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“Artigo 10.º
Prescrição e caducidade
1 - O direito ao recebimento do preço do serviço prestado prescreve no prazo de seis meses após a sua
prestação.
2 - Se, por qualquer motivo, incluindo o erro do prestador do serviço, tiver sido paga importância inferior à
que corresponde ao consumo efectuado, o direito do prestador ao recebimento da diferença caduca
dentro de seis meses após aquele pagamento.
3 - A exigência de pagamento por serviços prestados é comunicada ao utente, por escrito, com uma
antecedência mínima de 10 dias úteis relativamente à data-limite fixada para efectuar o pagamento.
4 - O prazo para a propositura da acção ou da injunção pelo prestador de serviços é de seis meses,
contados após a prestação do serviço ou do pagamento inicial, consoante os casos.
5 - O disposto no presente artigo não se aplica ao fornecimento de energia eléctrica em alta tensão.”
Porém, para que a prescrição opere, força é observar o que o artigo 303 do Código Civil consagra:
“Artigo 303.º
(Invocação da prescrição)
O tribunal não pode suprir, de ofício, a prescrição; esta necessita, para ser eficaz, de ser invocada, judicial
ou extrajudicialmente, por aquele a quem aproveita, pelo seu representante ou, tratando-se de incapaz,
pelo Ministério Público.”
O que quer significar (coisa que, em geral, o devedor ignora) que, consoante os meios adoptados na
interpelação do consumidor, assim deve o interessado invocar, arguir a prescrição:
. se tiver sido notificado por carta, é na resposta à carta que deve dizer: “Por terem passado já seis meses
sobre o fornecimento, invoco a prescrição da dívida para aproveitar do facto, nada devendo ao
fornecedor”;
. se tiver sido proposta acção de dívida (acção declarativa), é na contestação que o consumidor deve
invocar a excepção de prescrição (“Por excepção peremptória: a dívida extinguiu-se pelo decurso do
tempo, ou seja, está prescrita, aqui se invocando a contestação para todos os efeitos legais”)
. se tiver sido requerida injunção, é na oposição que o consumidor deve deduzir o facto, nos termos
enunciados no passo anterior.
É indispensável que o consumidor argua, invoque, deduza a prescrição, pelos meios indicados, para dela
se poder prevalecer.
Se o não fizer, havendo acção ou injunção, o tribunal condená-lo-á no pagamento da dívida (“prescrita”).
O tribunal não pode conhecer de ofício a prescrição. Por isso, vão ter de condenar no pagamento o
consumidor se este nada disser acerca dos seis meses que já passaram sobre o fornecimento.
Pode parecer estúpido, mas é assim que o direito funciona.
A apDC propôs ao Governo e ao Parlamento que façam sair uma lei a dizer que, nos casos dos serviços
públicos essenciais, cujos direitos têm um carácter injuntivo, seja facultado aos tribunais, à semelhança
do que ocorre no Brasil, a declaração oficiosa da prescrição para evitar estes inconvenientes aos
consumidores, que não invocam a prescrição por manifesta ignorância sua.
A apDC aguarda uma tomada de posição dos poderes constituídos a este propósito.
(nome e morada completa do remetente)
(Localidade e data)
Exmos. Senhores,
No passado dia .... de .... de 2014, contratei os vossos serviços de televisão, internet e telefone, no pacote...... (incluir
Surpreendentemente, ... dias depois, fui informado por V.Exas que o mesmo não podia ser ativado por, alegadamente,
se encontrar em dívida à “Telepac” a quantia de € 35,00 (trinta e cinco euros) referente ao ano de 2008.
Ora, até à referida comunicação, nunca tinha sido contactado pela Telepac, V.Exas ou qualquer outra entidade para
liquidar a dívida existente nem tampouco tinha conhecimento da suposta existência da mesma.
Como V.Exas certamente não desconhecem, a Lei dos Serviços Essenciais (Lei nº 10/2013, de 28 de janeiro) estipula que
“o direito ao recebimento do preço do serviço prestado prescreve no prazo de seis meses após a sua prestação” e que “o prazo para a
propositura da ação ou da injunção pelo prestador de serviços é de seis meses, contados após a prestação do serviço ou do pagamento
Face ao exposto, a dívida invocada por V.Exas encontra-se claramente prescrita pelo que, desde já, exijo que o registo
relativo à mesma seja eliminado de quaisquer bases de dados e que o meu nome seja retirado da lista de devedores.
Caso tal não suceda e esta situação não seja regularizada no prazo máximo de 8 dias (com a consequente ativação e
instalação do serviço contratado) darei conta do sucedido à entidade reguladora, a ANACOM, bem como não hesitarei
(assinatura)
Nome e morada completa do remetente
Localidade e data
Assinatura