.81.
6
BARROS, Alice Monteiro de. Curso de direito do trabalho. 5. Ed. Ver. E ampl. São Paulo: LTr.
2009.pag.82.
7
BARROS, Alice Monteiro de. Curso de direito do trabalho. 5. Ed. Ver. E ampl. São Paulo: LTr.
2009.pag.82.
8
BARROS, Alice Monteiro de. Curso de direito do trabalho. 5. Ed. Ver. E ampl. São Paulo: LTr.
2009.pag.82.

4
lenha, carregar àgua e cozinhar os alimentos. As crianças ajudavam as mães na
machamba, na recolha de vegetais, tomavam conta dos irmãos mais novos e
afugentavam os animais. Os homens iam à caça e à pesca acompanhados dos mais
velhos. 9

2.2.1 O colonialismo Português como um dos factores principais para o


aparecimento do Direito do Trabalho em Moçambique
Com a chegada dos portugueses em Moçambique, em 1498, estes foram se
infiltrando-se nos reinos dos Mwenemutapas com ajuda das suas tropas privadas, às
vezes por acordos e outras vezes forçando-os.10

Os portugueses fixaram-se as feitorias em Sofala em 1505 e na Ilha de


Moçambique em 1507, ao longo do litoral, com o objectivo de controlar as vias de
escoamento de ouro do interior e, em menor escala, de marfim, os quais tinham em
sofala local de saída para a Àsia através dos árabes.11

A presença portuguesa não foi pacífica tendo eles que fazer amizades com
alguns mwenemutapas traidores como caso de Gatsi Rusere e Mavura.
Os camponeses eram recrutados pelos portugueses para trabalharem nas minas. As
mulheres e as crianças também eram obrigadas a trabalhar na mineração. Como este
trabalho de mineração ocupava muito tempo aos camponeses estes viram se obrigados a
abandonar o cultivo das terras e face a isto aumentava a fome nas aldeias.
Deste modo, os camponeses viram se obrigados a revoltarem-se contra os
Mwenemutapas.12

Em 1650, o rei de Portugal decidiu que as terras do vale do Zambeze passariam


a pertencer a colónia portuguesa e que todos proprietários teriam que pagar impostos,

9
BARROS, Alice Monteiro de. Curso de direito do trabalho. 5. Ed. Ver. E ampl. São Paulo: LTr.
2009.pag.83.
10
BARROS, Alice Monteiro de. Curso de direito do trabalho. 5. Ed. Ver. E ampl. São Paulo: LTr.
2009.pag.84.
11
BARROS, Alice Monteiro de. Curso de direito do trabalho. 5. Ed. Ver. E ampl. São Paulo: LTr.
2009.pag.84.
12
BARROS, Alice Monteiro de. Curso de direito do trabalho. 5. Ed. Ver. E ampl. São Paulo: LTr.
2009.pag.84.

5
sendo assim, estas terras passaram a ser alugadas aos antigos proprietários a prazo de
um tempo, passando deste modo a ser chamado de Prazeiros.13

Os camponeses no vale do Zambeze eram obrigados a pagar uma renda em


género chamada mussoco, e produziam alimentos para os senhores e seus cativos.14

A principal actividade dos prazeiros era a o comércio de escravos


Em 1836, ouve a proibição oficial do tráfico de escravos, e mais tarde em 1842, os
estados islamizados passaram a ser os principais exportadores clandestinos de escravos.
Nos fins do século XVIII/XIX, revoltam-se contra a opressão sofrida pelos colonos
portugueses, tendo estes deixado de pagar o imposto palhota, atacando os postos
militares dos portugueses, negavam de participar na construção das estradas e no
alistamento para o exército português.15

2.2.2 A Lei do Trabalho Forçado


Os portugueses, para melhor explorar as populações criaram leis sobre o
trabalho forçado, as quais eles chamavam “política Laboral indígena” ou “sistema de
trabalho indígena”. Estas leis, segundo António Enes tinham a finalidade de obrigar o
africano a trabalhar, porque ele por sua iniciativa, nunca o faria, dada a sua
“inferioridade natural”.16

Estas leis, segundo António Enes tinham a finalidade de obrigar o africano a


trabalhar, porque ele por sua iniciativa, numa o faria, dada a sua “inferioridade natural”.
Em 1899, é criado o “código de trabalho”, que defendia que o trabalho forcado é justo e
legal. Este trabalho é conhecido por xibalo, em que os indígenas tinham a obrigação de
trabalhar, caso não fizessem, a autoridade poderia recorrer a força.17

13
BARROS, Alice Monteiro de. Curso de direito do trabalho. 5. Ed. Ver. E ampl. São Paulo: LTr.
2009.pag.85.
14
BARROS, Alice Monteiro de. Curso de direito do trabalho. 5. Ed. Ver. E ampl. São Paulo: LTr.
2009.pag.85.
15
BARROS, Alice Monteiro de. Curso de direito do trabalho. 5. Ed. Ver. E ampl. São Paulo: LTr.
2009.pag.85
16
BARROS, Alice Monteiro de. Curso de direito do trabalho. 5. Ed. Ver. E ampl. São Paulo: LTr.
2009.pag.86
17
BARROS, Alice Monteiro de. Curso de direito do trabalho. 5. Ed. Ver. E ampl. São Paulo: LTr.
2009.pag.87

6
As populações eram obrigadas a pagar o imposto de palhota em dinheiro, caso
não pagassem, eram presas e enviadas para o trabalho forçado nas plantações, na
construção de estradas.18

Todas essas atrocidades perpetradas pelos colonialismos teve como seu fim com
a conquista da independência a 25 de Junho de 1975, dai surge um novo direito
moçambicano, com a constituição de 1975, este que veio a consagrar o trabalho e a
educação como constituindo direitos e deveres de cada cidadão, e cabia ao estado a
materialização dos mesmos.19

3. CAPITULO III

3.1.1 O Trabalho na Idade Moderna


Mesmo antes do fim da idade média começa a registar-se o declínio das
corporações.

Esboça-se a dissociação entre capital e trabalho e verifica-se a separação entre


oficiais e mestres, pelas tentativas destes de fechar o acesso à sua qualificação e pela
prioridade da sucessão dos familiares dos mestres, nessa mesma qualidade. Eclodem
frequentemente conflitos violentos e os oficiais ou companheiros agregam-se para
defesa dos seus interesses contra os mestres. O sistema passa a estar inadaptado às
condições económicas, gera monopólios anquilosantes, tornando-se frequente o
abaixamento da qualidade dos produtos. 20

Entretanto começam a surgir as manufacturas em unidades industriais


relativamente grandes, apropriadas à coordenação das técnicas de produção, com
possibilidade de produção em massa, com regimes de trabalho fixados normalmente
através da autoridade pública ou discricionariamente pelos seus proprietários. Nas
manufacturas os trabalhadores usam utensílios e matéria-prima fornecida pelo

18
BARROS, Alice Monteiro de. Curso de direito do trabalho. 5. Ed. Ver. E ampl. São Paulo: LTr.
2009.pag.87
19
DORIGO, Gianpaolo; VICENTINO, Cláudio. História Geral do Direito do Trabalho. 1. ed. São
Paulo: Scipione, 2010.pag.90.
20
XAVIER, Bernardo da Gama Lobo, Iniciação ao Direito do Trabalho, 3ª edição, verbo editora,
Lisboa, 1994, pág. 35

7
proprietário, estão submetidos ao ritmo de trabalho que lhes é imposto e recebem um
salário.21.

À estrutura normativa, extremamente simplificada, fragmentada e de carácter


não autónomo, correspondia um mundo em que se não punha o problema d trabalho; na
verdade, o trabalho e os trabalhadores pouco interessavam no plano económico (em que
os estudiosos se preocupavam com o regime de troca e não com o da produção) e muito
menos no plano político.22

O fenômeno acelerador da crise do regime artesanal foi a inovação tecnológica,


designada Revolução Industrial, o que proporcionou a substituição da ferramenta
manual pela máquina.23

O triunfo da Revolução Francesa também exaltou a liberdade individual exarada


pelo preâmbulo da Constituição de 1791 da França. O novo regime consagrou a
liberdade para o exercício das profissões, artes ou ofícios, e para as livres
contratações.24

Com o desvio da inicial finalidade das corporações de ofício e a consequente


exploração de aprendizes e companheiros que dificilmente chegavam à maestria,
nasceram as compagnonnage, composta de companheiros que se reuniam em defesa de
seus interesses para acirrar a luta entre mestres e companheiros. Daí o embrião do actual
paralelismo sindical. A decadência das corporações de ofício se iniciava.25

Em 1789, as corporações de ofício foram extintas com a Revolução Francesa e


em 1791 a Lei Chapelier proibia seu restabelecimento e demais coalizões. Nasce à lei
do mercado, o liberalismo, sem intervenção estatal nas relações contratuais.26

21
XAVIER, Bernardo da Gama Lobo Iniciação ao Direito do Trabalho, 3ª edição, verbo editora, Lisboa,
1994, pág. 35
22
XAVIER, Bernardo da Gama Lobo Iniciação ao Direito do Trabalho, 3ª edição, verbo editora, Lisboa,
1994, pág. 35
23
BARROS, Alice Monteiro de. Curso de direito do trabalho. 5. Ed. Ver. E ampl. São Paulo: LTr.
2009.pag.88
24
DORIGO, Gianpaolo; VICENTINO, Cláudio. História Geral do Direito do Trabalho. 1. ed. São
Paulo: Scipione, 2010.pag.91
25
DORIGO, Gianpaolo; VICENTINO, Cláudio. História Geral do Direito do Trabalho. 1. ed. São
Paulo: Scipione, 2010.pag.91
26
DORIGO, Gianpaolo; VICENTINO, Cláudio. História Geral do Direito do Trabalho. 1. ed. São
Paulo: Scipione, 2010.pag.92

8
Esta lei dispunha em seu artigo 7º que, todo homem é livre para dedicar-se ao
trabalho, profissão, arte ou oficio que achar conveniente, porém estará obrigado a
prover-se de uma licença, a pagar os impostos de acordo com as tarifas seguintes e a
conformar-se com os regulamentos da polícia que existam ou que se expeçam no
futuro.27

A industrialização da segunda metade do século XVIII iniciou-se com a


mecanização do sector têxtil, cuja produção tinha amplos mercados nas colónias,
inglesas ou não.28

Entre as principais invenções mecânicas do período, destacam-se a máquina de


fiar (James Hargreaves), o tear hidráulico (Richard Arkwright), e o tear mecânico
(Edmund Cartwright). Todos esses teares proporcionaram o aumento da produção e
diminuíram a necessidade de mão-de-obra.29

Na Inglaterra havia as melhores condições para o desenvolvimento da


indústria. Em 1773 James Watt aperfeiçoou uma máquina que conseguia manter as
válvulas, os cilindros e o êmbolo resfriados, proporcionando assim, o funcionamento
das máquinas produtivas por largas jornadas.30

A nova máquina a vapor passou a ser aplicada em todos os seguimentos


industriais e de transportes possíveis. A produção e a comercialização dos bens e
mercadorias foram enormes.31

Enquanto no plano econômico e político o capitalismo burguês industrial se


cristalizava, as condições sociais daqueles que trabalhavam pioravam progressivamente.

27
DORIGO, Gianpaolo; VICENTINO, Cláudio. História Geral do Direito do Trabalho. 1. ed. São
Paulo: Scipione, 2010.pag.92
28
Portal Escola. Pré-história, Idade Antiga, Idade Média, Idade Moderna e Idade
Contemporânea.Disponível em: < http://www.portalescolar.net/2011/02/pre-historia-idade-antiga-idade-
media.html >. Acesso em: 22 abril. 2014. Pag. 35
29
DORIGO, Gianpaolo; VICENTINO, Cláudio. História Geral do Direito do Trabalho. 1. ed. São
Paulo: Scipione, 2010.pag.92
30
DORIGO, Gianpaolo; VICENTINO, Cláudio. História Geral do Direito do Trabalho. 1. ed. São
Paulo: Scipione, 2010.pag.92
31
DORIGO, Gianpaolo; VICENTINO, Cláudio. História Geral do Direito do Trabalho. 1. ed. São
Paulo: Scipione, 2010.pag.92

9
A inexistência de normas de tutela colocava a parte mais frágil da relação capital e
trabalho em uma desvantagem.32

Diante da ausência de terras para cultivo, os moradores do campo migraram


para as cidades em busca de emprego nas fábricas. Mas, como a oferta de trabalho era
muito grande, os industriais ofereciam salários extremamente baixos, o que lhes
proporcionavam lucros.33

As jornadas não tinham limite e os salários eram baixos. As condições de


trabalho eram péssimas, pois o novo maquinário era muito perigoso. Os acidentados no
trabalho não conseguiam provar a culpa do empregador e não percebiam qualquer
indemnização.34

As mulheres e crianças dividiam com os homens os postos de trabalho. O


trabalho e a jornada não tinham diferenciação, mas crianças e mulheres ganhavam um
salário bem inferior. Substituía-se o trabalho do homem pelo do menor e das mulheres.
Prevalecia a lei do mercado onde o empregador ditava as regras e a jornada era de 16
horas e a exploração da mão-de-obra infantil chegou a níveis alarmantes.35

O que estava em jogo era o fim da autonomia do trabalho artesanal e a reunião


e domesticação dos trabalhadores na fábrica. A divisão do trabalho defendida por Adam
Smith teria a função de destruir o saber-fazer do artesão, subordinando-o à nova
tecnologia da maquino factura.

O uso do tempo que não fosse de forma útil e produtiva, conforme o imposto
na fábrica passou a ser visto como preguiça e degeneração. Só o trabalho produtivo,
fundado na máxima utilização do tempo, dignificava o homem.36

32
DORIGO, Gianpaolo; VICENTINO, Cláudio. História Geral do Direito do Trabalho. 1. ed. São
Paulo: Scipione, 2010.pag.93
33
DORIGO, Gianpaolo; VICENTINO, Cláudio. História Geral do Direito do Trabalho. 1. ed. São
Paulo: Scipione, 2010.pag.93
34
DORIGO, Gianpaolo; VICENTINO, Cláudio. História Geral do Direito do Trabalho. 1. ed. São
Paulo: Scipione, 2010.pag.94
35
DORIGO, Gianpaolo; VICENTINO, Cláudio. História Geral do Direito do Trabalho. 1. ed. São
Paulo: Scipione, 2010.pag.94
36
DORIGO, Gianpaolo; VICENTINO, Cláudio. História Geral do Direito do Trabalho. 1. ed. São
Paulo: Scipione, 2010.pag.95

10
Para o sistema fabril, o trabalho produtivo tinha por fim gerar uma riqueza que
não deveria ser apropriada pelo trabalhador. E apesar do trabalhador ser livre e de a
máquina ser anunciada como a que libertaria o homem do esforço físico, as máquinas
serviram tanto para o aumento da produtividade como para impor a disciplina do tempo
e do trabalho, com o objectivo de controlar as formas de resistência operárias por meio
de ameaça ao desemprego.37

A primeira norma a regular o contrato de trabalho somente apareceu no Código


Civil Francês de 1804 e ainda colocava o trabalho no mesmo patamar da locação de
coisas e animais. O patronato impunha as condições contratuais e os obreiros apenas
aderiam. A contratação era considerada individual.38

Com o passar do tempo as condições do trabalho humano foram melhorando,


fato comprovado pela não admissão de menor de 10 anos (1800), redução da jornada de
trabalho (1802), medidas de higiene de trabalho (1800), Declaração Universal dos
Direitos do Homem (1948) entre outras mudanças.

Ao pensar em modernidade, muitas pessoas logo imaginam que estamos


fazendo referência aos acontecimentos, instituições e formas de agir presente no Mundo
Contemporâneo. De facto, esse termo se transformou em palavra fácil para muitos
daqueles que tentam definir em uma única palavra o mundo que vivemos. Contudo, não
podemos pensar que esse contexto mais dinâmico e mutante surgiu do nada, que não
possua uma historicidade.39

37
DORIGO, Gianpaolo; VICENTINO, Cláudio. História Geral do Direito do Trabalho. 1. ed. São
Paulo: Scipione, 2010.pag.95
38
DORIGO, Gianpaolo; VICENTINO, Cláudio. História Geral do Direito do Trabalho. 1. ed. São
Paulo: Scipione, 2010.pag.96
39
DORIGO, Gianpaolo; VICENTINO, Cláudio. História Geral do Direito do Trabalho. 1. ed. São
Paulo: Scipione, 2010.pag.97

11
Entre os séculos XVI e XVIII, um volume extraordinário de transformações
estabeleceu uma nova percepção de mundo, que ainda pulsa em nossos tempos.
Encurtar distâncias, desvendar a natureza, lançar em mares nunca antes navegados
foram apenas uma das poucas realizações que definem esse período histórico. De fato,
as percepções do tempo e do espaço, antes tão extensas e progressivas, ganharam uma
sensação mais intensa e volátil.40

O processo de formação das monarquias nacionais pode ser um dos mais


interessantes exemplos que nos revela tal feição. Nesse curto espaço de quase quatro
séculos, os reis europeus assistiram a consumação de seu poder hegemônico, bem como
experimentaram as várias revoluções liberais defensoras da divisão do poder político e
da ampliação dos meios de intervenção política. Tronos e parlamentos fizeram uma
curiosa ciranda em apenas um piscar de olhos.41

Além disso, se hoje tanto se fala em tecnologia e globalização, não podemos


refutar a ligação intrínseca entre esses dois fenômenos e a Idade Moderna. O advento
das Grandes Navegações, além de contribuir para o acúmulo de capitais na Europa,
também foi importante para que a dinâmica de um comércio de natureza
intercontinental viesse a acontecer. Com isso, as acções econômicas tomadas em um
lugar passariam a repercutir em outras parcelas do planeta.42

No século XVIII, o espírito investigativo dos cientistas e filósofos iluministas


catapultou a busca pelo conhecimento em patamares nunca antes observados. Não por
acaso, o desenvolvimento de novas máquinas e instrumentos desenvolveram em
território britânico o advento da Revolução Industrial. Em pouco tempo, a mentalidade
econômica de empresários, consumidores, operários e patrões fixaram mudanças que
são sentidas até nos dias de hoje.43

Em um primeiro olhar, a Idade Moderna pode parecer um tanto confusa por


conta da fluidez dos vários factos históricos que se afixam e, logo em seguida, se
reconfiguram. Apesar disso, dialogando com eventos mais específicos, é possível

40
DORIGO, Gianpaolo; VICENTINO, Cláudio. História Geral do Direito do Trabalho. 1. ed. São
Paulo: Scipione, 2010.pag.97
41
DORIGO, Gianpaolo; VICENTINO, Cláudio. História Geral do Direito do Trabalho. 1. ed. São
Paulo: Scipione, 2010.pag.98.
42
DORIGO, Gianpaolo; VICENTINO, Cláudio. História Geral do Direito do Trabalho. 1. ed. São
Paulo: Scipione, 2010.pag.98.
43
DORIGO, Gianpaolo; VICENTINO, Cláudio. História Geral do Direito do Trabalho. 1. ed. São
Paulo: Scipione, 2010.pag.99.

12
balizar as medidas que fazem essa ponte entre os tempos contemporâneo e moderno.
Basta contar com um pouco do tempo. Aquele mesmo que parece ser tão volátil nesse
instigaste período histórico.44

3.2.1 Da Antiguidade à Idade Moderna (Direito Romano)


As relações de trabalho são tão antigas como a sociedade humana, mas só
recentemente se tornaram objecto de um corpo de normas jurídicas específicas.45

Na Antiguidade, a disciplina jurídica do trabalho estava contida em corpos de


normas jurídicas de âmbito mais genérico, as várias formas de propriedade (para regular
a escravidão e trabalho servil), a locação ou arrendamento (para regular as relações do
serviço livre, já que o trabalho era assemelhando a uma coisa que o seu titular aluga).46

A sociedade romana assentava num sector servil (escravos e colonos), e


prevalecia o conceito de que o trabalho assalariado é desprezível47. Ora, numa sociedade
esclavagista, a relação entre o senhor e o escravo está fora do domínio de Direito de
Trabalho.48

Esta é a razão pela qual a matéria laboral no Digesto não aparece desenvolvida.
No Direito Romano, o contrato de trabalho enquadrava-se numa figura genérica – a
locação49

Dentre os vários contratos, encontrava-se a locatio conductio, que se subdividia


em três: locatio conductio (actual locação), locatio conductio operis (locação de obra-
empreitada), ocatio conductio operarum (corresponde ao contrato de prestação de
serviços, no qual se incluía o trabalho subordinado e o independente.50

Nas três espécies encontramos o conductor, que tinha de pagar à outra pessoa o
locator (uma contrapartida em dinheiro chamada mercês. Por vezes, no trabalho

44
DORIGO, Gianpaolo; VICENTINO, Cláudio. História Geral do Direito do Trabalho. 1. ed. São
Paulo: Scipione, 2010.pag.99.
45
WATY, Mónica, Direito do Trabalho, 1ª edição, Weditora, Maputo, 2008,pág. 30
46
WATY, Mónica, Direito do Trabalho, 1ª edição, Weditora, Maputo, 2008,pág. 30
47
A plebe urbana nomeadamente artífices, preferia prestar serviços aos senhores de forma autónoma.
48
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Era um negócio jurídico que poderia ter por objecto o uso de coisas, mas também a prestação de
actividade por pessoas.
50
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autónomo, a contrapartida em dinheiro era designada por honorarium ou mesmo por
salarium.51

3.2.2 Direito intermédio: corporativismo (Idade Média e Moderna)


As normas sobre o Direito do Trabalho, na Idade Média e Moderna, no âmbito
das corporações de artes e ofícios, foram influenciadas pelo próprio carácter
comunitário hierarquizado e semifamiliar das relações existente entre empresários
(mestres) e trabalhadores (oficiais ou companheiros e aprendizes).52

Apesar de os regimentos corporativos conterem uma regulamentação estatutário-


profissional muito minuciosa do prestador de trabalho, não resulta que nessa época já
houvesse Direito do Trabalho. Eram regimentos sem autonomia, ligados aos aspectos
técnicos do trabalho e à concorrência.53

Estavam desprovidos daquele sentido de protecção do trabalhador que é


característico do Direito do Trabalho. Os regulamentos corporativos eram
predominantemente emanados pala classe dos mestres, que aproveitava o trabalho e
pagava os salários.54

As alterações aqui verificadas são devidas ao advento do cristianismo:

a) O espírito cristão levou à dignificação do homem, incluindo o servo, o que


atenuou o desprezo pelo trabalho subordinado;
b) Surgiu a ideia de salário justo, de o salário corresponder ao trabalho efectuado,
devendo haver justiça na remuneração.

A partir do século IX verificou-se um grande desenvolvimento do associativismo


profissional, que veio a ser designado de corporativismo. O desenvolvimento
económico e a estabilidade política proporcionaram existência de muitos homens num
só ofício, que passaram a associar-se em corporações profissionais da sua actividade. O
seu principal objectivo era o de defesa dos interesses e direitos da classe.55

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Ao Direito do Trabalho, interessa a questão da limitação das horas de trabalho: não
obstante em regra valer a regra de trabalhar de sol a sol, as limitações à duração da
jornada laboral procuravam evitar trabalho desumano (no séc. XIX eram frequentes
casos de jornadas de 12, 14 e até 16 horas por dia).56

Neste período o Direito do Trabalho não tinha autonomia dentro do Direito Privado.
O Direito do Trabalho era visto mais como uma relação de colaboração do que uma
relação de conflito.57

Na Europa as corporações tiveram o seu apogeu por volta do século XIII, seguido de
declínio, causado pela abertura do mercado que os Descobrimentos facilitaram, e da
consequente alteração ocorrida na sociedade do ponto de vista económico.

As corporações foram extintas no século XVIII.58

3.2.3 Revolução Industrial: a questão social


A estrutura normativa anterior à Revolução Industrial, extremamente
simplificada e de carácter não autónomo, corresponde a um mundo em que se não
punha o problema do trabalho: na verdade, o trabalho e os trabalhadores pouco
interessavam no plano económico – os estudiosos preocupavam-se pelo regime de troca
e não pelo da produção – e muito menos no plano político.59

No final do século XVIII, com a desintegração dos quadros da economia


corporativa, já surge o enaltecimento político e ético do trabalho, e no plano da ciência
económica, já uma preocupação com a produção, que levaria a colocar o problema do
valor do trabalho.60

O capitalismo nascente caracterizou-se pelo aproveitamento de formas de


energia não humanas e pela máquina. Ele desassociou o capital do trabalho e o
trabalhador do produto do seu trabalho.61

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Encarou a actividade humana como mero factor de produção, sujeita à lógica do
mercado; fraccionou-a, tornou-a fungível 62 e submeteu-se aos ritmos das máquinas.
Estas geram aparatosamente desemprego e, pelos seus perigos, acidentes de trabalho.63

Após a extinção das corporações, estava proibida qualquer forma de


associativismo profissional. Deste modo, na relação laboral, os trabalhadores actuavam
individualmente.64

Na prática, houve um envilecimento das condições de trabalho. Por outro lado, o


aparecimento da máquina a vapor e a consequente industrialização levou a que grandes
massas de trabalhadores oriundas do campo afluíssem as cidades para oferecerem a sua
força de trabalho. Esses trabalhadores estavam desorganizados, desunidos, e sem
possibilidade legal de se associarem.65

Estes trabalhadores não tinham qualquer poder de negociação de contratos de


trabalho, e havia muito desemprego.66

Assim é que surgiram os problemas sociais designados de “Questão Social”,


postos pela “incrível miséria da classe operária no século XIX” e que se exprime pelas
reacções dos trabalhadores que promoviam greves e outras formas de conflito.67

É que os trabalhadores tomam progressivamente consciência da sua própria


força e procuram dinamizar a solidariedade da classe por um associalismo crescente.
Cada vez mais se estabelecia uma dissociação entre o capital (empresários) e o trabalho
(assalariados). É este grande fosso ( segunda metade do século XIX) que deu origem a
um conflito social, na base do qual se construiu a teoria marxista da luta de classes.68

62
Podendo ser submetida praticamente a qualquer pessoa.
63
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As condições de trabalho eram infra-humanas, dependiam da lei da oferta e
procura. A máquina a vapor trouxe também o problema dos acidentes de trabalho, e os
trabalhadores não tinham como ser auxiliados. Havia desemprego causado por actos que
tinham a ver com ciclos económicos.69

69
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Conclusão
Finalizado o trabalho, pudemos concluir que estes trabalhadores na idade moderna
não tinham qualquer poder de negociação de contratos de trabalho, e havia muito
desemprego.

Concluímos também que Com o passar do tempo as condições do trabalho humano


foram melhorando, facto comprovado pela não admissão de menor de 10 anos (1800),
redução da jornada de trabalho (1802), medidas de higiene de trabalho (1800),
Declaração Universal dos Direitos do Homem (1948) entre outras mudanças.

Podemos olhar também que as normas sobre o Direito do Trabalho, na Idade


Média e Moderna, no âmbito das corporações de artes e ofícios, foram influenciadas
pelo próprio carácter comunitário hierarquizado e semi-familiar das relações existente
entre empresários (mestres) e trabalhadores (oficiais ou companheiros e aprendizes).

Também conclui-se que ao pensar em modernidade, muitas pessoas logo


imaginam que estamos fazendo referência aos acontecimentos, instituições e formas de
agir presente no Mundo Contemporâneo. De facto, esse termo se transformou em
palavra fácil para muitos daqueles que tentam definir em uma única palavra o mundo
que vivemos. Contudo, não podemos pensar que esse contexto mais dinâmico e mutante
surgiu do nada, que não possua uma historicidade.

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Bibliografia
Doutrina

 DORIGO, Gianpaolo; VICENTINO, Cláudio. História Geral do Direito do


Trabalho. 1. ed. São Paulo: Scipione, 2010.
 BARROS, Alice Monteiro de. Curso de direito do trabalho. 5. Ed. Ver. E ampl.
São Paulo: LTr. 2009.
 WATY, Mónica, Direito do Trabalho, 1ª edição, Weditora, Maputo, 2008.
 XAVIER, Bernardo da Gama Lobo Iniciação ao Direito do Trabalho, 3ª
edição, verbo editora, Lisboa, 1994.

Internet

 Portal Escola. Pré-história, Idade Antiga, Idade Média, Idade Moderna e


Idade Contemporânea. Disponível em: <
http://www.portalescolar.net/2011/02/pre-historia-idade-antiga-idade-
media.html >. Acesso em: 22 abril. 2014.

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