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FARES, Josebel Akel, et. al.

TEXTO E PRETEXTO: Experiência de educação


contextualizada a partir da literatura feita por autores amazônicos: destinados a
alunos de 1. ° grau maior e 2 .° grau. 3. ed. – Belém: Cejup, 1996.

“BRUNO DE MENEZES” (p.14)

“A 21 de março de 1893, no bairro do jurunas, nascia o poeta Bruno Meneses.


Filho de família pobre, não pôde concluir os estudos, tornou-se autodidata.” (p.
14)

“Em 1913, publicou seu primeiro poema, O Operário, em que já se percebe


uma forte preocupação com o social, característica bastante explorada, mais
tarde, pelos escritores modernistas.” (p 14)

“Trabalhou em vários jornais de Belém, dentre os quais destacamos a „Folha


do Norte‟ e „Jornal do Povo‟. “(p. 14)

“‟Batuque‟ sua obra mais importante, tem como principal traço a expressão da
cultura negra: rituais, danças e costumes africanos instalados na Amazônia”.
(p. 14)

“Além da temática, que evoca as raízes negras, os poemas de Bruno Meneses


caracterizam-se pela utilização do verso livre, com presença de rima esparsa.
O ritmo é fluente, os textos surgem como verdadeiros poemas narrativos, e que
uma historia é sensível e cadenciadamente contada, com a intenção de
comover o leitor e despertar-lhes emoções sutis.” (p. 14)

“DALCÍDIO JURANDIR” (p.17)

“O menino Dalcídio conviveu com a matintaperera, com o boto, até que as


dificuldades da vida o empurraram para Belém do Pará.” (p. 17)

“O menino tornou-se homem. Em Belém, devido a sua luta pela igualdade de


direito e justiça social, foi preso. Até passou fome no presidio São José.” (p. 17)

“Teve um livro publicado na União Soviética: Linha do Parque.” (p. 17)

“Seus livros que falam da Amazônia compõem o chamado ciclo do extremo


norte.” (p. 17)

“Morreu em 1979, no Rio de janeiro.” (p. 17)

“A obra de Dalcídio Jurandir constitui-se um verdadeiro testemunho da vida


amazônica. O que o romancista escreve faz parte de sua própria vivência, daí a
fidelidade com enfoca o mundo amazônico quando o recria em suas obras.” (p.
17)

“Aspecto da cultura popular nortista evidenciam-se quando o romancista nos


conta os preparativos e a apresentação do bumbá Estrela Dalva (Boi) e
também quando nos leva a conhecer a atividade artesanal do avô Bibiano,
mestre na tecelagem de paneiros (o velho e os Miritizeiros).” (p. 18)

“LINDANOR CELINA” (p.20)

“Bragança? Itaiara? Onde teria nascido Lindanor Celina? Não sabemos ao


certo... Menina do interior, veio para Belém estudar no colégio interno. Criança
irrequieta, aprendeu a observar os fatos, as tradições de Bragança, terra onde
passou sua infância.” (p. 20)

“Lindanor formou-se em letras pela Universidade federal do Pará. No curso,


sua irreverencia foi um marco, tanto como aluna, quanto como professora de
estética, anos depois.” (p. 20)

“Lindanor recebeu vários prêmios literários: o Especial Walmap, Wallace Mac


Dowell, St. Exupéry. Seu primeiro livro, menina que vem de Itaiara, foi
traduzido para Língua francesa.” (p. 20)

“Hoje, Lindanor Celina vive em París, onde leciona Literatura Brasileira e


Portuguesa, na Universidade de Lille III. Tem textos publicados em revistas de
vários países da Europa.” (p. 20)

“Nos texto de Lindanor, a memoria funciona como uma espécie de baú. Basta
abri-lo e retirar dele as lembranças que se transformarão em literatura alegre,
solta, cativante.” (p. 21)

“ENEIDA” (p.23)

“[...] O rosto de Belém era pacto e provinciano quando nasceu Eneida de


Moraes. Suas crônicas traem impressas as lembranças de uma Belém gostosa
e nostálgica, que ela tanto amou...” (p.23)

“Já adulta, Eneida se fixou no Rio de Janeiro – outro amor de sua visa - , onde
ficou conhecida pela atuação marcante no carnaval: criou o famoso Baile do
Pierrô, presidiu a liga das escolas de samba e escreveu a historia do carnaval
carioca.” (p. 23)

“Sua vida também ficou marcada pela dor, pelo sofrimento, pelas prisões...Ela
queria uma sociedade justa, mais humana.” (p.23)

“Eneida morreu em 1971, no Rio de Janeiro. Seu corpo veio pra Belém,
encontra-se sepultado ao lado esquerdo do cemitério de Santa Isabel, embaixo
de uma mangueira. Assim ela quis... “ (p. 23)

“Eneida foi uma escritora essencialmente memorialista. Buscou no passado,


nas suas experiências pessoais, os elementos de sua prosa contundente.
Escritora que usava com habilidade os períodos longos, com frases de grande
comunicação, Eneida rememorou em suas crônicas as ruas, os costumes, o
povo de uma antiga Belém do Grão Pará. A prosa sedutora de Eneida trata de
coisas muito peculiares ao belenense: os santos padroeiros, as missas,
misticismo, banho de cheiro. Fala de uma Belém mergulhada em nostalgia.” (p.
24)

“O fato da autora buscar no passado os elementos de sua literatura faz com


que em seu texto, sobressaia uma Belém distanciada da vida urbana,
tumultuada e, não rara vezes, agônica, que hoje presenciamos na capital
paraense. Belém onde os santos já não são mais festejados e as festas
populares perderam grande parte do seu original fascínio. Mas a autora fala de
tempo em que as seduções existiam: “perdoa-me se gosto tanto de ressuscitar
meu passado”, desculpa-se numa das passagens de banho de cheiro.” (p.24)

“Sua narrativa é transparente e atinge o autor em cheio. Ora amena, ora


pungente, a autora consegue – muitas vezes – fazer de seu texto um
instrumento de denuncia.” (p. 24)

“Haroldo Maranhão” (p.38)

“Haroldo Maranhão é um escritor original. Seus textos têm o encanto


necessário para envolver os leitores mais exigentes. Os temas, os
personagens e situações de seus escritos - grande parte das vezes – são
retirados do dia-a-dia e retrabalhados ficcionalmente, de modo preciso e
singularmente poético.” (p.38)

“No conto „lição de borboleta‟, o autor faz uma reflexão poética sobre o
aprendizado das coisas. Já em „velho, Ônibus e Policia‟ é abordada a
estranheza no comportamento humano.” (p.38)

“De um jeito ou de outro, os textos de Haroldo provocam ora a sensação de um


soco no estômago, ora impressão de beijo na boca: têm o mágico poder de
despertar o leitor!” (p.38)

“ANTÔNIO JURACI SIQUEIRA” (p.40)

“sujeito singular. Formado em filosofia pela Universidade do Federal do Pará,


açougueiro de profissão, totó, sócio da Associação Paraense de escritores e
presidente da União Brasileira de Trovadores/Pará, reúne em torno de si várias
gerações de artistas.” (p.40)

“Antônio Juraci Siqueira – carinhosamente, totó – é um exímio trovador, desses


que dominam a técnica como quem esculpe uma pedra de mármore. Esta
virtude o fez ser reconhecido como um dos mais significativos trovadores do
Brasil.” (p.40)

“Apesar de seu trabalho mais intenso ser como trovador, o escritor também
exercita a prosa, como observaremos em metamorfose, texto em que
percebemos a força narrativa do autor que, habilmente, opta por períodos
curtos e ágeis. [...] uma vez que a história do boto escorre ligeira por nossos
olhos curiosos, reflexos de amazonicidade: regionalismo que esconde atrás de
si a eterna e universal história de amor/ desamor/ sedução...” (p. 40-41)

“MÁRCIO SOUZA” (p.43)

“Foi entre as fartas folhagens de Manaus, cidade com cheiro de rio, que nasceu
Márcio Souza. Era 1944[...]” (p.43)

“Estreia na vida cultural em „O trabalhista‟, jornal em que escreve críticas de


cinema.” (p.43)

“O rapaz irrequieto transfere-se em 63 para São Paul. Ingressa na


Universidade de São Paulo – USP e, em 69, abandona o curso de Ciências
Sociais [...]” (p.43)

“Retorna a Manaus. Agora atua como atoe e dramaturgo no grupo de Teatro do


Serviço Social do Comércio – SESC/AM.” (p.43)

“Seu trabalho como ficcionista contesta, ironicamente, a classe dominante


amazônica. A crônica provinciana cala-se e tenta ignorar seu trabalho.
Entretanto, a crítica nacional e internacional começa a descobrir Márcio.” (p.43)

“Em 1976, „Galvez, Imperador do Acre‟ é reconhecida como a grande revelação


da literatura brasileira. Daí pra cá, algumas portas se abriram. A Amazônia
após muito tempo, volta a ter voz na arte literária nacional.” (p.43)

“Márcio Souza tem livros publicados em vários países do mundo.” (p.43)

“[...] caracterizou sua literatura como um instrumento de arte-denuncia, e que a


precisão e beleza da escrita soma-se a registros da condição de precariedade
sócio-econômica e cultural do homem amazônico.” (p.44)

“O autor também atenta a certas perdas irreparáveis: a identidade do caboclo


desaparecendo, face à violência da exploração dos nativos; o sacrífico dos
costumes originais; o massacre da cultura e o „holocausto das gentes‟. Márcio
fala de uma região marcada pela exploração cínica, região para onde con
vergem grandes projetos nacionais e multinacionais ensopados de
mesquinharia e ganância, coisas ruins para as populações da região” (p.44)

“JOÃO DE JESUS PAES LOUREIRO” (p.47)

“Foi na cidade de Abaetetuba, a 23 de junho de 1939 – véspera de São João –


que nasceu o poeta [...]” (p.47)

“Até os treze anos viveu em contato com o rio, com as lendas, com o
encantamento da Amazônia mítica que contrastava com a miséria e as
injustiças sofridas pelo escritor e que virão á tona, mais tarde, em sua obra.”
(p.47)

“Em Belém, estudou no Colégio do Carmo, onde integrou uma mini-academia


de Letras, coordenada pelo padre Belchior Maia d‟Athayde.” (p.47)

“Paes Loureiro é advogado e professor.” (p.47)

“Em suas obras, fruto da vivencia e observação, aborda, de forma ampla a


realidade amazônica: vai da exuberância mítica à devastação cultural.”(p.47)

“Desde sua primeira publicação – tarefa – já se percebia na poesia de João de


Jesus Paes Loureiro a intenção de construir uma obra que reunisse o conteúdo
denunciador pungente e a forma esculpida e bem trabalhada.” (p.47)

“O escritor avança amadurecendo seu estilo. Denunciando – através de seus


poemas – o confronto entre o mágico-mitológico amazônico e a penetração
devastadora do progresso. Assim constrói-se a Trilogia Amazônica: Porantim –
a Amazônia ainda pura – Deslendário – a invasão do capitalismo na região – e
altar em chamas - a distorção urbana do rosto da Amazônia, a partir daí é
reconhecido pela crítica nacional. É aclamado, em 83, como o „melhor em
poesia‟, pela Associação Paulista de Críticos de Arte – A.P.C.A..” (p.48)

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