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1. Introdução ............................................................................................................................. 2
2. Memorial de cálculos ............................................................................................................ 3
2.1. Caracterização da madeira ............................................................................................ 3
2.2. Dimensões da edificação ............................................................................................... 3
2.3. Dimensionamento da ripa ............................................................................................. 4
2.4. Dimensionamento do caibro ......................................................................................... 8
2.5. Dimensionamento das terças...................................................................................... 10
2.6. Dimensionamento da treliça ....................................................................................... 13
2.6.1. Carregamento de peso próprio ........................................................................... 13
2.6.2. Carregamento do vento de sucção e pressão ..................................................... 15
2.6.3. Combinações de ações ........................................................................................ 18
2.6.4. Dimensionamento das ligações........................................................................... 18
2.6.5. Verificações das peças......................................................................................... 28
3. Considerações finais ............................................................................................................ 30
4. Referências bibliográficas ................................................................................................... 31
1
1. Introdução
Estes dados são essenciais para a determinação das cargas em cada etapa do
dimensionamento, assim como os dados da região onde a edificação se encontra, que servirá
de base para a definição da carga de vento atuante.
Os primeiros itens deste trabalho tratam dos dados iniciais do projeto, tais como dados
da telha, madeira, seções de madeira disponíveis, etc. Tratam também da concepção
geométrica da estrutura e do cálculo das resistências de cálculo, que servirão de base para o
dimensionamento de todas as partes da cobertura.
Nas últimas definições dá-se uma atenção especial para as ligações. Estes elementos são
fundamentais para o correto funcionamento da estrutura. Somente algumas das ligações da
estrutura são dimensionadas.
2
2. Memorial de cálculos
ϒ (kg/m³) 820
Em (Mpa) 15300
fco,m (Mpa) 80
fto,m (Mpa) 140
fvo,m (Mpa) 11
Como 25 é a inclinação ideal para o telhado – pois há equilíbrio entre pressão de
sucção, adotou-se esta inclinação. Para inclinação e o vão dados, obteve-se a configuração da
treliça vista na Figura 1.
𝜆 = L/r
Sendo a seção adotada para todas as peças da treliça 8x16 cm, tem-se os resultados da
verificação na Tabela 2 - Verificação de esbeltez da diagonal. Considera-se que todas as
diagonais estão conformes em relação à flambagem, visto que o índice de esbeltez da maior
das diagonais é menor que 140.
Tabela 2 - Verificação de esbeltez da diagonal
3
6m
4,2m
1,6
3,8
6m
1,6
1m
25º
1,5m 1,5m
A sobrecarga é calculada tomando-se uma força de 100 kgf e distribuindo-se pela área
de influência da ripa. A área de influência da ripa é dada pela distância entre montantes em
planta (1,5 m) e a distância entre treliças (3 m). Adotou-se o número múltiplo 10
imediatamente superior ao resultado e para ter a sobrecarga linear, multiplicou-se pela
distância entre ripas, que é igual ao comprimento da telha (33 cm).
100 kgf⁄
Sobrecarga por área = = 22,22 ≅ 30
1,5 × 3 m2
𝑘𝑔𝑓⁄
𝑆𝑜𝑏𝑟𝑒𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑙𝑖𝑛𝑒𝑎𝑟 = 30 × 0,33 = 9,9 𝑚
4
Figura 2 - Carga incidente sobre a ripa
O resumo das cargas incidentes sobre a ripa se encontra na . Vê-se que a ripa está
sofrendo flexão devido à ação de cargas distribuídas ao longo do seu comprimento. No
entanto, a sua seção está inclinada com relação à incidência das cargas, que são verticais
(Figura 2). Nesse caso, ela é dimensionada como sofrendo ação de flexão oblíqua. Para tanto,
as cargas são decompostas nos eixos x e y (Tabela 3).
Valor
Natureza da carga Eixo x Eixo y
(kgf/m)
Carga Variável 9,90 4,18 8,97
Carga Permanente 18,36 7,74 16,61
𝑀𝑚á𝑥 = 𝑞𝐿²/8
Os momentos resultantes deste cálculo podem ser visto na Tabela 4. Como queremos
encontrar o comprimento da ripa, as expressões de momento ficam em função de L.
Calculou-se então a tensão normal de flexão de cálculo desenvolvida em cada uma dos
eixos (Tabela 5). Esta tensão normal é a solicitação (Sd) da ripa.
5
Tabela 5 - Tensão normal de cálculo para ripa
A resistência de cálculo (Rd) foi calculada segundo a norma, de acordo com a fórmula a
seguir:
𝑓𝑐𝑜, 𝑘
𝑅𝑑 = 𝑘𝑚𝑜𝑑 ×
ϒ𝑤, 𝑐𝑜
O valor de Rd foi calculado como 1,8 x 105 kgf/m². Como Sd tem que ser menor que Rd,
montamos a inequação segundo os critérios da norma para obter os valores de L:
σx +0,5 σy ≤ Rd → L ≤ 1,11 m
σy +0,5 σx ≤ Rd → L ≤ 1,40 m
Para uma peça em flexão, é necessário fazer a verificação ao esforço cortante. Assim
como a flexão é oblíqua, também o esforço cortante precisa ser calculado para os dois eixos.
Para obter os esforços cortantes atuando na ripa, por ser bi-apoiada, utilizou-se a seguinte
fórmula :
𝑉 = 𝑞𝐿/2
𝑀𝑠 = 𝑏ℎ²/8
6
𝐼 = 𝑏ℎ³/12
𝑉 𝑀𝑠
𝜏=
𝑏𝐼
Tabela 7 - Tensão cisalhante de cálculo para ripa
𝑓𝑣𝑜, 𝑘
𝑅𝑑 = 𝑘𝑚𝑜𝑑 ×
ϒ𝑤, 𝑣𝑜
5 × 𝑞 × 𝐿4
𝑢=
384 × 𝐸𝑐𝑜, 𝑒𝑓 × 𝐼
A carga considerada para cada eixo são as mesmas da Error! Reference source not found.. De
posse do valor de Eco,m, dividimos esse valor por 0,9 e multiplicamos por 0,45 (kmod), foi
obtido o valor de Eco,ef: 7650 x 105 kgf/m². Os valores de momento de inércia são os mesmo
calculados para o esforço cortante.
Tabela 8 - Resultados das flechas de cálculo e combinação
7
Aplicando-se a fórmula de Pitágoras nos valores de flecha de cada eixo, encontra-se a
flecha de cálculo (ud), que vale 9,44 x 10-3 L4. A flecha máxima é dada por norma: ulim é igual ao
comprimento L sobre 200, para o caso de não haver materiais frágeis. Como ud ≤ ulim, resulta
que L ≤ 0,809 m.
É necessário contabilizar a carga proveniente da ripa que incide sobre o caibro. Para
isso, tomou-se os valores das cargas não decompostas da ripa (Figura 3), que estão atuando na
vertical e multiplicou-se pela distância entre caibros. O resultado dessa multiplicação será uma
carga concentrada, que então deve ser distribuída ao longo do comprimento do caibro (que
está entre ripas, ou seja, 0,33cos25). Esta carga distribuída incide sobre o caibro
verticalmente, ainda é preciso decompô-la para que uma parcela atue perpendicularmente
(eixo y local do caibro) e a outra parcela atue paralelamente (eixo x local do caibro). Optou-se
por manter a parcela que atua paralelamente como carga concentrada pois isso facilitava os
cálculos futuros (Tabela 9).
y
x
caibro
6 m
1,6
1,5 m
8
9,90 × 0,80 𝑘𝑔𝑓
𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑣𝑎𝑟𝑖á𝑣𝑒𝑙 𝑑𝑎 𝑟𝑖𝑝𝑎 = = 26,48
0,33 × 𝑐𝑜𝑠25 𝑚
À carga permanente da ripa deve ser somado o peso próprio do caibro. Logo, a carga
vertical permanente total atuando sobre o caibro vale 51,80 kgf/m. Os valores destas cargas
decompostos nos eixos locais podem ser vistos na Tabela 9.
Vê-se que o caibro está sofrendo uma flexocompressão. Para iniciar a verificação à
flexocompressão, é necessário saber se ele é uma peça esbelta, medianamente esbelta ou
curta. Para cada caso, a norma especifica cálculos diferentes. Para isso é necessário calcular
seu índice de esbeltez. O índice de esbeltez () é calculado pela seguinte fórmula:
𝐿𝑓
=
√𝐼/𝐴
Onde σNd é a tensão devida ao esforço normal e σMd é devida ao momento fletor.
A tensão normal σNd é calculada pela fórmula abaixo. O esforço normal de cálculo Nd
é a combinação última normal dos esforços no eixo x da Tabela 9. E A é a área da seção.
𝑁𝑑
𝜎𝑁𝑑 =
𝐴
A tensão normal σMd é calculada pela fórmula abaixo. O momento fletor de cálculo Md
é dado pela multiplicação do esforço normal de cálculo e da excentricidade (ed). A
excentricidade ed é a soma da excentricidade acidental (ea) – proveniente do empenamento
da madeira, e da excentricidade hipotética referente ao momento causado pelas cargas (ei). O
valor máximo de ea é dado pela norma, e pode ser visto na fórmula abaixo. A excentricidade ei
é encontrada através da soma dos momentos de cálculo causados pela carga (M1d) divida pelo
esforço normal. A força de Euler (Fe) é dada pela norma. O valor de Eco,ef é o mesmo do item
2.3. O momento de inércia I é calculado em torno do eixo x local e vale 182,25 cm4.Os valores
dos cálculos desses parâmetros podem ser vistos na Tabela 10.
9
𝑀𝑑 × 𝑦
𝜎𝑀𝑑 =
𝐼
𝐹𝑒 𝐿𝑓 𝑀1𝑑 𝜋² ×𝐸𝑐𝑜,𝑒𝑓 ×𝐼
𝑀𝑑 = 𝑁𝑑 × 𝑒𝑑 𝑒𝑑 = 𝑒𝑎 × 𝑒𝑖 × 𝐹𝑒−𝑁𝑑 𝑒𝑎 = 300 𝑒𝑖 = 𝑁𝑑
𝐹𝑒 = 𝐿𝑓²
Tabela 10 - Parâmetros para cálculo da tensão normal devida ao momento fletor no caibro
Os resultados para tensão normal causadas por esforço normal e momento fletor
podem ser vistos na Tabela 11.
1,39 78,33
+ = 0,44 (< 1)
180 180
Como o valor resultante é menor que 1, considera-se que a seção adotada para caibro
é suficiente para a flexotração. No entanto é necessário verificar ainda a flecha.
10
É necessário contabilizar a carga proveniente do caibro. Para isso, toma-se a carga
total do caibro que atua verticalmente multiplica-se pela distância horizontal entre terças (1,5
m) e depois se distribui pela distância entre caibros (0,80 m).
q
qy
qx
A tensão de cálculo devido ao momento fletor foi calculada como no item 2.3. Os
resultados podem ser vistos na Tabela 14.
11
Tabela 14 - Tensões normais de cálculo causadas por momento fletor na terça
3𝑉
𝜏=
2𝑏ℎ
Tabela 16 - Tensão cisalhante de cálculo para ripa
Para achar a tensão de cálculo (Sd) aplica-se a regra de Pitágoras, portanto, Sd = 5,1
kgf/cm².
12
Ainda é necessário fazer a verificação da flecha. A flecha é calculada como no item 2.3.
Para achar as cargas para o cálculo da flecha, aplicou-se a combinação de serviço quase
permanente, com ψ = 0,2 nas cargas distribuídas da Tabela 15, sendo que as cargas atuantes
em y e x valem 104,84 kgf/m e 48,90 kgf/m, respectivamente. O comprimento Lf considerado
é a distância entre treliças. Os momentos de inércia são calculados em torno dos eixos x e y
local e valem 2048 e 288 cm4. Os valores obtidos para as flechas em cada eixo podem ser
vistos na Tabela 17.
A flecha máxima é dada por norma: ulim é igual ao comprimento Lf sobre 200, para o
caso de não haver materiais frágeis. ulim vale Como ud ≤ ulim, resulta que a seção adotada para
terça também é resistente à flecha.
𝐿𝑝𝑒ç𝑎
𝑃𝑃𝑡𝑟𝑒𝑙𝑖ç𝑎 = 𝛾 × 𝐴 ×
2
13
434,498
419,373
404,826 07
06
391,433 05
06
371,459 05
04
04 23
335,552 03 21
22
20
02
03 18
19
17
02
16
15
01 14
13
01 34
14 35
15
36
16 37
17 38
18 39
19
área de abrangência
2593,210
Nós Lpeça/2 (m) PP treliça (kgf) PP +10% (kgf) P terça (kgf) Ptotal (kgf)
Nó 1 0,83 8,71 18,24 317,31 335,55
0,75 7,87
Nó2 1,66 17,42 54,15 317,31 371,46
0,70 7,35
0,83 8,71
1,50 15,74
Nó 3 0,83 8,71 74,12 317,31 391,43
1,03 10,81
1,40 14,69
1,66 17,42
1,50 15,74
14
Nó 4 1,03 10,81 87,52 317,31 404,83
1,29 13,54
2,10 22,04
1,66 17,42
1,50 15,74
Nó 5 1,29 13,54 102,06 317,31 419,37
1,59 16,69
2,80 29,39
1,66 17,42
1,50 15,74
Nó 6 1,59 16,69 117,19 317,31 434,50
1,90 19,94
3,50 36,74
1,66 17,42
1,50 15,74
Nó 7 1,90 19,94 128,85 343,29 472,14
1,90 19,94
4,20 44,08
0,83 8,71
0,83 8,71
1,50 15,74
15
No caso da sucção, como a inclinação telhado projeto é de 25, no lado direito o
carregamento é dado por q e, no lado esquerdo da cobertura, o carregamento se reduz a 0,5
q. Já para pressão, no lado esquerdo o carregamento é 0,5q + (1,2sen - 0,5)q e no lado
direito, é 0,5q. Onde q é a pressão dinâmica do vento em kgf/m², obtida pela fórmula
seguinte:
q = Vk²/16
𝑉𝑘 = 𝑉0 × 𝑆1 × 𝑆2 × 𝑆3
V0 (m/s) 42
S1 1
S2 0,83
S3 0,95
q (kgf/m²) 68,5459
Aef por nó (m²) 4,98
Ѳ (rad) 0,4363
16
Deve-se tratar as cargas de vento concentradas nos nós superiores da treliça e
perpendiculares ao banzo (Figura 9 e Figura 10). Portanto, multiplica-se as cargas distribuídas
por m² pela distância entre treliças, e o resultado desse cálculo multiplica-se pela distância
inclinada entre montantes. Os valores das cargas concentradas por nó podem ser vistos na
Tabela 20.
170,679 341,359
170,679 07
06
07'
07
341,359
06 08 341,359
170,679 05 08
170,679 05 09 341,359
04 09
04 10 341,359
170,679 22
23
24
03 21 25 10
20 26
170,679 03 18
19 27
28
11 341,359
02 11
17
29
30
02 12
16
15 31
01 14 12
13 32 33
01 13
34
14 35
15
36
16 37
17 38
18 39
19 40
20 41
21 42
22 43
23 44
24 45
234,432 234,432
1287,996 1728,419
173,117 170,679
173,117 170,679
173,117 170,679
173,117 170,679
173,117 170,679
173,117 170,679
3,349 3,349
1015,801 1009,51
17
Figura 10 - Carregamento para vento de pressão
O mesmo foi feito para o vento de sucção onde Vpp no nó 1 vale 1287,996 kN, no nó
13, 1728,419 kN e Hpp vale 468,86 kN.
18
significativas: a ligação do apoio (L1), ligação do nó central superior (L2), ligação do nó central
inferior (L3), ligação intermediária representativa (L4) e Ligação de emenda do banzo inferior
(L5) (Figura 11).
L2
L1 L4 L3
𝑏
𝑒 ≥
4
Onde b é a altura da seção (16 cm), logo, emáx é 4 cm. Sabendo do valor máximo, fez-se
um cálculo retroativo, para descobrir o quanto do esforço de compressão total da diagonal 01
(96,128 kN) era resistindo por esse dente.
𝑒 ×𝑎 ×𝑓𝑒𝜃𝑑
𝐶𝑑1 ≤ ≤ 41,38 𝑘𝑁
cos 𝜃
𝑓𝑒0𝑑 × 𝑓𝑒90𝑑
𝑓𝑒𝜃𝑑 = = 1,17 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝑓𝑒0𝑑 × 𝑠𝑒𝑛2 𝜃 + 𝑓𝑒90𝑑 × 𝑐𝑜𝑠 2 𝜃
Sabe-se que fe0d é igual a fc0d (item 2.4) e fe90d é igual a 0,25 fc0d.
19
Tabela 21 - Resistências e número de parafusos para chapa da L1
𝐶𝑑1 × cos 25
𝑐 ≥ = 31,57 𝑐𝑚
𝑎 × 𝑓𝑣𝑜𝑑
A resistência fvod é dada no item 2.3. Adotou-se, por motivos construtivos, 35 cm.
𝑇𝑑
𝜎𝑡0,𝑑 = = 0,9817 𝑘𝑁/𝑐𝑚² ≤ 𝑓𝑡0,𝑑
𝑎 × (𝑏 − 𝑒)
(0,7 𝑓𝑡𝑜𝑚)
𝑓𝑡𝑜𝑑 = 𝑘𝑚𝑜𝑑 × = 2,45 𝑘𝑁/𝑐𝑚²
𝛾𝑤𝑡𝑜
O parâmetro ftom pode ser visto no item 2.1, kmod no item 2.3 e 𝛾𝑤𝑡𝑜 para o caso de
tração é igual a 1,8. Como 𝜎𝑡0,𝑑 resultou menor que ftod, considera-se que banzo resiste.
𝑅
𝜎𝑐90𝑑 = ≤ 0,25 𝑓𝑐𝑜𝑑
𝑎 × ℓ
20
ℓ ≥ 11,28 𝑐𝑚
96,13 kN
86,39 kN
R = 40,62 kN
Figura 12 - Equilíbrio do nó 1
21
Figura 14 - Esquema de ligação dos montantes
Os parafusos adotados têm um resistência característica (fyk) de 600 MPa. Para efeito
de cálculo, usa-se a resistência de cálculo (fyd), que é fyk divido pelo coeficiente de minoração
1,1. Logo, fyd é igual a 545,45 MPa.
𝑡 fyd
𝛽= ≤ 𝛽 lim = 1,25 √
∅ feθd
A NBR7190 impõe restrições com relação ao diâmetro dos pinos metálicos. Como a
ligação é parafusada e possui dois planos de corte, o diâmetro deve estar entre 1 e 2 cm (valor
dado por t/2). Portanto, da Tabela 22, somente os diâmetros 1,25, 1,16 e 1,9 cm atendem aos
requisitos. Optou-se por usar os de 1,9 cm por resultarem em menor número de pinos.
22
Como nenhum valor de β dos parafusos adequados ultrapassou o valor de βlim,
significa que prevalece o embutimento da madeira. Logo, a resistência de uma pino (Rvd1) é
dada por:
𝑡²
𝑅𝑣𝑑1 = 0,40 × × 𝑓𝑒𝜃𝑑
𝛽
Tabela 24).
23
espaçamentos requeridos pela norma (Figura 15). Considerando que a ligação é feita com
parafusos, n será igual a 4.
𝑇𝑑
𝜎𝑡0,𝑑 = = 0,399 𝑘𝑁/𝑐𝑚² ≤ 𝑓𝑡0,𝑑
𝑎 × (𝑏 − 𝑁∅)
24
2.6.4.3. Ligação do nó central inferior (L3)
A ligação L3 possui entalhes e ligação parafusada (Figura 17). O valor mínimo da altura
do dente do entalhe é calculado abaixo. Como as diagonais não são embutidas no banzo, a
norma não limita o valor de e, porém, por razões construtivas, ou seja, o encontro das duas
diagonais no meio define uma altura e maior que a mínima (aproximadamente 12 cm), que
será a altura adotada. O esforço de compressão na diagonal é 21,245 kN e o ângulo entre ela é
o banzo é 66,78.
A parte parafusada é dimensionada semelhante ao que foi feito para L2, porém o
ângulo ϴ é igual a 0 e com 90 (Tabela 25 e Tabela 26).
φ (cm)
αe feѲd β βlim Rvd1 L3 (kN) n L3 nef L3
0,62 2,5 1,8 6,5 4,4 1,786 10,915 11
0,95 1,95 1,8 4,2 4,4 2,736 7,124 8
1,25 1,68 1,8 3,2 4,4 3,600 5,414 6
1,6 1,52 1,8 2,5 4,4 4,608 4,230 5
1,9 1,41 1,8 2,1 4,4 5,472 3,562 4
2,5 1,33 1,8 1,6 4,4 7,200 2,707 3
3,1 1,19 1,8 1,3 4,4 8,928 2,183 3
3,8 1,14 1,8 1,1 4,4 10,944 1,781 2
4,4 1,1 1,8 0,9 4,4 12,672 1,538 2
5 1,07 1,8 0,8 4,4 14,400 1,354 2
7,5 1 1,8 0,5 4,4 21,600 0,902 1
Rvd1 L3
φ (cm) αe feѲd β βlim n L3 nef L3
(kN)
0,62 2,5 1,125 6,5 5,5 1,116 17,465 18
0,95 1,95 0,878 4,2 6,2 1,334 14,613 15
1,25 1,68 0,756 3,2 6,7 1,512 12,891 13
1,6 1,52 0,684 2,5 7,1 1,751 11,131 12
1,9 1,41 0,635 2,1 7,3 1,929 10,105 12
2,5 1,33 0,599 1,6 7,5 2,394 8,141 9
3,1 1,19 0,536 1,3 8,0 2,656 7,338 8
3,8 1,14 0,513 1,1 8,2 3,119 6,249 7
4,4 1,1 0,495 0,9 8,3 3,485 5,593 6
5 1,07 0,482 0,8 8,4 3,852 5,060 6
7,5 1 0,450 0,5 8,7 5,400 3,609 4
25
Figura 17 - Detalhe da ligação L3
𝑇𝑑
𝜎𝑡0,𝑑 = = 0,399 𝑘𝑁/𝑐𝑚² ≤ 𝑓𝑡0,𝑑
𝑎 × (𝑏 − 𝑁∅)
Onde o número de filas de parafusos também vale 2. Como a solicitação é menor que
a resistência, considera-se que o montante é resistente.
A parte parafusada é dimensionada semelhante ao que foi feito para L3, com ângulo ϴ
é igual a 0 e 90 (Tabela 27 e Tabela 28).
26
5 1,07 1,8 0,8 4,4 14,400 0,533 1
7,5 1 1,8 0,5 4,4 21,600 0,355 1
𝑇𝑑
𝜎𝑡0,𝑑 = = 0,157 𝑘𝑁/𝑐𝑚² ≤ 𝑓𝑡0,𝑑
𝑎 × (𝑏 − 𝑁∅)
Onde o número de filas de parafusos também vale 2. O esforço Td vale 15,34 kN.
Como a solicitação é menor que a resistência, considera-se que o montante é resistente.
27
2.6.5. Verificações das peças
Os banzos superiores e as diagonais do lado esquerdo foram verificados à compressão
paralela às fibras.
𝑀𝑑 × 𝑦
𝐹𝑠𝑑 = 𝑁𝑑 + × 𝐴 ≤ 𝐹𝑟𝑑 = 𝑓𝑐𝑜𝑑 × 𝐴
𝐼
Onde Nd é o esforço normal de calculo dado pela combinação de ações mais crítica.
Md é o momento de cálculo (no caso dos banzos, para peça medianamente esbelta e para as
diagonais, verificação de peça curta e esbelta). I vale 6826667 mm4, considerando que o giro
ocorre na menor inércia. Verificou-se que a seção adotada para estas peças está adequada,
exceto pelas diagonais 22 e 24 (em anexo)
𝑅𝑣𝑑1
𝐿1 =
∅𝑑
𝑉𝑑 × 𝑆
∅𝑑 =
𝐼
𝑒𝑑 × 𝜋 × 𝑁𝑑
𝑉𝑑 =
𝐿𝑜
As diagonais com a seção T se tornaram peças esbeltas, com igual a 117. Portanto ed
será igual a ea mais ec, calculados para peças esbeltas sob compressão paralela às fibras. O
valor de ed é 13,67 cm. Os parâmetros para cálculo dos pregos podem ser vistos na Tabela 29.
fyk (kN/cm²) 60
fyd (kN/cm²) 54,55
βlim 6,88
Vd (N) 239,782
S (mm³) 513475,600
φd (N/mm) 1,830
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calculadas constam na Tabela 30. O prego adotado foi o de diâmetro 0,3 cm com distância de
50 cm.
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3. Considerações finais
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4. Referências bibliográficas
SZÜCS, Carlos Alberto; TEREZO, Rodrigo Figueiredo; VALLE, Ângela do; MORAES, Poliana Dias
de. Estruturas de Madeira. Notas de Aula. Florianópolis: UFSC, 2006;
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