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Autores:
Eng. MSc Lília Maria de Oliveira
Eng. MSc Eber José de Andrade Pinto
Ciclo Hidrológico
Nuvem
I ETP
Sol
P
Esup
Ev
Essup Ev
Lençol
Pe Rio, lago freático
Esub
onde:
P - precipitação, mm;
Esup - escoamento superficial;
Essup - escoamento sub- superficial;
Ev - evaporação;
ETP - evapotranspiração;
I - infiltração;
Pe - percolação;
Esub - escoamento subterrâneo.
1
O restante do volume infiltrado irá percolar para as camadas mais profundas do solo,
alimentando os aqüíferos subterrâneos.
Quando a chuva excede a capacidade máxima de infiltração do solo, o
excesso de água irá formar o escoamento superficial. Inicialmente, o escoamento
superficial ocorre na forma de pequenos filetes de água que se adaptam ao
microrrelevo do solo. Em seguida, a erosão das partículas de solo pelos filetes
associada à topografia criam uma microrrede de drenagem efêmera que converge
para a rede de cursos d´água mais estável, formadas por córregos e rios. Na
maioria das vezes, a água escoada pela rede de drenagem mais estável destina-se
ao oceano.
O ciclo hidrológico se completará com o retorno da água armazenada pelas
plantas, solo e superfícies líquidas, sob a forma de vapor para a atmosfera através
dos fenômenos de evaporação e transpiração.
Bacia Hidrográfica
2
FIGURA 1.2 - Bacia Hidrográfica
divisores
A
Exutório
B
A-B
3
Fisiografia da Bacia Hidrográfica
São considerados dados fisiográficos de uma bacia todos aqueles dados que
podem ser extraídos de mapas, fotografias aéreas e imagens de satélite.
Basicamente são áreas, comprimentos, declividades e cobertura do solo obtidos
diretamente ou expressos por índices. Algumas características fisiográficas e índices
serão descritos a seguir.
• Área de Drenagem (A) – é obtida através da projeção vertical da linha do divisor
de águas sobre o plano horizontal, expressa em hectares (ha) ou quilômetros
quadrados (km2).
• Comprimento do curso d´água (L) - Através do perfil longitudinal dos cursos
d’água determina-se o comprimento do trecho entre nascente do rio e o ponto de
interesse. Os perfis longitudinais são levantados em mapas planialtimétricos,
utilizando o curvímetro, ou com uso de técnicas de geoprocessamento. A Figura
1.4 apresenta um exemplo de perfil longitudinal.
1000
900
700
600
0 10 20 30 40 50 60
DISTÂNCIA (Km)
4
Método da Declividade I15,85
Este método consiste em, a partir do gráfico do perfil longitunal do rio, calcular
a área abaixo do gráfico e encontrar um triângulo retângulo de área equivalente e de
base igual ao comprimento do curso d’água da nascente até a estação
fluviométrica. O valor da declividade média do trecho considerado será portanto a
inclinação da hipotenusa do triângulo retângulo encontrado.
Este método, tal como o método da declividade média, leva em conta, para o
cálculo da declividade, todo o perfil longitudinal do rio até o ponto desejado.
⎡ ⎤
2
⎢ ⎥
⎢ L ⎥
I eq =
⎢ ⎛ lj ⎞ ⎥
⎢ ∑⎜⎝ I ⎟⎠. ⎥
⎣ ⎦
U = C R. I
5
Este método é usualmente empregado no dimensionamento de obras
hidráulicas. O método da declividade equivalente resulta em valores de declividades
menores do que os calculados pelos outros métodos, porque baseia-se no conceito
de tempo de translação, que atribui um peso maior para os trechos com baixa
declividade e grande extensão.
Índices de Forma
P
k C = 0,28 , onde P é o perímetro da bacia (km) e A é área de drenagem da bacia
A
(km2)
A
Re = 1,128 , onde Lm é o comprimento da bacia (km) e A é área de drenagem da
Lm
2
bacia (km )
4πA
Rci = , onde P é o perímetro da bacia (km) e A é área de drenagem da bacia
P2
(km2)
6
Dd = ∑Li/A
Intercepção
Pi = P − AV − TA
Pi é precipitação interceptada;
P é a precipitação;
AV é a precipitação que atravessa a vegetação e
TA é a parcela da precipitação que escoa pelos troncos.
7
Evaporação e Evapotranspiração
Infiltração
8
Precipitação
9
• Frontais ou Ciclônicas: provêm da iteração de massas de ar quentes e frias. São
chuvas de grande duração, atingindo grandes áreas com intensidade média.
Podem produzir cheias em bacias com grandes áreas de drenagem.
Monitoramento Pluviométrico
A chuva que precipita sobre uma bacia é medida nos pontos selecionados
através da utilização de aparelhos denominados pluviômetro e pluviográfo, sendo
assim é uma medida pontual.
Para se medir a chuva espacialmente podem ser utilizados radares
meteorológicos.
No âmbito deste curso serão apresentados os dados obtidos de maneira
pontual, ou seja, através da utilização de pluviômetros e pluviográfos.
O pluviômetro é um recipiente metálico utilizado para medir os totais diários
de precipitação. Possui uma superfície horizontal de captação da chuva, tal que o
total diário de precipitação é obtido por
V
P = 10 × (1.4)
A
onde:
P- é a altura diária de chuva em mm;
V - é o volume de água recolhido no recipiente em cm3;
A - é a área de superfície de captação, cm2;
Cerca
1.5 m
proveta
Pluviômetro
Planta
10
A medida em que ocorre a precipitação, os valores são registrados em um
gráfico, sendo que a cada 10 mm de chuva o pluviográfo sifona e libera o volume
armazenado de chuva e começa a registrar novamente. Este processo ocorre em
intervalo de 24 horas, após o qual é necessário fazer a troca do gráfico com a
finalidade de evitar a sobreposição das informações. Este gráfico é denominado
pluviograma.
11
Com intuito de corrigir tais problemas os dados coletados devem ser
submetidos a uma análise antes de serem utilizados. Algumas técnicas simples
podem ser utilizadas para preencher estes períodos, ou mesmo para detectar e
corrigir erros sistemáticos eventualmente presentes em séries pluviométricas.
Preenchimento de falhas
1⎛ P P P ⎞
Px = ⎜⎜ A + B + C ⎟⎟ N X (1.5)
3 ⎝ N A N B NC ⎠
onde Px, PA, PB e PC são as alturas pluviométricas (mensais ou anuais), nos pontos
vizinhos A, B e C, correspondentes ao mês (ou ano) que se deseja preencher.
12
Deve ser analisado o período no qual ocorreu a inconsistência, a partir daí
realiza-se a correção para o período considerado consistente. Por exemplo, se foram
detectados erros no período mais recente, a correção deverá ser realizada no
sentido de se preservar a tendência antiga.
Os valores são acumulados a partir do período para o qual se deseja manter
a tendência da reta. Os valores inconsistentes podem ser corrigidos de acordo com
a seguinte expressão:
Ma
Pc = Pa + ΔP0 (1.6)
M0
onde
ΔPo = P0 − Pa (1.7)
sendo
P0 - valor acumulado a ser corrigido
Valores Acumulados de
Precipitação Anual
(Posto X)
PA
α
Precipitação Média
13
a)- Média aritmética das precipitações observadas nas estações inseridas na bacia;
1
Pm = ∑ Pi (1.8)
n
onde
Pm - Precipitação média em mm;
Pi - Precipitação média no iésimo pluviômetro em mm;
n - número de pluviômetros
1
Pm = ∑ Ai Pi (1.9)
A
onde
Pm - Precipitação média em mm;
Ai - Área de influência de cada posto i;
Pi - Precipitação registrada no posto i;
A - Área total da bacia;
14
c)- Método das Isoietas
As isoietas são linhas de igual precipitação que podem ser traçadas para um evento
ou para uma duração específica.
E seu traçado é obtido da seguinte forma:
a)- Localize os pontos (estações) no mapa da região de interesse e escreva o total
precipitado para o período escolhido ao lado de cada posto;
b)- Esboce as linhas de precipitação escolhendo números inteiros;
c)- Ajuste estas linhas por interpolação entre os pontos;
d)- Utilize um mapa de relevo e superponha com o mapa de isoietas. Faça o ajuste
destas linhas com o relevo
e)- Para se obter a precipitação é necessário determinar a área entre as isoietas; Ai,
j+1, e multiplica-lá pela média das precipitações das respectivas isoietas, (Pi+Pi+1)/2,
e dividi-se pela área total
1 ( P + Pi +1 )
Pm = ∑ Ai , j +1 i (1.10)
A 2
FIGURA 1.9 - Exemplo da aplicação do método das isoietas para uma bacia
hidrográfica
15
Análise de Chuvas Intensas
16
Utilizando o procedimento descrito acima, para as durações de interesse é
definida uma família de curvas para o posto em análise, conforme Figura 1.8.
Curvas IDF
01845004 - Lagoa do Gouvea
350
250
Tr = 25 anos
Tr = 10 anos
200
Tr = 5 anos
Tr = 2 anos
150
100
50
0
0 5 min
0.1 10 min
0.215 min 0.3 0.4 300.5
min 0.6 0.745 min 0.8 0.9 1 h1
Duração
A família de curvas, ilustrada na Figura 1.8 podem ser sintetizada em uma equação
única da forma
aT b
i= (1.11)
( t + c) d
onde
i é a intensidade em mm/h;
t é a duração da chuva em minutos;
T é o tempo de retorno em anos;
a,b,c,d são parâmetros que devem ser determinados para cada local.
Na literatura existem várias equações determinadas para diferentes cidades do país,
Tabela 1.3.
TABELA 1.3 - Coeficientes das curvas i-d-f para algumas cidades brasileiras
Localidade a b c d Autor
Curitiba 5950 1.15 26 0.217 Wilken, P. S
São Paulo 29.13 0.89 15 1.81 i=mm/min Wilken, P. S
Rio de Janeiro 1239 0.74 20 0.15 Wilken, P. S
17
i T ,t , j = 0,76542 t −0,7059 Panual
0 ,5360
μ T ,t ; T≤200 anos; 10 min≤ t≤ 24 h (1.12)
onde:
i T ,t , j é a estimativa de chuva (mm/h ou mm/min), de duração t (h ou min), no local j,
associada ao período de retorno T (anos);
Panual é a precipitação anual em (mm) na localidade j dentro da RMBH, a qual pode
ser obtida a partir do mapa isoietal da RMBH, em anexo;
μ T ,t representa os quantis adimensionais de freqüência, de validade regional,
associados à duração t e ao período de retorno T, conforme a Tabela 1.4.
onde
Tr é o tempo de retorno em anos;
α e β valores que dependem da duração da precipitação;
γ uma constante (adotada para todos os postos igual a 0,25);
18
Na tabela 1.5 são apresentados os valores de α válidos para alguns postos
estudados, para durações de 5 min a 6 dias. A Tabela 1.6 apresenta os valores de β
(função da duração) e de a, b e c correspondentes para alguns postos.
19
Capítulo 2 - Sistema de Drenagem de Águas Superficiais
20
No topo do talude da camada final e na base dos taludes das demais
camadas deverão ser construídas linhas de drenagem para a captação das águas
que escoam superficialmente. Essas linhas de drenagem são constituídas por
canaletas revestidas de meia-canas de concreto, que captam e conduzem essas
águas para fora do aterro, através das suas laterais.
A utilização de meias-canas de concreto é interessante porque nessas
regiões não podem ocorrer erosões em hipótese alguma, sob pena de ter-se as
laterais do aterro seriamente comprometidas.
Como as meias canas não formam uma estrutura inteiramente rígida, podem
funcionar satisfatoriamente, mesmo após a ocorrência de recalque diferenciais.
A cada 50 metros, no máximo, devem ser construídos nas canaletas de
drenagem pontos de descarga, constituídos por caixas de passagem em alvenaria,
que irão distribuir o fluxo para as laterais do aterro. O fluxo nas laterais do aterro
pode ser conduzido pela utilização de canais de concreto, com a utilização de
degraus para a dissipação da energia cinética evitando que esta água chegue na
base do talude inicial com .grande poder de erosão. Na utilização de distâncias
superiores a 50 metros, para distribuição do fluxo, corre-se o risco de escavar-se
além da camada de cobertura, expondo os resíduos.
Os taludes e patamares também podem sofrer recalques, permitindo que as
águas escapem da drenagem. Por isso, os patamares deverão apresentar também
uma declividade transversal que favoreça o escoamento em direção a base do
talude formando uma espécie de calha que tem na linha central as canaletas de
drenagem.
O dimensionamento da drenagem definitiva é imprescindível, pois deve
permanecer ativa mesmo após o encerramento das atividades do aterro. É comum,
nos aterros, a destruição das drenagens superficiais devido a falta de
dimensionamento. Nesses casos, a reconstrução da drenagem perdida e a
recuperação das estruturas deterioradas é sempre muito mais onerosa do que o
projeto bem elaborado.
Como os aterros possuem geralmente áreas de drenagem superficiais
menores que 50 hectares, para o cálculo das vazões a serem drenadas pode ser
utilizado o Método Racional.
C×i×A
Q= (2.1)
3,6
onde:
Q - vazão a ser drenada na seção considerada (m3/s);
C - coeficiente de escoamento superficial que depende das características da bacia
contribuinte, (Tabela 2.1);
A - área da bacia contribuinte (Km2)
i - intensidade da chuva crítica que varia de local para local (mm/h)
21
TABELA 2.1 – Coeficiente de Escoamento
Solo Arenoso Solo Argiloso
Declividade Declividade
Tipo de Cobertura < 7% > 7% < 7% > 7%
Áreas com Matas 0.20 0.25 0.25 0.30
Campos Cultivados 0.30 0.35 0.35 0.40
Áreas Gramadas 0.30 0.40 0.40 0.50
Solos sem Cobertura 0.30 0.60 0.60 0.70
Vegetal
1
⎛ L2 ⎞ 3
t c = 5.3 × ⎜ ⎟ ( em min), Picking; (2.2)
⎝ I ⎠
0.335
⎛ L3 ⎞
t c = 57 × ⎜ ⎟ (em min), California Culverts Pratice; (2.3)
⎝ I ⎠
onde:
L = comprimento do talvegue máximo da bacia (km);
H = altura máxima do perfil longitudinal do talvegue máximo (m);
H
I = declividade média do talvegue máximo (m/m), sendo I =
L
2 1
R 3 ×S× i 2
Q= h (2.4)
n
onde:
Q - vazão de projeto (m3/s)
n - coeficiente de rugosidade das paredes do canal (Tabela 2.2)
Rh - raio hidráulico da seção do canal = seção molhada/ perímetro molhado =S/P
S - área molhada da seção transversal do canal (m)
i - declividade do canal (m/m)
22
TABELA 2.2 - Valores de coeficiente de rugosidade - n
Material do canal n
Concreto 0.013
terra 0.025
brita 0.030
TABELA 2.3 - Valores de inclinação das paredes dos canais em função do material
Material do canal Inclinação dos taludes
Concreto simples 1(V):1(H)
Argila rija
Solo argiloso 1(V):1,5(H)
Solo siltoso
Solo arenoso
Cascalho ou brita 1(V):2(V)
Terra solta
23
Terminologia
Sarjetões: calhas localizadas nos cruzamentos das vias públicas formadas pela
própria pavimentação e destinadas a orientar o fluxo das águas que escoam pelas
sarjetas;
Plantas
• planta de situação da localização dentro do estado;
• planta geral da bacia onde irá se inserir a obra, nas escalas 1:5.000 ou
1:10.000;
24
• planta plani-altimétrica da área do projeto na escala 1:2.000 ou 1:1.000,
com pontos cotados nas áreas de maior interesse, por exemplo esquinas,
obras de drenagem já existentes, etc.
Dados relativos ao corpo receptor: indicações sobre o nível de água máximo do rio
que irá receber o lançamento final; levantamento topográfico do local de descarga
final.
Traçado da rede pluvial : a rede coletora deve ser lançada em planta baixa (escala
1:2.000 ou 1:1.1000), de acordo com as condições naturais do escoamento
superficial.
25
Método Racional
Princípios Básicos
O método racional pode ser aplicado com maior segurança para pequenas bacias
com áreas de drenagem de até 50 ha.
C×i×A
Q=
3,6
∑(A i × C i )
C= (2.5)
A
26
anteriormente, a chuva crítica de projeto é função da sua duração, que por hipótese
é igual ao tempo de concentração da bacia.
O tempo de concentração (tc) é dado pela soma do tempo de entrada (te) e o tempo
de percurso (tp);
tc = te + tp (2.6)
L
tp = (2.7)
60 × V
Zy0
y0 θ
onde:
y0 - altura de água na sarjeta;
z- inclinação da sarjeta;
n - rugosidade (coeficiente de atrito);
I - declividade longitudinal da sarjeta, m/m;
0.750 × y 2 3 × I 1 2
V= em m/s (2.9)
n
27
O tempo de escoamento de água na sarjeta ts é:
L
ts = , min (2.10)
60 × V
• Bocas de lobo com abertura na guia. A sarjeta adjacente à boca de lobo pode ser
normal (continua) ou com depressão, podendo ainda ficar localizada em trecho
de sarjeta com declividade uniforme ou em ponto baixo do “greide “da rua.
• Boca de lobo com grade. Possui localização semelhante a anterior, no entanto se
estiver localizada em pontos baixos do “greide” da rua é mais eficiente que do
tipo com abertura na guia.
Nos dois casos a caixa da sarjeta fica localizada sob o passeio. Em casos
especiais pode haver uma combinação dos dois tipos.
Bocas de lobo deste tipo podem funcionar como vertedores ou orifícios, dependendo
da altura de água na sarjeta.
• Para cargas (altura de água) até a altura da abertura (y/h<1), a boca de lobo
funciona como vertedor, sendo a vazão dada por:
28
Q 3
= 1,703y 2 (2.11)
L
na qual:
h - altura da abertura da guia em metros;
L - comprimento da abertura em metros;
y - altura de água em metros;
Q - vazão máxima esgotada pela boca de lobo, em m3/s;
• Para cargas iguais ou maiores do que duas vezes a altura da abertura da boca
de lobo (y/h ≥ 2), supomos que a boca de lobo funcione como orifício, sendo a
vazão dada pela fórmula
. × h 2 ( y 1 h) 2 .
Q 3 1
= 3101 (2.12)
L
• Para cargas entre uma a duas vezes a altura da abertura da guia (1<y/h<2), o
funcionamento da boca de lobo é indefinido, tendo sido adotada uma transição
no monograma.
A capacidade da boca de lobo deste tipo depende da área das aberturas e da altura
de água sobre a grade. Para alturas (cargas) de até 12 cm sobre a grade da boca de
lobo ela funcionará como vertedor, podendo ser aplicada a fórmula de vertedores. E
funcionará como orifício, sendo-lhe aplicável a fórmula de orifícios para cargas de 42
cm ou mais. Para cargas entre 12 e 42 cm o funcionamento é indefinido.
As fórmulas têm os seguintes aspectos:
a) - Para cargas de até 12 centímetros
Q
= 1,655 × y 3 2 . (2.13)
P
Na qual:
Q
= vazão por metro linear de perímetro da boca de lobo;
P
y = altura de água na sarjeta sobre a grade;
29
b)- Para cargas iguais ou superiores a 42 centímetros:
Q
= 2,91 × y 1 2 (2.14)
A
onde:
Q
= vazão por metro quadrado de área de abertura da grade, excluindo as áreas
A
ocupadas por barras;
y - altura de água na sarjeta sobre a grade.
30
10. Quando a galeria tem a forma circular, ela funciona à plena seção. No caso de
seção retangular devemos garantir a condição de conduto livre, admitindo um
espaço mínimo acima do nível d`água de, no mínimo 10 cm;
11. o diâmetro ou a dimensão mínima é de 50 cm para galerias ramais, para evitar
entupimentos;
Os diâmetros comerciais correntes são os seguintes: 0,30; 0,40; 0,50; 0,60; 0,80;
1,00 e 1,50 m.
Os condutos que servem para uma única boca de lobo devem ter um diâmetro
mínimo de 30 cm para evitar entupimentos constantes. Quando houver maior
número de bocas de lobo os condutos devem ser dimensionados com folga, pelos
mesmos motivos.
No que diz respeito a galerias ramais, o diâmetro mínimo não deve ser inferior a 50
cm; e quanto aos troncos, ou galerias que recebem vários ramais, o diâmetro
mínimo não deve ser inferior a 1,20 m.
Cálculos hidráulicos
V = C RH × I (2.15)
associada à equação da continuidade:
Q = S× V (2.16)
sendo o valor do coeficiente de Chésy dado por uma fórmula prática, como a de
Manning
R 1H6
C= (2.17)
n
onde :
Q - vazão em m3/s;
V- velocidade média, em cm/s;
31
S - seção molhada, em m/s;
RH - raio hidráulico, em m;
I - declividade longitudinal, em m/m;
n - coeficiente de rugosidade, adimensional.
Dissipadores de Energia
32
restituição a jusante, particularmente quando a lâmina de água no canal de
restituição é pouco profunda. Muros de ala a jusante, com 45O de abertura, são
muito eficientes para melhor estabilidade e controle de tendências erosivas e melhor
distribuir a descarga a jusante.
Análise hidráulicas
q2
Dn = (2.18)
ga 3
onde:
q - a descarga unitária por unidade de comprimento da crista da soleira;
g - a aceleração da gravidade;
a - altura do degrau;
Lh
= 4.30D 0n.27 (2.19)
a
hp
= 100
. D 0n.22 (2.20)
a
h1
= 0.54 D 0n.425 (2.21)
a
h2
= 166
. D 0n.27 (2.21)
a
33
onde Lh é o comprimento de queda ( a distância desde o espelho do degrau até a
posição de profundidade h1),
hp é a profundidade a jusante junto ao pé do degrau,
h1 é a profundidade no pé da lâmina vertente ou o início do ressalto hidráulico, e
h2 a profundidade d`água a jusante do ressalto. L pode ser determinado, de maneira
análoga, como para bacias de dissipação, Figura 2.1.
Modificações Práticas
34
Capítulo 3 - Sistema de Proteção de Aqüíferos Subterrâneos
Esse sistema tem como objetivo impedir que haja o contato direto dos
resíduos aterrados, ou de seus efluentes com os aqüíferos subterrâneos. Essa
proteção pode ser conseguida através da impermeabilização do solo e da drenagem
dinâmica de nascentes.
Terreno Natural
Manta Geo-Textil
35
FIGURA 3.2 - Drenagem Subsuperficial - Dreno com tubo condutor
Manta Geo-Textil
Brita
Tubo Dreno
1
Q= × R 2h / 3 × I 1/ 2 (3.1)
N
onde:
Q - vazão (m3/s);
n - coeficiente de rugosidade das paredes (para tubo de cimento, n=0,012);
Rh - raio hidráulico (m);
I - declividade (m/m);
Q = 52.45 × p × R 2h / 3 × I 1/ 2 (3.2)
onde:
V - velocidade média de percolação (cm/s);
I - declividade do aterro (m/m);
Rh - raio hidráulico do meio poroso considerado (cm)
p × Ds
Rh = (3.3)
6 × ( I − p)
v = C v × I 0.54 (3.4)
36
onde:
VD
Rw = (3.7)
ν
onde:
37
Impermeabilização do solo
38
Capítulo 4 - Sistema de Drenagem de Líquidos Percolados
PRECIPITAÇÃO
COBERTURA TEMPO(hr)
INFILTRACÃO E
REDISTRIBUICÃO
DO CONTEÚDO DE
HIDRÓGRAFA ÁGUA
LIXO COMPACTADO DO
CHORUME
(mm/hr)
TEMPO (hr)
SISTEMA DE
DRENAGEM
O método Suíço
P×A×K
Q= (4.1)
t
onde:
Q- vazão média de líquidos percolados (l/s);
P- precipitação média anual (mm/ano);
39
t- tempo (s) (1ano= 31.536.000 s).
P + U w = E + G + L + R + ΔU w + ΔU s (4.2)
Onde:
P - precipitação;
Uw - água vinda com o lixo (contribui apenas uma vez no balanço);
E - evaporação;
G - vapor d`água que sai com os gases;
L - água que sai como percolado;
R - escoamento superficial;
ΔUw - água absorvida e retira pelo lixo;
ΔUs - água absorvida e retida pela camada de cobertura
Segundo Fenn et. al. (1975), existente seis condições básicas para utilização do
método do Balanço Hídrico, que são:
1)- Cobertura com solo de 60 cm de espessura e inclinação entre 2 a 4%;
2)- Área de cobertura reservada para recobrimento com vegetação;
3)- Infiltração no aterro proveniente somente da precipitação incidente;
4)- Características hidráulicas do lixo e do material de cobertura uniformes;
5)- Adição de umidade se dá somente após o fechamento da trincheira;
6)- Área da trincheira bem maior que sua profundidade, ou seja, o movimento de
água ocorre somente no sentido vertical.
40
FIGURA 4.3 - Componentes do balanço hídrico em um aterro sanitário.
Precipitação
Evapo-transpiração Evaporação
Escoamento Superficial
Armazenamento Infiltração
Camada da Cobertura
Fluxo de percolado em
áreas saturadas e não
saturadas
Lixo Municipal Armazenamento e
distribuição
Camada Impermeável
Coleta de Percolado
41
TABELA 4.3 - Coeficiente de escoamento superficial (C)
Tipo de Solo Declividade Coeficiente C
Estação seca Estação úmida
Arenoso 0a2% 0.05 0.10
2 a 7% 0.10 0.15
Argiloso 0 a 2% 0.18 0.17
2 a 7% 0.18 0.22
Fonte: Fenn et. al. (1975)
42
FIGURA 4.1 - Layout de plantas de sistemas de coleta de chorume
43
Capítulo V - Produção de Gás em um Aterro Sanitário
Processos Aeróbios;
Processos Anaeróbios;
Processos Facultativos
1)-Decomposição aeróbia
2)-Decomposição Anaeróbia
I fase – Aeróbia;
II fase – Anaeróbia ácida;
III fase – Anaeróbia metânica , instável;
IV fase – Anaeróbia metânica, estavél;
44
estabilização dos volumes de gases gerados, em torno de 60 % CH4 e 40% CO2. Na
quarta fase a proporção de CH4/CO2 permanece estável, em torno de 60% e 40%,
respectivamente e não se encontram mais vestígios de N2. Esta mistura final é
denominada gás bioquímico, e mantém as proporções apresentadas acima por
dezenas de anos, embora reduza-se a sua proporção ao longo do tempo, Figura 5.1.
As taxas de produção de gás e a duração de cada fase são especificas para
cada local. Alguns estudos realizados em aterros sanitários tem mostrado que são
necessários cerca de 300 dias para se estabilizar a produção do gás metano em um
aterro, sendo que a faixa de tempo adotada é de 180 a 500 dias, Figura 5.1.
Como o primeiro estágio se completa em poucos dias, aproximadamente uma
semana, é difícil estimar a produção de gás em um aterro neste período.
Comumente admiti-se que são necessárias duas décadas ( 20 anos) para que
ocorra a degradação completa das substâncias orgânicas presentes em um aterro
sanitário.
45
Alguns resíduos podem inibir as atividades das bactérias metânogenicas, por
outro lado, a codisposição de resíduos com auto poder putresível tais como lodo
orgânico podem aumentar a produção de gás.
FIGURA 5.2- Migração lateral de gases, EPA (1985) apud Matsufuji (1994)
46
FIGURA 5.3- Migração vertical de gases, EPA (1985) apud Matsufuji (1994)
47
FIGURA 5.4 – Concentração de alguns substâncias em área de aterro sanitário.
48
FIGURA 5.5 – Barreiras utilizadas para controle de migração de gases. Fonte: EPA
(1985) apud Matsufuji.(1994)
49
Em aterros onde as condições do solo ou do local dificultarem a construção
de trincheiras profundas, os tubos de gás podem ser instalados em volta do
perímetro do aterro ou dentro do próprio aterro, Figura 5.6.
50
de construção o tratamento final do gás por queima, etc. é de difícil realização,
sendo nestas circunstâncias o gás liberado diretamente para a atmosfera.
As estruturas de drenagem dos gases devem ser selecionadas após as
devidas considerações sobre o fluxo de gás no aterro, para isto deve-se ter em
mãos as seguintes informações: qual o método de aterramento escolhido, tipo de
solos utilizados na cobertura, se haverá ou não outras estruturas
impermeabilizantes, como por exemplo geomembramas, tipos de solos marginais ao
aterro, uso e ocupação da área de entorno do aterro.
Nos aterros que apresentam uma boa impermeabilização de fundo e das
laterais geralmente são utilizados drenos.
Estes drenos são na maioria das vezes constituídos de tubos superpostos e
envoltos com camisas de brita, atravessando verticalmente a massa de resíduos
aterros, desde a base até a superfície final do aterro, funcionando como chaminés,
Figura 5.7.
Na prática, o diâmetro dos tubos a serem utilizados varia de 0,20 a 1,00
metro, em função da altura do aterro. Assim nos aterros de pequena altura (até 15
metros) e grande área superficial são utilizados tubos de até 0,40 m. Os aterros de
alturas maiores podem ser utilizados tubos armados com diâmetro variando de
0,50 m a 1,00 m de diâmetro, visando dar vazão aos gases gerados e suportar os
recalques diferenciais, bem como a movimentação com o aterramento dos resíduos.
Lixo
51
caso, mesmo que ocorra oxidação e o rompimento da tela, devido a ação dos
corrosiva dos percolados, as pedras continuaram formando um canal eficiente.
Podem também serem utilizados drenos compostos por gabião ou a
combinação de gabião com tubos de PVC. A maioria das estruturas de gabião
possuem diâmetros de 0,30 a 0,50 m.
Outra possibilidades para execução dos drenos é a utilização de camisas
deslizantes, onde se utiliza uma forma ou camisa metálica com alças nas
extremidades, a qual é preenchida com pedras e puxada verticalmente a medida
com que as camadas de resíduos se sobrepõem, até atingir a camada final do
aterro. Este método apresenta funções idênticas aos drenos convencionais.
Nos exemplos apresentados acima, para os casos de utilização de fardos de
tela ou camisa deslizantes, recomenda-se que nos últimos metros de dreno seja
colocado um tubo condutor, permitindo assim que os gases saiam de forma
controlada na camada final do aterro, Figura 5.8.
FIGURA 5.8 –Detalhe de dreno de gás sem tubo condutor em toda sua extensão
Tubo de concreto
Material de Cobertura perfurado
Camisa de brita
Lixo
52
Espaçamento dos tubos
53
Normalmente, para aterros com alturas finais variando de 10 a 20 metros, o
intervalo de espaçamento dos tubos é de 20 a 60 metros, dependendo da espessura
da cobertura final.
54
FIGURA 5.10 – Sistema típico para geração de energia elétrica apartir de gás
metano produzido em aterros sanitários
Uma outra opção para utilização do gás gerado no aterro e como forma de
combustíveis de veículos
Em resumo, o fator mais importante para que o gás metano gerado em
aterros sanitários seja reaproveitamento é a existência de um mercado consumidor,
sem isto todos os projetos implantados estarão fadados ao fracasso.
Considerações Finais
55
Capítulo 6 - Medição de Vazões
Definição de Vertedor
b)- Quanto à altura da soleira: livres ou completos (nível de jusante inferior à crista) e
incompletos ou afogados (nível de jusante acima da crista).
56
d)- Quanto à largura: vertedores contraídos ou com contração lateral (comprimento
da soleira menor que a largura do canal de aproximação), e vertedores sem
contração lateral.
2
Q= × C × 2 2 g × b × D1,5 (6.1)
3
onde :
C - é o coeficiente de descarga, dado na Tabela 6.1;
Os demais valores são como apresentados na Figura 6.2.
(4) Devido à aeração exigida, o nível d’água a jusante do vertedor deve estar pelo
menos 0,05m abaixo da elevação da crista.
TABELA 6.1- Valores de C como função b/T e D/P para v.p.d. retangulares
b/T C b/T C
57
FIGURA 6.2 - Esquema de um vertedor de parede delgada retangular
Corte longitudinal
Q = 1,77 × l × H 3 2 (6.2)
onde :
l - é o comprimento da crista do vertedor;
H - é a altura de água sobre a crista do vertedor;
0 ,5 ⎛ θ⎞
× C × ( 2g) ⎜ tan ⎟ × H 5/ 2
8
Q= (6.3)
15 ⎝ 2⎠
Para medida de vazões pequenas ( Q< 0,030 m3/s) é preferível o emprego dos
vertedores triangulares, pois a carga H é medida mais facilmente que nos vertedores
retangulares.
58
FIGURA 6.3- Seção transversal vertedor triangular
FIGURA 6.4 - Valores de C em função do ângulo teta (θ) para v.p.d. triangulares
0 ,5 9
C 0 ,5 8
0 ,5 7
25 35 45 55 65 75 85 95
T e ta
⎡2 ⎤ ⎡8 ⎤
Q = ⎢ × C × b × 2 2 g × H 3/ 2 ⎥ + ⎢ × C × 2 2 g × H 5/ 2 × Tgβ ⎥ (6.4)
⎣3 ⎦ ⎣15 ⎦
59
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
60
ANEXO I
Neste Anexo são apresentadas as equações IDF estabelecidas para algumas localidades do Estado
de Minas Gerais
A equação IDF para a Região Metropolitana de Belo Horizonte foi definida a partir de uma
metodologia de análise regional de precipitações intensas com o uso de momentos-L. Esta equação
regional foi definida por Márcia Maria Guimarães Pinheiro, na dissertação de Mestrado apresentada
ao Curso de Pós-Graduação do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da Escola de
Engenharia da UFMG, Estudo de Chuvas Intensas na Região Metropolitana de Belo Horizonte,
defendida em Março de 1997, com orientação do Prof. Dr. Mauro da Cunha Naghettini.
para
T ≤ 200 anos; e
10 minutos ≤ D ≤ 24 horas
sendo
IT,i , a estimativa da intensidade média do local i, associada ao período de retorno T (mm/h ou
mm/min);
D, a duração da precipitação (horas ou minutos);
PA, precipitação total anual média (mm), a Figura III-1 apresenta a configuração isoietal das
precipitações totais anuais médias na região metropolitana de Belo Horizonte;
μT,d , o fator "index-flood" associado ao período de retorno T e à duração da precipitação D,
conforme a tabela abaixo.
Esta equação está publicada no Plano de Urbanização e Saneamento Básico de Belo Horizonte.
Canalização do Ribeirão Arrudas: Memória Justificativa dos estudos hidrológicos do vale do
ribeirão Arrudas. Belo Horizonte , setembro de 1982.
a) Para t ≤ 1 hora
795,18T 0,1598
i=
(t + 5) 0,7039T
0 , 0106
onde,
i é a intensidade pluviométrica em mm/h,
t é a duração da chuva em minutos,
T é o período de recorrência em anos.
1.172,4T 0,1453
i=
(t ) 0,8331
onde,
i é a intensidade pluviométrica em mm/h,
t é a duração da chuva em minutos,
T é o período de recorrência em anos.
• Equações IDF definidas para duas estações de Belo Horizonte por Bruno Rabelo Versiani,
Maria de Fátima Chagas Dias Coelho, Paulo Henrique Vieira Magalhães e Alessandro
Sperandio de Sá.
15,2335T 0,1411
i=
(t + 6,12) 0, 7758
onde
i é intensidade da precipitação em mm/minuto;
t é duração da precipitação em minutos e
T é o período de retorno ou tempo de recorrência em anos.
b) Estação do Horto (INMET - Código 01943055) em Belo Horizonte
Período de Observação: 1962-1985
17,394T 0,1481
i=
(t + 8,83) 0,7853
onde
i é intensidade da precipitação em mm/minuto;
t é duração da precipitação em minutos e
T é o período de retorno ou tempo de recorrência em anos.
• Equação definida por Adir José de Freitas e Ana Amélia Carvalho de Souza para Belo
Horizonte (1972)
Esta equação foi apresentada no II Simpósio Brasileiro de Hidrologia realizado entre 21 e 26 maio
de 1972 em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Foram utilizados os dados da Estação meteorológica
de Lourdes pertencente ao Instituto Nacional de Meteorologia referentes ao período de 1938 a 1969.
1447,87T 0,10
i=
(t + 20) 0,84
onde
i é intensidade da precipitação em mm/hora;
t é duração da precipitação em minutos (t ≤ 120 minutos) e
T é o período de retorno ou tempo de recorrência em anos.
• Equação definida para Belo Horizonte por Adir José de Freitas (1981)
843,39T 0,105
i=
(t + 23) 0,665
onde
i é intensidade da precipitação em mm/hora;
t é duração da precipitação em minutos (t ≤ 120 minutos) e
T é o período de retorno ou tempo de recorrência em anos.
• Equações definidas por Otto Pfafstetter para 9 municípios de Minas Gerais
Estas equações foram apresentadas no trabalho Chuvas Intensas no Brasil, publicado pelo DNOS
em 1957, onde foram utilizados os dados da Divisão de Águas e do Serviço de Meteorologia, do
Ministério da Agricultura.
β
α+
Tγ
K =T
Estações utilizadas
Duração
5 15 30
1h 2h 4h 8h 14h 24h 48h 3d 4d 6d
min min min
α 0,108 0,122 0,138 0,156 0,166 0,174 0,176 0,174 0,170 0,166 0,160 0,156 0,152
Valores de β no fator de probabilidade
Duração
Estação
5 min 15 min 30 min 1h a 6 d
Barbacena 0,12 0,12 0,08 0,04
Belo Horizonte 0,12 0,12 0,12 0,04
Bonsucesso 0,04 0,04 0,04 0,04
Caxambu 0,08 0,08 0,08 0,08
Ouro Preto 0,00 0,12 0,12 0,04
Paracatu -0,04 0,00 0,04 0,12
Passa Quatro 0,04 0,04 0,04 0,08
Sete Lagoas 0,08 0,08 0,08 0,08
Teófilo Otoni 0,00 0,08 0,08 0,08
Estação γ a b c
Barbacena 0,25 0,5 18 60
Belo Horizonte 0,25 0,6 26 20
Bonsucesso 0,25 0,8 18 60
Caxambu 0,25 0,5 23 20
Ouro Preto 0,25 0,6 23 20
Paracatu 0,25 1,2 43 10
Passa Quatro 0,25 0,7 21 20
Sete Lagoas 0,25 0,4 27 20
Teófilo Otoni 0,25 0,4 24 20
• Equações definidas para 29 localidades no trabalho Chuvas Intensas no Estado de Minas Gerais:
Análises e Modelos.
Este trabalho é uma Tese apresentada à Universidade Federal de Viçosa, para obtenção do Título de
"Doctor Scientiae", por Fernando Alves Pinto, em 26 de maio de 1995, com a orientação do Prof.
Paulo Afonso Ferreira. Neste estudo as séries foram ajustadas à distribuição de Gumbel e as
equações de intensidade, duração e freqüência, foram definidas com o método de regressão não-
linear Gaus-Newton. Foram utilizados os dados das estações meteorológicas operadas pelo 5o
Distrito de Meteorologia (DISME) do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e elaboradas
séries de máximos anuais para as durações de 5, 10, 15, 30 e 45 minutos, e 1, 2, 3, 4, 6, 12 e 24
horas. A seguir são apresentadas as equações definidas e os respectivo período de dados utilizados
onde,
i é a intensidade máxima média de preciptação (mm/h);
t é a duração da precipitação em minutos e
T é o período de retorno em anos (T ≤ 20 anos).
Estação Equação Período Utilizado
1248,576T 0, 227
01- Aimorés i= 1983 - 1993
(t + 12,268)0,814
2998,661T 0,163
02- Araxá i= 1983 - 1993
(t + 32,009)0,931
1909,102T 0,188
03- Arinos i= 1983 - 1993
(t + 20,499)0,895
1343,837T 0, 251
04- Bambuí i= 1983 - 1993
(t + 25,499)0, 788
2023,567T 0, 281
05- Barbacena i= 1983 - 1993
(t + 20,981)0,957
1175,295T 0, 255
06- Belo Horizonte i= 1983 - 1993
(t + 13,381)0,806
1049,375T 0, 274
07- Capinópolis i= 1983 - 1993
(t + 13,968)0, 784
3600,751T 0, 235
08- Caratinga i= 1983 - 1993
(t + 28,083)1, 036
2346,221T 0, 298
09- Caxambu i= 1983 - 1993
(t + 25,567)0,987
613,113T 0, 234
10- Diamantina i= 1986 - 1993
(t + 14,307)0, 665
1480,084T 0, 273
11- Espinosa i= 1983 - 1993
(t + 23,845)0,892
4499,996T 0, 259
12- Formoso i= 1983 - 1993
(t + 33,443)1, 028
3195,594T 0, 292
13- Governador Valadares i= 1983 - 1993
(t + 43,520)0,913
653,774T 0, 209
14- Januária i= 1983 - 1993
(t + 10,513)0, 676
1508,326T 0, 284
15- João Pinheiro i= 1983 - 1993
(t + 21,129)0,820
3500,000T 0, 235
16- Lavras i= 1983 - 1993
(t + 40,083)0,958
3498,787T 0, 238
17- Machado i= 1983 - 1993
(t + 31,951)1,024
3500,014T 0, 248
18- Montes Claros i= 1983 - 1993
(t + 34,992) 0,993
4316,449T 0, 250
19- Patos de Minas i= 1983 - 1993
(t + 41,890)1,014
2116,670T 0, 215
20- Paracatu i= 1983 - 1993
(t + 25,346)0,874
4998,972T 0, 251
21- Pedra Azul i= 1983 - 1993
(t + 34,654)1,094
3346,946T 0, 208
22- Pirapora i= 1983 - 1993
(t + 38,457)0,949
6998,425T 0, 273
23- Salinas i= 1983 - 1993
(t + 42,653)1,116
2520,616T 0, 204
24- Sete Lagoas i= 1983 - 1993
(t + 30,392)0,937
1683,425T 0, 261
25- Teófilo Otoni i= 1983 - 1993
(t + 22,166)0,858
3000,000T 0, 206
26- Uberaba i= 1983 - 1993
(t + 37,459)0,904
1167,284T 0, 233
27- Uberlândia i= 1986 - 1993
(t + 17,245)0, 747
6000,000T 0,313
28- Unaí i= 1986 - 1993
(t + 41,248)1,053
1082,798T 0, 265
29- Viçosa i= 1983 - 1993
(t + 23,781)0, 775
• Equações definidas para 6 estações pluviográficas da bacia do Alto São Francisco pelo
Programa de Avaliação de Recursos Hídricos desenvolvido em convênio entre a ANEEL e a
CPRM
Estas equações foram desenvolvidas por Eber José de Andrade Pinto e estão apresentadas no
volume de Caracterização Pluviométrica da Bacia do Alto São Francisco, Sub-bacia 40, Equações
Intensidade-Duração-Freqüência, de setembro de 1999. Neste trabalho foram utilizados os dados
pluviográficos das estações da ANEEL e montadas séries de duração parcial para as durações de 5,
10, 15. 30 e 45 minutos, e 1, 2, 3, 4, 8, 14 e 24 horas. As equações definidas apresentam os
seguintes parâmetros:
i, é a intensidade da precipitação em mm/h;
t, é a duração da precipitação em horas e
Tr , o período de retorno em anos.
47,2295.Tr(anos) 0,1186
i(mm / h) =
(t (h) + 0,036)0,5843.Tr(anos)
0 , 0202
46,3807.Tr(anos)0,1188
i(mm/ h) =
(t(h))0,80250Tr
−0 , 0212
47,7718.Tr(anos) 0,1218
i(mm / h) =
(t (h) + 0,015)0,5447.Tr(anos)
0 , 0175
b) Para, 1 hora < t ≤ 24 horas e Tr ≤ 100 anos
47,5201.Tr(anos) 0,1220
i(mm / h) =
(t (h))0,8118Tr
− 0 , 0203
52,0036.Tr(anos) 0,146
i(mm / h) =
(t(h) + 0,040)0,5293.Tr(anos)
0 , 0052
51,8273.Tr(anos) 0,1454
i(mm / h) =
(t(h))0,7824
4) Estação Pluviográfica de Entre Rios de Minas, código 02044007.
Período : 1974-1995 (Foram utilizados 15 anos hidrológicos completos)
45,3458.Tr(anos) 0,1283
i(mm / h) =
(t(h) + 0,074)0,69165
b) Para, 1 hora < t ≤ 24 horas e Tr ≤ 100 anos
43,8710.Tr(anos) 0,1286
i(mm / h) =
(t(h))0,8491Tr(anos)
− 0 , 0191
48,4265.Tr(anos) 0,11697
i(mm / h) =
(t (h) + 0,075)0,6662.Tr(anos)
0 , 0168
b) Para, 1 hora < t ≤ 24 horas e Tr ≤ 100 anos
46,0379.Tr(anos) 0,13961
i(mm/ h) =
(t(h) + 0,03)0,5877.Tr(anos)
0 , 00145