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A Esposa De Noé - A Que Creu Na Profecia

Valdenira Nunes de Menezes Silva

"Mas contigo estabelecerei a minha aliança; e entrarás na arca, tu e os teu filhos, tua mulher e as

mulheres de teus filhos contigo" (Gênesis 6:18).

Na Bíblia, nós a conhecemos como "a esposa de Noé". O seu nome não sabemos mas, com certeza,

Deus sabe e o colocou no Livro da Vida, no livro onde estão os nomes de todos aqueles salvos pelo

sangue do Seu Filho unigênito, Jesus Cristo.

Maria? Rute? Madalena? Não sabemos, mas sabemos que ela era uma mulher virtuosa e submissa a seu

esposo Noé.

O mundo, naquela época, estava corrompido. O pecado inundava toda a terra. Mas havia um família que

era fiel ao Senhor - a família de Noé. Ele era um homem justo que andava com Deus, juntamente com

sua esposa, seus três filhos - Sem, Cão e Jefé - e suas noras.

Em Gênesis 6:5-7, a Bíblia nos diz: "E viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara sobre a

terra e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente. Então

arrependeu-se o Senhor: Destruirei o homem que criei de sobre a face da terra, desde o homem até ao

animal, até ao réptil, e até à ave dos céus."

Até então, a vida da esposa de Noé era simples. Ela cuidava de Noé, de seus filhos e do seu lar. Ele tinha

uma vida sem preocupação, pois tinha o Senhor. Ela não imaginava que a sua vida e a de todos da sua

família iria mudar. Tudo começou com "o chamado do Senhor". Disse Deus a Noé: "... O fim de toda a

carne é vindo perante a minha face; porque a terra está cheia de violência e eis que os desfarei com a

terra" (Gênesis 6:13).


E ainda disse a ele que fizesse uma arca de madeira de gofer. Nela entraria ele, seus filhos, sua esposa e

as mulheres de seus filhos, pois ele iria trazer "um dilúvio de águas sobre a terra, para desfazer toda a

carne em que há espírito de vida debaixo dos céus ..." (Gênesis 7:17).

Como nós reagiríamos a esta notícia tão séria?

Como nós reagiríamos ao saber que , com exceção da sua família, todos iriam morrer?

Como nós reagiríamos ao saber que tudo iria mudar daqui para frente?

Lembro que quando meu esposo (Hélio) decidiu fazer o seu Ph D na área de Informática no CANADÁ e
me deu a notícia, minha reação não foi muito positiva. Minha vida iria mudar, e muito! Quatro anos fora do
Brasil, com quatro filhos, língua diferente (na Universidade eu tinha feito o Curso de Letras, mas fiz na

área de Língua Neo-Latinas [Francês e Português]) e ... muitas e muitas mudanças. Talvez a esposa de

Noé tenha, a princípio, reagido assim, mas finalmente, ambas, eu e ela decidimos seguir os planos de

nossos maridos e também os planos de Deus. Quando seguimos o que a Bíblia nos diz (no nosso caso,

sendo submissas a nosso marido) tudo no final dá certo. Em ambos os casos, no meu e no da esposa de

Noé, tudo, realmente, deu certo. Nós decidimos agir com sabedoria e com um espírito cooperativo.

Decidimos arregaçar as mangas e dizer de todo o nosso coração: "Eis-me aqui! Em que posso ajudar?"

Bem, foi assim que eu decidi agir e, provavelmente, foi assim que a esposa de Noé também decidiu agir.

Nós não reagimos como a esposa de Jó que era reclamona e rixosa mas reagimos como Deus quis que

reagíssemos - nos esforçando para estarmos no centro da Sua vontade.

A esposa de Noé creu na profecia. Ela creu no que Deus disse a seu esposo. Ela creu que toda a

humanidade iria perecer sob as águas do dilúvio.

O coração desta mulher de Deus, certamente, estava preocupado não apenas com a morte de todas

aquelas pessoas que ela conhecia mas também com a vida e alma de seus filhos e noras. Como mãe

amorosa ela deve ter falado do amor de Deus e da promessa de salvação. Ela amava seu esposo, seus

filhos, suas noras e, principalmente, o Senhor. Por isso podemos fechar nossos olhos e imaginar o que

ela fazia enquanto Noé, Sem, Cão e Jafé construíam a arca. Podemos imaginar e dizer que ...

1- Ela orava.

Ela pedia a Deus para conservá-los obedientes a Seus (do Senhor) planos; para não desanimarem; não

duvidarem, em nenhum momento, da profecia.

Como uma mulher de Deus, ela também orava pela humanidade pecadora que estava prestes a receber

o castigo por causa da sua iniqüidade.

E você, irmã, assim como a esposa de Noé, ora por seu marido, pela vida espiritual dele, por seu trabalho

secular ...? Você ora por seus filhos? Ora pela salvação deles? Você tem um peso em seu coração pelas

almas que estão caminhando para o inferno? Você tem falado à sua família, seus amigos, seus vizinhos

do amor de Jesus que veio ao mundo para morrer por você e por eles para dar a todos a vida eterna?
Este é um assunto que deve ser encarado com muita seriedade, pois o inferno existe e é real.

2- Ela exortava.

Provavelmente, houve momentos de desânimo na vida de Noé e de seus filhos. Mas, certamente, ela

estava sempre ali de joelhos orando e mostrando a eles o amor de Deus em suas vidas. Ela os exortava e

animava. Ela os encorajava a serem fiéis e obedientes ao Senhor, pois era isto que Deus esperava deles.

A mulher de Noé, provavelmente, era a mulher que a Bíblia diz em Provérbios 31:10: "Mulher virtuosa
quem a achará?"

E você, minha irmã, sempre encoraja seu marido? Você o encoraja em seus planos (nos dele), mesmo
que não sejam os seus? E você faz isso de coração ou apenas para, aparentemente, ser uma esposa

submissa? Não estou dizendo que é fácil ser submissa, nem que é fácil seguir os planos do marido

quando eles não são os mesmos planos meus. Mas de uma coisa estou certa: se eu colocar os meus

joelhos no chão e pedir ao Senhor que mude o meu coração para um coração submisso, para um coração

que se submete com alegria, com certeza, Ele vai me atender. E é aí quando estarei fazendo a vontade

do Senhor e lutando pra ter um lar feliz junto com meu marido e com nossos filhos.

3- Ela ajudava.

Podemos imaginá-la cozinhando e preparando a refeição para levar até onde eles estavam trabalhando,

construindo a arca.

Podemos imaginá-la cuidando da casa, dos animais, da plantação (provavelmente, junto com suas

noras), enquanto eles estavam no trabalho que o Senhor lhes pediu para fazer.

E você, amada irmã, é aquela "ajudadora idônea" (Gênesis 2:18) do seu marido? Ou você vive

atrapalhando-o, não deixando ele ter tempo para trabalhar para o Senhor?

Lembro-me de ter lido em algum lugar que havia uma esposa que vivia revoltada com seu marido por ele ,

de vez em quando, pedir a ela para trazer um chá para ele. O escritório dele era no primeiro andar da

casa e a cozinha no térreo. Ela reclamava, reclamava, reclamava ... mas ele não dava ouvidos às

reclamações da sua mulher que pode ser comparada a de Provérbios 21:19: "É melhor morar numa terra

deserta do que com a mulher rixosa e irritadiça." Mas, apesar de estar agindo rixosamente, ela era uma

mulher de Deus e era, verdadeiramente, uma crente no Senhor. Então, ela decidiu por algo que deixava

seu coração cheio de amor todas a vezes que seu marido pedia o tão polêmico chá - agora, ela levava o

chá, não para seu marido mas para o Senhor. Ela fazia de conta que era para Deus que ela estava

fazendo o chá.

A Bíblia nos diz em Provérbios 21:1... "Como ribeiros de águas assim é o coração do rei na mão do

SENHOR, que o inclina a todo o seu querer." Meditando neste versículo, cheguei a conclusão de que o

bom mesmo é pedir a Deus que Ele mude o meu coração assim como Ele muda o coração do rei e o
inclina a todo o seu querer. Assim, posso ser uma ajudadora do meu marido fazendo o que ele me pede

com amor para ele mesmo.

Quando o Senhor colocar no coração do seu marido o desejo de obedecê-Lo em algo que Ele (o Senhor)

tem preparado para ele (seu marido), não seja uma pedra de tropeço mas diga: "O que posso fazer para

ajudá-lo a obedecer ao Senhor?" Seja uma esposa dócil e cooperadora, pois a bênção sempre vem

depois da obediência.
A esposa de Noé, por causa da sua obediência e fé foi abençoada juntamente com seu esposo, filhos e

noras.
Tudo que vimos até agora, não podemos afirmar que realmente aconteceu. A Bíblia nada diz a respeito

desta mulher. A Bíblia não diz qual foi a sua reação quanto a todos estes acontecimentos. Não sabemos

se ela foi obediente ao Senhor do princípio até ao fim. Tudo o que vimos são apenas suposições. Mas

quando a Bíblia nos diz: "E no mesmo dia entraram na arca Noé, seus filhos Sem, Cão e Jafé, sua mulher

e as mulheres de seus filhos" (Gênesis 7:13), temos certeza que ela entrou na arca. E, quando a Bíblia,

novamente, nos diz: "Então falou Deus a Noé dizendo: Sai da arca, tu com tua mulher, e teus filhos e as

mulheres de teus filhos" (Gênesis 8:15-16), então temos certeza que ela e seu esposo, os seus filhos e

suas esposas saíram da arca.

A Bíblia ainda nos diz que "... edificou Noé um altar ao Senhor; e tomou de todo o animal limpo e de toda

a ave limpa, e ofereceu holocausto sobre o altar. E o Senhor sentiu o suave cheiro ...".

E Deus abençoou esta família e mandou que eles frutificassem, multiplicassem e enchessem a terra.

Que eu e você, irmã, independente de como foi a esposa de Noé, possamos ser mulheres fortes,

obedientes, corajosas, ajudadoras e mulheres de fé. Que o Senhor nos ajude nesta batalha.

Sara, A Mulher De Formosa Aparência

Valdenira Nunes de Menezes Silva

"Pela fé também a mesma Sara recebeu a virtude de conceber, e deu à luz já fora da idade; porquanto

teve por fiel aquele que lho tinha prometido" (Hebreus 11:11).

1- Primeiro Passos Rumo À Canaã

Não foi fácil para Sara, esposa de Abraão, esperar o cumprimento das promessas de Deus.
O Senhor fez promessas importantes a seu marido e, pela fé, eles tiveram que abandonar tudo - sua

terra, seus familiares, a casa do pai - e seguir para uma terra que o Senhor lhes prometeu.

O Senhor disse a Abraão: "... Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que

Eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás

uma bênção" (Gênesis 12:1-2).

Não foi fácil para eles e não é fácil para nós quando Deus nos manda fazer algo que vai mudar,
completamente, a nossa maneira de viver. É difícil visualizar o que Deus está planejando para nós, pois,

como diz Twila Paris: "Como seres humanos, não somos capazes de ter a visão completa das coisas.
Mas o Senhor tem essa capacidade, e Ele está fazendo a obra à Sua maneira e no Seu tempo."
Sara tinha a sua vida calma, tranqüila, juntamente, com seu marido na cidade de Ur dos caldeus. Agora,

tudo iria mudar. A sua vida iria dar uma reviravolta sem igual! Ela iria para uma terra que não conhecia e

que Deus disse: "... para a terra que te mostrarei."

Certamente, foi difícil para Sara deixar a bela cidade de Ur que ficava às margens do rio Eufrate. Mas, por

amor a seu esposo e, principalmente, por amor a Deus, ela partiu decidida no seu coração, de olhar para

a frente e confiar nas bênçãos que Deus tinha já, de antemão, preparado para eles.

Assim como Sara, devemos confiar no Deus que cuida de nós, que nos ama e tem preparado o melhor

para as nossas vidas.

Como filhas que desejam se tornar "a menina dos olhos do Senhor", devemos, assim como Sara, olhar

para a frente, aceitar os Seus planos para nossa vida sem reclamar, sem exigir dEle, pois a Bíblia nos diz

que devemos fazer "todas a coisas sem murmurações nem contendas" (Filipenses 2:14).

Mesmo que estejamos vendo coisas ruins naquilo que Deus tem de bom para nós, devemos confiar nEle.

Ele é o Deus Todo Poderoso que está no controle de tudo, é Ele que sabe o que é melhor para nós, é Ele

que está caminhando lado a lado conosco, não nos deixando tropeçar se, pela fé, entregarmos tudo em

Suas mãos. Ele é o que vai encher o nosso coração de alegria, júbilo e ardente confiança. Devemos ser

agradecidos a Ele por causa da Sua fidelidade, do cumprimento das Suas promessas e por Seu amor por

nós fazendo tudo segundo a Sua vontade.

2. Mulher de Formosa Aparência Porém Leal e Correta

Vários são os conselhos que a Palavra de Deus nos dá sobre beleza.

Em Provérbios 31:30, ela diz: "Enganosa é a beleza e vã a formosura, mas a mulher que teme ao Senhor,

essa sim será louvada."

Outro conselho encontramos em Provérbios 6:25: "Não cobices no teu coração a sua formosura, nem te

prendas aos seus olhos."

Nós mulheres, que tanto nos preocupamos com a beleza física (na verdade, não vejo nada de errado

nisso, pois somos o templo do Espírito Santo e temos que cuidar do nosso corpo mas... sem exagero)

precisamos não esquecer de que o que, realmente, tem valor para Deus é a beleza interior.

A Bíblia nos diz, em Gênesis 12:11, que Sara era mulher formosa à vista. Mas ela, além de ter a beleza

física ela também tinha um espírito muito bonito, pois era leal, correta, submissa a seu esposo. Esta

obediência rendeu-lhe, em alguma ocasiões, momentos de sofrimento e desesperança. Em determinado


momento, Abraão e Sara tiveram que se mudar para o Egito por causa da vida difícil que estavam

levando. Abraão, porém, sabendo que sua vida corria perigo, pois faraó, com certeza, iria achar Sara
muito bonita, combinou com ela dizer que era sua irmã. Na verdade, ela era meio irmã, pois era filha do
mesmo pai. Esta sua decisão trouxe grande sofrimento para Sara. Ele disse: "... Ora, bem sei que és

mulher formosa à vista; E será que, quando os egípcios te virem, dirão: Esta é sua mulher? E matar-me-

ão a mim, e a ti te guardarão em vida. Dize, peço-te, que és minha irmã, para que me vá bem por tua

causa, e que viva a minha alma por amor de ti" (Gênesis 12:11-13). Sara obedeceu e neste seu ato de

obediência vemos duas características difíceis de serem encontradas, hoje em dia, nas mulheres que

lutam por seus direitos de igualdade com os homens. Elas são: submissão e fé em Deus.

a. Submissão - Sara foi, realmente, uma mulher submissa e por isso Deus cuidou dela e a abençoou.

Você é uma mulher submissa a seu esposo assim como foi Sara?

Ou... você é uma mulher insubmissa e por muito menos deixa de receber as bênçãos que Deus teria para

você?

Irmã, trabalhemos mais o nosso interior procurando obedecer ao que Deus nos manda na Sua palavra,

não apenas nos submetendo a nosso marido mas lendo a Bíblia, diariamente, orando ao Senhor e

derramando no Seu altar nossos agradecimentos e pedidos, tendo um grande pesar em nossos corações

pelas almas perdidas, sendo sensível às necessidades do nosso próximo, amando e criando nossos filhos

na admoestação do Senhor.

Deixe que seu interior seja uma luz que brilha neste mundo cheio de trevas.

Deixe que seu interior mostre ao mundo que o Deus que você aceitou é um Deus de amor, um Deus que

sacrificou Seu próprio Filho para nos dar a vida eterna.

b. Fé em Deus

Por causa da sua beleza, Sara foi desejada por faraó que a colocou como mais uma no seu harém. Sara

sofreu, pensou que talvez nunca mais visse Abraão, mas por causa de sua grande fé, esperou que o

Senhor agisse.

No Salmo 27:14 a Bíblia nos diz: "Espera no Senhor, anima-te, e Ele fortalecerá o teu coração; espera,

pois, no Senhor."

Em Isaías 40:31, lemos: "Mas os que esperam no Senhor renovarão as forças, subirão com asas como

águias; correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão."

E foi, exatamente, isto que Sara fez. Ela repousou no Senhor e saiu vitoriosa. Quando esperamos no

Senhor, sentimos a Sua paz e conforto no coração. Esperamos nEle com fé e, com certeza, seremos

abençoadas. O mesmo Deus que livrou Sara das mãos de faraó é o nosso Deus que nos livrará e estará

conosco nos momentos que precisarmos dEle.


E, com fé em nosso coração, não esqueçamos, irmãs, de enfeitar o nosso interior com um "espírito

manso e quieto que é precioso diante de Deus" (1 Pedro 3:4).


3. Tentativa de Sara de Ajudar Deus

Deus havia prometido a Abraão que ele teria um filho com Sara. Muitos anos se passaram e ela

começando a ficar impaciente, decidiu dar uma mãozinha a Deus. Como era comum, naquela época, uma

serva poderia se deitar com seu patrão se sua esposa não pudesse lhe dar um filho. Sara, então, deu

permissão a Agar, sua serva egípcia, para dormir com Abraão, seu esposo. Sua escrava teria o filho

prometido que ela não poderia dar a ele. Este filho seria o filho da promessa e o filho que só provocou

discórdia entre Sara e Agar.

Mesmo tendo Sara agido de maneira errada, Deus lhe deu o filho que Ele havia prometido. Ismael, filho

de Agar com Abraão, já havia nascido quando nasceu Isaque, o verdadeiro filho da promessa.

A ajuda que Sara quis dar a Deus só causou muita angústia e sofrimento futuro, pois os conflitos que

existem, hoje em dia, entre árabes e judeus são devido a este ato impensado de Sara ao permitir que sua

escrava se deitasse com Abraão. Ela esqueceu o que Deus havia dito a seu esposo. Vamos ver Gênesis

17:15-16: "Disse Deus mais a Abraão: A Sarai tua mulher não chamarás mais pelo nome de Sarai, mas

Sara será o seu nome. Porque Eu a hei de abençoar, e te darei dela um filho; e a abençoarei, e será mãe

das nações; reis de povos sairão dela."

Sara, cujo nome significa "princesa", foi um exemplo de mulher submissa, leal, temente a Deus e cuja fé a

colocou na galeria dos heróis da fé encontrada em Hebreus 11.

4. Oração

"Senhor Deus e Pai, quero colocar em Tuas mãos a minha vida. Que eu possa confiar em Ti, sentindo em

meu coração os planos que tens para mim.

Que eu seja sensível à voz do Teu Espírito para que, assim, eu aceite com alegria o que tens preparado

para mim.

Que não duvide, mas creia, que tens ainda muitos planos para minha vida e que eu possa aceitá-los com

o coração cheio de alegria.


Que as pessoas ao meu redor possam ver em minha face o riso que colocaste dentro de minha alma.

Obrigada, Senhor!

Amém!

- A Que Amou A Deus Acima Da Própria Vida

Valdenira Nunes de Menezes Silva

"E ela lhe disse: Meu pai, tu deste a palavra ao Senhor, faze de mim conforme o que prometeste... (Juízes
11:36)
A Bíblia não menciona o nome da filha de Jefté mas podemos ver que a sua fé, o seu amor e dedicação

ao Senhor nos mostra que sua confiança no Senhor estava acima de todo e qualquer medo; a sua

confiança a deixava forte sabendo que o seu Deus era Senhor da situação; a sua confiança era cheia da

fé que agradava a Deus.

Como o Senhor deve ter-se orgulhado desta jovem que preferiu morrer a desfazer o voto que seu pai

fizera a Ele.

Como seu pai deve ter-se orgulhado dela, filha única e tão querida, ao vê-la enfrentar a morte com

coragem a fim de que ele não deixasse de cumprir o que havia prometido ao Senhor. Ele prometeu a

Deus que ofereceria em holocausto o primeiro que saísse para falar com ele na sua volta para casa.

Ah, irmã, não sei qual seria a minha reação diante de tamanha decisão. Nunca cheguei a passar por tão

grande sofrimento mas de uma coisa tenho certeza: o meu Deus, o meu Senhor e Salvador Jesus Cristo,

estaria junto a mim neste momento tão difícil! Ele estaria me fortalecendo e me dando sabedoria para

fazer a decisão que agradaria a Ele.

Apesar de ser filho de uma prostituta com Gileade, Jefté foi o nono juiz de Israel. Se lermos Hebreus

11:32 vemos que a Bíblia nos diz que ele foi um homem que venceu reinos e praticou a justiça. Ele

amava e era fiel ao Senhor.

Sendo visitado pelo Espírito Santo, ele "fez um voto ao Senhor, e disse: Se totalmente deres os filhos de

Amom nas minhas mãos, aquilo que, saindo da porta de minha casa, me sair ao encontro, voltando eu

dos filhos de Amom em paz, isso será do Senhor, e o oferecerei em holocausto." (Juízes 11:30-31)

Irmã, devemos confiar que o Senhor não tem prazer no mal e Ele, como um Deus onisciente, sabe o que

é melhor para Seus filhos. Concordo com Elisabeth Elliot quando ela diz: "Nosso Deus e Pai é amor em

Sua essência e, portanto, não é capaz de desejar para seu filho senão o melhor. Ele tem toda a sabedoria

e sabe exatamente o que é melhor. Ele é Todo-poderoso e pode nos dar o que quiser" como também tirar

o que quiser, pois Ele sabe o que é bom para nós.

Mas por que estou dizendo tudo isto? Quando Jefté fez esta promessa ao Senhor, ele jamais imaginou

que quem iria sair para recebê-lo seria a sua filha, a sua única e amada filha. Sim, ela correu para abraçá-

lo, ela correu para receber a triste notícia da promessa que seu pai havia feito ao Senhor.

A reação de Jefté foi completamente diferente da reação de sua filha.

Ele ... "rasgou as vestes e disse: Ah! filha minha, muito me abateste, e estás entre os que me turbam!

Porque eu abri a minha boca ao Senhor, e não tornarei atrás." (Juízes 11:35).

Ela ... "lhe disse: Meu pai, tu deste a palavra ao Senhor, faze de mim conforme o que prometeste..."
(Juízes 11:36)

Daí, tiramos uma lição preciosa: se seguirmos o que a Palavra de Deus nos ensina, os nossos filhos
serão salvos e passarão a eternidade no céu, junto ao Senhor.

Imagine se este pai não tivesse...

1) testemunhado do Senhor através da sua vida! Certamente, sua filha não estaria usufruindo das

maravilhas que o Senhor havia preparado para ela.

Provérbios 23:26 diz: "Dá-me, filho meu, o teu coração, e os teus olhos observam os meus caminhos."

Isto Jefté fez.

2) criado sua filha na doutrina e admoestação do Senhor. Ela, certamente, não estaria usufruindo das

maravilhas que o Senhor havia preparado para ela.

Efésios 6:4 diz: "E vós, pais, não provoqueis à ira vossos filhos, mas criai-vos na doutrina e admoestação

do Senhor." Isto Jefté fez.

3) falado do Senhor à sua filha. Certamente, ela não estaria usufruindo das maravilhas que o Senhor

havia preparado para ela.

Deuteronômio 6:6-7 diz: "E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; E as ensinarás a

teus filhos e delas falarás assentado em tua casa , e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando."

Isto Jafté fez.

Estes são os passos que nós devemos seguir para termos a certeza de que, um dia, nossos filhos estarão

conosco no céu, com o Senhor, por toda a eternidade.

"Senhor, obrigada pelo presente de poder ser mãe de cinco filhos maravilhosos!

Obrigada, Senhor, porque colocaste em meu coração o desejo de andar nos Teus caminhos, sendo

exemplo de uma verdadeira crente para meus filhos!

Obrigada, Senhor, porque colocaste em meu coração 'paciência' para, todos os dias, ler a Tua Palavra

para eles, falar do Teu amor a eles e orar junto com eles!

Obrigada, Senhor, porque segui os Teus ensinamentos e como discipliná-los!


Obrigada porque abriste cada coraçãozinho a fim de que eles entendessem o Teu grande amor enviando

o Teu Filho unigênito, Jesus, para morrer no lugar de cada um deles.

Obrigada, Pai, pela salvação que deste a meus filhos!

Obrigada pelo privilégio de ter meu filho Mauro junto a Ti.

Obrigada, Senhor, e receba a gratidão de uma mãe saudosa mas confiante de que, um dia, estaremos

todos juntos Te louvando e Te adorando.

Amém!

A filha de Jefté está hoje no céu, graças a Jesus que morreu em seu lugar e graças a fidelidade de um pai
que não mediu esforços para falar do amor de Deus a ela.
Irmã, você deve olhar para o exemplo de Jefté que mostrou a sua filha que o Deus que ele aceitou era

bom e amoroso e isto ele fazia através do exemplo de vida que ele dava.

Nunca esqueça de que a alma do seu filho pode estar em suas mãos.

Nunca esqueça de ter tempo para seu filho, de orar por ele, de orar com ele, de amá-lo e de falar do

Senhor "... assentado em tua casa e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te."

(Deuteronômio 6:7)

A Que Foi Curada E Salva Pela Fé


Valdenira Nunes de Menezes Silva

"Ouvindo falar de Jesus, veio por detrás, entre a multidão, e tocou na Sua veste. Porque dizia: Se tão-
somente tocar nas suas vestes, sararei" (Marcos 5:27-28).

Fecho os olhos e me imagino na pele daquela mulher que teve doze anos de sua vida sendo repudiada
pela família, amigos e por todos aqueles que a conheciam. Não me sentiria bem e não sei como reagiria
sabendo que, por causa de um fluxo de sangue, eu seria considerada imunda e qualquer pessoa que
tocasse em mim, também seria imunda.
Como eu me sentiria junto a meu marido, filhos ... enfim, junto a minha família?

A Palavra de Deus em Levítico 15:25-27 nos diz que ... "Também a mulher, quando tiver o fluxo do seu
sangue, por muitos dias fora do tempo da sua separação, ou quando tiver fluxo de sangue por mais
tempo do que a sua separação, todos os dias do fluxo da sua imundícia será imunda, como nos dias da
sua separação. Toda a cama, sobre que se deitar todos os dias do seu fluxo, ser-lhe-á como a cama da
sua separação; e toda a coisa, sobre que se assentar, será imunda, conforme a imundícia da sua
separação. E qualquer que a tocar será imundo; portanto lavará as suas vestes, e se banhará com água,
e será imundo até à tarde."

O povo judeu obedecia com toda a reverência a Palavra de Deus e por isso essa mulher era considerada
imunda por todo esse tempo.
Era mais comum a mulher ser considerada impura por apenas sete dias - tempo necessário para o
período menstrual. Levítico 15:19 fala, exatamente, sobre isto ... "Mas a mulher, quando tiver fluxo, e o
seu fluxo de sangue estiver na sua carne, estará sete dias na sua separação, e qualquer que a tocar, será
imundo até à tarde."
Com esta mulher, a situação era diferente, pois ela tinha o fluxo de sangue há doze anos e ninguém, com
certeza, queria ficar junto dela. Ela era imunda, impura e todos se afastavam de sua presença. Não
podemos imaginar o tamanho do seu sofrimento, pois, para ela, não havia mais cura para este seu tão
grande mal.

Hoje, com o avanço da medicina, este seu problema, certamente, seria resolvido, pois ela poderia estar
com um tumor fibroso, ou com alguma infecção ou problema hormonal mas, naquela época, muitos
médicos trataram dela em vão. Podemos ler, no evangelho de Marcos 5:26a, que ela "... havia padecido
muito com muitos médicos" e além de tudo, ela havia "despendido tudo quanto tinha" (Marcos 5:26b).

Ela era uma mulher assim como eu e você, sujeita a doenças e pronta a gastar e despender tudo com
qualquer coisa necessária para obter a cura.

. Muitas vezes, nos tornamos fracas, desencorajadas porque procuramos resolver tudo com nossas
próprias forças.
. Muitas vezes, perdemos a esperança porque não entregamos tudo nas mãos de Deus.
. Muitas vezes, nos esquecemos de que o nosso Pai Celestial é o médico dos médicos e o Deus dos
impossíveis. Ele pode curar as nossas enfermidades quando Ele quiser sem ter que marcarmos dia, nem
hora.

Esta mulher que tinha o fluxo de sangue por doze anos nos dá um exemplo de fé que deve ser seguido
por nós, pois, "... sem fé é impossível agradar-Lhe" (Hebreus 11:6).

Quando ela soube que Jesus curava e fazia muitos milagres, seu coração se encheu da certeza de que
esta seria a sua chance de cura.
A multidão que seguia Jesus era muito grande mas a sua vontade de ficar boa era muito maior. Não
importava quantas pessoas ela teria que enfrentar, o importante era que ela tivesse, pelo menos, a
chance de tocar nas vestes dEle.

O plano para a sua vida já estava traçado. Jesus sabia tudo que estava para acontecer e, de repente, Ele
sentiu que ela O tocou. Mas, certamente, para tornar público aquele ato de fé e de coragem, Ele disse:
"Quem tocou nas Minhas vestes?" (Marcos 5:30b). Ela, num ato de medo ou reconhecimento, caiu a Seus
pés e contou-Lhe sobre os doze anos de sofrimento por causa de uma hemorragia, sua separação dos
seus entes queridos e também o dinheiro que gastou com médicos. Foram doze anos de solidão e
tremenda aflição. Ela sabia que não deveria tocar em ninguém mas, pela fé ela arriscou ser censurada
pelo rabino e por todas aquelas pessoas que seguiam Jesus tocando em Suas vestes.
Ele, ternamente, falou com ela. Não a censurou, não a chamou de pecadora mas de filha. Jesus disse-lhe
palavras doces que a deixaram feliz ... "Filha, a tua fé te salvou" (Marcos 5:34).

Como você se sentiria se ouvisse Jesus lhe chamar de filha e ainda lhe dizer que você estava salva?
Amada irmã, três coisas importantes aconteceram na vida desta mulher depois que o Senhor proferiu
estas palavras ...

1) Ela foi curada de uma hemorragia que a separava de seus entes queridos e amigos.
2) Ela foi chamada de filha por Jesus, o próprio Deus que a criou.
3) Ela foi salva não apenas pela fé que ela depositou em Jesus mas, principalmente, por Seu grande
amor por ela, morrendo na cruz do Calvário no seu lugar

Quantas bênçãos ela recebeu em sua vida , de uma só vez! Agora, ela estava curada, tornou-se uma filha
de Deus e foi salva para todo o sempre. Foi necessário, somente, um toque amoroso de suas mãos nas
vestes de Jesus.
O nosso Salvador é Aquele que está sempre conosco nas horas difíceis da nossa vida. É Ele que ...

1- nos cura quando pensamos que não há mais nada a ser feito;
2- nos sustenta quando estamos prestes a cair;
3- nos carrega em Seus braços amorosos quando nos encontramos prostrados;
4- acalma nossos corações quando nos encontramos aflitas;
5- em Sua Palavra, nos diz 365 vezes "Não temas!";
6- nos perdoa quando nos sentimos, completamente, perdidas por causa dos nossos pecados;
7- nos consola quando perdemos um ente querido e a dor é insuportável;
8- nos dá a paz mesmo quando estamos no "vale da sombra da morte".
9- firma os nossos pés na Rocha eterna;
10- nos pode dizer ... "Filha, a tua fé te salvou."

"Obrigada, Pai, por cada detalhe da minha vida que Tu cuidas!


Obrigada, porque somente Tu podes sondar meu coração e me embalar quando estou necessitando de
Ti!
Obrigada, porque somente Tu conheces meus pensamentos e diriges os meus passos para que eu não
tropece e caia!
Obrigada por esta mulher que colocaste na Bíblia e que serviu de exemplo de fé para a minha vida!
Aumenta a minha fé, Senhor, para que com ela, eu possa agradar-Te!
Por favor, Senhor, cura todas as minhas enfermidades, tanto as físicas como as espirituais!
Deixa-me tocar em Ti naqueles momentos em que estou lendo a Tua Palavra.
Deixa-me tocar em Ti enquanto derramo no Teu altar as minhas preocupações, rancores, ansiedades...
Amém!"
Ah, amada irmã, como devemos ser sempre mulheres agradecidas a Deus!
Ele, na Sua Palavra, faz-nos promessas maravilhosas, promessas de um verdadeiro Pai amoroso. Dentre
tantas promessas, Ele promete nos curar assim como curou a mulher que tinha hemorragia.
Vamos nos deleitar nas doces palavras do nosso Deus?

"E disse: Se ouvires atento a voz do Senhor teu Deus, e fizeres o que é reto diante de Seus olhos, e
inclinares os teus ouvidos aos Seus mandamentos, e guardares todos os Seus estatutos, nenhuma das
enfermidades porei sobre ti, que pus sobre o Egito; porque Eu sou o Senhor que te sara" (Êxodo 15:26).
Obrigada, Pai!

"Senhor meu Deus, clamei a Ti, e Tu me saraste" (Salmo 30:2). Obrigada, Senhor!

"Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga o Seu santo nome. Bendize, ó
minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios. Ele é O que perdoa todas as
tuas iniqüidades, que sara todas as tuas enfermidades. Que redime a tua vida da perdição; que te coroa
de benignidade e misericórdia" (Salmos 103:1-4). Obrigada, meu Deus, pela Tua bondade e misericórdia!

Como é bom saber que o Senhor me ama e se importa comigo!


Que possamos usufruir deste amor com muita fé e com um espírito agradecido e confiante.

Piedosa, Bondosa E... Hospitaleira

Valdenira Nunes de Menezes Silva

"Retenhamos firmes a confissão da nossa esperança; porque fiel é o que prometeu" (Heb 10:23).

"Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e o Deus de toda a

consolação: Que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que

estiverem em alguma tribulação, com a consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus"

(2Co 1:3-4).

Vamos, hoje, conhecer uma mulher cujo nome não sabemos. A Bíblia nos diz que ela morava em Suném

e era uma mulher importante.

Para Deus, ela não só era importante mas era uma mulher de coração dócil e sensível. Ao ver que Eliseu,

o profeta de Deus, passava sempre por sua cidade, ela abriu as portas de sua casa e seu coração para

acolhê-lo. Esta sua atitude mostrou o quanto ela amava e era sensível aos que estavam precisando dela,

o quanto ela era hospitaleira, qualidade difícil de se encontrar, hoje em dia.

Esta mulher, conhecida como Sunamita, tem, com certeza, o seu nome na lista de mulheres hospitaleiras.

E você, irmã, quer ter este mesmo espírito hospitaleiro da Sunamita? O mesmo espírito hospitaleiro de

Marta e Maria, que hospedaram Jesus e os apóstolos? O mesmo espírito hospitaleiro da viúva de Sarepta

que ofereceu a última porção de comida que tinha ao profeta Elias? Então, peça ao Senhor para

transformá-la numa mulher cujo espírito seja sensível às necessidades do próximo.

Eu e você temos que querer esta transformação, temos que querer ter o coração aberto, que goste de
ajudar aqueles que estão precisando de nós, temos que querer ser aquela mulher que percebe e é
sensível às necessidades das pessoas.

Devemos querer ser uma mulher segundo o coração de Deus...

1- que tem a alma aberta às necessidades daqueles que o Senhor coloca diante dela;

2- que enxerga, de longe, os que estão precisando dela;

3- que ajuda com docilidade, amabilidade aqueles que estão necessitando dela;

4- que mesmo tendo pouco, não mede esforços em dividir o que tem com aqueles que estão precisando

dela;

5- que está sempre pronta para ajudar o seu próximo;

6- que sempre tem força e coragem para ajudar os necessitados.

Estes e tantos outros atributos faziam parte da vida desta mulher Sunamita, que era um exemplo de

hospitalidade, de bondade, de coração piedoso e contente.

Irmã, se Jesus deixou a Sua glória para se tornar homem e servir, lavando os pés daqueles que Ele

mesmo criou, os apóstolos, por que eu não posso deixar o meu conforto e me dispor a ajudar as pessoas

que estão precisando de mim?

Se a viúva de Sarepta deixou de lado o seu egoísmo e dividiu com o Elias, o profeta do Senhor, o pouco

que tinha de farinha e de azeite, por que eu não posso também dividir com quem está precisando a

porção que o Senhor me dá, a cada dia?

Se Abraão preparou uma refeição tão suntuosa e ofereceu a três estranhos (Gên 18) que foram até a sua

casa, por que eu não posso oferecer um almoço a um pastor ou missionário que está visitando a minha

igreja?

Amada irmã, ao lermos a Palavra de Deus, podemos encontrar dezenas de mulheres e homens de Deus

que são exemplos de hospitalidade para nós que queremos seguir os seus passos e queremos

principalmente agradar ao Senhor sendo mulheres dóceis e hospitaleiras.

Agradar ao Senhor é o que mais desejo em minha vida. No entanto, muitas vezes, não consigo atingir o
meu objetivo porque dou lugar à natureza velha que ainda habita em mim. É quando, então, percebo que

devo orar mais, ler mais a Palavra de Deus e procurar seguir o que Ele me ensina. A Bíblia me diz que

devo orar não só por mim mas também por você a fim de que "... possais andar dignamente diante do

Senhor, agradando-Lhe em tudo, frutificando em toda a boa obra, e crescendo no conhecimento de Deus"

(Col 1:10).

Eliseu se sentia confortável ao se hospedar no quarto que a Sunamita havia pedido ao marido para
construir especialmente para ele.

Por causa da generosidade e da hospitalidade desta mulher de Deus é que tornou-se um hábito para
Eliseu parar na casa dela.
Iirmã, gostaria de fazer-lhe duas perguntas que poderão medir o seu grau de mulher hospitaleira:

1- "Você já foi hospitaleira numa ocasião difícil ou inconvenientemente?

2- Ou só quando isso se ajustava a seu programa?" ('Elas' de Ann Spangler e Jean Syswerda)

Hebreus 13:2 nos exorta a sermos hospitaleiras. Veja o que esta carta nos diz: "Não vos esqueçais da

hospitalidade, porque por ela alguns, não o sabendo, hospedaram anjos."

Quando estamos no centro da vontade de Deus, obedecendo à Sua voz, certamente, bênçãos virão sobre

a nossa vida. Isto foi o que aconteceu com a mulher Sunamita. A Bíblia nos diz que o profeta Eliseu

recolheu-se ao seu quarto e se deitou. Conversando com o seu servo Geazi, ele pediu que chamasse a

mulher Sunamita. Ela veio e, ao chegar junto ao profeta, ela ouviu dele o seguinte: "... A este tempo

determinado, segundo o tempo da vida, abraçarás um filho" (2Re 4:16a).

A mulher Sunamita, com certeza, gostaria de ter um filho mas ela estava com medo de que toda aquela

promessa fosse apenas um sonho e não uma realidade. Mas a concretização da promessa aconteceu

exatamente no tempo determinado, como disse a Palavra de Deus em 2Re 4:17.

Vejam que presente maravilhoso - um filho! Somente nós que já somos mães sabemos que um filho é a

maior dádiva que recebemos do Senhor, depois da salvação. É um presente que teremos conosco até o

momento que bem aprouver ao Senhor, pois um filho, na verdade, não é propriedade nossa mas um ser

que Deus colocou em nossas mãos para educá-lo, para falar das maravilhas do Senhor, do Seu plano de

salvação e para amá-lo, amá-lo e amá-lo.

Às vezes, Deus decide levar nosso filho para junto dEle e nós ficamos tristes, chorosas e com muita

saudade. Isto aconteceu comigo - o Senhor decidiu levar o meu filho Mauro - 27 anos, filho amado e mui

querido - para junto dEle. Isto também aconteceu com a mulher Sunamita - o Senhor decidiu levar o

filhinho dela. Posso imaginar o seu desespero e a sua decisão de ir até Eliseu contar o ocorrido. Em 2Re

4:28-36, podemos ver tudo o que aconteceu:

"E disse ela: Pedi eu a meu senhor algum filho? Não disse eu: Não me enganes?

E ele disse a Geazi: Cinge os teus lombos, toma o meu bordão na tua mão, e vai; se encontrares alguém
não o saúdes, e se alguém te saudar, não lhe respondas; e põe o meu bordão sobre o rosto do menino.

Porém disse a mãe do menino: Vive o Senhor, e vive a tua alma, que não te hei de deixar. Então ele se

levantou, e a seguiu.

E Geazi passou adiante deles, e pôs o bordão sobre o rosto do menino; porém não havia nele voz nem

sentido; e voltou a encontrar-se com ele, e lhe trouxe aviso, dizendo: O menino não despertou.

E, chegando Eliseu àquela casa, eis que o menino jazia morto sobre a sua cama.

Então entrou ele, e fechou a porta sobre eles ambos, e orou ao Senhor.
E subiu à cama e deitou-se sobre o menino, e, pondo a sua boca sobre a boca dele, e os seus olhos

sobre os olhos dele, e as suas mãos sobre as mãos dele, se estendeu sobre ele; e a carne do menino
aqueceu.
Depois desceu, e andou naquela casa de uma parte para a outra, e tornou a subir, e se estendeu sobre

ele, então o menino espirrou sete vezes, e abriu os olhos.

Então chamou a Geazi, e disse: Chama esta sunamita. E chamou-a, e veio a ele. E disse ele: Toma o teu

filho."

Comigo não aconteceu o mesmo. Não tive o privilégio de ter o profeta de Deus, Eliseu, em minha casa,

nem tive o privilégio de ter o meu filho de volta mas de uma coisa tenho certeza: O Senhor não erra! Ele

nunca falha! E, apesar da saudade que tenho dele, sei que não existe maior privilégio do que o privilégio

de estar vendo sempre o Senhor Jesus todos os dias por toda a eternidade.

"Obrigada, Senhor, pelo presente maravilhoso que Tu nos deste, enviando o Teu Filho unigênito, para

morrer em nosso lugar e nos dar a vida eterna.

Obrigada porque sei que meu filho, que eu tanto amo, está ao Teu lado para todo o sempre. Em breve,

estarei junto a Ti e junto a ele. As lágrimas não mais existirão, pois Tu mesmo as enxugarás para sempre.

Amém!

Baseado em Números 23:19 que diz que "Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para

que se arrependa; porventura diria ele, e não o faria? Ou falaria, e não o confirmaria?", e conhecendo os

tanto atributos de Deus, vemos que se Ele disse que ela teria um filho, com certeza, este filho viveria.

Amada irmã, eleve o seu coração ao Senhor e peça que Ele a transforme numa mulher hospitaleira. Que

Ele mude o seu coração e a transforme numa mulher sensível às necessidades dos outros e - este é o

passo mais difícil - que Ele coloque diante de você oportunidades que a possibilitem de cuidar de pessoas

que estão precisando de seus cuidados. Ore mais ou menos assim:

"Pai, muda o meu coração! Transforma-me numa mulher segundo o Teu coração. Coloca diante de mim

alguém necessitado para que eu possa demonstrar o amor que tenho recebido e aprendido de Ti. Que eu

seja uma mulher sensível ao Teu chamado e que me transforme numa mulher piedosa, bondosa
e...hospitaleira, pois Tu me ensinaste na Tua Palavra que eu não deveria me esquecer da hospitalidade

"porque por ela alguns, não o sabendo, hospedaram anjos".

Amém!

Vida De Ana, Seus Sofrimentos E Alegrias

Valdenira Nunes de Menezes Silva

"...eu sou uma mulher atribulada de espírito" (1Sa 1:15).

"... e o seu semblante já não era triste" (1Sa 18).


O seu nome, assim como o seu modo de ser, nos apresenta uma mulher "graciosa" amável, mansa e

generosa. O seu nome era Ana.

Apesar de possuir estas tão boas características, ela vivia triste.

A Bíblia nos diz que ela e Penina eram esposas de Elcana. Mas enquanto "Penina tinha filhos" ela "Ana

não os tinha".

Num lugar mais profundo do seu coração, estava o imenso desejo de ser mãe. A sua alma ansiava por

um filho mas a Bíblia diz que "o Senhor lhe tinha cerrado a madre" (1Sa 1:5b).

O seu desejo não estava coincidindo com o desejo de Deus na sua vida naquele momento. O tempo de

Deus era diferente do seu tempo, assim como foi o tempo de Sara, o de Rebeca e o de tantas outras

mulheres que amavam ao Senhor mas tinham também suas madres cerradas.

No seu casamento com Elcana havia coisas desagradáveis que a faziam sofrer:

1- Elcana, seu marido, não era só dela mas havia uma outra esposa - Penina;

2- o Senhor havia cerrado a sua madre e, assim, ela não podia ter filhos;

3- a sua rival a provocava para a irritar (ela tinha filhos e Ana não).

Apesar da tristeza que carregava consigo, ela tinha um marido que a amava. Ele, muitas vezes, a via

chorando. Mas, numa certa ocasião, quando ele e toda a sua família foram a Siló para adorar e fazer

sacrifícios ao Senhor, ele a viu chorando e perguntou-lhe: "Ana, por que choras? E por que não comes? E

por que está mal o teu coração? Não te sou eu melhor do que dez filhos?" (1Sa 1:8)

Ah, irmã, Elcana não conhecia o anseio que toda mulher tem de ter filhos. Ana o amava mas queria que o

Senhor lhe concedesse o privilégio de ter um filho em suas mãos.

Assim como ela fez, coloquemos também diante do Senhor...

a) o sofrimento que abate o nosso semblante;

b) nossos momentos de solidão;


c) a amargura que guardamos em nosso coração;

d) a tristeza que invade a nossa alma;

e) a ansiedade que nos faz definhar... e depois...

Adoremos, adoremos e adoremos o Senhor que nunca nos abandona e está sempre cuidando de cada

detalhe da nossa vida.

Depois que Ana ouviu o seu marido, Elcana, perguntar-lhe se ele não era "melhor do que dez filhos", ela
levantou-se e foi para o templo orar e derramar a sua alma no trono do Senhor. Sim, ela foi adorar a Deus

e orar pelos problemas que a estavam deixando triste.


Ana orava e chorava com "amargura de alma". Ela não estava só porque procurou refúgio no Senhor.
Deus estava com ela e ouviu quando ela Lhe pediu um filho. Este pedido, no entanto, veio acompanhado

de um voto. Ela disse:

"Senhor dos Exércitos! Se benignamente atentares para a aflição da tua serva, e de mim te lembrares, e

da tua serva não te esqueceres mas à tua serva deres um filho homem, ao Senhor o darei todos os dias

da sua vida, e sobre a sua cabeça não passará navalha" (1Sa 1:11).

Irmã, este voto que Ana fez ao Senhor, não foi fácil. Mas ela, certamente, o fez porque o Senhor estava

trabalhando em seu coração e incutindo nele o desejo de ter algo mais precioso do que apenas ter um

filho - mas ter um filho para dá-lo ao Senhor.

Deus ouviu a oração de Ana. Ele veio até ela para satisfazer as suas necessidades, dar consolo e

conforto à sua alma. Somente Ele seria capaz de consolar o seu coração, dar alívio, apoio e

encorajamento.

"Senhor, meu Deus, obrigada porque Tu conheces o meu coração e cuidas dele.

Obrigada, Pai, por responderes às minhas orações e súplicas.

Perdoa-me pelas tantas vezes que abri a minha alma a muitas pessoas e não me lembrei de abri-la

primeiramente a Ti.

Perdoa-me por, muitas vezes, não Te ter colocado em primeiro lugar em minha vida.

Senhor, que eu possa confiar em Ti, sabendo que Tu podes mandar anjos - que são nossos irmãos em

Cristo - para nos consolar, aconselhar e nos dar o conforto que vêm única e exclusivamente de Ti.

Obrigada, Pai!"

Deus deu também a Sua Palavra para nos consolar e confortar. Ele nos diz:

"Isto é a minha consolação na minha aflição, porque a Tua Palavra me vivificou" (Salmo 119:50).

"E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus,

daqueles que são chamados segundo o seu propósito" (Rom 8:28).

Enquanto Ana chorava e orava silenciosamente, apenas movendo os seus lábios, o sacerdote do templo,

Eli, a viu e pensou que ela estivesse embriagada. Ele a repreendeu mas ela, amorosamente, respondeu:

"... Não, senhor meu, eu sou uma mulher atribulada de espírito; nem vinho nem bebida forte tenho bebido;

porém tenho derramado a minha alma perante o Senhor" (1Sa 1:15).

Irmã, veja como Ana reagiu. Ela falou com voz mansa, com respeito e dizendo exatamente o que ela
estava sentindo.

Será que eu ou você usaríamos o mesmo tom de voz (talvez nos revoltássemos e aumentássemos um
pouquinho a nossa voz)?
Será que eu ou você teríamos o mesmo respeito e reverência?

Vemos na Palavra de Deus que o sacerdote, diante do modo respeitoso e sincero de Ana, impetrou a

bênção sacerdotal dizendo:

"... Vai em paz; e o Deus de Israel te conceda a petição que lhe fizeste" (1Sa 1:17).

A partir daí, o quadro da vida de Ana mudou mesmo tendo que...

* dividir o seu marido com a outra;

* ouvir as ofensas da outra;

* encarar o fato de que ainda era estéril;

* lembrar que foi mal compreendida pelo sacerdote.

Ela saiu do templo feliz e com certeza no coração de que a sua vida, a partir daquele momento, iria

mudar.

A Bíblia nos diz que ela "... foi o seu caminho, e comeu, e o seu semblante já não era triste" (1Sa 1:18).

Ana, creu, pois o semblante já não era o mesmo.

Pela fé, ela acalmou a sua alma e repousou no Senhor, esperando apenas o dia em que iria ter em seus

braços o filhinho que ela tanto desejava mas que iria ofertar ao Senhor.

Irmã, este é o exemplo a ser seguido por nós. Quando oramos ao Senhor e, com fé, depositamos todos

os nossos problemas a Seus pés, então devemos mudar o nosso semblante e deixar o mundo ver em nós

um brilho que vem de um coração transformado por confiar em Deus. Isto é fé.

O Senhor, na Sua Palavra, nos diz em Filipenses 4:4:

"Regozijai-vos sempre no Senhor; outra vez digo, regozijai-vos."

Por que então ficar triste? Por que não confiar? Regozijemo-nos e confiemos que o Senhor é quem

controla a nossa vida e é Ele quem deseja o melhor para nós!

A fé depositada por Ana no Senhor, finalmente foi concretizada. Ela teve um filho! Samuel nasceu e ficou

com ela apenas dois ou três anos.

Ela amamentou seu filhinho e o preparou para entregá-lo a Deus.

Ela foi fiel no que havia prometido ao Senhor. Ela ensinou os primeiros passos a Samuel mostrando que

havia um Deus que ela amava de todo o seu coração. Com ela ele...

1- aprendeu os caminhos de Deus, certamente, vendo o exemplo dela e sua devoção a Aquele que o

trouxe ao mundo (Deus);


2- aprendeu os caminhos de Deus ao ouvi-la falar do Senhor, contando-lhe como ela conseguira

engravidar;
3- aprendeu os caminhos de Deus vendo-a corrigindo-o e instruindo-o na Palavra de Deus.
Irmã, sigamos estes passos de Ana quando estamos educando os nossos filhos. Não deixemos que eles

decidam que caminhos irão seguir quando já estiverem adultos. Ensinemos HOJE e AGORA os caminhos

do Senhor usando a Bíblia como nossa bússola.

Entreguemos cada filho nas mãos do Senhor.

Oremos pedindo proteção espiritual para cada um deles e confiemos no amor de Deus que será

derramado em suas vidas.

Agora, confiantemente, coloquemos o Senhor no centro de nossa vida e, com fé, façamos como Ana que

"foi o seu caminho, e comeu, e o seu semblante já não era triste" (1Sa 1:18).

Um Exemplo de Coragem e Sabedoria

Valdenira Nunes de Menezes Silva

"Disse outra vez o rei a Ester, no segundo dia, no banquete do vinho:

Qual é a tua petição, rainha Ester? E se te dará. E qual é o teu desejo?

Até metade do reino, se te dará" (Ester 7:2).

A Palavra de Deus nos conta a história de uma linda jovem judia casada

com um rei ímpio que não conhecia o Senhor. O seu nome era Ester

e o do seu marido era Assuero (Xerxes). Não havia, em todo o império

persa, mulher mais bonita do que ela.

Logo cedo, o Senhor decidiu tirar os seus pais da sua vida. Com a morte

deles, ela foi adotada por seu tio Mardoqueu. Ele a educou com muito amor, ensinando-a a amar o seu

povo, o povo judeu.

O plano de Deus para a vida de Ester já estava dando os primeiros passos. A cada dia, o Senhor cuidava
dela, preparando o seu coração, a sua mente e cada detalhe de sua vida. Ela jamais poderia imaginar

que, um dia, seria a rainha daquela terra onde ela e o povo judeu eram exilados.

Enquanto Ester, na sua cidade, vivia o seu dia a dia, no palácio real se desenrolava um acontecimento

que iria mudar completamente a sua vida e a vida de Vasti, a esposa do rei Assuero.

Estava havendo no palácio uma grande festa. O rei, então, mandou chamar a rainha Vasti para fazer

parte daquela reunião, porém ela, veementemente, se negou a participar de uma festa onde só havia

homens embriagados. Este NÃO da rainha soou muito forte perante o rei e seus convidados. Ouvindo ele

o conselho de um de seus conselheiros, decidiu banir, para sempre, da sua presença a rainha. Agora, ela
não seria mais a poderosa rainha, não seria mais a mulher mais poderosa do Oriente Médio.
Não sabemos muita coisa sobre este fato mas de uma coisa temos certeza: a mão do Senhor estava

agindo em todos estes acontecimentos. Ele, por ser um Deus onisciente, já sabia o que iria acontecer no

futuro. O plano perfeito dEle estava caminhando a fim de salvar o Seu povo.

Amada irmã, você se lembra de algum fato que aconteceu em sua vida e, lá na frente, você descobriu que

tudo foi para o seu bem, ou para o bem da sua família, ou para o bem daquela pessoa que você ama, ou

para o bem da sua igreja...? Como filhas de Deus devemos confiar no Senhor porque a Sua Palavra nos

diz que "todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus ..." (Rom 8:28).

Se você, irmã, ama a Deus, Ele está cuidando de você com todo o cuidado que somente um Deus

onipotente, onisciente e onipresente pode ter. E é nessa confiança que eu e você vemos a beleza da fé.

"Oh Senhor! Que a minha fé me faça repousar em Teus braços.

Que a cada dia, eu possa me colocar no Teu altar para que me conduzas ao longo do caminho, andando

bem próxima a Ti.

Não sei o que o futuro me reserva mas sei que tens o melhor plano para a minha vida.

Obrigada por eu poder Te chamar de Pai!

Amém!"

Deus estava cuidando de Ester, a jovem judia da tribo de Benjamim. Ele estava preparando para ela algo

que jamais passara por seu coração. Deus iria usá-la para salvar o povo judeu.

Como a rainha Vasti foi deposta da posição de rainha, agora, o rei estava precisando escolher uma jovem

para ocupar o seu lugar. Dentre muitas jovens, Ester foi chamada para fazer parte do harém do rei.

Recusar ir para o palácio significava assinar sua sentença de morte. Ela teve que ir e Mardoqueu, seu tio,

pediu que ela não contasse a ninguém que era judia. Ele seguiu os conselhos do tio.

Ester era uma "... jovem bela de presença e formosa..." (Est 2:7b). Além de ser muito bonita, ela tinha

grande sabedoria e teve um tratamento preferencial de Hegai. A Bíblia nos relata o quanto ele ajudou

Ester (Em cada detalhe dos acontecimentos, vemos a mão de Deus trabalhando na vida dela). No livro de
Ester 2:9 lemos: "E a moça pareceu formosa aos seus olhos, e alcançou graça perante ele; por isso se

apressou a dar-lhe os seus enfeites, e os seus quinhões, como também em lhe dar sete moças de

respeito da casa do rei; e a fez passar com as suas moças ao melhor lugar da casa das mulheres."

Ah, irmã, veja como a mão do nosso Deus estava direcionando tudo! Como vemos o Seu plano para a

vida de Ester se encaixando pouco a pouco! Como vemos o plano perfeito de Deus acontecendo na vida

dela!
Assim como ela, nós também temos o privilégio de Ter o mesmo Deus direcionando a nossa vida para

atingir o plano que Ele tem para mim e para você. Temos o mesmo Deus cuidando do nosso caminhar,
cuidando do nosso dia a dia. Cabe a nós repousarmos em Seus braços, crendo que Ele tem sempre o
melhor para nós. Cabe a mim e a você descobrirmos as oportunidades que o Senhor coloca diante de nós

e trabalharmos nelas a fim de que possamos ser úteis a Seu reino.

Muitas foram as mulheres que, corajosamente e em sacrifício da própria vida, lutaram para ser útil ao

Senhor. Dentre tantas podemos falar um pouco de...

Ester - jovem mulher que arriscou a sua vida por amor ao Senhor e a Seu povo. Ao saber que estava

havendo uma conspiração contra o seu povo (Hamã, o homem mais importante depois do rei, por odiar

Mardoqueu, preparou uma conspiração contra os judeus) jejuou, orou e arriscou a sua vida

comparecendo diante do rei e pedindo a ele por seu povo (comparecer diante do rei sem ser convidada,

mesmo sendo sua esposa e rainha, era arriscar a vida). O rei recebeu-a e concedeu o que seu coração

tanto desejava.

A Palavra de Deus nos diz que o coração do rei está nas mãos do Senhor. Deus, literalmente, mudou o

coração do rei e ele recebeu Ester com muita alegria.

Maria - jovem judia que se tornou a mãe do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Arriscou a sua vida e

quase perdeu o seu noivo, José, quando foi concebida do Espírito Santo. Em momento nenhum ela

hesitou em aceitar o que o anjo veio lhe anunciar da parte de Deus.

Corrie Ten Boon - mulher que arriscou a sua vida, ao esconder, no porão da sua casa, judeus que

estavam sendo perseguidos e mortos, na Segunda Guerra Mundial. Por amor ao Senhor ela passou anos

em campos de concentração onde viu suas irmãs morrerem.

"Betty Scott Stam - viveu poucas décadas porque, em 1931, sua fé corajosa e destemida a levou a

trabalhar na China como missionária. Capturada em uma rebelião comunista, essa mulher, cujo lema de

vida foi 'Para mim o viver é Cristo e o morrer é ganho' (Fip 1:21), ajoelhou-se ao lado do marido, curvou a

cabeça e foi decapitada. Posteriormente, 700 alunos do Instituto Bíblico Moody compareceram ao culto

em memória de Betty Stam e consagraram suas vidas para trabalhar como missionários sempre que e
onde quer que Deus os chamasse" (Elizabeth George).

Irmã, que o nosso amor ao Senhor seja tão grande quanto foi o amor destas mulheres que são exemplos

de mulheres segundo o coração de Deus.

Será que, um dia, você terá seu nome escrito nesta galeria de mulheres que amaram a Deus e que foram

mulheres de fé, fortes e corajosas?

A rainha Ester, através do seu ato de coragem e sabedoria, conseguiu, junto ao rei, que lhe desse dois

dias para que seu povo pudesse se defender da sentença de morte.


Por causa da mão de Deus, da coragem de Ester e da mudança que houve no coração do rei, o povo
judeu conseguiu vencer os inimigos.

Veja, irmã, a bondade de Deus para com seu povo.

Veja, no seu dia a dia, a bondade de Deus para com você e para com aqueles que você ama.

O nosso Deus é um Deus fiel, que cuida de nós, apesar dos nossos defeitos, pecados e infidelidade para

com Ele.

Deus cuidou de Ester e direcionou-a a fim de que Seu plano perfeito para o Seu povo se tornasse

realidade.

Deus usou Ester, uma órfão judia, para Seus propósitos e também poderá usá-la, querida irmã, para

cumprir os propósitos dEle mesmo sendo você a pessoa mais improvável que exista.

Você está disposta a agir de maneira sábia e corajosa, mesmo tendo que enfrentar perigos ou mesmo a

morte para estar no centro da vontade de Deus?

Peça ao Senhor que coloque em seu coração esta vontade de servi-Lo. Que Ele a proteja e lhe dê

sabedoria para obedecê-Lo e cumprir o propósito que Ele tem preparado para você.

Que, corajosamente, possamos ter, em nossa vida, o mesmo lema que tinha a irmã Betty Scott em sua

vida: "Para mim o viver é Cristo e o morrer é ganho."

Esposa De Ló - A Que Olhou Para Trás


Valdenira Nunes de Menezes Silva

"Então o Senhor fez chover enxofre e fogo, do Senhor desde os céus, sobre Sodoma;
E destruiu aquelas cidades e toda aquela campina, e todos os moradores daquelas cidades, e o que
nascia da terra.
E a mulher de Ló olhou para trás e ficou convertida numa estátua de sal" (Gênesis 19:24-26).

Observando estes três versículos de Gênesis 19, vemos o triste fim de duas cidades, Sodoma e Gomorra,
onde reinava a prostituição. Mas vemos também o terrível juízo de Deus sobre a mulher de Ló por causa
de um simples gesto seu... ela olhou para trás.

Tudo começou com uma decisão de Ló.


Estava havendo entre os pastores do gado de Abrão e os pastores do gado de Ló, muitas contendas.
Para evitar esta briga entre seus servos, Abrão, juntamente, com seu sobrinho Ló, apartaram-se. Disse
Abrão a Ló: "Não está toda a terra diante de ti? Eia, pois, aparta-te de mim; e se escolheres a esquerda,
irei para a direita; e se a direita escolheres, eu irei para a esquerda" (Gênesis 13:9).

E a Bíblia ainda nos diz: "E levantou Ló os seus olhos, e viu toda a campina do Jordão, que era toda bem
regada... Então Ló escolheu para si toda a campina do Jordão, e partiu Ló para o oriente, e apartaram-se
um do outro" (Gênesis 13:10-11).

Ló foi viver com sua esposa e suas filhas numa cidade grande, bonita, atrativa porém cheia de homens
maus e pecadores.

Há quem diga que quando se começa a trabalhar em um curtume. logo de início, a pessoa se sente mal,
vomita várias vezes e... tem vontade de desistir do emprego. Porém - e isto é que é estranho - depois de
algum tempo, a pessoa já está tão acostumada com o mau cheiro que nem mais percebe. O organismo
se acostumou e o mau cheiro parece que nem mais existe.
O mesmo deve ter acontecido com Ló, com sua esposa e com toda a sua família. Talvez tenham
percebido que apesar de Sodoma ser uma bela cidade, os seus habitantes viviam, diariamente, pecando
e em completo desacordo com os mandamentos do Senhor. Mas... com o passar do tempo,
provavelmente, eles nem mais percebiam o quanto o pecado assolava aquela cidade.
A esposa de Ló era uma mulher rica e, certamente, se acostumou a viver nesta cidade cheia de pecados,
luxúria e carnalidade.
Será que ela se apegou às coisas materiais?
Será que ela, realmente, gostava de viver nesta cidade?
Não sabemos quais são as respostas a estas perguntas mas ela, juntamente com Ló, escolheu viver ali.
Até aquele momento, a Bíblia não nos relata que havia pelo menos um desta família querendo sair de lá.
Eles estavam vivendo em Sodoma, apesar da depravação existente.

Irmã, muitas vezes, nós que somos mulheres de Deus, crentes no Senhor, vivemos em um ambiente
onde o pecado existe mas nós nem percebemos, pois já estamos acostumadas. E, pior do que isso,
praticamos todo tipo de pecado e dizemos... "Eu não acho nada demais!"
Será que nossos olhos e mente já não estão acostumados com...

Novela? Novelas onde vemos, e até mesmo torcemos pela "pobre esposa" que é maltratada por um
marido mulherengo, que bate nela e que... de repente... aparece um "mocinho" que "a ama" e quer ficar
com ela. Será que nós, realmente, não estamos tão acostumadas que nem percebemos que estamos
torcendo para que haja um adultério?

Namoros avançados? Namoros avançados e até mesmo permitidos por pais "crentes" porque... "afinal de
contas, meus filhos não podem ser diferentes de seus amigos!"
Em novelas, este tipo de namoro é tão comum que até mesmo nós, crentes, não achamos nada demais.
Um mau exemplo é a novela da seis horas de uma determinada emissora de TV cujos personagens são
jovens de colégios e universidades.

Irmã, eu não sei se existe alguma diferença entre a Sodoma onde vivia a esposa de Ló com toda a sua
família e o mundo de hoje! Deus, com certeza, não está gostando de ver o mundo caminhando para um
abismo sem volta. E, participando deste mundo, estão muitos que se dizem crentes e que sempre
dizem... "Eu não acho nada demais!"
Tudo isto é muito triste! Precisamos estar alertas e alertar os nossos filhos, as nossas irmãs em Cristo
para que não caiam de amor pelas coisas do mundo que são guiadas pelo inimigo das nossas almas.
Que o Senhor nos proteja e nos dê sabedoria para vermos o que é certo e o que é errado de acordo com
as Escrituras. Que o nosso andar diário seja agradável ao Senhor.

Pelo desfecho desta história, podemos imaginar que a mulher de Ló não se empenhou nas coisas
espirituais, ensinando suas filhas a não andarem de acordo com o mundo, não se maravilharem com
aquilo que desagradaria ao Senhor. Tudo indica que ela gostava de viver em Sodoma. Talvez ela vivesse
dizendo a seu marido... "Eu não acho nada demais!"
Apesar da acomodação de Ló e de toda a sua família, Deus teve misericórdia dele e de todos os seus.
Deus quis salvá-los da grande tribulação, apesar de não estarem pensando em se separar deste
ambiente de luxúria. A esposa de Ló nem pensava que uma grande mudança estava para acontecer.
Deus deu a ela uma oportunidade sem igual. Deus teve pena dela e de toda a sua família.

E você, irmã, está esperando com uma alegria indescritível a segunda vinda do nosso Senhor?
Você está preparada para, a qualquer momento, ser arrebatada juntamente com todos os salvos pelo
sangue precioso do Cordeiro?
É minha oração a Deus que Ele não nos deixe ter prazer nas coisas deste mundo mas que digamos em
nosso coração: "Maranata! Vem logo, Senhor Jesus!"

A família de Ló não passou pela grande tribulação que passaram aquelas pessoas que moravam em
Sodoma. Eles foram retirados da cidade antes dos acontecimentos que a destruiriam. Estes
acontecimento são um símbolo da segunda vinda de Cristo. Nós que somos salvos pelo sangue de Jesus
não iremos passar pelos sete anos de tribulação que assolará a terra. Seremos arrebatados antes destes
acontecimentos.

Não podemos afirmar, com certeza, que a esposa de Ló gostava de viver nesta cidade, pois, na verdade,
foi seu esposo quem assim decidiu quando fez um acordo com Abrão. Mas vivendo ali, gostando ou não,
eles receberam a visita de dois anjos enviados pelo Senhor. Eles disseram: "... Tens alguém mais aqui?
Teu genro, e teus filhos, e tuas filhas, e todos quantos tens nesta cidade, tira-os fora deste lugar; Porque
nós vamos destruir este lugar, porque o seu clamor tem aumentado diante da face do Senhor, e o Senhor
nos enviou a destruí-lo" (Gênesis 19:12-13).

Na manhã seguinte, os anjos apressaram Ló, sua esposa e suas filhas dizendo: "... Levanta-te, toma tua
mulher e tuas filhas que aqui estão, para que não pereças na injustiça desta cidade. Ele, porém,
demorava-se, e aqueles homens lhe pegaram pela mão, e pela mão de sua mulher e de suas duas filhas,
sendo-lhe o Senhor misericordioso, e tiraram-no, e puseram-no fora da cidade. E aconteceu que, tirando-
os fora disse: Escapa-te por tua vida; não olhes para trás de ti, e não pares em toda esta campina;
escapa lá para o monte, para que não pereças" (Gênesis 19:15-17).

"Não olhes para trás de ti" - dentre todas as palavras que os anjos disseram, estas foram as mais
importantes porém não valorizadas pela esposa de Ló.
Será que eu e você as valorizaríamos se estivéssemos no lugar dela?

O ser humano tem atração por aquilo que é proibido. Infelizmente, nós que aceitamos Jesus como nosso
Salvador ainda temos aquela natureza velha que tínhamos antes de nos tornarmos uma nova criatura.
Cabe a mim e a você alimentarmos a natureza nova lendo a Palavra de Deus, orando ao Senhor, pedindo
a Ele para nos livrar das tentações e procurando obedecer em tudo ao Senhor e ao que Ele diz na Bíblia.
Devemos sempre manter nossos olhos voltados para Deus, olhar para a Sua maravilhosa majestade e,
então, perceber que as coisas que este mundo nos oferece são passageiras e fazem mal à nossa alma.
Não devemos olhar para os prazeres desta vida, não devemos olhar para trás como fez a mulher de Ló,
desobedecendo ao que os anjos lhe ordenara, mas olhar para o alto onde Jesus, por tanto nos amar, está
preparando uma linda mansão para mim e também para você que já O aceitou como Salvador de sua
vida. E, o melhor de tudo, é que iremos viver eternamente com Ele e com todos aqueles que amamos e
que foram redimidos pelo Seu sangue. Amém!

Enquanto Ló e suas duas filhas olhavam para frente em direção às promessas que Deus lhes fizera, a
sua esposa, talvez saudosa do que estava abandonando, "olhou para trás e ficou convertida numa
estátua de sal" (Gênesis 19:26).

Minha irmã, muitas vezes nos apegamos tanto às coisas deste mundo que, quando estamos a ponto de
perdê-las, olhamos para trás (com saudade) e esquecemos que temos um Deus que cuida de nós e que
tem planejado para nós uma vida plena de paz e de alegria.
Não devemos esquecer nunca que Deus foi misericordiosos com Ló e sua família. Em Salmo 103:11 a
Bíblia nos diz: "Pois assim como o céu está elevado acima da terra, assim é grande a Sua misericórdia
para com os que O temem."

A misericórdia de Deus está à nossa disposição. Se eu temo ao Senhor, Ele, então, é misericordioso
comigo.
Mesmo se eu estivesse passando pelo "vale da sombra da morte, não temeria mal algum" porque o meu
Deus está ali comigo e Sua misericórdia alcançaria o meu coração.
Mesmo se eu estivesse passando por situações difíceis de serem resolvidas, o Senhor estaria ali comigo,
me consolando e até mesmo me carregando em Seus braços. Deus é o meu lugar seguro.

Sempre que leio esta passagem da Bíblia, onde vejo Ló fazendo sua decisão de ir morar em Sodoma e
sua esposa virar uma estátua de sal, vejo o quanto é importante e muito sério eu me preparar para a
segunda vinda de Cristo. Que eu possa dizer como o apóstolo Paulo...
"Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está
guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos
que amarem a Sua vinda" (2 Timóteo 4:7-8). Amém!
A Esposa de Ló
Mara Bueno Consani

Seu caráter:
Era uma mulher rica, talvez mais apegada às coisas boas da vida do que deveria. Embora não haja
qualquer indicação de que participasse do pecado de Sodoma, sua história deixa implícito que aprendera
a tolerá-lo e que seu coração acabou dividido por causa disso.

Seu sofrimento:
Sua escolha levou-a ao castigo em vez da misericórdia, acabando por fazê-la rejeitar as tentativas de
Deus para salvá-la.

Textos-chave:
Gênesis 18.16-19; 29 / Lucas 17.28-33

SUA HISTÓRIA
A mulher de Ló tinha apenas algumas horas de vida, embora não soubesse disso. Provavelmente,
continuava sua rotina diária, como de costume, arrumando a casa, cozinhando e bisbilhotando a vida
alheia com as vizinhas, sem suspeitar da tragédia prestes a desabar sobre ela.
Anos antes, ela se casara com o sobrinho de Abraão e o casal enriqueceu; eles possuíam muita terra e
gado. Com o passar do tempo, instalaram-se confortavelmente em Sodoma, sentindo-se, ao mesmo
tempo, desconfortáveis numa cidade tão perversa a ponto de o céu mandar anjos para investigar as
acusações contra ela.
Ló estava na porta da cidade no momento em que os anjos chegaram. Depois de cumprimentar os
estranhos, implorou que passassem a noite em sua casa, com medo do que poderia ocorrer com eles
quando escurecesse.
A mulher de Ló deve ter também acolhido os estranhos cordialmente, pois a hospitalidade era um
costume sagrado no mundo antigo. Então, pouco antes de irem dormir, devem ter ouvido as vozes. A
princípio, palavras abafadas; depois gargalhadas estridentes e, finalmente, uma gritaria insuportável
provocada por um grupo de homem que cercava a casa. Vozes ásperas gritavam para que Ló abrisse a
porta e entregasse os hóspedes, a fim de que se divertissem com eles.
- Rogo-vos, meus irmãos, que não façais mal – gritou Ló em resposta.
A multidão furiosa queria, porém, satisfazer seus desejos. Ló fez, então, uma proposta de estarrecer:
- Tenho duas filhas, virgens, eu vo-las trarei; tratai-as como vos parecer, porém, nada façais a estes
homens, porquanto se acham sob a proteção de meu teto (Gn 19:8).
No entanto, os homens de Sodoma recusaram-se a aceitar um “não como resposta e correram para a
porta, tentando arrombá-la.
Os anjos, subitamente, estenderam a mão,. Fizeram Ló entrar e fecharam a portar, deixando os que
estavam fora cegos. Os anjos perguntaram em seguida a Ló:
- Tens aqui alguém mais dos teus? Genro, e teus filhos e tuas filhas, todos quantos tens na cidade, faze-
os sair deste lugar; pois vamos destruir este lugar (Gn 19.12-13a).
Os genros de Ló pensarem que ele estava brincando e recusaram-se a partir.
De madrugada, os anjos insistiram novamente com Ló para que se apressasse, a fim de que ele, a
mulher, e as filhas não morressem com o resto da cidade. Mesmo assim, a família hesitou, até que os
anjos agarraram a todos pela não e os arrastaram, insistindo:
- Livra-te, salva a tua vida; não olhes para trás, nem pares em toda a campina; foge para o monte, para
que não pereças (Gn 19:17).
Quando Ló e sua família chegaram à pequena cidade de Zoar, o sol havia surgido sobre a terra e tudo em
Sodoma achava-se envolto em fogo e enxofre. Homens, mulheres, crianças e rebanhos, tudo foi
aniquilado. Um terrível juízo sobre o pecado.
Mas o juízo foi ainda pior do que Ló ou suas filhas compreenderam a princípio. Salvos, finalmente, devem
ter olhado uns para os outros, aliviados por estarem todos bem. De repente, voltaram-se, espantados,
percebendo que faltava um deles. Devem ter procurado, esperado com todas a forças, até que finalmente
viram a silhueta branca de uma coluna de sal contra o céu, um monumento solitário na forma de uma
mulher olhando para Sodoma.
Se você já viu fotos da antiga cidade de Pompéia, destruída pela erupção do Monte Vesúvio em 70 dC,
na qual formas humanas foram preservadas até hoje pelo rio de lava que as matou onde estavam, pode
imaginar o desastre que sobreveio à mulher de Ló.
Por que ela se voltou e olhou para trás, apesar do aviso do anjo? Seu coração continuaria apegado a tudo
que deixara na cidade – uma vida confortável, despreocupada e prazerosa? Teria familiares presos ali?
Ou apenas se deixou fascinar pelo trágico espetáculo que acontecia atrás dela? É possível que todas
estas coisas combinadas fossem o motivo de seus passos ficarem mais lentos, de sua cabeça voltar-se e
de seu corpo ser surpreendido pelo castigo do qual Deus queria poupá-la – ela preferiu o juízo em vez da
misericórdia.
Jesus advertiu seus seguidores para se lembrarem da mulher de Ló: “assim será no dia em que o Filho do
Homem se manifestar. Naquele dia, quem estiver no eirado e tiver os seus bens em casa não desça para
tirá-los; e de igual modo quem estiver no campo não volte para trás. Lembrai-vos da mulher de Ló. Quem
quiser preservar a sua vida perde-la-á; e quem a perder de fato a salvará” (Lc 17:30-33). Palavras
severas lembrando uma história trágica, com o propósito de nos desviar das ilusões traiçoeiras da
perversidade e de nos lançar em segurança nos braços da misericórdia.

SUA VIDA E SUA ÉPOCA


Sal
A história da mulher de Ló é bem triste, não é? Ela é menos lembrada pelo que foi – esposa, mãe, filha,
irmã – do que pelo eu se tornou – uma estátua de sal. Apenas um olhar irresistível, mas proibido, para
trás, a fim de ver o que estava acontecendo e virou sal! Um produto químico dos mais comuns usados no
mundo todo.
A Palestina possuía ricos depósitos de sal, que justificavam lugares com nomes como Mar Salgado
(também conhecido como Mar Morto), Vale do Sal e Cidade do Sal. Os romanos, provavelmente,
consideravam Israel uma conquista valiosa apenas por causa do sal disponível ali.
Os hebreus usavam o sal para temperar a comida: “Comer-se-á sem sal o que é insípido?” (Jó 6:6). As
mulheres hebréias esfregavam as crianças recém-nascidas com sal ou as lavavam com ele: “No dia em
que nasceste, não te foi cortado o umbigo, nem foste lavada com água para te limpar, nem esfregada
com sal, nem envolta em faixas” (Ez 16.4). O sal era um acompanhamento necessário para qualquer
sacrifício de cereais do Antigo Testamento: “Toda oferta dos teus manjares temperarás com sal” (Lv 2:13).
A palavra sal é usada apenas seis vezes no Novo Testamento, todas elas simbólicas. Jesus nos lembrou
de que, como cristãos, somos o sal da terra (Mt 5.13; Mc 9.50; Lc 14.34). Nossas atitudes e atos são
capazes tanto de purificar como de temperar nosso ambiente. Quando respondemos amavelmente a
alguém que não é delicado, temperamos nosso mundo com sal. Quando tratamos com bondade uma
criança irritada, temperamos nosso lar com sal. Quando consolamos os que sofrem e os solitários,
quando encorajamos os desanimados ou acalmamos os perturbados, temperamos nosso mundo com sal.
Como seguidoras de Cristo, somos saleiros (espero que saleiros cheios!), ocupadas em salpicar nosso
mundo com o sal que dá sabor à vida.

SEU LEGADO NAS ESCRITURAS

Leia Gênesis 19.1-3


11. Ló convidou aqueles homens para sua casa sem sequer consultar a esposa. Que tipo de lar você
acha que a mulher de Ló formara com o marido e as filhas ?
12. Como você reage quando alguém em sua casa convida um hóspede inesperadamente? Você é
amável? Estressada? Hostil?

Leia Gênesis 19.4-8


13. O que você acha da sugestão feita por Ló de dar as filhas aos que tentavam invadir sua casa, em vez
dos hóspedes? Em sua opinião, que reação a mulher de Ló teve?
14. Por que Ló fez esta proposta? Tenha em mente que, segundo a cultura daquele tempo, ao abrir a
casa a hospedes, ele garantia não só o conforto, como também segurança a eles.
15. Você acha que a época em que vivemos é mais ou mesmo degenerada do que a registrada aqui? Por
quê?

Leia Gênesis 19.15-16


16. Por que você acha que Ló hesitou? O que ele estaria pensando?
17. Você já hesitou em fazer algo que sabia ser da vontade de Deus? Por quê? O que aconteceu?
Leia Gênesis 19.17,26
18. Embora advertida para não olhar para trás, a mulher de Ló não conseguir resistir e fez isso. Por que
você acha que ela fez isso? Estava triste? Com medo? Curiosa?
19. Na atitude da mulher de Ló podemos ver nossas próprias reações quando lamentamos decisões
erradas, ficamos tristes por causa de oportunidades perdidas, desejamos a restauração de
relacionamentos rompidos. Ao olhar para trás, não somos capazes de ver o que está à nossa frente.
Talvez não nos transformemos em estátuas de sal, mas acabaremos atoladas em algum lugar. Você
passa muito tempo olhando para trás? O que fazer para deixar o passado de lado, desfrutar o presente e
planejar o futuro?

SUA PROMESSA

Deus prometera a Abraão que pouparia a cidade de Sodoma, se pudesse encontrar apenas dez justos
nela, mas nem dez puderam ser achados ali. Assim, Deus enviou seus anjos a Sodoma para resgatar Ló
e sua família (Gn 18) da iminente destruição. Como todos ficaram hesitantes até o último minuto, os anjos
tiveram de tomar Ló, sua mulher e suas duas filhas pela mão e arrastá-los para fora da cidade.
Deus sabia que Abraão estava pensando em Ló quando suplicou que as cidades fossem poupadas
mesmo que só cinqüenta, quarenta, trinta, vinte ou dez justos fossem encontrados? A misericórdia de
Deus foi estendida a Ló por amor a ele ou por amor a Abraão? Não sabemos. O que a Bíblia diz é que a
misericórdia divina foi concedida a Ló e a sua família,. Essa misericórdia está também à sua disposição,
mesmo nas piores ocasiões, ns situações mais difíceis, ns circunstâncias mais adversas. Deus está ali,
estendendo a mão para levá-la a um lugar seguro.

Promessas nas Escrituras

[...] “pegaram-no os homens pela mão, a ele, a sua mulher e as duas filhas, sendo-lhe o Senhor
misericordioso, e o tiraram, e o puseram fora da cidade”. (Gn19.16)

[...] “o Senhor se aparte do ardor da sua ira, e te faça misericórdia, e tenha piedade de ti.” (Dt13.17)

[...] “e não farei cair a minha ira sobre ti, porque eu sou compassivo, diz o Senhor, e não manterei para
sempre a minha ira.” (Jr 3.12)

SEU LEGADO DE ORAÇÃO

“Como, porém, [Ló] se demorasse, pegaram-no os homens pela mão, a ele, a sua mulher e as duas
filhas, sendo-lhe o Senhor misericordioso, e o tiraram, e o puseram fora da cidade. Havendo-os levado
fora, disse um deles: Livra-te salva a tua vida;não olhes para trás, nem pares em toda a campina; foge
para o monte, para que não pereças.” (Gn 19:16-17)

Medite
Gênesis 19.1-26

Louve a Deus
Porque embora odeie o pecado, Ele ama a misericórdia.

Agradeça
Pela maneira como Deus mostrou misericórdia a você e aos membros de sua família.

Confesse
Qualquer tendência para ignorar a voz de Deus por preferir fazer a sua própria vontade.
Peça a Deus
Que a graça nunca deixe de fluir em sua vida por causa de seu apego ao pecado.

Eleve o coração
Numa sociedade como a nossa, é raro encontrar alguém que não seja apegado ao conforto. Examine seu
nível de apego, ficando uma semana longe da televisão, de jornais, de revistas, de catálogos de compras
e de shopping centers. Em vez disso, separe um tempo e um lugar em sua casa para passá-lo em oração
e em louvor diante de Deus. Peça ao Senhor que revele quaisquer vícios ou dureza de coração que
possam ter-se desenvolvido em seu espírito. Diga a Ele que deseja ser uma mulher livre e flexível para
responder-lhe pronta e rapidamente.

Oração
“Senhor, tu me chamas para viver no mundo sem aceitar o estilo de vida do mundo. Ajuda-me a viver de
modo a preservar a minha liberdade para seguir-te onde quer que me levares e da forma com que me
conduzires. Se eu deixar para trás um monumento, que seja ele um memorial de fé, jamais de insensatez.
Amém.”

A Que Adorou A Deus Em Espírito E Em Verdade


Valdenira Nunes de Menezes Silva

"Veio uma mulher de Samaria tirar água" (João 4:7).

A nossa história começa numa cidade de Samaria chamada Sicar. Samaria foi, originalmente, o nome da
capital do reino israelita do norte. Depois, passou a designar uma vasta região ao seu redor. Caiu em 722
A.C..

Sabemos que havia uma rixa entre os judeus (aqueles que não se misturavam, através do casamento,
com outros povos) e os samaritanos (judeus que se misturaram com outros povos, através do
casamento). E o motivo deste atrito era porque os judeus não aceitavam o casamento misto dos
samaritanos.
Eles não permitiam que os samaritanos freqüentassem o templo, por isso, estes construíram o seu
próprio templo indo mesmo de encontro a Deus.
O povo judeu zelava pela pureza da raça e não aceitava a ascendência mista dos samaritanos.

Ao examinarmos a Bíblia, no evangelho de João 4:4, vemos que Jesus havia deixado a Judéia e se dirigia
para a Galiléia mas "era-lhe necessário passar por Samaria" (João 4:4). É aí onde, realmente, começa a
nossa história ... Jesus decidiu passar e não se desviar da cidade onde viviam aqueles rejeitados pelos
judeus.
Jesus, sendo Deus, é santo e puro, ao contrário de nós que, muitas vezes, fazemos acepção de pessoas.
Os judeus rejeitavam os samaritanos mas Jesus os amava e queria dar a eles a salvação eterna.
A decisão dEle de parar junto à fonte de Jacó teve como resultado a salvação da nossa personagem
principal - a mulher samaritana - e a de muitas pessoas que moravam em Samaria. Ela morava em Sicar
e, á hora sexta (meio dia) caminhava até o poço para apanhar água.
Era comum, naquela época, as mulheres mais novas de uma casa, irem buscar água no poço para suprir
as necessidades. Geralmente, elas preferiam fazer isto no fim da tarde quando o tempo estava mais
fresco. Ao contrário delas, a mulher samaritana estava indo apanhar água, ao meio dia ("hora sexta"
como diz a Bíblia em João 4:6), talvez por ser desprezada por elas.

A Bíblia nos diz que Jesus "cansado do caminho, assentou-se assim junto da fonte" (João 4:6).

Podemos imaginar a mulher samaritana se aproximando do poço e ficando surpresa por encontrar ali um
judeu e ainda mais por ele falar com ela dizendo ... "Dá-me de beber" (João 4:7). Com certeza, ela se
surpreendeu, principalmente, por ser uma mulher rejeitada (por fazer parte de um povo rejeitado) e por
causa do seu modo de vida.
Amada irmã, será que você, alguma vez, já procurou amizade com alguém rejeitado?
Você já virou seus olhos para Jesus e procurou imitá-Lo não fazendo acepção de pessoas?

Ela ficou surpresa com o pedido de Jesus e mais surpresa ainda quando Ele lhe disse que poderia lhe dar
"água viva". Ele não possuía nada que pudesse tirar esta "água viva". Como então Ele poderia lhe dar
esta água? Ela jamais poderia imaginar que o que Jesus estava dizendo era: "... aquele que beber da
água que Eu lhe der nunca terá sede, porque a água que Eu lhe der se fará nele uma fonte de água que
salte para a vida eterna" (João 4:14). Esta água oferecida por Jesus à mulher samaritana era um tipo de
água que iria saciar, para sempre, a sua sede - a Palavra de Deus que a levaria a ter uma vida eterna no
céu.
Apesar de ser pecadora, ela foi humilde e creu que Jesus tinha a "água viva"

Sabemos que as pessoas que não são humildes, ou seja, as pessoas soberbas jamais prosperarão.
Como mulheres de Deus devemos ser humildes e submissas ao Senhor, pois só Ele pode dar o melhor
para nossas vidas.

A mulher samaritana ainda não estava entendendo mas aceitou a "água viva" oferecida por Jesus
dizendo: "... Senhor, dá-me dessa água, para que não mais tenha sede, e não venha aqui tirá-la" (João
4:15).

Minha amiga, você já bebeu desta água?


Você procura resolver a sua sede espiritual bebendo desta água, ou procura satisfazer as suas
necessidades com coisas materiais tais como ... dinheiro, shopping, roupas, jóias, festas, família ...?
Somente Deus é capaz de preencher o vazio que existe em nossa alma. Só Ele pode saciar a nossa sede
- tanto a espiritual quanto a material.

Jesus ia, pouco a pouco, deixando a mulher samaritana maravilhada e cativada por Suas palavras. Ela
ouviu-O dizer que ela havia tido cinco maridos e o que agora vivia com ela não era seu marido. (Como
poderia aquele homem conhecer toda a sua vida? Como aquele homem judeu estava ali conversando
com ela revelando toda a sua vida?)
No seu coração, provavelmente, algo diferente estava para acontecer. Mesmo tendo toda a sua vida
revelada por Jesus, ela ainda não sabia que estava diante do próprio Deus que a criou. Ela ainda não
estava entendendo que quem estava diante dela era o próprio Deus criador dos céus e da terra. Ela
pensou que Ele fosse um profeta. Ela jamais imaginou que estava frente a frente com Aquele que poderia
lhe dar a vida eterna, com Aquele que saciaria a sua sede para todo o sempre.
Foi a esta mulher pecadora, cheia de dúvidas que Jesus decidiu dizer quem Ele era. Ele não escolheu
líderes religiosos para dizer que Ele era o próprio Deus.
Quando a mulher samaritana disse: "Eu sei que o Messias (que se chama o Cristo) vem; quando Ele vier,
nos anunciará tudo" (João 4:25), Jesus lhe respondeu:"Eu o sou, Eu que falo contigo" (João 4:26).
Sim, Jesus não escolheu homens religiosos, frios, "sepulcros caiados" para se revelar mas escolheu uma
simples mulher pecadora que tinha sede de conhecer o Messias.

Agora, convencida de que estava diante do próprio Deus, ela prontamente foi para a cidade levar as
boas-novas. Ela não guardou só para si o que ouvira e aprendera mas está escrito na Bíblia que ela
deixou "o seu cântaro, e foi à cidade, e disse àqueles homens: Vinde, vede um homem que me disse tudo
quanto tenho feito. Porventura não é este o Cristo?" (João 4:28-29).
Ao ver este maravilhoso exemplo de uma mulher evangelista, ficamos a pensar e chegamos à conclusão
que algo muito urgente precisa ser feito por nós. Assim como ela, devemos falar de Cristo e mostrar aos
perdidos que "Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele
que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3:16).
Amada irmã, façamos com o Senhor um compromisso de evangelizarmos aqueles que ainda não O
aceitaram como Salvador a fim de que o número dos perdidos se complete e o dia da sua segunda vinda
chegue logo. Maranata!

Quantas mensagens evangelísticas eu e você já ouvimos falando do amor de Cristo que veio à terra para
morrer no nossa lugar?
Quantas vezes nossa alma se condoeu por almas que estavam e estão indo para o inferno?
Quantas vezes reagimos com o mesmo entusiasmo que a mulher samaritana reagiu indo, imediatamente,
falar do Messias ás pessoas de sua cidade?

Quer ser uma mulher que honra ao Senhor obedecendo ao Seu IDE por todo o mundo para pregar o
Evangelho?
Nós que amamos ao Senhor temos que gostar de falar aos outros a respeito de Jesus e do Seu amor por
todas nós.

De tudo que aprendemos sobre esta mulher que morava na cidade de Sicar, em Samaria, um exemplo
deve ser seguido: Fale de Cristo a seus filhos, a seus pais, a seus irmãos, a seus amigos que estão,
cegamente, caminhando pelo caminho largo onde tudo é "mais fácil", "mais prazeroso", "mais convidativo"
mas que os estão levando para um lugar eterno. de chamas ardentes - o inferno literal. Veja o que esta
passagem de Lucas 16:23-24 nos relata: "E no inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao
longe Abraão, e Lázaro no seu seio. E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a
Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado
nesta chama."

Amadas irmãs, precisamos mudar. Precisamos ter em nossos corações um peso pelas almas perdidas.
Vamos mudar para poder transformar vidas, vidas que estão sedentas da Palavra do nosso Deus. Vamos
nos comportar como verdadeiras crentes que conhecem a Palavra e obedecem pensando não no seu
bem mas no bem daqueles que estão perdidos.

"Meu Deus, obrigada pelo Teu plano perfeito para me dar a vida eterna.
Obrigada por me salvares enviando o Teu Filho unigênito para morrer por uma pecadora como eu.
Obrigada pelo privilégio de poder falar de Ti aos perdidos, privilégio este que até mesmo os Teus anjos
gostariam de ter.
Ajuda-me a preservar, em meu coração, este peso pelas almas perdidas.
Que durante a minha vida aqui na terra, eu possa Te honrar e Te louvar com toda a minha alma.

EVA

Mara Bueno Consani

"Seu nome significa “doadora da vida” ou “mãe de todos os que têm vida”

Seu caráter : Ela veio ao mundo perfeitamente em paz com Deus e com seu marido, o único outro ser

humano do planeta. Eva vivia no paraíso e desfrutava de todos os prazeres inimagináveis. Jamais

conheceu vergonha, mal-entendidos, mágoa, separação, inveja, amargura, sofrimento ou culpa até dar

ouvidos ao inimigo e começar a duvidar de Deus.

Seu sofrimento : O fato de ter sido banida com o marido do paraíso e da presença de Deus e de que o

primeiro filho foi um assassino e o segundo, vítima dele.

Sua alegria : Provar o paraíso e receber a promessa de Deus de que seu descendente destruiria, no

futuro, o inimigo.

Textos-chave : Gn 1:26-31 e Gn 2:4


SUA HISTÓRIA

A mulher mexeu-se e esticou-se, a pele macia e suave como a de um recém-nascido. Moveu um dedo,

depois o outro, explorando delicadamente com as mãos o chão em que estava deitada, como um berço

que a embalava. Ela podia sentir o calor invadindo todo o seu ser, fazendo cócegas em sua garganta

enquanto tentava aproveitar tudo ao máximo, transbordando de alegria e de riso. Sentia-se cercada de mil

prazeres ao mesmo tempo e, então, um toque a acalmou sem diminuir sua felicidade.

Seus olhos abriram-se para uma Claridade, seus ouvidos, para uma Voz. A seguir, uma voz mais baixa

exclamou em jubilosa exaltação : “Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne” (Gn 2:3).

Adão segurou-a nos braços, e o riso deles ecoou como rios que se encontram e desembocam na mesma

foz.

O homem e a mulher andavam juntos no paraíso, nus e sem qualquer vergonha, à vontade consigo

mesmos e com Deus. Nenhuma sombra cobria o Éden, nenhuma desordem, discórdia ou medo.

Certo dia, a serpente falou à mulher : “É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do

jardim?[...] É certo que não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos

abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal” (Gn 3:1-5).

A mulher escutou. Lembrou-se da Claridade, da Voz de Deus que a enchera de alegria. Será que poderia

mesmo ser como Deus? A dúvida e o desejo a invadiram até que ela não só colheu como também comeu

o fruto e o deu ao marido. De repente, a escuridão entrou no Éden. Não procedia do exterior, mas sim do

interior, irrompendo, enchendo as almas de sombras, desejos e miséria. A ordem deu lugar à desordem, a

harmonia à discórdia, a confiança ao medo.

Em breve ouviram o som do Criador andando pelo jardim e se esconderam. “Onde estás?” perguntou

Deus a Adão (v.9).

Ele respondeu: “Ouvi a tua voz no jardim e, porque estava nu, tive medo, e me escondi” (v.10).

O pecado penetrara em seus corações e Deus os baniu do Éden pronunciando juízo primeiro sobre a

serpente astuciosa, que tentara a mulher, e em seguida sobre a mulher e o marido. O Senhor

acrescentou esta promessa à maldição da serpente: “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua

descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (v.15). Para a
mulher, Deus disse: “Multiplicarei sobremodo os sofrimentos da tua gravidez; em meio de dores darás à

luz filhos; o teu desejo será para o teu marido, e ele te governará” (v.16).

A seguir, Deus advertiu Adão de que, depois de uma vida de trabalho árduo, sua força diminuiria até que

seu corpo finalmente voltasse ao pó, do qual Deus o formara. A maldição da morte caiu subitamente

sobre o novo mundo.

Assim, Adão e sua mulher saíram do paraíso e Adão a chamou de Eva, pois viria ser a mãe de todos os

seres humanos. Porém, o primogênito deles, Caim, tornou-se um assassino e seu segundo filho, Abel,
sua vítima.

Tristeza após tristeza invadiram o coração da primeira mulher e, quando a vemos pela última vez, já não
deveria ser aquela bela criatura recém-formada pela mão de Deus, mas sim uma mulher angustiada. Sua
pele danificada pelo sol e pela idade recobre os ossos, áspera e ressecada. Suas mãos, inquietas,

agarram-se ao solo pedregoso em que está deitada, procurando algo para aliviar sua dor. Sente a criança

em seu ventre, o corpinho procurando um meio de sair. Gritos de mãe e filho se ouvem como um coral em

uníssono. E nasce Sete.

Com o filho aconchegado ao seio, o alívio começa a estampar-se no rosto de Eva. Enquanto descansa,

um sorriso se forma e, finalmente, o riso brota em seus lábios. Por mais que tente, não consegue sufocar

a alegria. Ela se recorda da Claridade, da Voz e da promessa que Deus fizera: mais cedo ou mais tarde,

apesar de muitos sofrimentos, seu descendente iria esmagar a serpente. A mulher venceria.

SUA VIDA E SUA ÉPOCA

O Parto

Eva foi a primeira mulher a conceber um filho, a primeira a abrigar um óvulo fertilizado em seu útero. Será

que compreendia o milagre que acontecia dentro dela, enquanto sua barriga aumentava e a criança

começava a mover-se? Teria experimentado a maravilha do amor por uma criança ainda em seu ventre?

A Bíblia não dá essas respostas, mas conta que Eva reconheceu que a vida estava sob o controle de

Deus. Quando Caim nasceu, exclamou: “Adquiri um varão com o auxílio do Senhor” (Gn 4:1).

O castigo de Deus sobre Eva – “em meio de dores darás à luz filhos” – foi, sem dúvida, o que Eva

experimentou no nascimento desse primeiro filho. É o processo apropriadamente chamado de trabalho de

parto. Eva deve ter suportado as dores e passado por todo o processo de dar à luz com a ajuda de Adão.

Mais tarde, as mulheres hebréias eram assistidas por parteiras experientes, que conheciam recursos para

as dificuldades comuns do parto. As responsabilidades das parteiras após o nascimento incluíam cortar o

cordão umbilical, lavar o recém-nascido, esfregá-lo com sal para limpeza e depois enrolá-lo em faixas.

O “assento” mencionado em Êxodo 1:16 (Versão ARC) era provavelmente um banquinho baixo, sobre o

qual a parturiente ficava de cócoras, permitindo que a força da gravidade ajudasse no processo do

nascimento. A parteira e possivelmente outras parentes próximas seguravam as mãos da mãe para dar

conforto e estabilidade, enquanto ela fazia força.

Através dos séculos, as mulheres tiveram de suportar os resultados do pecado de Eva. Se sofrimento no

parto as une no laço comum de uma experiência vivenciada apenas por mulheres, a qual consiste numa
combinação singular de coisas desta vida com elementos sobrenaturais. As dores e as contrações

associadas ao nascimento de uma criança são da terra, da própria Eva. Mas o que surge desta

experiência, bem como o laço entre a mãe e a criança, é sobrenatural, algo que apenas o Criador da vida

poderia forjar.

SEU LEGADO NAS ESCRITURAS

Leia Gênesis 2:21-23


1. Descreva a situação de Adão. De que ele precisava no paraíso, que não estava sendo satisfeito e que

só uma mulher poderia lhe dar?


Leia Gênesis 2:24,25

2. O que significa ser “uma só carne” no casamento, tanto física quanto espiritualmente?

3. Pense num casal que parece verdadeiramente “uma só carne”. Como é o relacionamento entre eles?

Leia Gênesis 3:3-67

4. Esta é uma das passagens mais tristes da Escritura, mas também estabelece a base para tudo o que

acontecerá em seguida. Você acha que foi fácil para a serpente enganar Eva? Você acha que a mulher

comeu o fruto logo da primeira vez que a serpente ofereceu-o a ela ou será que o diabo só conseguiu

convencê-la depois de algum tempo?

Leia Gênesis 3:6-7

5. Quais são as três razões para comer o fruto, segundo o versículo 6?

6. Eva está racionalizando seu pecado aqui. Embora ela soubesse que era errado, conseguiu achar

várias razões para comer o fruto da árvore. Que tipo de razões você apresenta para racionalizar o seu

pecado?

Leia Gênesis 3:8-13

7. Adão e Eva reproduzem uma cena clássica na transferência de culpa: Adão culpa Eva; Eva culpa a

serpente. Qual dos três participantes é o mais culpado?

Leia Gênesis 3:20-24

8. Qual a primeira coisa que Deus fez para Adão e Eva depois de declarar qual seria o castigo deles?

9. Fazer roupas para Adão e Eva é uma atitude muito prática, mas também uma demonstração de

carinho. O que isso lhe diz sobre Deus? O que você acha que Ele está disposto a fazer por você depois

de ter pecado e se arrependido?

Leia Gênesis 4:1-2

10. Quem Eva reconhece como a fonte da vida?


11. Eva tem agora dois filhos: o nome Caim significa “gerado”, em hebraico, enquanto o nome Abel

“significa “sopro”, “temporário” ou “sem sentido”. É o mesmo termo hebraico usado em Eclesiastes 1:2. A

vida de Abel não foi absolutamente sem sentido, mas foi curta e seu nome sugere o que estava para

acontecer. Compare o nome de Abel com a palavra usada no versículo de Eclesiastes. Que ligação há

entre os dois?

SUA PROMESSA
Embutida na maldição lançada sobre Eva por causa de seu pecado, encontramos uma maravilhosa

promessa. Deus promete a Eva e às gerações seguintes: “Darás à luz filhos” (Gn 3:16). A graça e a

misericórdia de Deus ficam plenamente evidentes, mesmo quando Ele pronuncia um juízo. O Senhor

prometeu que a raça humana continuaria, embora anunciando que a morte seria, a partir de então,

inevitável.

Ao longo de toda as Escrituras, a graça de Deus se evidencia em todo o esplendor nos juízos que Ele

profere. Quando o mundo estava tão cheio de pecado que Deus precisou destruí-lo, a graça divina salvou

Noé e sua família. Embora o juízo tenha caído sobre Davi por causa de seu pecado com Bate-Seba, a

graça de Deus deu-lhes Salomão como filho e sucessor. Quando os israelitas tornaram-se rebeldes que

não restou outra possibilidade senão o cativeiro, a graça de Deus trouxe a promessa de restauração.

Quando você estiver numa fase difícil, prostrada diante de um juízo de Deus, nunca se esqueça de que

Sua graça ainda permanece. Isto é maravilhoso!

Promessas nas Escrituras

“Porque todos nós temos recebido da sua plenitude e graça sobre graça” (João 1:16)

“Sobreveio a lei para que avultasse a ofensa; mas onde abundou o pecado, superabundou a graça, afim

de que, como o pecado reinou pela morte, assim também reinasse a graça pela justiça para a vida eterna,

mediante Jesus Cristo, nosso Senhor.” (Rm 5:20,21).

SEU LEGADO DE ORAÇÃO

“Criou Deus, pois, o homem à sua semelhança, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.”

(Gn 1:27)

Medite

Gênesis 2:15-25; 3

Louve a Deus

Por tê-la criado à imagem dEle, tornando-a capaz de refletir o amor, a verdade, a força, a bondade, a

sabedoria e a beleza dEle.

Agradeça

Pelo fato de que a promessa de um Redentor que esmagará a cabeça de nosso inimigo, o diabo,

acompanha o juízo de Deu sobre Adão e Eva.

Confesse
Sua tendência de obscurecer a imagem de Deus em você dando prioridade à sua vontade sobre a dEle.
Peça a Deus

Que a ajude a submeter sua vida a Ele, a fim de que cumpra o propósito para o qual foi criada.

Eleve o coração

Procure um lugar tranqüilo, cercado da beleza da criação, para meditar em como deve ter sido a vida no

Jardim do Éden. Imagine como seria a sua própria vida com paz em todos os relacionamentos, sem

qualquer dor física ou emocional, sem jamais se sentir confusa, envergonhada ou com sentimento de

culpa, desfrutando sempre o amor e a amizade de Deus. Dê asas a sua imaginação para preencher os

detalhes do propósito original de Deus para sua vida e para aqueles a quem ama. A seguir, reflita sobre o

fato de que você foi criada para viver no paraíso. As alegrias que experimenta agora são mínimas em

comparação com as que a aguardam no céu, pois “Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais

penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que O amam” (I Co 2:9).

ORAÇÃO :

• Orar por uma maior compreensão do plano original de Deus para o mundo e para minha vida.

• Orar para que eu seja capaz de manter em mente apenas as promessas de Deus para mim.

• Orar agradecendo pela morada celestial que Deus está preparando para todos os que pertencem a Ele.

• Orar confessando todo pecado e entregando toda minha vida a Deus, confiando que Ele irá cumprir o

Seu propósito para minha vida.

Com Qual Delas Você Se Parece


Valdenira Nunes de Menezes Silva

"... e certa mulher, por nome Marta, O recebeu em sua casa; E tinha esta uma irmã chamada Maria ..."
(Lucas 10:38,39).

Dentre tantas mulheres deixadas por Deus na Bíblia e que nos servem de exemplo , vamos conhecer
mais duas que viveram no tempo de Jesus e que foram amadas por Ele. Marta e Maria viveram em um
povoado chamado Betânia. Elas eram irmãs de Lázaro, grande amigo do nosso Senhor.
Ambas tinham personalidades diferentes mas, cada uma a seu modo, amava Jesus. O Senhor também
amava muito esta família

Certo dia, quando Jesus chegou à casa delas, Marta o convidou para jantar.
Como era de se esperar, tanto Marta como Maria deveriam cuidar dos hóspedes preparando a comida,
arrumando a casa e fazendo tudo aquilo que era serviço próprio da mulher. Mas ... tudo aconteceu de
modo diferente, pois enquanto ...

1- Marta se preocupava com coisas materiais ... Maria se deliciava com as coisas espirituais oferecidas
por Jesus ;
2- Marta estava inquieta por estar trabalhando sozinha sem a ajuda da irmã ... Maria repousava aos pés
do próprio Deus sabendo que Ele supriria as necessidades materiais;
3- Marta se esforçava para cozinhar uma boa alimentação ... Maria se esforçava para aprender mais do
Senhor;
4- Marta foi censurada por Jesus ... Maria foi elogiada por Ele.

Vendo Marta que ela fazia tudo sozinha, decidiu ir reclamar de sua irmã a Jesus. Ela disse: "Senhor, não
se te dá que minha irmã me deixe servir só? Dize-lhe que me ajude" (Lucas 10:40b)
Apesar de Marta ter reclamado de Maria a Jesus por ela estar trabalhando sozinha, sabemos que ela O
amava. A sua maneira de demonstrar amor a Ele era sendo produtiva em seu trabalho, era suprindo as
Suas necessidades físicas e, isto, ela fazia de todo o coração. Ela jamais imaginava que Ele a amava de
qualquer jeito, pois ela já pertencia a Ele.
Apesar dela ter reclamado, Jesus respondeu amorosamente, indiferente aos costumes de Sua época,
dizendo: "Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas coisas, mas uma só é necessária; E Maria
escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada" (Lucas 10:41b-42).

Jesus aconselhava Marta a pensar nas coisas espirituais que são eternas e colocar as prioridades em seu
lugar certo. Tudo tem seu tempo certo ... tempo de cozinhar ... tempo de descansar ... tempo de
aproveitar a presença do próprio Deus em sua casa e ouvir dEle lições preciosas para sua vida. Isto Maria
fez e foi elogiada por Jesus. enquanto Marta ansiosa e afadigada não escolheu a boa parte que jamais
lhe seria tirada.
É importante termos o nosso cantinho para, diariamente, nos deliciarmos com os momentos de comunhão
com o Senhor.
Em nossa vida temos que colocar Deus em primeiro lugar, depois vem nosso marido e, depois, vem "o
bebê" e os outros filhos maiores (muitas mulheres quando estão com um filhinho recém nascido
esquecem que têm um marido que necessita dela, da sua atenção, do seu amor). Tenho que organizar a
minha vida de modo que eu coloque todas as coisas em seu lugar certo, não esquecendo que tenho que
ter também minha casa organizada, a comida sempre pronta e eu bem bonita para meu marido.

Por que, então, ficar afadigada e ansiosa com o muito trabalho esquecendo-nos da boa parte que nunca
nos será tirada? A Bíblia nos diz que "A ansiedade no coração deixa o homem abatido" (Provérbios 12:25)
mas, por outro lado ... "O coração alegre aformoseia o rosto ..." (Provérbios 15:13).
Marta, naquele momento, não tinha um rosto bonito, pois a ansiedade tomava conta do seu coração e ela
estava abatida enquanto que Maria tinha um semblante bonito, pois o seu coração estava alegre.
Marta estava ansiosa, preocupada, mas a Bíblia nos diz que não devemos estar inquietas por nada ...
"Não estejais inquietos por coisa alguma ..." (Filipenses 4:6).

Ao lermos esta história sobre Marta e Maria, sempre vemos Marta de modo negativo e Maria de modo
positivo. Talvez eu e você tivéssemos reagido do mesmo jeito que Marta reagiu - reclamando de alguém
que poderia estar nos ajudando e correndo para deixar tudo pronto na hora certa. Alguém tinha que
preparar a comida mas Marta estava trabalhando com um espírito revoltado e não com um espírito cheio
de júbilo pela oportunidade de servir ao próprio Deus.
Quantas vezes nos sentimos como Marta quando vamos receber alguém em nossa casa? Não devemos
ficar apreensivas se não temos ninguém para nos ajudar mas devemos encarar estes momentos como
momentos especiais e como uma oportunidade de mostrar o nosso carinho e afeto por aqueles que nos
darão o privilégio de tê-los conosco.
Quando lemos em Lucas 10:38b que "Marta O recebe em sua casa", vemos nela uma qualidade que é
rara, hoje em dia, mesmo nas mulheres crentes ... a hospitalidade.
Em 1 Pedro 4:9 nós lemos: "Sendo hospitaleiros uns para com os outros, sem murmurações."
Você é uma mulher hospitaleira?
Você fica tranqüila mesmo sabendo que seu marido convidou alguém para almoçar com vocês, sem
avisar?
A hospitalidade é um dom e ter este dom agrada a Deus.
Há uma poesia de Bonnie Wheeler que fala sobre ...

HOSPITALIDADE

É claro que creio em hospitalidade, Senhor.


Mas não na minha casa.

Não posso oferecer refeições caprichadas,


Meu pratos não combinam.
O sofá da sala precisa de conserto,
E o que vou fazer com as crianças?
O Senhor não compreende?

Mas, minha filha, eu compreendo.


Nunca tive casa, mas jamais mandei alguém embora;
Alimentei multidões com a comida mais simples -
Peixes e pães tomados de empréstimo.
É você que não compreende, filha.

Hospitalidade não é oferecer comida mais sofisticada


Nos pratos mais finos,
Numa casa imaculada, sem crianças.
Meu tipo de hospitalidade é especial:
Não são coisas, nem bens, nem tesouros.

Minha hospitalidade é compartilhar -


Você mesma,

Como eu fiz.

Amada irmã, apesar dos contratempos que houve, Marta foi uma mulher hospitaleira. Sua palavras
proferidas após a morte do seu irmão Lázaro nos mostra que, realmente, ela era além de hospitaleira ...
uma mulher que amava o Senhor e que O aceitou como o seu Salvador. Ela disse: "Sim, Senhor, creio
que Tu és o Cristo, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo" (João 11:27).

Maria era o oposto de Marta. Observando-a, vemos nela o tipo de mulher que gostaríamos de ter
coragem de ser, pois foi ela quem ...
1- Aproveitou aqueles momentos em que o próprio Deus estava em sua casa, apesar dos tantos afazeres
que ela tinha;
2- Escolheu a boa parte, sem se preocupar com o serviço de casa que a estava esperando;
3- Assentou-se aos pés de Jesus para ouvir a Sua palavra sem se incomodar com as reclamações que
viriam sobre ela.

Aos olhos da sua irmã Marta, ela estava sendo uma pessoa ociosa. Mas aos olhos de Deus, ela estava
tendo coragem de colocá-Lo em primeiro lugar em sua vida.
Maria era dócil, corajosa e sabia que Deus deveria ser a pessoa mais importante para ela.

Em certa ocasião, seu irmão Lázaro adoeceu gravemente. Ela e sua irmã Marta mandaram chamar Jesus
que chegou em Betânia quando ele (Lázaro) já havia falecido. O Senhor conversou com Marta e, depois,
mandou chamar Maria que, chegando junto a Ele ... "lançou-se aos Seus pés, dizendo-Lhe: Senhor, se Tu
estivesses aqui, meu irmão não teria morrido" (João 11:32).
A Bíblia nos diz que Jesus perturbou-Se ao vê-la chorar. E Ele também "... chorou" (João 11:35).

Na hora da necessidade, Marta e Maria recorreram ao Senhor e é assim que eu e você devemos fazer
quando tristezas, temores, medo ... aparecem em nossas vidas. Devemos recorrer ao Senhor, abrir nosso
coração e derramar sobre Ele todos os nossos anseios e desejos.
Jesus ressuscitou Lázaro mas não se sabe qual foi a reação das duas irmãs. Certamente, elas se
alegraram e agradeceram ao Senhor e Deus de suas vidas.

Irmã, já aconteceu algo em sua vida que a deixou triste mas que depois você foi inundada de grande
alegria? Um casamento refeito? A cura de uma doença em seu filho? Mas, qual foi a sua reação?
Certamente, você agradeceu ao Senhor pelas bênçãos que recebeu, não foi?

Um outro acontecimento sucedeu também em Betânia quando Jesus decidiu ficar na casa de Lázaro, seis
dias antes da Páscoa. "Fizeram-Lhe, pois, ali uma ceia, e Marta servia, e Lázaro era um dos que estava à
mesa com Ele" (João12:2). Maria entrou na sala onde se encontrava Jesus, Lázaro e outros e ungiu a
cabeça do Senhor com um perfume muito caro e enxugou com seus próprios cabelos. Esta foi a maneira
que ela encontrou de adorá-Lo e demonstrar seu amor por Ele.
Marta e Maria amavam Jesus. Cada uma demonstrava este amor que sentiam por Ele de modos
diferentes. Enquanto Marta servia procurando suprir todas as necessidades do Senhor, Maria,
corajosamente, O adorava com um amor inigualável sentando a Seus pés ou ungindo-O com o que ela
tinha de melhor ... um perfume muito caro.

E você, amada irmã, de que modo demonstra o seu amor Àquele que lhe deu a vida eterna? Como você
demonstra que ama Jesus?

Que o Senhor nos dê capacidade para adorá-Lo com um amor que chegue até Ele como um perfume
suave.

Que possamos tirar destas duas mulheres de Deus aqueles atributos que agradam ao Senhor.
Que possamos também refletir em tudo que conhecemos delas e, em seguida, nos fazer a seguinte
pergunta ...
COM QUAL DELAS EU ME PAREÇO?

A Mensageira De Deus

Valdenira Nunes de Menezes Silva

"Então Hilquias, e os enviados do rei foram ter com a profetisa Hulda, mulher de Salum... E ela lhes disse:

Assim diz o Senhor Deus de Israel: Dizei ao homem que vos enviou a mim: Assim diz o Senhor: Eis que

trarei mal sobre este lugar, e sobre os seus habitantes, a saber, todas as maldições que estão escritas no

livro que se leu perante o rei de Judá" (2Cr 34:22-24).

Que lições podemos tirar desta mulher escolhida por Deus para ser também uma mensageira da Sua

Palavra?

Sabemos que poucas foram as mulheres escolhidas pelo Senhor para serem profetisas. E, dentre tantas

mulheres que viviam naquela época, Ele escolheu exatamente Hulda para servi-Lo. Ele a conhecia. Ele

conhecia a sua coragem, capacidade de aconselhar, fé e muitos outros atributos que O levaram a esta

decisão. Foi Hulda quem teve o privilégio de ser a mensageira do nosso Deus.

Hoje, podemos agradecer ao Senhor porque cabe a nós decidirmos se queremos, ou não, ser uma

mensageira da Palavra de Deus. Cabe a nós querermos, ou não, obedecer a ordem do Senhor que diz:

"Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura" (Mar 16:15). Cabe a nós porque o Senhor nos

deu o livre arbítrio mas não podemos esquecer que este "ide" não é um pedido mas uma ordem. Quando

não estamos fazendo o que Ele mandou, estamos sendo desobedientes à Sua Palavra. Estamos erradas.

Irmã, ser uma mensageira de Deus é um privilégio dado somente ao homem. Este privilégio não é dado

nem mesmo aos anjos como nos diz 1Pe 1:12: "Aos quais foi revelado que, não para si mesmos, mas

para nós, eles ministravam estas coisas que agora vos foram anunciadas por aqueles que, pelo Espírito

Santo enviado do céu, vos pregaram o evangelho; para as quais coisas os anjos desejam bem atentar."

Hulda viveu no tempo em que reinava em Judá o rei Josias. Ele começou o seu reinado com oito anos de
idade e, logo cedo, "... começou a buscar o Deus de Davi, seu pai" (2Co 34:3). Por amar ao verdadeiro
Deus, ele decidiu purificar Judá e Jerusalém mandando derrubar os altares de outros deuses, quebrar as

imagens de escultura e de fundição. Esta purificação se estendeu também a outras cidades. A Bíblia em

2Cr 34:8 nos diz:

"E no amo décimo oitavo do seu reinado, havendo já purificado a terra e a casa ... " enviou homens "...

para repararem a casa do Senhor seu Deus."

Um fato muito importante aconteceu quando a casa do Senhor estava sendo reparada: "... Hilquias, o

sacerdote, achou o livro da lei do Senhor, dada pela mão de Moisés" (2Cr 34:14).

Ao encontrar o livro de Deus, o sacerdote o deu a Safã, o escrivão, que levou ao rei e disse: "O sacerdote

Hilquias entregou-me um livro. E Safá leu nele perante o rei" (2Cr 34:18). Ao ouvir a Palavra do Senhor, o

rei viu que todos não estavam guardando a Palavra Santa de Deus. Ele, então, rasgou as suas vestes e

pediu para irem consultar o Senhor. Foram até a profetisa Hulda que disse tudo que o Senhor mandou

dizer:

1- Para o povo:

"Eis que trarei mal sobre este lugar, e sobre os seus habitantes, a saber, todas as maldições que estão

escritas no livro que se leu perante o rei de Judá" (2Cr 34:24b).

2- Para o rei:

"Porquanto o teu coração se enterneceu, e te humilhaste perante Deus, ouvindo as Suas palavras contra

este lugar, e contra os seus habitantes, e te humilhaste perante Mim, e rasgaste as tuas vestes, e

choraste perante Mim, também Eu te ouvi, diz o Senhor. Eis que te reunirei a teus pais, e tu serás

recolhido ao teu sepulcro em paz, e os teus olhos não verão todo o mal que hei de trazer sobre este lugar

e sobre os seus habitantes." (2Cr 24:27-28).

Hulda como profetisa repetiu as palavras que o Senhor Deus mandara falar.

Ao comparar estes dois textos (2Cr 34:24b x 2Cr 24:27-28), o dirigido aos habitantes da terra e o outro
dirigido ao rei, vemos dois atributos do nosso Deus:

a) Um Deus que julga e castiga (como um pai que por amor castiga seus filhos) aqueles que estão

errados. (Os habitantes da terra eram adoradores de outros deuses).

b) Um Deus que perdoa e tem misericórdia daqueles que, de coração, se arrependem. (O rei se

arrependeu e chegou a rasgar as suas vestes).

Aqui, vemos a concretização de 1Jo 1:9 que diz: "Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo
para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça."

Quando os operários que estavam reparando o templo acharam o Livro da Lei deixado por Moisés, o rei
lembrou-se de consultar o Senhor através desta mulher que foi escolhida pelo Senhor para ser profetisa.

Apesar de viver em um tempo de infidelidade ao Senhor, ela era uma crente fiel, amiga, conselheira.

Estava sempre pronta para ensinar qualquer pessoa que quisesse aprender sobre o Senhor.

E você, irmã, está sempre pronta para falar do Senhor a seus familiares, vizinhos, amigas...?

Você fala com impetuosidade, segurança, coragem, a Palavra de Deus?

Você fala do Senhor, sem medo, porque conhece a Sua Palavra?

Você lê a sua Bíblia a fim de se preparar para agir como a profetiza Hulda, falando da Palavra de Deus,

corajosamente?

Sabemos que hoje em dia, não existe mais profetisas mas podemos agir como elas, sendo portadoras da

Palavra de Deus que está na Bíblia.

Hulda falava o que o Senhor mandava porque ela sabia de coração que o que ela ouvia do Senhor era

verdadeiro. Ela profetizou, por exemplo, a destruição de Judá, confiando que isto se concretizaria, pois

era o Senhor que estava dizendo. Por causa de sua maneira de transmitir a Palavra de Deus com

coragem e fé, ela conseguiu tocar no coração do povo que foi reavivado e transformado.

Graças ao nosso amado Deus, Ele, em Sua Palavra nos conforta e nos faz crer que mesmo errando, nós

podemos ser perdoados como vemos em 1 João 1:9.

A Palavra de Deus, realmente, nos conforta e acalma a nossa alma quando diz: "Se confessarmos os

nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça."

"Quem é Deus semelhante a Ti, que perdoa a iniqüidade, e que passa por cima da rebelião do restante da

sua herança? Ele não retém a Sua ira para sempre, porque tem prazer na Sua benignidade. Tornará a

apiedar-se de nós; sujeitará as nossas iniqüidades, e Tu lançarás todos os seus pecados nas

profundezas do mar" (Miq 7:18-19).

"Senhor, obrigada por estas promessas maravilhosas que nos dão a certeza do Teu perdão e amor por
nós, apesar de nossas iniqüidades.

Coloca, Senhor, em nós, a coragem, a fortaleza que necessitamos para nos transformarmos em mulheres

como a profetisa Hulda que com muita coragem anunciou a Tua Palavra, não temendo nem a reação do

povo, nem a reação do rei.

Que tenhamos corações desejosos de nos transformar em mensageiras da Tua Palavra, levando a Tua

mensagem, corajosamente, àqueles que estão precisando transformar suas vidas para viverem,

eternamente, ao Teu lado.


Amém!
A VIRGEM ESCOLHIDA POR DEUS

Valdenira Nunes de Menezes Silva

"... e o nome da virgem era Maria" (Lucas 1:27).

Dentre tantas mulheres judias, Deus decidiu escolher uma jovem virgem, de uma família pobre, da cidade

de Nazaré, para ser a mãe de Jesus, o nosso Salvador. O seu nome era Maria e ... foi a ela que Deus

enviou um anjo para fazer um anúncio que a deixou perturbada, pois ela não estava entendendo o que

seria tudo aquilo.

Um anjo lhe apareceu e lhe disse: "... Salve, agraciada; o Senhor é contigo; bendita és tu entre as

mulheres" (Lucas 1:28).

Que privilégio! Que alegria, receber um anjo, enviado por Deus em nossa casa!

Maria foi escolhida por Deus apesar de ser jovem, inexperiente, pobre e não ser uma pessoa de destaque

em sua cidade mas ... Deus a escolheu. Talvez poucos a conhecessem mas o Senhor a conhecia. Ele

conhecia o seu coração. Ele sabia que ela O amava, que ela O conhecia e que iria aceitar esta tarefa tão

difícil para uma jovem judia que estava prestes a se casar.

Do mesmo modo que o Senhor conhecia o coração de Maria, Ele conhece o seu coração. Talvez você

queira trabalhar para o Senhor mas você se acha uma pessoa despreparada, medrosa, sem ter muito

estudo apesar de amar de todo o seu coração ao Senhor. Você tem vontade de dizer: "Eis-me aqui,

Senhor!" mas se acha um pouco incapaz.

Amada irmã, quem capacita é o Senhor. Apesar de amá-Lo e de saber que Ele capacita, você também

tem que fazer a sua parte ... lendo muito a Palavra de Deus para não só amá-Lo como também conhecê-

Lo e obedecê-Lo.

Maria não só amava o Senhor mas conhecia a Sua Palavra e possuía uma fé que agradava a Ele.

Amada irmã, procuremos amar a Deus, conhecê-Lo, buscá-Lo desejando de todo o nosso coração ser

usada por Ele.

Quando o anjo apareceu a Maria, ela estava noiva de José. Não sabemos, exatamente, quantos anos ela

tinha mas a idade mínima para as moças se casarem era de 12 anos. Não sabemos quantos anos ela

tinha mas de uma coisa nós sabemos: Maria amava ao Senhor e era uma serva obediente a Ele.

Será que você e eu amamos a Deus como Maria amava?

Será que você e eu somos servas fiéis, sempre prontas a obedecê-Lo? Sempre prontas a dizer sem
nenhuma hesitação: "Eis-me aqui, Senhor, usa-me!"?
A princípio, Maria teve medo quando viu o anjo mas ele, amorosamente, disse: "... Maria não temas ..."

(Lucas 1:30-33).

A Bíblia nos diz que Maria perguntou ao anjo: "... Como se fará isto, visto que não conheço homem?"

(Lucas 1:34).

O anjo acalmou Maria dizendo: "... Descerá sobre ti o Espírito Santo ..." (Lucas 1:35).

Depois de ouvir o anjo que a acalmou, a resposta de Maria a ele ("Eis aqui a serva do Senhor") nos faz

lembrar de quão diferente são, muitas vezes, as nossas respostas ao chamado do Senhor. Quantos

NÃOS nós damos a Deus no nosso dia a dia? Vejamos alguns ...

1- Digo NÃO ao Senhor quando não leio a Sua Palavra porque ... "Hoje não dá! Tenho muita coisa para

fazer!"

2- Digo NÃO ao Senhor quando esqueço de orar porque Ele não está sendo o primeiro na minha vida.

3- Digo NÃO ao Senhor quando acho que sou eu quem deve escolher o rapaz com quem devo me casar,

esquecendo do que me diz a Palavra do Senhor em 2 Coríntios 6:14: "Não vos prendais a um jugo

desigual, com os infiéis ... E que comunhão tem a luz com as trevas?"

4- Digo NÃO ao Senhor quando não vou aos cultos mesmo sabendo que Ele, em Sua Palavra, está me

dizendo: "Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns ..." (Hebreus 10:25).

Maria , apesar de ser jovem, inexperiente e ... noiva, não temeu ficar grávida apesar de ...

1- ter que enfrentar o noivo;

2- ter que enfrentar a família;

3- ter que enfrentar as pessoas da cidade;

4- correr o risco de ser apedrejada.

A resposta que Maria deu ao anjo é a resposta que eu, como uma mulher de Deus, deveria dar quando o

Senhor me chamasse para fazer algo para Ele. Ela disse: "Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em

mim segundo a tua palavra ..." (Lucas 1:38). Ela decidiu obedecer apesar dos problemas que iriam surgir.

Deus escolheu Maria para ela ser a mãe do Seu Filho unigênito e ela, humildemente e corajosamente,
aceitou esta tão difícil mas tão privilegiada missão. Maria repousou no Senhor e creu que Ele iria suprir

todas a suas necessidades e estar com ela em todos os momentos.

Nós, que também amamos o Senhor, olhemos para Maria como um exemplo a ser seguido por nós.

Sejamos como ela ...

1- Uma serva sempre pronta a obedecer ao que Deus nos manda fazer;

2- Uma serva sempre pronta a aceitar aquilo que Deus tem preparado para nós.

Querida irmã, como você costuma reagir às mudanças que surgem em sua vida?

Você é aquela pessoa que diz: "Senhor, seja feita a Tua vontade" ou é aquela que se revolta e não aceita
o que Deus, muitas vezes, deixa acontecer em sua vida?
Como uma mulher de Deus, devo aceitar o que Ele prepara para mim e não devo esquecer que Ele é

Deus e por isso é digno de toda a minha confiança.

Ao saber através do anjo que Isabel, sua prima, estava grávida, ela decidiu ir visitá-la. A Bíblia nos diz

que ao chegar lá e saudando Isabel, a criancinha, que ainda se encontrava no ventre de sua prima, saltou

de alegria e ela "foi cheia do Espírito Santo" (Lucas 1:41b) e disse: "Bendita és tu entre as mulheres, e

bendito o fruto do teu ventre" (Lucas 1:42b).

Amada, vemos aí o encontro entre duas mulheres que amaram a Deus de todo o coração. Vemos aí duas

mulheres cujos corações Deus conhecia. Vemos aí o milagre de Deus em suas vidas...

Isabel - uma mulher que amava ao Senhor, que era estéril mas que, mesmo sendo bem idosa, Deus

decidiu fazer um milagre em sua vida presenteando-a com um filho - João Batista.

Maria - uma mulher que amava ao Senhor, que era noiva, jovem e o Senhor decidiu fazer um milagre em

sua vida: fazê-la conceber por obra do Espírito Santo de Deus e dar à luz a Jesus, sendo ainda virgem.

Vemos, no encontro destas duas mulheres de Deus, uma troca de bênçãos que enriqueceu aquele

momento em que Maria chegou à casa de Isabel. As palavras de Isabel, que estava cheia do Espírito

Santo, alcançaram a alma de Maria que, também cheia do Espírito do nosso Deus, respondeu com um

cântico de júbilo, conhecido como Magnificat, e palavras cheias de adoração.

Neste seu cântico, ela chamou Jesus de Senhor e Salvador. Ela disse: "... A minha alma engrandece ao

Senhor e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador" (Lucas 1:46-47).

Ela, assim com eu e você, estava necessitando de um Salvador para ser salva e ter a vida eterna junto ao

Senhor para todo o sempre.

No seu cântico, ela mostra algumas características do nosso Deus e Senhor. Ela diz que Ele é ...

Santo - "Santo é o seu nome" (Lucas 1:49b);

Poderoso - "Porque me fez grandes coisas o Poderoso" (Lucas 1:49a).

Misericordioso - "E a sua misericórdia é de geração em geração" (Lucas 1:50).

Como Maria conhecia estes atributos de Deus? Com certeza, ela os conhecia porque também conhecia a
Palavra de Deus.

Assim como ela, eu desejo conhecer outros atributos do Senhor mas, para isso, eu tenho que ler,

diariamente, a Sua Palavra. À medida que a leio vou pouco a pouco conhecendo o amor dEle por mim e o

que Ele fez para ter-me eternamente junto a Ele. Ele não é só um Deus santo, poderoso e misericordioso

mas é também um Deus amoroso que não mediu esforços para enviar seu Filho unigênito para morrer no

meu lugar, por meus pecados e me dar a vida eterna junto a Ele para todo o sempre.

Sabemos que o caminho que Maria percorreu até a manjedoura foi árduo mas a mão do Senhor estava

com ela:
1- José pensou em abandoná-la mas o Senhor enviou um anjo que, em um sonho, esclareceu tudo a ele;
2- Quando ela já estava prestes a dar à luz, teve que fazer uma longa viagem por causa de um "decreto

da parte de César Augusto, para que todo o mundo se alistasse" (Lucas 2:1). Mas o Senhor Deus a

fortaleceu para que se completasse os dias em que Jesus deveria nascer;

3- Maria não teve o conforto de estar com sua família, na hora do parto mas Deus a fez ver em José tudo

que ela necessitava;

4- Maria não teve o conforto de estar em sua casa, nem mesmo numa hospedaria, quando Jesus nasceu

mas, certamente, o Senhor transformou aquela estrebaria e aquela manjedoura em tudo que ela

precisava no momento e, com certeza, seu coração estava cheio de júbilo e alegria por poder ter em seus

braços o seu Salvador e o Salvador do mundo.

Querida irmã, o nosso Deus é o Deus que supre as nossas necessidades. É o Deus que nos ama e nos

carrega em Seus braços naquelas horas que nós mais estamos necessitadas, pois Ele "... é o nosso

refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia" (Salmo 46:1). Confiemos nEle!

A Bíblia nos diz que Maria guardava no coração todas as coisas que via e ouvia como se fosse um

tesouro. Ela ouviu e viu ...

1- os pastores que foram até Belém para ver o Salvador, Cristo, o Senhor que tinha sido anunciado a eles

pelo anjo do Senhor;

2- os magos que vieram do Oriente e prostraram-se diante de Jesus e O adoraram;

3- o cântico de Simeão que dizia: "Agora, Senhor, despedes em paz o teu servo, segundo a tua palavra;

Pois já os meus olhos viram a tua salvação ..." (Lucas 2:29-30);

4- Jesus no templo aos doze anos de idade, "assentado no meio dos doutores, ouvindo-os, e

interrogando-os" (Lucas 2:46).

Todas nós gostaríamos de estar no lugar de Maria.

Todas nós gostaríamos de ser a mãe de Jesus.

Todas nós gostaríamos de observar os milagres, os ensinamentos ... que Jesus fazia.

Mas ... nenhuma de nós gostaria de passar as aflições, o sofrimento, as dores e a tristeza que Maria
passou.

Quem gostaria de ver seu filho ser chicoteado, humilhado, cuspido?

Quem gostaria de ver colocarem nele uma coroa de espinhos e cravos em suas mãos?

Nenhuma de nós gostaria de passar por tamanho sofrimento, não é verdade?

Há uma frase de Elizabeth George onde ela diz: "Nem sempre conhecemos o preço do favor de Deus."

"Senhor, obrigada porque aprendemos na Tua Palavra que nada para Ti é impossível. Tu fizeste com que

uma virgem trouxesse ao mundo o nosso Senhor e Salvador Jesus. Tu fizeste com que Isabel, sendo
estéril, tivesse um filho quando já era idosa.
Agora, Pai, Te peço que transformes o meu coração. Que eu Te ame com um amor infinito. Que eu

repouse todo o meu ser em Teus braços e que eu possa ser como Maria, uma serva sempre pronta a

obedecê-Lo.

No nome precioso de Jesus, amém!

A Que Procurou A Sabedoria

Valdenira Nunes de Menezes Silva

"Vendo, pois, a rainha de Sabá toda a sabedoria de Salomão ... ficou fora de si.

E disse ao rei: Era verdade a palavra que ouvi na minha terra, dos teus feitos e da tua sabedoria.

Bem-aventurados os teus homens, bem-aventurados estes teus servos, que estão sempre diante de ti,

que ouvem a tua sabedoria.

Bendito seja o Senhor teu Deus..." (1Re 10:4,5c,8,9).

No século VI a.C., havia uma rainha muito bela e muito rica que reinava na cidade de Sabá. Esta cidade

ficava cerca de dois mil quilômetros da cidade de Jerusalém.

Neste tempo, os meios de comunicação eram muito precários. As notícias, mesmo com todas estas

dificuldades, se espalhavam através de pessoas que andavam a pé ou viajavam em jumento ou camelo.

Lendo o livro de 1 Reis, conhecemos esta mulher que além de bonita e rica era também corajosa e

decidida.

Notícias do rei Salomão, de sua sabedoria e do seu Deus chegavam até ela. Podemos imaginar o que

ela, provavelmente, pensava: "Será verdade que exista um homem tão sábio sobre a face da terra?" e
ainda: "Será que existe um deus tão poderoso que faça tantos milagres nesta terra tão distante?" E as

perguntas tomavam conta de sua mente e ela continuava... "E se tudo isto for verdade? E se, realmente,

este homem existe? E se este deus que tanto falam for verdadeiro?"

Indagações se misturavam em sua cabeça e então ... ela fez uma decisão muito importante que iria

mudar toda a sua vida: ELA IRIA ATÉ ISRAEL PARA VER SE TUDO O QUE ESTAVAM DIZENDO ERA

VERDADE.

A sua viagem até Jerusalém seria muito longa mas ... ela decidiu fazê-la. Reunindo soldados, servos,

animais, presentes e bastante comida, ela partiu de Sabá rumo a Jerusalém, onde ela estaria frente a

frente com o homem mais sábio do mundo, o rei Salomão. Calcula-se que a cada dia, ela viajava com

toda a sua comitiva, cerca de trinta quilômetros. Isto ela fez por setenta e cinco dias.

Observando esta mulher decidida e corajosa que queria conhecer Salomão e, provavelmente, queria

aprender de sua sabedoria, nos lembramos de nós, mulheres que almejam ser decididas, corajosas e
sábias. Mas só existe uma "pequena diferença: para conseguir tudo isto não precisamos viajar

quilômetros e quilômetros, pois temos diante de nós a Palavra de Deus com toda a sabedoria que o
nosso Senhor quer colocar em nossos corações para que nos tornemos mulheres sábias e belas a Seus

olhos. Infelizmente, para muitas de nós, esta sabedoria é inatingível, está longe demais, está difícil e é

difícil de entendê-la. Mas a Palavra de Deus nos diz em Tiago 1:5 que "... se algum de vós tem falta de

sabedoria, peça-a a Deus que a todos dá liberalmente..."

Irmã, assim como a rainha de Sabá, sejamos corajosas e coloquemos em nosso coração o desejo de

aprender do Senhor, crescer em Seus caminhos e nos transformarmos em mulheres cheias de sabedoria.

O grande desejo desta rainha era não apenas conhecer o rei cuja sabedoria foi dada por seu Deus mas

também conhecer o Deus que fez maravilhas na vida dele.

Ela era uma mulher que queria saber a verdade e queria ver com seus próprios olhos tudo que ela ouvira

falar. O próprio Jesus a elogiou ao ver o seu esforço em vir de tão longe para conhecer a sabedoria de

Salomão. Em Mateus 12:42, Ele disse que ela "... veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de

Salomão."

Irmã, não seria bom se o Senhor pudesse dizer de mim e de você ... "Ela vem todos os dias ter momentos

de comunhão coMigo e aprender de Mim para que possa se transformar numa mulher sábia e assim

poder transmitir às outras mulheres o que Eu ensino a ela na Minha Palavra"?

Irmã, sejamos corajosas e fortes com as coisas do Senhor. Assim como a rainha de Sabá, não devemos

medir esforços, nem distância, nem tempo para aprendermos mais sobre Aquele que não mediu esforços

para morrer no meu e no seu lugar para nos dar a vida eterna. Devemos assim como ela, partir em busca

de sabedoria.

Esta mulher merece, realmente, a nossa admiração, pois ela...

1- não se preocupou com o cansaço a fim de que pudesse alcançar seu objetivo;

2- não se preocupou com a distância, embora, provavelmente, tivesse que viajar uns setenta e cinco dias;

3- não se preocupou com quanto iria gastar com os presentes que ela estaria levando para o rei Salomão

- muito ouro, especiarias e pedras preciosas.

O mais importante para ela era conhecer o rei Salomão, ver se, realmente, era como ela tinha ouvido falar

e saber mais sobre o Deus que ele confiava.

Depois de uma longa e cansativa viagem, esta bela e rica rainha que veio ver e ouvir da sabedoria de

Salomão, chegou a Israel com toda a sua comitiva: "com camelos carregados de especiarias, e

muitíssimo ouro, e pedras preciosas" (1Re 10:2b). A Bíblia nos diz que ela "disse-lhe tudo quanto tinha no

seu coração", e ainda que "... Salomão lhe deu resposta a todas as suas perguntas, nada houve que não
lhe pudesse esclarecer" (1Re 10:2c,3).

Quando a rainha viu a sabedoria de Salomão, a casa que ele fizera, a comida que havia na sua mesa, o
modo de agir de seus servos, as suas vestes, os seus copeiros e os holocaustos que ele oferecia na casa

do Senhor, a Bíblia nos diz que ela "ficou fora de si" (1Re 10:5b).

Ah, irmã, muitas de nós têm os corações endurecidos e não mais se maravilham ...

1- quando ouvem a Palavra de Deus;

2- quando lêem a Bíblia;

3- quando cantam hinos de louvor ao Senhor;

4- quando oram.

Muitas de nós não sentem necessidade de sabedoria, pois a nossos olhos já somos suficientemente

sábias.

Muitas de nós não sentem vontade de crescer espiritualmente para se transformarem em mulheres

segundo o coração de Deus.

Como seria bom para nossas almas se alguém pudesse dizer de nós o que ela disse ao rei:

"Bem-aventurados os teus homens, bem-aventurados estes teus servos, que estão sempre diante de ti,

que ouvem a tua sabedoria! Bendito seja o Senhor teu Deus, que teve agrado em ti ..." (1Re 10:9a).

Como seria bom se alguém nos dissesse: "Bem-aventurados são aqueles que te cercam, teu marido, teus

filhos e os que trabalham para ti e que têm a oportunidade de ouvir a tua sabedoria! Bendito seja o

Senhor teu Deus, que teve agrado em ti..."

Ah, irmã, que privilégio ser uma mulher do agrado do Senhor!

Em 1 Reis 10:13 a Bíblia nos diz que... "... o rei Salomão deu à rainha de Sabá tudo o que ela desejou,

tudo quanto pediu, além do que dera por sua generosidade..."

E a rainha de Sabá partiu para a sua terra com seus servos, conhecendo não apenas o homem mais

sábio do mundo - o rei Salomão - mas conhecendo um Deus que lhe deu um coração desejoso de buscar

conhecimento não só das coisas terrenas mas das coisas eternas.

Em Mateus 6:21 a Palavra de Deus nos diz que "onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso

coração."

Então, irmã, que o nosso tesouro esteja repousando nos braços do Senhor e que o nosso coração esteja

almejando, ardentemente, crescer no pleno conhecimento de Deus, pois só assim Ele nos abençoará com

sabedoria.

porque aonde quer que tu fores irei eu, e onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu
povo, o teu Deus é o meu Deus" (Rute 1:16).

A vida de Noemi teve o antes e o depois. Esta mulher forte e corajosa teve que passar "pelo vale da
sombra da morte" mas, confiantemente, segurou nas mãos de Deus naqueles momentos de aflição e
conseguiu, vitoriosa, escalar a montanha íngreme, cheia de caminhos tortuosos...

O Antes
Ela conheceu tempos felizes juntamente com seu esposo Elimeleque e seus dois filhos Malom e Quiliom,
apesar de ter que viver nas terras de Moabe por causa da fome que assolava Belém, sua terra natal. Sim,
Noemi era feliz e, certamente, era agradecida ao Senhor por tê-los colocado em uma terra onde havia
alimento. Mas a Bíblia nos diz que Elimeleque, seu marido, morreu ficando ela com seus dois filhos que
se casaram com "mulheres moabitas; e era o nome de uma Orfa, e o da outra Rute; e ficaram ali quase
dez anos" (Rute 1:4).

Apesar de ter perdido o marido, Noemi tinha paz no coração, pois ela confiava que o Senhor sempre tinha
o melhor para aqueles que O amavam. Mas ela, nem de longe, sabia os planos que o Senhor tinha para a
sua vida. Ela jamais imaginou que o plano perfeito de Deus não estava de acordo com os seus planos,
mas ela sabia, e eu e você sabemos, que "... todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles
que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito" (Romanos 8:28).

O seu nome Noemi, que significava "minha alegria" ou "amável", combinava com estes momentos felizes
pelos quais ela passava. Ela era feliz com seus dois filhos e com as suas duas noras.

O Depois
Agora, o plano do Senhor ia mudar a sua vida. A Bíblia nos revela o que aconteceu. Ela diz que "...
morreram também ambos, Malom e Quiliom, ficando assim a mulher desamparada dos seus dois filhos e
de seu marido" (Rute 1:5).

O quadro que tomou conta da sua vida era trágico. As circunstâncias que a rodeavam eram terríveis.

Quando nos deparamos com situações desta natureza - perda de um filho [por este sofrimento eu já
passei], doença grave, perda do emprego, divórcio... - nos surpreendemos, muitas vezes, agindo do modo
que não agrada a Deus. Se não estivermos em comunhão constante com o Senhor, alimentando,
diariamente, a nossa nova natureza que recebemos quando aceitamos Jesus em nossa vida, certamente,
fazemos perguntas como:
"Será que Deus me ama?"
"Será que Ele está, realmente, vendo o meu sofrimento?"
"Por que aconteceu tudo isto, exatamente, comigo?"

Ah, irmã, o plano de Deus para a nossa vida é perfeito. Os nossos olhos não alcançam o que vem depois
de toda a tragédia que cai sobre nossa vida. Os nossos olhos não alcançam a bonança que o Senhor
prepara para nós, após a tempestade. Na verdade, estes momentos de sofrimento ...
1- nos aproximam do Senhor;
2- fazem com que dependamos mais dEle;
3- nos levam a ler mais a Sua Palavra e a orar;
4- nos encorajam a perseverar na fé;
5- nos aproximam mais de nossos irmãos em Cristo.

Com estas mudanças em nossa vidas, podemos ver que o Senhor está nos ensinando a ...
1- ajudar as pessoas com um conforto que aprendemos através do sofrimento;
2- sermos mais assíduas na leitura da Sua Palavra, pois é aí onde encontramos as ferramentas para o
nosso crescimento espiritual;
3- sermos mais constantes nas orações que o Senhor espera de nós, Seus filhos, a fim de que possamos
colocar no Seu altar nossos agradecimentos, preocupações, necessidades...

A Bíblia nos diz que ela, Noemi, "... saiu do lugar onde estivera, e as suas noras com ela. E, indo elas
caminhando, para voltarem para a terra de Judá, disse Noemi às suas noras: Ide, voltai cada uma à casa
de sua mãe; e o Senhor use convosco de benevolência, como vós usastes com os falecidos e comigo. O
Senhor vos dê que acheis descanso cada uma em casa de seu marido. E, beijando-as ela, levantaram a
sua voz e choraram. E disseram-lhe: Certamente voltaremos contigo a teu povo" (Rute 1:7-10).
Vemos que tanto Orfa como Rute amavam Noemi, porém somente Rute é que, realmente, decidiu segui-
la até aquela terra que ela não conhecia. Rute abriu seu coração, proferindo palavras que, certamente,
agradaram não apenas a Noemi mas, principalmente, a Deus. Ela disse: "... aonde quer que tu fores irei
eu, e onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus; onde
quer que morreres morrerei eu, e ali serei sepultada..." (Rute 1:16-17)

O Senhor, pouco a pouco, traçava o plano perfeito que Ele preparava para a sua serva Noemi. Ele sabia
que seu marido morreria, que seus filhos também morreriam e que ela, já idosa, teria que ter uma pessoa
que a amasse, cuidasse dela e trouxesse alimento para casa. A mão do Senhor estava agindo na sua
vida e na vida de Rute.
Dentre as suas noras, o Senhor escolheu aquela que ...
* decidiu ir com ela aonde ela quisesse ir;
* decidiu pousar com ela aonde ela quisesse pousar;
* decidiu ser parte do seu povo;
* decidiu aceitar o mesmo Deus dela;
* decidiu morrer onde ela morresse;
* decidiu ser sepultada onde ela fosse sepultada.

O Senhor escolheu Rute para segui-la porque Ele viu nela não apenas uma nora que a amava mas uma
nora que tinha um amor maior do que o amor de muitos filhos. Rute foi um presente de Deus na vida de
Noemi.

Irmã, muitas vezes, Deus coloca diante de nós, mulheres que são verdadeiras Rutes. A bondosa
misericórdia do Senhor é derramada em nossas vidas através destas mulheres.
Procuremos também ser como Rute nas vidas das pessoas que precisam de nós. Sejamos um
instrumento usado por Deus para transmitir o Seu amor e misericórdia.

Chegando em Judá com Rute, Noemi, por causa do seu sofrimento, pediu às pessoas que a chamassem
de "Mara" que quer dizer "amarga".
O plano perfeito de Deus foi surgindo. Noemi queria o melhor para Rute e Rute queria o melhor para a
sua sogra.
O tempo da fome foi agora substituído pelo trigo que a própria Rute colhia nos campos de Boaz, o homem
com quem ela se casaria. Noemi se alegrou com este casamento mas ficou muito mais feliz quando pôde
colocar em seus braços já cansados o pequeno Obede, filho de Rute e Boaz. A Bíblia nos diz que "...
Noemi tomou o filho, e o pôs no seu colo, e foi sua ama. E as vizinhas deram um nome, dizendo: A Noemi
nasceu um filho. E deram-lhe o nome de Obede. Este é o pai de Jessé, pai de Davi" (Rute 4:16-17).

Finalmente, chegamos do outro lado do "vale da sombra e da morte". Presenciamos a tempestade que
caiu sobre Noemi mas, agora, vemos as bênçãos derramadas em sua vida.

Devemos sempre ser gratas ao Senhor e confiar nas inúmeras promessas que existem na Sua Palavra.
Vejamos algumas:
"Tu, que me tens feito ver muitos males e angústias, me darás ainda a vida e me tirarás dos abismos da
terra" (Salmo 71:20)
É nestes momentos que sentimos as mãos do Senhor nos amparando e nos levantando.

"E restituir-vos-ei anos que comeu o gafanhoto, a locusta, e o pulgão e a lagarta, o meu grande exército
que enviei contra vós. E comereis abundantemente e vos fartareis, e louvareis o nome do Senhor vosso
Deus, que procedeu para convosco maravilhosamente; e o meu povo nunca mais será envergonhado"
(Joel 2:25-26).

"Ah, Senhor, Tu nunca me deixarás no chão, humilhada e deixando o inimigo de nossas almas sair
vencedor.
Que eu seja sempre como Jó que passou por sofrimentos mas, no fim, saiu vitorioso. Que nada neste
mundo possa me separar do Teu amor, pois aprendi na Tua Palavra que as aflições deste mundo não
podem ser comparadas com a glória que há de ser revelada em nós.
Obrigada, Pai, por ter-me feito com a capacidade de criar relacionamentos que poderão ser bênçãos para
a minha vida.
Obrigada, Senhor, pelas mulheres que colocastes na minha vida e que são amigas sinceras.
Senhor, dá-me sabedoria para saber organizar o meu tempo para poder ter agradáveis momentos de
comunhão com elas.
Que eu possa, Senhor, me tornar uma amiga sincera, leal e amorosa.
Que eu seja a amiga que sabe ouvir, encorajar, perdoar e mostrar amor.
No nome do nosso Senhor e Salvador,

Raquel - A amada de Jacó


Valdenira Nunes de Menezes Silva

"Vendo Raquel que não dava filhos a Jacó, teve inveja de sua irmã, e disse a Jacó: Dá-me filhos, se não
morro. Então se acendeu a ira de Jacó contra Raquel, e disse: Estou eu no lugar de Deus, que te impediu
o fruto de teu ventre?" (Gênesis 30:1-2)

Raquel, filha de Labão, irmã de Lia, era a amada de Jacó. Mas, apesar de Jacó amá-la tanto, não foi com
ela que ele se casou, primeiramente.
Labão, pai de Raquel e Lia e tio de Jacó, foi injusto com sua filha mais nova, Raquel, dando a sua irmã
mais velha a Jacó como esposa. Este foi um ato de traição que deixou Jacó e Raquel atônitos e
revoltados, pois o interesseiro Labão havia exigido dele servi-lo por sete anos para poder se casar com
sua filha mais nova. Jacó não mediu esforços e concordou com seu futuro sogro a fim de obter a mão
dela, pois a amava no mais profundo do seu coração.

Quando eu fazia o segundo grau, um professor de Português me deu uma poesia que me deixou muito
interessada, pois ela falava do amor de um homem por uma camponesa. Esta poesia falava do amor de
Jacó por Raquel. Ela dizia mais ou menos assim:
"Sete anos de pastor Jacó servia.
Labão, pai de Raquel, serrana bela,
E não servia ao pai servia a ela,
E a ela só por prêmio pretendia..."
Nesta época eu era adolescente e achei lindo o amor dele por ela. Realmente, ele a amava muito mas foi
enganado.

Labão, que só visava lucros em sua vida, disse a Jacó que se ele trabalhasse mais sete anos, ele daria a
mão de sua filha mais nova. Apesar da traição, ele concordou por causa do seu grande amor por ela.
Depois destes sete árduos anos (na realidade foram quatorze), finalmente, ele conseguiu ter o amor de
sua vida em seus braços. Cada gesto seu mostrava a todos, inclusive para sua mulher Lia, que Raquel
era a que ele, realmente, amava. Apesar de já ter filhos com Lia, ele só tinha olhos para a sua amada
Raquel que recuperara a bênção que havia sido roubada dela, sete anos atrás.

Mas o amor de Jacó não foi suficiente para Raquel. Ela era estéril e era infeliz. Enquanto sua irmã Lia
dava muitos filhos a Jacó, ela não podia ter filhos. O seu desespero se tornou tão intenso que ela chegou
junto a Jacó e disse: "Dá-me filhos, se não morro. Então se acendeu a ira de Jacó contra Raquel e disse:
Estou eu no lugar de Deus, que te impediu o fruto do teu ventre?" (Gênesis 30:1b-2).
Assim como Sara que deu sua serva Agar para ter um filho com Abraão, Raquel não esperou no Senhor e
deu sua serva Bila a Jacó. Ele, então, teve dela dois filhos - Dã e Naftali.

Muitas vezes, nós fazemos como Raquel e Sara. Não esperamos o tempo do Senhor e procuramos
resolver nossos problemas com nossa "sabedoria". Achamos que não precisamos do Senhor e, quando
tudo dá errado, é que nos lembramos que temos um Deus que tem um plano perfeito para a nossa vida.
Não sejamos, irmãs, impetuosas mas tenhamos um espírito que descansa no Senhor e que entrega todas
as coisas em Suas mãos.

Mas, apesar da impaciência de Raquel, a Bíblia nos diz: "E lembrou-se Deus de Raquel; e Deus a ouviu,
e abriu a sua madre" (Gênesis 30:22).

Raquel, finalmente, pôde dar um filho a Jacó que, no futuro, seria uma bênção para toda a sua família. O
seu nome era José.
Vendo este quadro da vida de Raquel, podemos ver quão grande é o amor de Deus por nós. Apesar da
nossa desobediência, da nossa infidelidade, Deus é fiel, nos ama e dá a Sua graça. E, podemos ver, que
Ele nos ama, não porque somos bons mas porque Ele é bom e fiel.
Irmãs, não é bom sermos filhas deste Deus maravilhoso?

Raquel teve uma vida de espera. Ela esperou:


1- Quatorze anos para se casar com o homem da sua vida;
2- Muitos anos, até Deus, no Seu tempo, abrir a sua madre.

Talvez estes momentos de tribulação da sua vida fizeram-na se achegar mais ao Senhor. Por causa do
sofrimento, podemos olhar para a sua vida e aprender com ela duas coisas que devem fazer parte da vida
da mulher crente que deseja ser segundo o coração de Deus:
1- Ela teve uma vida de oração que deve ser seguida por cada uma de nós. A oração nos leva até o trono
de Deus, onde podemos derramar nossas preocupações, problemas e amarguras que são transformados
em uma canção de júbilo e louvor ao Senhor.
A oração nos faz depender do Senhor e nos transforma em mulheres humildes e carentes do Senhor.
2- Ela teve uma vida de fé que deve ser seguida por cada uma de nós.
Colocar no seu primeiro filho o nome de José que significa 'Deus acrescentará' é, realmente, um ato de fé,
uma vez que ela tinha dificuldade de engravidar.

A Bíblia nos diz em Hebreus 11:1 o seguinte: "Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam,
e a prova das coisas que se não vêem."

E você, minha irmã, está tendo aqueles momentos de comunhão com o Senhor através da oração?
A sua fé é a mesma daqueles homens e mulheres de Deus que fazem parte da galeria da fé?
Será que Deus está lá no céu acrescentando o seu nome nesta galeria dos heróis da fé?

"Senhor, aumenta a minha fé! Fazei com que eu confie que estás sempre no controle de toda a minha
vida. Não importa o que possa acontecer, pois sei que tens um plano maravilhoso para a minha vida.
Que em momento algum da minha vida, eu Te decepcione mas que eu, um dia, atinja a posição de
mulher segundo o Teu coração. Amém!"

Raquel, mulher de oração, de fé, teve o seu pedido de ter mais um filho respondido pelo Senhor. Este seu
pedido custou a sua vida, pois ao dar à luz o seu segundo filho, ela teve dificuldade. Ele morreu
chamando seu filho de Benoni mas Jacó o chamou de Benjamim.

Irmãs, amemos ao Senhor que cuida tanto de nós e sempre nos dá o melhor.
Confiemos que Ele nunca nos abandonará e jamais nos esquecerá.
Assim como Ele cuidou de Raquel dando-lhe dois filhos, Ele também cuidará de nós que também somos
suas filhas.

Raquel
Mara Bueno Consani

(Seu nome significa “ovelha”)

Seu caráter:
Manipulada pelo pai, tinha pouco controle sobre as circunstâncias e os relacionamentos de sua vida. Em
vez de lidar criativamente com as situações difíceis, comportou-se como uma vítima, reagindo ao pecado
com mais pecado, piorando as coisas ao competir com a irmã e enganar o pai.

Seu sofrimento:
Seu desejo de ter filhos levou-a à morte no parto.

Sua alegria:
O marido a amava e fazia todo o possível para torná-la feliz.

Textos-chave:
Gênesis 29 a 35 / Jeremias 31.15 / Mateus 2.18

SUA HISTÓRIA
Seria melhor ser amada e não ter filhos ou não ser amada e ter uma casa cheia de crianças? A pergunta
atingiu Raquel como um vento forte fazendo bater sempre a mesma porta.
Lia acabara de dar à luz seu quarto filho, Judá. Em sua alegria, gritara:
- Esta vez louvarei o Senhor (Gn 29.35)
O nome de seu primogênito, Rúben, significava “veja, um filho”; Simeão, “aquele que ouve” e Levi
“apegado”, como se Jacó pudesse, um dia, apegar-se àquela tão pouco atraente esposa! Raquel estava
farta daquele hábito da irmã de chamar os filhos de modo a enfatizar a esterilidade dela.
Lia havia armado uma cilada para Jacó mediante a traição do pai, mas Raquel ganhara o amor dele
desde o primeiro encontro junto ao poço, fora de Harã. Cada gesto dele comunicava que ela era sua
favorita. Todavia, isso não a fazia conceber filhos, assim como o desejo de enriquecer não é capaz de
gerar riquezas. Raquel deveria ter sido a primeira, a única esposa de Jacó, assim como a tia Rebeca era
a única esposa do tio Isaque.
O pai de Raquel, Labão, prometera a filha ao sobrinho, Jacó, desde que ele trabalhasse sete anos em
sua propriedade. Sete anos era um prazo longo para esperar um marido. Todavia, Jacó considerara essa
uma boa troca e Raquel o amou ainda mais por isso.
Quando se aproximou o dia do casamento, Labão inventou um estratagema para conseguir mais sete
anos de trabalho por parte de Jacó. O dia feliz de Raquel se desfez em pedaços no momento em que o
pai mandou que a irmã mais velha, Lia, se disfarçasse colocando as roupas nupciais de Raquel.
Quando escureceu, ele levou Lia, com um véu no rosto, até a tenda de Jacó, e os dois dormiram juntos
como marido e mulher. Quando a luz da madrugada invadiu suavemente a tenda, Jacó virou-se para
Raquel, mas só encontrou Lia a seu lado. A traição de Labão o atingiu em cheio. Apesar do engano, das
recriminações e das lágrimas, o casamento não podia ser desfeito.
Raquel, porém, sentiu-se arruinada, com sua benção roubada. O plano distorcido de Labão continuava,
no entanto, a pleno vapor. Ele fez outro negócio entregando Raquel a Jacó, na semana seguinte, em
troca de mais sete anos de trabalho. As duas irmãs viviam, agora, constrangidas, morando juntas e os
filhos de Lia constituíam uma lembrança dolorosa de que Raquel, a segunda esposa, continuava estéril.
- Dá-me filhos, senão morrerei – ela gritou a Jacó certo dia, como se ele pudesse tomar o lugar de Deus e
fazê-la conceber. Raquel deu, então, ao marido sua criada Bila, que engravidou e teve dois filhos.
Quando Naftali, o segundo filho, nasceu Raquel proclamou para quem quisesse ouvir:
- Com grandes lutas tenho competido com minha irmã e logrei prevalecer. – Mas a batalha entre Raquel e
Lia estava longe de terminar.
A amargura de Raquel foi novamente aliviada quando ela deu à luz um filho, a quem chamou José, que
significa “possa ele acrescentar” – uma oração profética de que Deus acrescentaria ainda outro filho à sua
linhagem.
Certo dia, Deus disse a Jacó que voltasse à terra de Isaque, seu pai. Mais de vinte anos antes, Jacó
havia tirado a benção de Esaú e fugido da ira assassina do irmão. Teria recebidos, naqueles longos anos,
em dobro pelo que havia feito? A traição de Labão e a luta entre Raquel e Lia o faziam lembrar dos
conflitos com o irmão? Deus e Esaú dariam o caso por encerrado? Só o Senhor seria capaz de protegê-lo
nessa briga com o irmão.
Enquanto Jacó reunia rebanhos, servos e filhos preparando-se par partir, Raquel roubou os deuses do lar
do pai, pequenos ídolos que se julgava assegurariam a prosperidade. Depois de dez dias na estrada,
Labão foi encontrá-los nas terras montanhosas de Gileade acusando o genro de roubo. Sem saber o que
Raquel fizera, Jacó convidou Labão a revistar o acampamento, prometendo matar quem quer que fosse
descoberto com os ídolos.
Tendo aprendido com o pai algumas trapaças, Raquel colocou os ídolos numa sela e sentou-se sobre ela.
Quando Labão entrou na tenda, ela o cumprimentou com astúcia feminina dizendo:
- Não te agastes, meu senhor, por não poder eu levantar-me na tua presença; pois me acho com a regra
das mulheres (Gn 31.35).
O artifício dela deu certo, da mesma forma que o de Jacó ao enganar o pai muito tempo antes e Labão
finalmente desistiu da busca. Mais tarde, Jacó mandou retirar todos os velhos ídolos de sua casa.
Enquanto atravessavam o deserto, Jacó encontrou-se com o irmão, Esaú, e os dois se reconciliaram. Mas
a tragédia em breve se abateria sobre a família, quando Raquel teve dificuldade em dar à luz um segundo
filho, resposta de suas muitas orações. Ironicamente, a mulher que dissera certa vez que morreria se não
tivesse filhos, agora estava à beira da morte por causa de um filho. As últimas palavras de Raquel foram:
- Ele é Benoni, o filho do meu sofrimento.
Essas palavras mostram a angústia pela qual passou no nascimento desse filho.
Jacó, porém, colheu a criança nos braços e, com a ternura de um pai, chamou-o de Benjamim: “o filho da
minha mão direita”.
Como o marido, a formosa Raquel tanto foi autora de planos astuciosos como vítima deles. Enganada
pelo pai, encarava os filhos como armas no conflito com a irmã. Como acontece freqüentemente, as
lições da traição e da competição foram passadas de geração para geração. O filho de Raquel, José,
sofreria muito por causa disso, sendo vendido como escravos pelos meios-irmãos, os filhos de Lia.
Todavia, Deus permanece fiel. Mediante uma série de circunstâncias, o José de Raquel governaria um
dia o Egito, providenciando refúgio para o pai e os irmãos em meio a um período de fome. Passo a passo,
mediante situações impossíveis de prever, o plano de Deus desenrolava-se, a fim de acabar com as
divisões, de fazer cessar as lutas e de restaurar a esperança. Usando pessoas com diversos motivos e
desejos confusos, Ele revelava sua graça e misericórdia, nunca esquecendo a promessa que fizera.

SUA VIDA E SUA ÉPOCA


Ciclos Menstruais
“Então, disse ela (Raquel) a seu pai: Não te agastes, meu senhor, por não poder eu levantar-me na tua
presença; pois me acho com a regra das mulheres. Ele procurou, contudo não achou os ídolos do lar.”
(Gn 31.35).
As palavras de Raquel, aqui, são a única menção, nas escrituras, de um ciclo menstrual típico, além da
descrição das leis cerimoniais relativas à menstruação encontradas em Levítico e novamente citadas em
Ezequiel.
Raquel sabia, sem sombra de dúvida, que sua manobra deteria com sucesso o pai. Ao afirmar que estava
menstruada, ela não só guardou os ídolos falsos que roubara, como também sua própria vida, pois Jacó
prometera matar quem quer que tivesse roubado os ídolos de Labão.
Durante o período menstrual da mulher hebréia, ela era considerada “imunda”. As leis eram, porém, mais
rigorosas do que justas para resolver esta questão. Os que tocavam uma mulher nesses dias, mesmo por
acaso, tornavam-se imundos até a noite. O lugar onde a mulher dormia ou se sentava era também
imundo. Quem quer que tocasse em suas roupas de cama ou em seu assento era considerado imundo
até lavar as roupas, banhar-se e esperar até a noite.
A mulher era tida como imunda durante sete dias, prazo normal do período dela. Depois disso, era
costume que se banhasse, a fim de ficar limpa. Esse era, provavelmente, o banho que Bate-Seba tomava
quando o rei Davi a viu (II Sm 11.2-4). Como ela acabara de ter o seu período, Davi pode ter certeza de
que o filho de Bate-Seba era seu quando lhe contou que estava grávida.
O fluxo natural do período menstrual da mulher não exigia oferta de sacrifícios para que fosse purificada;
devia simplesmente tomar banho e esperar durante um prazo prescrito. Um fluxo mais longo, menos
natural, geralmente causado por uma doença ou uma infecção, exigia um sacrifício, a fim de que a mulher
ficasse purificada. Nenhum dos dois implicava falha moral por parte da mulher, mas uma vez que o
sangue era considerado fonte da vida, tudo o que se referia a ele tornava-se parte importante da lei
cerimonial.
Muitas mulheres consideram seu período mensal, um desconforto e irritabilidade que geralmente o
acompanham uma provação mensal – algo que elas têm de suportar e do que os homens, criaturas de
sorte, são poupados.
Todavia, é só mediante essa função particular de seu corpo que a mulher pode reproduzir e conceber um
filho. Embora algumas vezes aborrecido, outras vezes doloroso, só por meio desse processo é que a
mulher tem a oportunidade, que não foi dada a homem algum, de gerar uma nova vida. E, ao fazer isso,
fica ligada, de maneira exclusiva, ao Criador de toda a vida.

SEU LEGADO NAS ESCRITURAS

Leia Gênesis 29.30


32. Como você acha que a maioria das mulheres reagiria à situação no lugar de Raquel? Com amor e
preocupação pela irmã não amada? Ou com espírito de superioridade e orgulho?

Leia Gênesis 30.1


33. A agonia expressa pelas palavras de Raquel, aqui, é aquela experimentada pro muitas mulheres ao
longo dos séculos. Como o relacionamento íntimo de Raquel e Lia aumentou seu sofrimento? Existiria
algum médio de o relacionamento delas ter aliviado a dor que sentiam.
Leia Gênesis 29.30-31 e 30.1
34. Cada uma das irmãs tinha algo que a outra queria. O que Raquel tinha que Lia desejava. O que Lia
tinha que Raquel desejava?
35. O descontentamento é algo insidioso, enganando-nos para pensar que aquilo que nos basta já não é
mais suficiente. Você se sente, às vezes, descontente por não ter tudo o que gostaria? O que é preciso
fazer para resistir a tais sentimentos?

Leia Gênesis 31.19; 30-34


36. Por que Raquel tinha esses ídolos? Por que você acha que ela os escondeu do pai?
37. Você já esteve numa situação que a levou a mentir ou a enganar a fim de proteger a si mesma ou a
outra pessoa? Descreva. O que você poderia/deveria ter feito diferente?

Leia Gênesis 35.16-20


38. Em vista do fato de estarem no meio da viagem, descreva como imagina a situação em que Raquel se
encontrava ao dar à luz.
39. Um dos paradoxos da vida revelado aqui na trágica história da morte de Raquel é que aquilo que mais
desejamos só conseguimos obter desistindo de outra coisa igualmente importante para nós. Você
consegue lembrar de uma ocasião em sua vida na qual receber algo que desejava exigiu renunciar a
outra coisa?
40. Jacó deu um novo nome a seu filho Benjamim, que significa “filho da minha mão direita”. O que esse
novo nome revela sobre a esperança de Jacó para o futuro?

SUA PROMESSA

Gênesis 30.22 diz: “Lembrou-se Deus de Raquel, ouviu-a e a fez fecunda”. Deus lembrou-se de Raquel,
mas nunca havia, na verdade, se esquecido dela. Quando a Bíblia usa a palavra lembrar, isso não
significa que Deus de esquece e depois recorde subitamente. Como se Deus onisciente e Todo-poderoso
do universo batesse de repente na testa com a mão e dissesse: “Xiii! Esqueci de Raquel! É melhor fazer
alguma coisa depressa!”
Não. Quando a Bíblia diz que Deus lembrou-se de algo, expressa o amor e a compaixão de Deus por seu
povo. Lembra-nos da promessa feita por Ele de nunca nos abandonar nem nos deixar sem apoio ou
alívio. Ele nunca nos abandonará. Jamais nos esquecerá. Sempre se lembrará de nós.

Promessas nas Escrituras

Lembrou-se, Deus de Raquel, ouviu-a e a fez fecunda. (Gn 30.22)

Lembra-te, Senhor, das tuas misericórdias e das tuas bondades, que são desde a eternidade (Sl 25.6)

Tu, Senhor, o sabes; lembra-te de mim, ampara-me. (Jr 15.15)

[...] o Poderoso me fez grandes coisas. Santo é o seu nome. (Lc 1.49)

SEU LEGADO DE ORAÇÃO


Rebeca - Trabalhadora, Generosa E Usada Por Deus Para Realizar Seus Propósitos
Valdenira Nunes de Menezes Silva

"E disse: Ó Senhor, Deus de meu senhor Abraão, dá-me hoje bom encontro, e faze beneficência ao meu
senhor Abraão! Eis que eu estou em pé junto à fonte de água e as filhas dos homens desta cidade saem
para tirar água; Seja, pois, que a donzela, a quem eu disser: Abaixa agora o seu cântaro para que eu
beba; e ela disser: Bebe, e também darei de beber aos teus camelos; esta seja a quem designaste ao teu
servo Isaque, e que eu conheça nisso que usaste de benevolência com meu senhor" (Gênesis 24:12-14).

Esta foi a oração do servo de Abraão, Eliezer, quando já se encontrava nos arredores da cidade de Naor.
Esta era uma oração de quem estava necessitando da ajuda de Deus. Era uma oração onde ele não
pedia que o Senhor mostrasse a ele uma mulher perfeita, bonita mas uma mulher que fosse piedosa e
que Ele (Deus) estivesse preparando para Isaque, filho do seu senhor Abraão.
Esta é a oração que deveríamos fazer em favor de nossos filhos. Que o Senhor coloque na vida deles
pessoas crentes, piedosas, bondosas, compassivas, fiéis e de beleza interior sem igual. Que os atributos
de uma mulher ou de um homem de Deus, encontrados em 1 Pedro 3:3-4, façam parte da vida daqueles
que almejamos para nossos filhos... "O enfeite delas não seja o exterior, no frisado dos cabelos, no uso
de jóias de ouro, na compostura dos vestidos; Mas o homem encoberto no coração; no incorruptível traje
de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus."
Ah, irmã, é este tipo de mulher que queremos para nossos filhos!

O Senhor ouviu a oração de Eliezer e encaminhou Rebeca para junto dele. Ele viu que o Senhor
respondeu a sua oração quando...
1- Ele viu Rebeca "... com seu cântaro sobre o seu ombro" (Gênesis 24:15) vindo em direção ao poço
para apanhar água. Certamente, ele percebeu que ela era uma jovem trabalhadodra e que não media
esforços para abastecer a sua casa da água que todos precisavam.

Você é o tipo de mulher que arregaça as mangas e pega no pesado? Ou você acha que este tipo de
trabalho não é para você?
Sabe de uma coisa, irmã? Deus elogia a mulher que "cinge os seus lombos de força e fortalece os seus
braços" (Provérbios 31:17) e Ele ainda diz que "a força e a honra são seu vestido..." (Provérbios 31:25).
Rebeca era trabalhadora e, portanto admirada por Deus.
Eliezer percebeu esta qualidade nela quando...

2- Ele pediu água a Rebeca "e ela disse: Bebe, meu Senhor" (Gênesis 24:18). E vendo ela os dez
camelos que estavam com ele, ainda disse: "Tirarei também água para os teus camelos até que acabem
de beber" (Gênesis 24:19).
Certamente, naquele momento, o servo de Abraão percebeu uma outra qualidade desta bela mulher de
Deus... ela gostava de servir, era bondosa e tinha um coração cheio de amor pelo próximo.
Que atributos perfeitos para uma mulher que deseja ser admirada pelo Senhor! Se eu quero ser admirada
pelo Senhor, tenho que começar "agora" a seguir os mesmos passos de Rebeca, tenho que ser uma
mulher sensível às necessidades do meu próximo e procurar fazer tudo além do que é preciso.

3- Ele, então perguntou a ela: "De quem és filha?" (Provérbios 24:23) e ela respondeu: "Eu sou a filha de
Betuel, filho de Milca, o qual ela deu a Naor" (Sara, mãe de Isaque, era tia-avó de Rebeca).
Tudo estava acontecendo dentro do plano perfeito de Deus para as vidas de Rebeca e Isaque.

Amada irmã, quando estamos caminhando com Deus lado a lado, quando estamos tendo comunhão
diária com Ele, lendo a Sua Palavra, orando e, principalmente, seguindo os ensinamentos da Bíblia, então
o Seu plano para a nossa vida se realiza e sentimos que Ele está no controle de tudo, nos abençoando.

4- Ele disse: "... Há também em casa de teu pai lugar para nós pousarmos?" E ela, amorosamente e com
um espírito hospitaleiro (ele, certamente, percebeu este outro atributo que ela possuía) disse: "Também
temos palha e muito pasto, e lugar para passar a noite" (Gênesis 24:25).

E a Bíblia nos diz que depois de tudo isto, ele "... inclinou-se... e adorou ao Senhor" (Gênesis 24:26).

"Um lar cristão é o mais belo retrato terreno do céu e um refúgio para a nossa sociedade cansada e
estressada" (Elizabeth George).

Quantas mulheres hospitaleiras o Senhor nos apresenta na Sua Palavra! Dentre tantas que abriram suas
portas para acolher homens de Deus destacamos...

1- Rebeca - amorosa e trabalhadora, hospedou em sua casa Eliezer, servo de Abraão.


2- Sunamita - generosa e piedosa, hospedou em sua casa Eliseu, um profeta de Deus.
3- A viúva de Sarepta - cheia de fé e muito hospitaleira, hospedou em sua casa Elias, um profeta de
Deus.
4- Marta - trabalhadora, ativa e determinada, hospedou em sua casa Jesus e Seus discípulos.
5- Maria - cheia de fé e piedosa, hospedou em sua casa Jesus e Seus discípulos.
6- Lídia - batalhadora, evangelista, hospedou em sua casa o apostolo Paulo.

Que nós, como mulheres de Deus, possamos seguir os passos da hospitalidade que estas mulheres
seguiram. Sejamos hospitaleiras!
Quantos homens ou mulheres de Deus você já hospedou em sua casa? Irmã, não espere que apareça
um dinheirinho extra para você comprar toalhas novas, lençóis novos, mudar o conjunto da sala de
visita... para você convidar alguém para a sua casa. Lembra da viúva que só tinha um pouco de azeite e
um pouco de farinha para fazer o último bolo para ela e seu filho? E, mesmo assim, ela não se incomodou
de ter em sua casa o profeta de Deus dando a ele aquela última porção de comida. Assim como Deus a
abençoou, fazendo com que o azeite e a farinha se multiplicassem, Ele também a abençoará quando
você tiver este mesmo espírito de hospitalidade.

Pela fé, Rebeca viajou 800 km com o servo de Abraão para se encontrar com Isaque, aquele que ela
nunca vira mas que iria ser tornar o seu esposo. Ela não o conhecia mas sabia que o Senhor o preparara
para ela.
Podemos imaginar o momento do encontro. Aqueles doces momentos do primeiro encontro com aquela
pessoa especial que iria ser seu marido. Era um presente que o Senhor estava dando a ela. Ela estava
feliz! A Bíblia nos diz que "... Isaque trouxe-a para a tenda de sua mãe Sara, e tomou a Rebeca, e foi-lhe
por mulher..." (Gênesis 24:67).

Assim como Rebeca que deixou a sua família para unir-se a Isaque, nós também devemos deixar nossa
família e acompanhar nosso marido para onde quer que ele vá. Lembremos que, depois de Deus, a
pessoa mais importante da nossa vida é nosso marido. Devemos continuar amando nossos pais,
cuidando deles mas nunca devemos colocá-los (como prioridade) na frente do nosso esposo.

Apesar de Rebeca ser feliz no casamento e ser uma verdadeira mulher de Deus, ela teve que enfrentar
momentos difíceis em sua vida mas venceu a todos por causa da sua fé. Vários foram estes momentos
mas destaquemos alguns...

1- Ter que se separar das pessoas que amava quando partiu para Canaâ, foi muito difícil para ela.
Ela partiu para esta terra distante sabendo que nunca mais veria nem seus pais nem seus irmãos mas,
pela fé, ela conseguiu superar estes momentos.

2- Rebeca sabia que o que existia de pior em um casamento era o período de adaptação. Também pela
fé, ela conseguiu se adaptar à vida de casada e era muito feliz.

3- Ela teve que passar vinte longos anos sem ter filhos. Ela era estéril e isto a deixava preocupada e
angustiada. Mas ela decidiu levar as suas preocupações até o altar do Senhor e Ele ouviu a sua oração e,
pela fé, ela ganhou do Senhor dois filhos gêmeos - Esaú e Jacó.

Apesar de tantos momentos de tribulação, Rebeca sabia que o Senhor a amava e queria que ela fizesse
parte do Seu povo e de Suas promessas.
Ela confiou no Senhor e sabia que Ele estava com ela nos bons e maus momentos de sua vida.
Rebeca foi uma mulher trabalhadora, generosa e usada por Deus para realizar Seus propósitos.
Rebeca
Mara Bueno Consani

(Seu nome provavelmente significa “laço” ou “elo”)

Seu caráter:
Trabalhadora e generosa, sua fé era tão grande que deixou a sua casa pra sempre, a fim de casar-se
com um homem que nunca vira. Todavia, favoreceu um filho e deixou de confiar plenamente em Deus
quanto à promessa feita por ele.

Seu sofrimento:
Ficou estéril durante os primeiros vinte anos de sua vida de casas e nunca mais viu o filho favorito, Jacó,
depois que ele precisou partir fugindo do irmão Esaú.

Sua alegria:
Deus realizou coisas tremendas a fim de convidá-la a participar de seu povo e de suas promessas.

Textos-chave:
Gênesis 24; 25.19-34; 26.1; 28.1-9

SUA HISTÓRIA
O sol estava desaparecendo no horizonte, quando a jovem aproximou-se do poço que fiava fora da
cidade de Naor, mais ou menos 800 quilômetros a noroeste de Canaã. Cabia às mulheres ir buscar água
fresca todas as tardes, e Rebeca colocou o balde cheio no ombro, grata pela refrescante sensação do
recipiente frio ao tocar sua pele.
Quando já se preparava para ir embora, um estranho aproximou-se pedindo de beber. Atenciosamente,
ela se ofereceu para puxar água do poço também para os camelos dele. Rebeca notou o olhar surpreso e
alegre do homem. Bem, dez camelos iriam consumir bastante água, mas se ela tivesse ouvido a oração
que ele havia sussurrado momentos antes, seu espanto teria sido maior que o dele: “E disse consigo: Ó
Senhor, Deus de meu senhor Abraão, rogo-te que me acudas hoje e uses de bondade para com o meu
senhor Abraão! Eis que estou ao pé da fonte de água, e as filhas dos homens desta cidade saem para
tirar água; dá-me, pois, que a moça a quem eu disser: inclina o cântaro para que eu beba; e ela me
responder: Bebe, e darei ainda de beber aos teus camelos, seja a que designaste par teu servo Isaque”
(Gn 24.12-14).
Um gesto simples. Uma resposta generosa. O futuro de uma jovem mudado num instante. O homem que
Rebeca encontrou junto ao poço, servo de Abraão, fora encarregado de uma missão sagrada – encontrar
uma esposa para Isaque entre o povo de Abraão e não entre os vizinhos cananeus. Como sua tia-avô,
Sara, antes dela, Rebeca faria a viagem para o sul, a fim de aceitar um futuro que mal era capaz de
vislumbrar. Noiva de um homem com o dobro de sua idade, cujo nome significava “riso”, sentiu-se
subitamente atordoada. O Deus de Abraão e de Sara estava tentando persuadi-la, chamando seu nome e
não o de outra, convidando-a a compartilhar da promessa. Deus estava forjando uma nova nação para
ser seu povo exclusivo.
Isaque tinha 40 anos quanto viu Rebeca pela primeira vez. Seu coração talvez tivesse sentido uma
alegria parecida com a do primeiro homem:
- Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne !
Isaque e Rebeca entraram, então, na tenda de Sara, mãe dele, e ele a tomou por mulher. A Bíblia diz que
ela consolou Isaque depois da morte de Sara, sua mãe.
Rebeca era formosa e forte como Sara, todavia não teve filhos durante os primeiros vinte anos de sua
vida com Isaque. Será que sofreria como Sara a maldição da esterilidade? Isaque orou, e Deus ouviu,
dando a ela não um, mas dois filhos, que lutavam em seu ventre. Deus lhe disse, então:
- Duas nações há no teu ventre, dois povos, nascidos de ti, se dividirão; um povo será mais forte que o
outro, e o mais velho servirá ao mais moço (Gn 25.23).
Durante o parto, os dedos de Jacó agarraram o calcanhar do irmão, Esaú, como se ele tentasse nascer
primeiro. Embora tenha sido o segundo a nascer, Jacó tornou-se o primeiro no afeto da mãe. Isaque,
porém, amava mais a Esaú.
Anos mais tarde, quando Isaque envelheceu e ficou quase cego, chamou seu primogênito, Esaú, e disse:
- Faze-me uma comida saborosa, como eu aprecio, e trazê-ma, para que eu coma e te abençoe antes
que eu morra (Gn 27.4).
Rebeca, muito esperta, ouviu tudo e chamou rapidamente Jacó, sugerindo um plano par evitar que a
benção fosse dada ao irmão dele. Disfarçado como Esaú, Jacó apresentou-se ao pai para receber a tão
esperada benção.
Assim, Isaque acabou abençoando Jacó pensando que era Esaú:
- Sirvam-te povos, e nações te reverenciem; sê senhor de teus irmãos, e os filhos de tua mãe se
encurvem a ti; maldito seja o que te amaldiçoar, e abençoado o que te abençoar (Gn 27.29).
O patriarca estendera a mão e dera a melhor benção ao filho mais novo, evocando palavras ditas sobre
os dois filhos quando ainda lutavam no ventre de Rebeca. Depois de entregue, a benção não poderia ser
retirada, apesar do engano, apesar das lágrimas de Esaú e apesar de seu juramento de matar Jacó.
Com medo da vingança de Esaú, Rebeca convenceu Isaque a enviar Jacó a Harã, para que ali
encontrasse uma esposa entre as filhas de seu irmão, Labão. Ela mandaria buscar Jacó assim que a fúria
do irmão se acalmasse.
Com o passar dos anos, Rebeca deve ter sentido muita saudade de Jacó, rogando para ter oportunidade
de abraçá-lo novamente, pelo privilégio de envolver os filhos dele nos seus braços. Porém, mais de vinte
anos se passaram antes que Jacó voltasse. Embora Isaque vivesse ara dar as boas-vindas ao filho,
Rebeca não sobreviveu.
Quando Rebeca ainda era bem jovem, Deus a convidara para desempenhar um papel vital na história de
seu povo. Ele fez tudo o que era necessário para alcançá-la. Como Sara, Rebeca se tornaria matriarca do
povo de Deus e, também como Sara, seu coração se dividiria entre fé e dúvida pro acreditar que a
promessa de Deus requeria sua intervenção para cumprir-se. Achando difícil apenas descansar no que
Deus lhe prometera, recorreu a subterfúgios para obter o que desejava.
Os resultados, refletindo o estado de seu coração, foram uma grande confusão. Jacó tornou-se, de fato,
herdeiro da promessa, mas foi afastado de casa e da mãe, que tanto o amava. Além disso, os seus
descendentes ficariam para sempre em conflito com os descendentes de Esaú, os edomitas. Dois mil
anos depois, Herodes, o Grande, um homem poderoso nascido na Iduméia (nome grego e romano para
Edom) mataria crianças inocentes numa tentativa de destruir o menino Jesus.
Deus, porém, continuava usando a vida daquela mulher, que, mesmo longe de ser perfeita, realizaria
seus propósitos.

SUA VIDA E SUA ÉPOCA


Jóias
Então, lhe pus o pendente no nariz e as pulseiras nas mãos [...] e tirou jóias de ouro e de prata e vestidos
e os deu a Rebeca. (Gn 24.47,53)
Um pendente no nariz!? Bem, isso que costuma ser um sinal de provocação dos jovens, hoje, era uma
forma socialmente aceita de adorno na antiguidade. Quando o servo de Abraão compreendeu que
Rebeca era a mulher com quem Isaque iria casar-se, ele imediatamente pegou as jóias que levara para a
ocasião. Deu a ela duas pulseiras e um pendente de ouro par ao nariz. Rebeca rapidamente colocou as
jóias e correu para casa, com os olhos brilhando, para contar à família tudo o que ocorrera.
O pendente para o nariz é mencionado apenas duas vezes nas Escrituras: Em Provérbios 11 e em
Ezequiel 16. Em Ezequiel 16, Deus descreve, em termos figurados, como ama a cidade de Jerusalém.
Ele a banha amorosamente, depois veste com roupas riquíssimas e sandálias de couro macio. A seguir,
cobre-a ternamente com jóias. “Também te adornei com enfeites e te pus braceletes nas mãos e colar à
roda do pescoço. Coloquei-te um pendente no nariz, arrecadas na orelhas e linda coroa na cabeça.
Assim, foste ornada de ouro e prata.” (Ez 16.11-13)
O Antigo Testamento menciona jóias várias vezes. Mulheres e homens usavam brincos (Ex 32.2) e
também “ornamentos para o braço, pulseiras, sinetes, arreadas e colares” (Nm 31.50). Os israelitas
obtinham quase todas as suas jóias de povos vencidos em guerras. Ouro, prata e pedras preciosas
aparecem, muitas vezes, listados entre os despojos tomados nas batalhas. Lemos em II Samuel 8.11 que
Davi ganhou enormes quantidades de ouro, prata e bronze quando conquistou as nações ao redor de
Israel. Dedicou tudo ao Senhor, e seu filho, Salomão, usou esse tesouro para construir o grandioso
templo de Jerusalém. Acredite ou não, Salomão tinha tanto ouro em seu reino que “fez o rei que, em
Jerusalém, houvesse prata e ouro como pedras” (II Cr 1.15).
O Novo Testamento menciona jóias especificamente apenas uma vez. Ao falar às mulheres, Pedro
recomenda que dêem mais atenção à sua beleza interior do que à exterior: “Não seja o adorno da esposa
o que é exterior, como frisado de cabelos, adereços de ouro, aparato de vestuário; seja, porém, o homem
interior do coração, unido ao incorruptível trajo de um espírito manso e tranqüilo, que é de grande valor
diante de Deus” (I Pe 3.3-4).
É evidente que as mulheres dos dias do Novo Testamento eram tão fascinadas por jóias quanto as do
Antigo Testamento ... e as de hoje. É fácil e corriqueiro olhar-se no espelho para avaliar a aparência
externa, mas como são poucas as vezes em que a maioria de nós passa um bom tempo examinando a
aparência interior!
Amanhã cedo, ao colocar anéis nos dedos, coloque também em sua vida um espírito de paz. Ao por
brincos nas orelhas, aproveite para dotar em sua vida uma atitude de alegria. Quando puser um colar no
pescoço, não esqueça de por também um espírito de doçura no coração. As jóias que usa não farão
muita diferença em seu dia, mas o espírito do qual estiver revestida, esse fará.

SEU LEGADO NAS ESCRITURAS

Leia Gênesis 24.15-27


20. O que essa primeira informação sobre a jovem Rebeca lhe diz sobre a aparência e o caráter da
moça?
21. De que forma você se parece com Rebeca? Como difere dela?

Leia Gênesis 24.28-50


22. Nesses versículos, o servo de Abraão conta à família de Rebeca como ela a encontrou, enfatizando a
benção e e o envolvimento do Senhor em tudo. Como a família de Rebeca reagiu?

Leia Gênesis 24.52-58


23. Três palavras simples, mencionadas no versículo 58, mudaram para sempre a vida de Rebeca. Com
quem ela se parecia em sua disposição para ir aonde nunca estivera antes?
24. Como você reagiria se Deus a chamasse para sair de sua casa e deixar sua família? O que teria de
acontecer para que você obedecesse?

Leia Gênesis 24.67


25. Essas são as palavras mais doces sobre o casamento encontradas na Bíblia. Descreva como acha
que foi o casamento de Isaque e Rebeca naqueles primeiros dias.

Leia Gênesis 25.28


26. Essas são algumas das palavras mais tristes a respeito da educação de filhos encontradas na Bíblia.
Descreva sua opinião sobre como o favoritismo dos pais afetou Jacó e Esaú e seu relacionamento.
27. Muitas crianças crescem pensando que os pais favorecem mais um irmão do que o outro. Se você
tem filhos, como evitar que pensem desse modo?

Leia Gênesis 27.1 até 28.9


28. Por que Rebeca recorreu ao engano para obter o cumprimento de uma promessa feita a ela quando
estava grávida?
29. Descreva como você acha que Rebeca deve ter se sentido dez anos mais tarde. Será que se
arrependeu do que fizera?
30. De que modo os atos de Rebeca se assemelharam aos de sua sogra Sara?
31. A história de Rebeca é rica e cheia de vida. Resuma em uma sentença o que gostaria de aprender
com ela.

SUA PROMESSA

Rebeca ouviu o servo de Abraão relatar como orara e como tinha certeza de que ela era a mulher que
Deus escolhera para Isaque. O próprio Deus orquestrara divinamente os acontecimentos., Rebeca
parecia saber disso, e quando lhe perguntaram, respondeu simplesmente:
- Irei.
Rebeca compreendia plenamente o plano de Deus para ela? Estava disposta a segui-lo? Ou
simplesmente se deixou encantar pelas idéias românticas de uma jovem em busca de um cavaleiro de
armadura brilhante? Qualquer que tenha sido a motivação de Rebeca, aqueles eventos certamente foram
planejados por Deus, que tinha poder e determinação para continuar a cumprir fielmente suas promessas
por meio dela.
A fidelidade de Deus, apesar de nossa desobediência e contradição, é evidente em toda a Escritura e
durante toda a nossa vida. Ele será fiel; Ele promete.

Promessas nas Escrituras

Saberás, pois, que o Senhor, teu Deus, é Deus, o Deus fiel, que guarda a aliança e a misericórdia até mil
gerações aos que o amam e cumprem os seus mandamentos. (Dt 7.9)

O Senhor é fiel em todas as suas palavras e santo em todas as suas obras. (Sl 145.13)

Guardemos firme a confissão da esperança, sem vacilar, pois quem fez a promessa é fiel. (Hb 10.23)

SEU LEGADO DE ORAÇÃO

“És nossa irmã; sê tu a mãe de milhares, e que a tua descendência possua a porta dos seus inimigos”
(Gn 24.60)

Medite
Gênesis 27

Louve a Deus
Diferentemente de Isaque, que só teve uma benção para dar aos filhos, Deus tem bênçãos específicas
destinadas a cada um de nós.

Agradeça
Porque Deus não espera até que estejamos aperfeiçoados para nos colocar em seus planos.

Confesse
Sua tendência de controlar o futuro, em vez de confiar em Deus para direcioná-la de acordo com o que
Ele tem planejado para você.

Peça a Deus
Que a impeça de ter favoritos entre seus filhos e que a faça confiar que Ele tem um plano generoso para
cada um.

Eleve o coração
Gaste alguns minutos, semanalmente, para escrever um cartão de benção a cada um de seus filhos. Use
um cartão simples ou enfeite-o com adesivos ou desenhos. (Se não tiver filhos, pode fazer isso para
algum sobrinho ou para qualquer outra criança de seu relacionamento). Comece orando por seus filhos
pedindo as bênçãos de Deus sobre eles. A seguir, escreva as bênçãos que sente que Deus lhes quer dar.
Coloque os cartões de bênçãos debaixo do travesseiro deles ou ao lado do prato no jantar., Diga-lhes que
essas são algumas das coisas que está pedindo a Deus para a vida deles. Não deixe de guardar uma
cópia de cada cartão para orar regularmente pelas bênçãos.

A Bisavó Do Rei Davi

Valdenira Nunes de Menezes Silva

“Quão preciosa é, ó Deus, a tua benignidade, pelo que os filhos dos homens se abrigam à sombra das
tuas asas”. (Salmo 36:7)

Rute foi uma mulher que decidiu, em seu coração, ter Deus em sua vida como Senhor mesmo tendo a

oportunidade de escolher entre Ele e sua família.

Ela era casada mas seu esposo, filho de Noemi, faleceu. Sozinha, ela fez uma decisão: não voltar para os

seus familiares mas ficar com a sua sogra a quem ela muito amava. Ela iria para uma terra distante cujo

povo tinha como Deus, Aquele que, verdadeiramente, havia criado o céu e a terra.

Rute era jovem, tinha um bom coração e era forte e decidida.

Noemi, sua sogra, ficou feliz por tê-la como amiga e companheira, pois ela sabia que elas iriam enfrentar

uma vida nova e desconhecida. Ela não estaria só. Juntas partiriam para Belém de Judá

Podemos imaginar ambas cansadas, chegando em Belém, e Rute agradecendo ao Senhor pela beleza da

fartura e pela beleza dos campos dourados com o trigo pronto para ser colhido pelos trabalhadores.

Lembro-me de quando viajava de carro pelos Estados Unidos, a caminho do Canadá, onde meu marido

estava indo fazer o seu doutorado na área de informática, e passávamos pelos campos de trigo. É,

realmente, de uma beleza sem igual. Os campos ficam dourados e é quando imaginamos que esta beleza

não é nada diante do que Deus tem preparado para nós, seus filhos. A Bíblia nos diz em 1Coríntios 2:9

que... “... As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são

as que Deus preparou para os que o amam.”

Rute e Noemi nada tinham. Eram pobres e estavam começando uma nova vida. Mas era costume em

Israel, os donos destes campos deixarem as pessoas pobres colher tudo que seus trabalhadores

deixassem cair.

A Bíblia nos diz que Rute foi ao campo de Boaz para apanhar espigas para o sustento dela e de sua

sogra. Ela, ao tomar esta decisão, certamente, repousou no Senhor, sabendo que o Deus que, agora,

fazia parte de sua vida, estava dirigindo cada passo seu. A confiança que ela depositava no Senhor,
tornava-a forte e sábia para executar os planos dEle em sua vida. E o que Deus queria em sua vida

estava acontecendo...

* Todos em Belém ficaram sabendo da lealdade dela para com Noemi.

* Todos souberam da tragédia que caiu sobre as duas – morte de seus maridos.

* Todos souberam, inclusive Boaz, de sua renúncia aos seus deuses moabitas e sua entrega total ao

Deus de Israel.

Boaz, que era da família de Elimeleque, esposo de Noemi, viu Rute pela primeira vez quando colhia o
resto do trigo que era permitido ser colhido pelos pobres. A Bíblia diz que ele perguntou a seu moço: “De
quem é esta moça? (Rute 2:5) E o moço respondeu: “... Esta é a moça moabita que voltou com Noemi

dos campos de Moabe.” (Rute 2:6)

O Senhor estava preparando o futuro de Rute. Ele estava cuidando daquela que seria a bisavó do rei

Davi. Ele estava protegendo aquela que confiava nEle e que repousava na sombra das Suas asas.

Boaz conheceu aquela de quem tanto falavam e que, agora, estava diante dele. Sendo ele um homem de

boa índole, chamou Rute e disse: “... Ouves, filha minha; não vás colher em outro campo, nem tampouco

passes daqui; porém aqui ficarás com as minhas moças. Os teus olhos estarão atentos no campo que

segarem, e irás após elas; não dei ordem aos moços que não te molestem?” (Rute 2:8-9)

Rute, então, humildemente, caiu em terra e agradeceu a ele. E, além de tudo isto, ainda ouviu dele

palavras que, com certeza, encheram-na de alegria. Ele disse:

“O Senhor retribua o teu feito; e te seja concedido pleno galardão da parte do Senhor Deus de Israel, sob

cujas asas te vieste abrigar.” (Rute 2:12)

Vejam que palavras doces vindas do coração de um homem temente a Deus. Elas lembram as palavras

também muito doces de uma mulher (Rute) que já havia decidido em seu coração ser temente a Deus. E

as palavras foram:

“... aonde quer que tu fores irei eu, e onde quer que pousares, ali pousarei eu; o teu povo é o meu povo, o

teu Deus é o meu Deus; Onde quer que morreres morrerei eu, e ali serei sepultada...” (Rute 1:16-17)

Boaz e Rute, duas pessoas tementes a Deus e que estavam em sintonia com os perfeitos planos do

Senhor em suas vidas.

Irmã, o Senhor é um Deus bom que cuida de nós a cada momento da nossa vida. A Bíblia nos assegura

no Salmo 36:7 o seguinte:

“Quão preciosa é, ó Deus, a tua benignidade, pelo que os filhos dos homens se abrigam à sombra das

tuas asas.”

Nós somos os sabiás e os beija-flores que se aquecem e se abrigam nas asas do Senhor porque é nEle
onde está o “manancial da vida” e é Ele que nos oferece “mananciais no deserto”.

Sejamos como Rute que não se abateu com a tragédia que surgiu em sua vida mas confiou no Senhor

que lhe deu sabedoria, fortaleza e amor.

Quando estamos passando por vales escuros, lembremo-nos que Jesus já passou por tudo isto, muito

antes de nós.

Spurgeon disse que “muitos crentes definham em masmorras, quando podiam andar pelos terraços dos
palácios e avistar a boa terra e o Líbano! Crente, levante-se da condição em que está... Aspire por uma

vida mais plena, aspire uma vida mais alta, aspire por uma vida mais nobre. Vá para cima. Vá para mais
perto de Deus!”
Irmã, quando você estiver atravessando rios turbulentos, lembre-se que o Senhor está com as Suas asas

abertas esperando para aquecê-la, protegê-la e colocar paz em seu coração. Depende de você querer

repousar nEle e... ser feliz.

Noemi era para Rute uma verdadeira mãe e Rute a tratava como uma filha que a amava. Ela começa a

dar conselhos à Rute, ensinando-a como agir diante de Boaz já que ele era o possível remidor. Ela disse:

“Ora, pois, não é Boaz, com cujas moças estiveste, de nossa parentela: Eis que esta noite padejará a

cevada na eira. Lava-te, pois, e unge-te, e veste os teus vestidos... quando ele se deitar... cobrir-lhe-ás os

pés... e ele te fará saber o que deves fazer.” (Rute 3:2-4)

Como uma filha obediente, ela fez, exatamente, como Noemi lhe aconselhara, pois ela sabia que a sua

sogra queria o melhor para a vida dela.

A Bíblia nos diz em Rute 4:13 que “... tomou Boaz a Rute, ela lhe foi por mulher; e ele a possuiu e o

Senhor lhe fez conceber, e deu à luz um filho.” Este filho foi Obede que foi pai de Jessé que foi pai do rei

Davi... chegando até Jesus Cristo.

Irmã, sigamos o exemplo de Rute que foi uma mulher segundo o coração de Deus, devotada à sua família

e era feliz por estar ajudando a sua sogra. Ela também amava e confiava no Senhor. E, além de tudo isto,

ela era uma fonte de bênçãos.

E você, irmã, que características você tem que servem de exemplo para seus filhos, vizinhos, irmãs da

igreja...?

Quando servimos de todo o coração ao Senhor, virtudes fluem de nós e mundo nos vê como verdadeiras

mulheres virtuosas, mulheres que amam a Deus e vivem com o propósito de servi-Lo.

Em 1Timóteo 5:10, a Palavra de Deus nos ensina a sermos servas não apenas do Senhor mas também

daqueles que Ele coloca diante de nós:

“Tendo testemunho de boas obras: se criou os filhos, se exercitou hospitalidade, se lavou os pés aos

santos, se socorreu os aflitos, se praticou toda a boa obra.”

“Senhor Deus, meu Pai, que o amor que eu demonstre às pessoas seja o amor que tenho aprendido de

Ti.

Amém!

Anteriormente notamos que a mulher com hemorragia e Jairo testemunharam a


capacidade milagrosa de Cristo quase que ao mesmo tempo. Na verdade, ambos seriam
lembrados juntos, no evangelho, lado a lado.
A Bíblia não nos conta o que Jairo estava pensando enquanto Cristo curava a mulher
com hemorragia. Qualquer um de nós, certamente, teria sido tentado à impaciência. De
fato, esta mulher estava numa situação complicada. Porém, para Jairo, o estado de sua
filha parecia ser mais grave. Contudo, a demora de Jesus beneficiaria Jairo a longo
prazo. Cristo estenderia sua fé, o ensinaria a ser paciente e daria a ele um resposta que
ele jamais esperaria. E mais importante, Jesus deixaria Jairo com uma maior
compreensão dEle.

O grande problema

Jairo ocupava um lugar importante em Israel. A bíblia o chama de “chefe da sinagoga” .


Uma posição de muita importância , mesmo em uma pequena cidade como a Galileia.
Tal chefe desempenharia o papel de principal ancião, executando as políticas da
sinagoga ; ele também elegeria aquele que falaria na sinagoga.

Nós não sabemos o que Jairo pensou de Jesus antes de lermos esta narrativa. Se ele
fosse como os outros líderes da sinagoga, talvez tenha tido suas duvidas. Ele pode ter
se preocupado sobre qual controvérsia Jesus traria à cidade se um dia ele chegasse à sua
sinagoga.

Se isso fosse verdade, tudo mudou quando sua única filha de doze anos ficou doente.
Aparentemente, nenhum dos médicos da cidade estava apto para ajudar a filha de Jairo.
Talvez Jairo tenha tentado encontrar varias soluções, mas as coisas iam de mal a pior.
Sua filha rapidamente chegou a um passo da morte. Então, quando Jairo ouviu dizer que
Jesus estava por perto, ele se apressou para encontrá-Lo, e vendo-o veio e caiu aos pés(
Lucas 8.41).

Imagine Jairo prostrado diante do Messias. Derramando suas necessidades aos pés de
Cristo , ele suplicou que Jesus fosse à sua casa e pusesse suas mãos em sua filha
(Marcos 5:23), então ela poderia ser curada. Note o quanto Jairo especifica como Cristo
deveria responder ao seu pedido. Porém, Cristo não o repreendeu, mas concordou em ir
à sua casa ( Lucas 8:42). Quão disposto Cristo está em ajudar aqueles que não têm outro
à quem possam recorrer.

O teste

A cura da mulher com fluxo de sangue foi algo maravihoso para ela, mas isto foi uma
experiência de “roer as unhas” para Jairo. Afinal, todo minuto era importante. Toda
ansiedade, porém, chegou ao ponto máximo quando de longe, Jairo viu alguém que
vinha de sua casa, correndo. Se Jairo não podia antecipar o que tal homem diria, neste
momento o medo estava em seu pior estágio: era tarde demais. Era inútil. Ele tentou,
mas falhou. Sua única filha, sua preciosidade, já não estava viva. A ansiedade poderia
deixa-lo, pois a tristeza havia chegado.

Que tentação isso teria sido para fazer Jairo cair em desespero! O mensageiro apenas
deu a entender, provavelmente com boa intenção, quando disse: “Não incomodes mais o
Mestre” (Lucas 8:49). Há momentos na vida em que conselheiros bem intencionados
nos dão conselhos, mas não de acordo com a nossa fé. E a bíblia nos ensina que tudo
que não está de acordo com a fé é pecado (Romanos 14:23). De fato, não temos
autorização para acreditar que Deus vai ressuscitar nossos entes queridos antes da
ressurreição geral no último dia. Mas perguntas ainda restam: Será que a incredulidade
triunfará sobre nossa fé quando a dura realidade da morte invadir nossas vidas? Ou nós
ouviremos a voz de Cristo, como quando disse a Jairo: “não temas; crê somente”(Lucas
8:50)? O Senhor estava sustentando o naufrágio da fé de Jairo. Cristo via que dentro de
Jairo algo morria junto com sua filha, e o Salvador assegurou que isso não seria a fé de
Jairo. Com o poder de sua palavra, Ele ressuscitou a fé de Jairo muito antes de
ressuscitar sua filha.

O Vencedor

Ouvindo dizer que a garota havia morrido, Cristo, saindo do meio da multidão, foi para
a casa de Jairo. A morte havia chegado e parecia que havia triunfado. E a maneira como
pranteadores profissionais se lamentavam confirmava isto. Suas risadas e desdenho para
Cristo revelam quão patéticos eles eram (Lucas 8:51).

Sair de um alto prantear para um riso de zombação era algo quase diabólico. De
qualquer maneira, Cristo não permitiu que nenhum deles estivesse presente. Apenas seis
pessoas poderiam estar no quarto da filha de Jairo com Jesus: três de seus discípulos,
Jairo e sua esposa, e a garota.

Para Cristo, a morte não é mais poderosa do que o sono. Ele mesmo explicou dessa
forma (Lucas 8:52). Que confortante é isto quando pensamos “nos que dormem no
Senhor”, como diz o apóstolo Paulo (1Tessalonicenses 4:14). Cristo simplesmente
precisa tocá-los, e a morte se vai como o sono. Na casa de Jairo, foi exatamente o que
aconteceu. “Entretanto, ele, tomando-a pela mão, disse-lhe, em voz alta: Menina,
levanta-te!” (Lucas 8:54). Este texto nos faz recordar da seguinte passagem em Marcos
5:41 : “Tomando-a pela mão, disse: Talitá cumi!, que quer dizer: Menina, eu te mando,
levanta-te!”.

O poder de Cristo triunfou sobre a morte, não apenas porque ele era o filho de Deus,
mas porque ele estava dando sinais do que ele faria em sua morte na cruz. Lemos:
“..destruísse aquele que tem o poder da morte, a saber, o diabo, e livrasse todos que ,
pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida” (Hebreus 2:14 e
15).

Esta pequena garota era um maravilhoso sinal de Cristo. Como uma parábola viva da
vitória de Jesus, ela se levantou e seguiu a sua vida como um evidênica de que Cristo
“escuta o o clamor dos necessitados, Ele salva-lhes a alma quando a morte se
aproxima.”(baseado no Salmo 68). Como sinal de que tudo havia voltado ao normal, ele
instruiu aos pais da menina que a dessem algo para comer (Lucas 8:55). A morte não
poderia vencê-la depois de o Triunfante tomá-la pela mão e tê-la despertado.

Todos os filhos de Deus têm o mesmo conforto ao enfrentar a morte. A morte é o último
inimigo, mas não é o Vencedor. Este título pertence apenas a Cristo. Um dia, ao voltar
nas nuvens, sua poderosa palavra vai abrir as sepulturas de todos os seus filhos. E
através do poder da ressurreição ele vai ressuscitá-los para a vida eterna.

Perguntas:
1. O servo da casa de Jairo disse a ele que nao incomodasse mais a Cristo. Com a
narrativa desse milagre, o que você pode concluir sobre o que realmente incomoda ou
não a Cristo?
2. Por que você acha que Cristo recusou fazer o milagre na frente de uma multidão de
zombadores? Essa não seria uma evidência tão forte que traria vergonha à falta de fé
deles?
3. Cristo desejou que apenas sete pessoas testemunhassem esse milagre; no entanto, nós
somos testemunhas no sentido de que podemos ler sobre o ocorrido. Em que sentido é
verdadeiro o fato do milagre continuar escondido para os que não crêem, mas revelado
as que crêem?
4. Como o milagre que Cristo fez no coração de Jairo foi mais importante do que o de
ressuscitar a sua filha?
5. Cristo não limitou seus milagres aos adultos; o texto menciona explicitamente que ela
tinha apenas doze anos. Imagine-se falando a um grupo de crianças de doze anos de
idade. O que você poderia contar-lhes sobre o que Cristo diz a elas através dessa
história?

Em chegando o prazo de cada moça vir ao rei Assuero, depois de tratada segundo as
prescrições para as mulheres, por doze meses (porque assim se cumpriam os dias de
seu embelezamento, seis meses com óleo de mirra e seis meses com especiarias e com
perfumes e ungüentos em uso entre as mulheres), então, é que vinha a jovem ao rei…”
Ester 2:12-13

Eu sempre fico abismada com o tipo de preparação que a futura rainha Ester teve que
passar antes que fosse apta para se apresentar ao rei Assuero. Alguma de nós estaria
disposta a passar por doze meses de tratamento de beleza antes de conhecer o homem
dos nossos sonhos? É provável que não, mas imagine a possibilidade. Um ano separado
para apenas um único propósito: Se tornar tudo o que você for capaz de ser para aquele
a quem você mais ama. Tempo precioso para cultivar beleza, fazer investimentos em
educação e etiqueta, fortalecer virtudes e construir caráter.

A preparação de Ester me lembra daquele precioso tempo entre o despertar do desejo no


coração de uma jovem mulher de compartilhar sua vida com um companheiro e o
momento de subir ao altar. Para muitas, esse tempo de preparação é visto como nada
mais que um tempo de espera. Mulheres solteiras freqüentemente vêem a si mesmas
como sentadas na prateleira enquanto a vida passa por elas, ou sentadas no banco
enquanto outras jogam. Não percebem que estão desperdiçando o período mais
importante de suas vidas, estão privando a si mesmas de grande alegria e recompensa,
estão privando seus futuros maridos de uma mulher mais virtuosa e estão privando a
Deus de uma serva através da qual Ele deseja fazer coisas grandiosas.

Assim como Ester teve que estar preparada antes que pudesse ser rainha de um reino
inteiro, a mulher também deve estar preparada antes que possa embarcar em um dos
mais importantes e difíceis chamados na vida: O matrimônio e a maternidade. Ester teve
que aprender os costumes do reino em que vivia, teve que aprender as práticas da vida
na corte e os desafios intelectuais, emocionais e espirituais da posição superior. Para
simplificar, Ester tinha que ser convertida de uma jovem moça a uma rainha antes
mesmo que ela pudesse ter o título e exercer o papel. Da mesma forma, a mulher cristã
solteira deve aprender os costumes do Reino dos Céus antes mesmo que se una àquele
que Deus está preparando para ela. Ela deve estar preparada intelectualmente,
emocionalmente e espiritualmente, não por um oficial do tribunal em algum templo
pagão, mas pelo próprio Deus, sua Palavra e outras mulheres de Deus que foram
preparadas antes dela.

O celibato não é um desperdício de tempo ou uma condenação a ficar sentada no banco,


mas um tempo que Deus separou especialmente para fazer da mulher o que Ele quer que
ela seja, e usá-la de formas que poderiam ser impossíveis após o casamento. O celibato
é um tempo no qual uma mulher deve cultivar as virtudes que pertencem a uma mulher
de Deus, para assim poder oferecer ao seu futuro marido e ao mundo algo mais do que
apenas um rosto bonito.

Lembre-se no seu celibato que você não é a única solteira, mas seu futuro marido está
passando pelo mesmo estágio que você. Não seria terrível finalmente conhecer o
homem que irá se tornar seu marido só para descobrir que ele usou seu próprio celibato
para servir a Deus e preparar-se para ser um marido melhor para você, enquanto que
você não usou a liberdade de seu celibato para servir ao Senhor, nem tirou vantagem
alguma do treinamento que Deus lhe ofereceu? Também não seria terrível perceber que
seu marido passou seus dias como homem solteiro orando diariamente pelas suas
necessidades e pela obra de Deus na sua vida, enquanto você sequer orou por ele, nem
respondeu à graça de Deus que lhe foi dada como um resultado das orações dele?

É algo maravilhoso quando Deus abençoa a uma mulher com um marido. Aquele
alguém especial é “simplesmente perfeito” para ela ao que foi, de forma cuidadosa e
pensativa, desenhado por Deus para ser um em união com ela. É tamanho o prazer para
a mulher olhar para trás e lembrar como Deus a capacitou para esperar n’Ele e que Ele
foi fiel em abençoá-la. É ainda maior o prazer para ela saber que seu tempo como uma
mulher solteira foi também um tempo de buscar a Deus e ser fiel a Ele em seu
propósito. Que não quis nem por um momento fugir daquele estado, mas desejou apenas
confiar em Deus e esperar em sua graciosa soberania.

De nenhuma maneira é uma tragédia ser uma mulher cristã solteira, mas o caminho do
mundo mais uma vez se infiltrou na Cristandade com a falsa idéia de que é. Uma das
maiores mentiras é que se você não “tem alguém” ou não está “procurando alguém”, há
algo de errado com você. Outra mentira é que a mulher solteira deveria estar namorando
por aí como se procurar um marido fosse como fazer compras num shopping. Uma
mentira ainda mais forte é que a mulher solteira deveria estar dando seu carinho
indiscriminadamente para que se torne “mais experiente” e saiba como fazer quando
finalmente encontrar o homem de sua escolha. Minha cara cristã, é uma mentira e uma
afronta a Deus dizer que a experiência é a melhor professora, e apesar do lema do
mundo ser “vivendo e aprendendo”, o conselho da Bíblia é “aprendendo e vivendo”.
Você não precisa ter experiência, você só precisa ser conhecedora do que Deus disse e
obediente a isso. Você não deveria estar procurando pelo homem de sua escolha, mas
deveria estar esperando pelo homem da escolha de Deus. E quando ele vier, não serão
experiências passadas que farão seu casamento funcionar, mas a castidade passada,
pureza e santidade. Deveríamos esconder nossos rostos dos caminhos e experiências
desse mundo perverso e buscar apenas aquilo que Deus colocou no caminho que Ele
preparou para nós.
Deus sabe exatamente o que você precisa e até mesmo sabe os desejos de seu coração
melhor do que você mesma. Deus ama surpresas. Ele não quer que você procure por seu
marido. Ele quer trazê-lo até você, e provavelmente quando você menos esperar. Se
você desobedece a esse conselho, como tantas outras mulheres antes de você, e passa a
procurar por si mesma um parceiro, você pode encontrar alguém, mas as chances são de
o alguém que você encontrar, não ser o certo.

Como mulheres, nossa natureza deseja a companhia e o companheirismo de um homem.


Isso vem de Deus e, portanto é bom. Mas ao mesmo tempo, estamos erradas em pensar
que a morte será o resultado se essa necessidade não for suprida. Necessitar de outro
como companheiro não é como a necessidade de respirar. Ou seja, você pode sobreviver
sem um companheiro pelo menos até que Deus tenha feito sua perfeita obra em você.
Lembre-se das Escrituras: “Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além de
vossas forças.” 1 Coríntios 10:13

Descobri que há duas razões primárias do porque alguém precisa “desesperadamente”


de outra pessoa. Em primeiro lugar, é porque não conhecem a Deus como deveriam.
Deus não é o Deus de todo o conforto? Cristo não é o Senhor exaltado que completa
tudo em todo lugar? Então porque reclamamos sobre quão vazias e sozinhas nos
sentimos? Não pode ser que Deus aumente nosso tempo de celibato para que possamos
encontrar vida n’Ele e aprendamos a ser completas n’Ele? Se buscamos nos casar
porque sentimos que um marido irá satisfazer nossas vidas ou irá de alguma forma nos
fazer completas, seremos severamente desapontadas em nosso casamento. Nenhum
homem, não importa o quão parecido com Cristo, poderia de alguma forma tomar o
lugar de Deus em nossas vidas, e pensar tal coisa é pura idolatria. Se não somos
satisfeitas por Deus agora e completas em Cristo no presente, então nem sequer um
casamento feito nos céus será capaz de mudar nosso vazio.

A segunda razão para a desesperada necessidade de alguém em nossas vidas é o pleno


egoísmo. Quando precisamos de alguém para que nos sintamos amadas, ou quando
precisamos de alguém para que nossos sentimentos de solidão sejam dissipados, então
estamos querendo o casamento pelas razões erradas. O matrimônio não deveria ser
encarado como uma oportunidade de ter nossas necessidades conhecidas, mas de
conhecer as necessidades de outro. Se não aprendemos a levar nossas necessidades a
Deus, então provavelmente vamos oprimir nossos maridos com nossas próprias
necessidades e sequer ter conhecimento das dele. Conheci cristãs que desperdiçaram
seus dias consumidas com suas próprias necessidades e constantemente lamentando
sobre o motivo de Deus não ter trazido alguém em sua vida. Mas por que Deus deveria
confiar um homem de Deus a uma mulher que está absorvida em si mesma e suas
próprias necessidades, e não usa a liberdade de seu celibato para servir a Deus e
preparar-se para os propósitos d’Ele? Tal mulher teria pouco para oferecer a um homem
de Deus!

Minha querida amiga, ser solteira, assim como ser casada, deveria ser considerado um
momento muito especial e desfrutável na providência de Deus. Não deveria ser
considerada uma mera circunstância ou maldição da qual deva tentar desesperadamente
fugir. Ser solteira é um tempo para aprender sobre Deus e sobre nós mesmas, um tempo
para descobrir quem nós somos em Cristo, e como crescer na “aparência de Cristo”. É
um tempo para ser zelosa por boas obras e envolvida em ministrar para outros. Ser
solteira tem uma magia própria que deve ser aproveitada, pois uma vez passado, não
deve nunca mais retornar. Não há nada tão triste quanto uma mulher já casada que se
arrepende por não ter feito o suficiente com sua vida enquanto era solteira. Tudo foi
perdido pelo intento de se apressar em casar sem consideração pelo plano ou pela obra
de Deus.

Toda fase da vida tem, por si própria, sua beleza e maravilha. Minha oração para todas
as cristãs solteiras é que elas possam aproveitar seu tempo apesar das mentiras do
mundo. Que elas possam ser exigentes e não ajustadas por nada menos que a perfeita
vontade de Deus. Que elas possam esperar pacientemente em Deus que é o provedor de
todo bom e perfeito presente. Que elas possam ser como Ester, usando qualquer tempo
que Deus julgue necessário para torná-las lindas por dentro e por fora.

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