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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIA DE EDUCAÇÃO A

DISTÂNCIA

DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E GESTÃO

LICENCIATURA EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

PAPEL DO CONSELHO CONSULTIVO LOCAL NO


DESENVOLVIMENTO SÓCIO-ECONÓMICO:

CASO DO BAIRRO DE NATITE NO MUNICÍPIO DA CIDADE DE


PEMBA (2013-2016)

SERGIO ALFREDO MACORE

Pemba, Outubro de 2018

1
INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIA DE EDUCAÇÃO A
DISTÂNCIA

DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E GESTÃO

LICENCIATURA EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Papel do Conselho Consultivo Local no Desenvolvimento Sócio-


económico:

Caso do Bairro de Natite no Município da Cidade de Pemba

(2013-2016)

Projecto para elaboração de Monografia a ser


submetido a Instituto Superior de Ciências de
Educação a Distância como pré requisito a
elaboração de Monografia do curso de
Licenciatura em Administração Pública

O CANDIDATO O SUPERVISOR:

SERGIO ALFREDO MACORE

+258846458829

Pemba, Outubro de 2018

2
ÍNDICE

DECLARAÇÃO.....................................................................................................................i

DEDICATÓRIA....................................................................................................................ii

AGRADECIMENTOS.........................................................................................................iii

LISTA DE ABREVEATURAS............................................................................................iv

RESUMO..............................................................................................................................v

CAPÍTULO I - INTRODUÇÃO..........................................................................................1

1.1.Problematização..............................................................................................................3

1.2. Justificativa.....................................................................................................................4

1.3. Objectivos de estudo......................................................................................................5

1.3.1. Objectivo Geral...........................................................................................................5

1.4. Questões de pesquisa......................................................................................................5

1.5. Delimitação do tema.......................................................................................................6

CAPITULO II - REVISÃO DE LITERATURA...................................................................7

2.1. Descentralização do poder e seu objectivo.....................................................................7

2.2. Participação e Consulta Comunitária.............................................................................9

2.3. Os Conselhos Consultivos Locais................................................................................13

2.4. Aspectos organizacionais da comunidade locais..........................................................15

2.5. Funções dos conselhos consultivos..............................................................................16

2.6. Actividades do conselho consultivo.............................................................................17

2.7. O contributo dos conselhos consultivos.......................................................................19

2.9. Desenvolvimento socioeconómico local das comunidades..........................................20

CAPITULO III – METODOLOGIA..................................................................................22

3.1. Tipo de pesquisa quanto aos objectivos.......................................................................22

3.2. Quanto a abordagem.....................................................................................................22

3.3. Método indutivo...........................................................................................................22

3
3.4. Técnica de Recolha de Dados.......................................................................................22

3.5. Pesquisa bibliográfica:.................................................................................................23

3.6. População e participantes da pesquisa..........................................................................23

3.6.1. População..................................................................................................................23

3.6.2. Amostra.....................................................................................................................23

3.6.2.1. Tipo de Amostragem..............................................................................................24

3.7.Método de apresentação de dados.................................................................................24

Capitulo IV: Apresentação e interpretcação de dados da pesquisa......................................25

CAPITULO VI: - CONCLUSAO E RECOMENDAÇÕES...............................................39

6. Recomendações...............................................................................................................40

Referências Bibliográficas..................................................................................................41

Apêndice

Anexos

4
DECLARAÇÃO
Declaro por minha honra que esta Monografia Científica é o fruto da minha
investigação pessoal e do meu supervisor Editon Morais havendo preservação de
todos direitos dos diferentes autores nas consultas literárias. E ainda esta monografia é
original e não foi apresentada em nenhuma instituição para qualquer fim académico
ou obtenção de qualquer grau académico.

Pemba, aos ____ de_____________de 2018

Autor

______________________________

Sérgio Alfredo Macore

i
DEDICATÓRIA
A toda família e os demais conhecidos que com toda paciência me ampararam
rezando para que os meus estudos terminassem com sucesso.

ii
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, autor e criador da vida, por ter me ajudado até aos
dias de hoje e por mais uma conquista.

iii
LISTA DE ABREVEATURAS
CCD- Conselho Consultivo Distrital

IPCC- Instituições de Participação e Consulta Comunitária

CCL- Conselho Consultivo Local

LOLE- Lei dos Órgãos Locais do Estado

OIIL- Orçamento de Investimento da Iniciativa Local

PDD- Plano Distrital de Desenvolvimento

PCC- Participação e Consulta Comunitária

PEDD- Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital

CCPA- Conselho Consultivo do Posto Administrativo

PPFD- Programa de Planificação e Finanças Descentralizadas

CLs- Conselhos Locais

FLs - Fóruns Locais

CC- Comités Comunitários

FC- Fundos Comunitários

iv
RESUMO
O nosso tema fala papel do conselho consultivo local no desenvolvimento
socioeconómico, caso do bairro de Natite no município da cidade de Pemba (2013-
2016). O seu objectivo é analisar o papel desempenhado pelo Conselho Consultivo no
desenvolvimento socioeconómico do Bairro de Natite no município de Pemba. Este
estudo recorreu metodologia de pesquisa quantitativa. Os resultados revelaram que o
conselho consultivo desempenha um papel muito importante no desenvolvimento
socioeconómico local. O conselho consultivo as vezes colaboram com as autoridades
locais e apreciam e emite planos de desenvolvimento local. As reuniões de consulta
comunitárias não são feitas de formas regular pelo conselho consultivo local o faz
com que as principais decisões tomadas não sejam do conhecimento da população
residente no Bairro de Natite. Não há transparências na escolha de membros de
conselhos consultivos, visto que, estes são escolhidos pela confiança do líder
comunitário e por confiança da cor política ou partidária do partido no pode. Assim,
sabe-se que os membros do conselho consultivo são indicados pelas pessoas da
comunidade e apresentados as autoridades como seus representantes legítimos em
vários debates sobre assuntos de interesse da população. No âmbito de pesquisa fez-se
seguintes recomendações: Os membros do conselho consultivo devem ser
representativos e com uma visão do futuro, isto é, pessoas alfabetizadas com
competências de leitura, escrita e cálculo para participarem activamente nas
discussões que permite dominar os instrumentos legalmente instituídos.

Palavras-chave: conselho consultivo local e desenvolvimento socioeconómico

v
CAPÍTULO I - INTRODUÇÃO

As últimas décadas testemunha-se um movimento global de reinvenção do Estado e,


ao mesmo tempo, os poderes político-administrativos apontam a necessidade de
descentralização da reforma no sector público e também a participação dos diferentes
grupos sociais no processo de planificação e orientação das prioridades do
desenvolvimento. Os modelos centralizados da administração pública cedem lugares
participativos e mais democráticos. Nesta perspectiva, são estabelecidos os conselhos
locais em Municípios e distritos moçambicanos no âmbito de delegação do processo
de tomada de decisões.

Para melhor aprofundar esta matéria, o projecto definiu como tema, o papel do
conselho consultivo local no desenvolvimento socioeconómico. Este constitui a
plataforma apontada para representar a base popular na tomada de decisão ao nível do
poder local.

Neste contexto, o seu objectivo geral pretende compreender o papel desempenhado


pelo conselho consultivo no desenvolvimento socioeconómico local.

A responsabilidade de criação de mecanismos e instituições nacionais e locais visando


a operacionalização dos ideais do projecto democrático através do processo de
delegação do poder legitimado pelo sufrágio universal que igualmente encarrega-se da
deslocação do poder do centro para a periferia.

É neste contexto que durante as décadas de 1980 e 1990 muitos países em


desenvolvimento assistiram a um conjunto de reformas políticas e administrativas que
implicaram rupturas que modificaram a forma de organização da administração
pública. Estes factores, como foi referido, forçaram certos Estados a abandonarem
paradigmas de desenvolvimento centralmente planificados e adoptarem sistemas
políticos e económicos mais descentralizados e responsabilizados com a esfera não
estatal.

Em relação a metodologia do estudo, o presente projecto seguirá métodos de pesquisa


qualitativa e o projecto está estruturado em três capítulos a saber:

1
O Capítulo I, o projecto ilustra os aspectos da problematização, objectivo geral e
objectivos específicos como o norte do trabalho, questões de pesquisa, categorias,
justificativa e delimitação do tema.

O Capítulo II, diz respeito a fundamentação teórica, capítulo pelo qual diferentes
autores discutem ideias sobre o contributo do conselho consultivo local na melhoria
dos procedimentos nos processos de participação e consulta comunitária, das funções
dos (CCL), aspectos organizacionais das comunidades locais, suas actividades e a
importância deste no desenvolvimento socioeconómico local.

O Capítulo III, trata o assunto que diz respeito aos procedimentos metodológicos,
técnicas de colecta de dados e a participação de pessoas na pesquisa.

2
1.1.Problematização

Diante das inquietações e percepções em torno da contribuição e impacto do papel


dos Conselhos Consultivos locais (CCL) no âmbito da descentralização administrativa
no País e na autarquia de Pemba em particular. Esta problemática tem a ver com a
constatação levantada por Júnior (2012), segundo a qual os Conselhos Consultivos
Distritais (CCD) foram introduzidos no contexto de administração descentralizada
com o propósito de garantir maior participação comunitária na gestão pública. É por
estas e outras inquietações, que a presente pesquisa pretende estudar o nível de
envolvimento dos membros do (CCL) que fazem parte do órgão. Pois na realidade, na
óptica do autor, observa-se pouco impacto positivo sobre as suas acções no processo
de envolvimento popular na governação local.

Os escassos comentários disponíveis apontam para o facto de os Conselhos


Consultivos prosseguirem simplesmente fins legitimadoras das decisões públicas e
pouco contribuem para a efectivação de um dos objectivos pelos quais foram criados,
o de servir de base no processo de governação participativa (Júnior, ibd).
Sustenta-se com o acima referido, a operacionalização de Fundos de Iniciativa Local
no quadro da Lei nº 12/2005, de 23 de Dezembro, que autoriza às Instituições de
Participação e Consulta Comunitária (IPCC) disporem de fundos anuais para
aplicação nos projectos propostos pelas comunidades. O documento remete aos
Conselhos Consultivos o papel de analisar e aprovar, de forma transparente e justa, os
projectos submetidos pelos cidadãos com vista ao acesso ao fundo. No entanto,
segundo Júnior (2012), em muitos distritos parece haver conflito na gestão dos fundos
envolvendo os proponentes de projectos e os membros de Conselhos Consultivos que
a médio e longos prazos, podem comprometer as expectativas da descentralização
democrática e da reforma do sector público. Ainda que os Conselhos Consultivos
Locais (CCL) tenham sido introduzidos no contexto de administração descentralizada
com o propósito de maior participação comunitária na gestão pública, parece haver
pouco impacto positivo sobre as suas acções no processo de garantir o envolvimento
popular na governação local no município de Pemba.

Contudo, há relatos de conflitos na sua gestão envolvendo os proponentes dos


projectos e os membros dos CCL. De facto, no processo de descentralização e

3
governação participativa, estes últimos têm o papel de analisar e aprovar, de forma
transparente e justa, os projectos submetidos pelos cidadãos com vista ao acesso ao
fundo, mas, no município de Pemba, parece haver conflito entre os envolvidos.

Partindo dos pressupostos teóricos e as constatações acima, questiona-se sobre a


efectividade dos pressupostos positivos da descentralização democrática e o papel dos
Conselhos Consultivos no desenvolvimento local. Daqui, pretender-se saber: que
papel desempenha o Conselho Consultivo no desenvolvimento socioeconómico do
Município da Cidade de Pemba?

1.2. Justificativa
Para compreender a relevância deste estudo temos que tomar em consideração os
vários aspectos que nele são focalizados. Em primeiro lugar, porque a
descentralização tem sido indicada em vários documentos do governo como um
instrumento de expansão da participação dos cidadãos nos processos governativos e,
consequentemente, de promoção do desenvolvimento socioeconómico.

Em segundo lugar, o estudo é pertinente porque procura entender a participação das


comunidades locais no processo de planificação e implementação dos planos distritais
de desenvolvimento através dos Conselhos Consultivos e analisa o seu contributo no
âmbito da descentralização e da reforma do sector público no Bairro de Natite no
Município de Pemba.

Em terceiro lugar é na prática em que esperamos que os actores e todos interessados


na temática, tirem lições que possam ajudar a superar alguns obstáculos no processo
de descentralização e desenvolvimento local no Bairro de Natite no município de
Pemba.

Em relação a relevância social é promissor na medida que procura entender a


participação das comunidades locais no processo de planificação e implementação dos
planos distritais de desenvolvimento através dos Conselhos Consultivos e analisa o
seu contributo no âmbito da descentralização e da reforma do sector público no
Município de Pemba.

4
No que diz respeito a relevância científica, este estudo é irá proporcionar aos demais
estudiosos novos argumentos para seus trabalhos de pesquisa em vista o
desenvolvimento continuado do pensamento científico, porque a ciência é partilhada.

Ao estudante é sempre importante porque constitui um caminho de partida para a


participação contínua no processo de descoberta através de pesquisa científica.

1.3. Objectivos de estudo

1.3.1. Objectivo Geral


Analisar o papel desempenhado pelo Conselho Consultivo no desenvolvimento
socioeconómico do Bairro de Natite no município de Pemba.

1.3.2. Objectivos Específicos

Identificar as funções do Conselho Consultivo Local no desenvolvimento


socioeconómico do Bairro de Natite na Cidade de Pemba;
Verificar o nível de envolvimento dos membros do Conselho Consultivo na tomada
de decisão;

Avaliar a importância do Conselho Consultivo no desenvolvimento sócio económico


do Bairro de Natite no Município de Pemba

1.4. Questões de pesquisa


As questões de pesquisa do objecto em estudo irão incidir em seguintes:

Quais são as funções do Conselho Consultivo Local no desenvolvimento


socioeconómico do Bairro de Natite na Cidade de Pemba?

Qual é o nível de envolvimento dos membros do Conselho Consultivo no Bairro de


Natite na Cidade de Pemba?

Que importância tem o Conselho Consultivo no processo do desenvolvimento


socioeconómico no Bairro de Natite no Município da Cidade de Pemba?

1.5. Delimitação do tema


O estudo ora iniciado resultou de um projecto macro que tenciona desenvolver esta
pesquisa no Bairro de Natite no Município de Pemba e subordina-se ao tema, o papel
do conselho consultivo no desenvolvimento socioeconómico local.

5
Tempo: o estudo vai abarcar o período entre 2013-2016. Dois anos após o término da
implementação da Estratégia Global da Reforma do Sector Público. O objecto deste
estudo será o envolvimento dos membros do Conselho Consultivo na tomada de
decisão, e como é que este envolvimento influência no desenvolvimento local e no
fortalecimento da descentralização e da Reforma do Sector Público.
Espaço: a pesquisa irá realizar-se no Bairro de Natite no Município da Cidade de
Pemba. Este local foi escolhido por ser esta que melhor se identifica com o poder
local constituído por representantes de população que residem nesta urbe municipal.

CAPITULO II - REVISÃO DE LITERATURA

O presente trabalho faz mansão o papel do conselho consultivo local no


desenvolvimento socioeconómico. Nesta perspectiva, entende-se que, o conselho
consultivo local constitui uma plataforma importante para a promoção do diálogo
como base que conduz a estabilidade social e económico num Estado democrático. O
diálogo social no contexto democrático provoca o desenvolvimento económico local
através de actividades a copulados nos pequenos projectos geradores de rendimentos
que induzem o bem-estar de cidadãos que residem em locais onde estão implantados
com o caso dos Distritos, Municípios, Postos Administrativos e Povoação a partir de
participação comunitária da decisão e na sua implantação. Os contextos da

6
organização dos conselhos consultivos e suas respectivas acções ou funções
encontramos arrolados por vários teóricos chamados a responder a preocupação do
nosso problema como se pode perceber abaixo.

2.1. Descentralização do poder e seu objectivo


Cook e Menor (1998) e Agrawal e Ribot (1999) citados por Elias (2012) consideram
“a descentralização como transferência de autoridade e responsabilidade do governo
central aos níveis mais inferiores de hierarquia administrativa e territorial, as
comunidades locais”.
Nesta perspectiva foram criados conselhos consultivos nos municípios e distritos
como plataforma de participação popular de níveis mais baixos das grandes decisões
que ajudam no desenvolvimento social e económico local.
Elias (2012) explica que o significado de descentralização consiste em governo ou
comunidade local passar a tomar decisões relativas as atribuições designadas por uma
lei maior e concernente a sua jurisdição.
Com a descentralização, as decisões sobre questões que interessa a comunidade
passam a ser tomadas localmente através de conselhos consultivos locais em
representação da população local.
De acordo com Vitte (2006):
“A descentralização implica em aumentar o poder, a autonomia de
decisão, o controlo sobre recursos e as responsabilidades dos níveis
subnacionais. Ainda diz que descentralização tem como objectivo
facilitar a democratização, a participação popular nos processos
decisórios e o alcance de justiça social, podendo assumir uma feição
progressista por ampliar e aprofundar a democracia”.

Neste sentido, a descentralização significa o acto de delegação do poder de nível


central ao nível provincial, distrital, municipal, do posto administrativo ou da
povoação. Visa acelerar o desenvolvimento a partir de base.

Elias (2012) diz que “as reformas de descentralização em Moçambique foram


essencialmente marcadas por um processo de transferência ou devolução de
competências, recursos funções ou atribuições, do nível central para os níveis locais,
concretamente as administrações distritais e municipais.”

7
Os espaços locais criados pela descentralização estão fortemente dominados pelas
elites político-administrativas locais e organizações com forte ligação com o partido
no poder. Continuam explicar que em Moçambique os conselhos locais não
constituem espaços inclusivos, visto que a grande parte dos segmentos das
comunidades não se encontra neles representada, particularmente os mais pobres, as
mulheres, os jovens e os portadores de deficiência (Brito; Branco; Chichava;
Francisco; et al. 2012).

Neste sentido, as situações de exclusão de composição de conselhos consultivos da


cidade de Pemba constitui verdade na medida que eles se encontram constituídos por
secretários de bairros e outras pessoas mais influentes que não sejam do partido da
oposição.
Desta forma, contraria os objectivos ou princípios fundamentais da descentralização
de munir ao cidadão das comunidades locais de instrumento que lhe permite decidir
para o seu próprio desenvolvimento.
Segundo Canhanga (2017) afirma que as causas da reforma estão relacionadas com a
reduzida capacidade, eficiência e eficácia do Estado para providenciar bens e serviços
de qualidade (saúde, educação, comunicação e outros) e garantir um ambiente
institucional para promoção de investimentos internos e externos que pudessem
provocar o desenvolvimento e a estabilidade política.

Moçambique não fugiu a regra. As mudanças sócio económicas e políticas


propiciaram ambiente para a mudança na forma de administração pública. O grande
marco de mudança foi a revisão da Constituição da República de 1990. Uma grande
inovação trazida pelo novo quadro legal afirmado no nº 1 do artigo 263˚ do Título
XII, capítulo IV (princípios organizatórios) da Constituição da República que a
“organização do Estado e o funcionamento dos órgãos do Estado a nível local
obedecem aos princípios de descentralização, sem prejuízo da unidade de acção e dos
poderes de direcção do Governo”.

As reformas políticas, económicas e sociais introduzidas no país tem por objectivo a


modernização do Estado Moçambicano, com vista a melhor prestação de serviços aos
cidadãos. Foi neste contexto que também foram criadas as Autarquias Locais através

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da Lei no 2/97 de 18 de Fevereiro e atribui-se as Cidades e Vilas autonomia
administrativa, financeira e patrimonial sem no entanto, pôr em causa a unidade do
território e a soberania nacional, nos termos do no 3 do artigo 1 o da Lei no 2/97, de 18
de Fevereiro.

2.2. Participação e Consulta Comunitária

Em Moçambique, com a aprovação da Lei dos Órgãos Locais do Estado – LOLE (Lei
8/2003), as reformas de descentralização administrativas deram origem a uma série de
Instituições de participação e consulta comunitária (Conselhos Locais), visando à
integração das populações locais na busca de soluções para o melhoramento das
condições de vida a nível local. Além disso, a partir de 2006, o governo central
atribuiu aos distritos, anualmente, fundos adicionais destinados ao financiamento de
iniciativas locais (Orçamento de Investimento de Iniciativa Local – OIIL).
(Moçambique, 2003)

Assim, o diálogo foi encarado como um método básico do Governo na auscultação e


procura de melhores vias para satisfação das necessidades das populações, fazendo
com que elas mesmas se envolvessem na tomada de decisões. Em 1998, os
Ministérios do Planificação e Desevolvimento, das Finanças e da Administração
Estatal, publicaram um documento com a finalidade de nortear a actividade de
elaboração e implementação dos Planos Distritais de Desenvolvimento (PDD),
contendo orientações específicas para apoiar a sua formulação.

“ Na verdade, as estratégias de poder operaram diretamente sobre os


atores, expandindo suas capacidades de negociação e de organização,
dando-lhes a oportunidade de elegerem prioridades relativas às
políticas públicas e às inovações institucionais. Por sua vez, os arranjos
institucionais participativos alteraram os custos relativos de
organização e de obtenção de informações, reduzindo-os e aumentando
o poder de negociação e de controle dos grupos mais vulneráveis. [...]
Portanto, um novo canal de participação foi introduzido em virtude da
ação coletiva bem sucedida, constituindo-se num forte incentivo para a
organização” (Valá, 2009:116).

9
No entanto, a incorporação destas experiências na Lei de Órgãos Locais de Estado
(LOLE) e no seu regulamento visou à institucionalização de mecanismos de
participação local e sua integração no exercício mais vasto da planificação distrital. A
organização das equipes técnicas deu lugar à Organização de Participação e Consultas
Comunitárias (PCC’s), principalmente, Fóruns Locais, Conselhos Consultivos de
Postos Administrativos e Conselhos Consultivos Distritais (Valá, 2009).
Neste sentido, foi com base deste pressuposto que se avançou para a fase de
elaboração de Planos Estratégicos de Desenvolvimento Distrital (PEDD), com o
envolvimento da sociedade civil e das comunidades rurais, representadas pelos
respectivos fóruns consultivos. Desta forma, “os órgãos locais do Estado deveriam
assegurar a participação dos cidadãos locais, das associações e de outras formas de
organização, que tivessem por objeto, a defesa dos seus interesses na formação das
decisões que lhes dissessem respeito” (Moçambique, 2005).

É neste quadro, que a Participação de Consulta Comunitária (PCC’s) sobre cobertura


da Lei dos Órgãos Locais do Estado, o Governo introduziu Fóruns locais, Conselhos
Consultivos de Postos Administrativos (CCPA) e Conselhos Consultivos Distritais
(CCD). Passou-se para a fase de elaboração de Planos Estratégicos de
Desenvolvimento Distrital (PEDD) com envolvimento da sociedade civil e as
comunidades locais. Dani Rodrik sugere uma possibilidade. Ele defende que pode ser
“útil pensar em instituições políticas participativas como meta-instituições que
provocam e agregam conhecimento local e, por meio disso, ajudam a construir
instituições melhores” (Rodrik, 1999 : 19).

Segundo Forquilha ( 2009) diz que, apenas o Conselho Local constitui o interlocutor
directo do Estado, a nível local, na defesa dos interesses da população local, no
processo de planificação. Por conseguinte, os planos de desenvolvimento distritais são
elaborados com a participação da população residente através dos Conselhos
Consultivos, visando à mobilização de recursos humanos, materiais e financeiros,
adicionais para a resolução dos problemas Local.
Depreende-se, pois, que o Conselho Local seja uma instituição que visa contribuir
para a institucionalização dos mecanismos de participação e consultas comunitárias,

10
apesar da legislação em vigor não ser muito clara a respeito. Em termos práticos, isto
denotou a exclusão de uma grande parte da população rural dos benefícios da
representação política a nível local, isto é, da possibilidade de serem incluídos no
governo e na participação dos programas de desenvolvimento local, num ambiente
competitivo aberto (Brito, 2009: 10).

(Moçambique, 2005) citado por Forquilha e Aires (2012), afirmam que a legislação
sobre os órgãos locais do Estado estabeleceu que o governo distrital, na pessoa do
administrador, seria responsável pela institucionalização dos conselhos locais. O
regulamento de LOLE formulou esta ideia nos seguintes termos: “o administrador
distrital é o responsável pela institucionalização dos conselhos locais dos níveis
distritais e inferiores”

Entretanto, trata-se de um processo altamente centralizado na figura do administrador.


A própria legislação não esclarece, suficientemente, o papel do governo distrital (do
administrador) na institucionalização dos conselhos locais.

Assim, teoricamente, conclui-se que a articulação dos actores locais no projecto de


descentralização, passa por uma estrutura chamada de desenvolvimento que agrega
todos os actores sociais e econômicos no nível local e são eles que constroem um
projecto colectivo de desenvolvimento territorial. O regulamento estabelece, ainda,
que o dirigente de cada órgão local pode convidar personalidades influentes da
Sociedade civil a integrar o Conselho Local, de forma a assegurar a representação dos
diversos actores e sectores. (Forquilha & Aires (2012)

Com efeito, ao centralizar a institucionalização dos Conselhos Locais, nos


representantes do Estado, a nível local e ao privilegiar uma abordagem de cima para
baixo, a legislação acabou dando, às comunidades locais, um papel marginal e, por
conseguinte, transformando o homo situs em “integração passiva” no processo.

Na prática, o que tem acontecido, muitas vezes, em programas e projectos, aprovados


pelos fóruns para o desenvolvimento local, é que as intervenções são, previamente,
definidas, seguindo exigências sectoriais, restando para a população local as

11
discussões de fundo operacional, no sentido de viabilizar a intervenção (Vainer, 2000 :
35).

Na mesma perspectiva, Hannah Arendt (1998) sumarizou na ideia do agir


politicamente para um “mundo comum”. Com efeito, o envolvimento comunitário, é
desenvolvido a titulo de “dever moral”, como idealizado pelo ideário neoliberal. É
mencionado o reforço na (des)responsabilidade social do Estado face às necessidades
sociais da população, com acumulação de déficit social, impossibilitando a realização
da cidadania.

Percebe-se, pelo que foi exposto, que o funcionamento dos Conselhos Consultivos
Locais - CCL’s, em todos os distritos do País, exige maior envolvimento dos
Governos Distritais e das comunidades rurais locais no processo, pois, não se pode
afirmar que essas “novas institucionalidades” estejam consolidadas e sejam efectivas
ao nível local, sem o apoio do Governo Central ou de outros organismos externos ao
Governo Distrital. “É preciso um trabalho aturado de consolidação desses órgãos,
maior profissionalismo no funcionamento, tornando todo o processo mais transparente
e com regras previsíveis” (Valá, 2009 : 118).

2.3. Os Conselhos Consultivos Locais


Como experiências de planificação participativo nos finais dos anos de 1990, os
conselhos locais surgiram como espaços importantes de participação nos processos de
elaboração dos planos distritais, particularmente, no contexto do Programa de
Planificação e Finanças Descentralizadas (PPFD). No âmbito do processo de reforma
dos órgãos locais do Estado, os conselhos locais tiveram uma existência legal com a
aprovação da Lei dos Órgãos Locais do Estado (LOLE) e o seu regulamento em 2003
e 2005 (Lei 8/2003; Decreto 11/2005, respectivamente).
Portanto, “os planos de desenvolvimento distritais são elaborados com a participação
da população residente através dos Conselhos Consultivos Locais, visando mobilizar
recursos humanos, materiais e financeiros adicionais para a resolução de problemas
do distrito” (Moçambique, 2000a, p. 29). Ainda, em algumas províncias do País,
particularmente, aquelas com uma história de participação institucionalizada no

12
âmbito do Programa de Planificação e Finanças para o Desenvolvimento, os
conselhos locais, de simples instâncias de consulta, deveriam passar a ter maior
participação, não só na elaboração dos planos, como também no processo de tomada
de decisões, a nível distrital (Forquilha, 2010: 45). Oscilando entre consulta e
deliberação, os Conselhos Locais, transparecem uma certa ambiguidade no que diz
respeito à sua natureza. Aliás, trata-se de uma ambiguidade, também, presente na
própria legislação. Desta forma, Forquilha e Aires (2012) consideram:
“O Conselho Consultivo local é um órgão de consulta das autoridades
da administração local, na busca de soluções para questões
fundamentais que afetam a vida das populações, o seu bem-estar e
desenvolvimento sustentável, integrado e harmonioso, no qual
participam, também, as autoridades comunitárias” .

Nota-se, que os mecanismos de consulta estabelecidos entre as instituições de


promoção do desenvolvimento rural e as organizações da sociedade civil de natureza
local, têm um caráter informativo, consultivo e casual, não constituindo, ainda, um
processo de consulta “ida e volta”, cujo objectivo seja a criação de consensos.

Segundo Ballerstaedt ( 1999 : 26) afirma que “muitas ONG’s, de bases locais,
suspeitam de que essas consultas constituam só um auscultamento formal. Elas
criticam o fato de não serem devidamente envolvidas na formulação de leis e políticas
públicas”. Neste sentido, muitas vezes os conselhos consultivos são apenas
referenciadas pelos orgãos locais do estado como as que são consultdas no ambitodo
da definicao das prioridades para o desenvolvimento local e que na pratica nada
acontece e tudo se decide ao nivel de gestao distrital.

Contudo, nos conselhos consultivos, a condição de participação não chega sequer ao


usufruto da condição básica de reprodução da existência, daí a importância da
participação e não, simplesmente, da consulta. Assim sendo, é preciso que se acredite
nas capacidades humanas.

De acordo com Leite (2007 : 62) refere que “ a oportunidade de participar em


momentos de definição se traduz em escolhas que são influenciadas por diversos

13
fatores, seja a partir de critérios mais coletivos, seja a partir de critérios individuais”.
Assim, as escolhas devem ser garantidas como parte de um processo de participação
efetiva da população. Do contrário, tais escolhas estarão sendo realizadas por outros
atores, reforçando relações de pode .
Aires e Nguiraze (2012) concordam plenamente com a participação comunitária no
processo do desenvolvimento local e explicam que é “necessário que as motivações,
os desejos e prioridades da comunidade sejam consideradas e que a intervensão
acontenca de forma partilhada, levando em conta os limites e as possibilidades”.
Então segundo Aires e Nguilaze (2012) avança que os resultados desta acção podem
contribuir com o fortalecimento dos moradores, agindo como disparadores para o
início do seu activismo que hoje mantém através do seu engajamento com questões
comunitárias que prossupõe a conquista de direitos.

Nota-se, portanto, que a real participação, aquela que deve ser feita a partir da
consciência e do interesse que as pessoas podem ter para com o desenvolvimento
local, é fundamental para o processo integral de desenvolvimento do País. A partir da
criação destes mecanismos de institucionalização da participação do cidadão, é
preciso que se estimule essa verdadeira participação,
“se tivermos em conta que a participação verdadeira é um processo
social que resulta da ação de forças sociais que são constituídas como
tais, a partir de determinantes, tais como: as classes sociais, os grupos,
o gênero, as etnias, dentre outras e que supõe a capacitação do homem
para o enfrentamento dos desafios sociais” (Francisco, 2007 : 164).

Depreende-se, pois, que o desenvolvimento local deve ser realizado mediante a


atuação do cidadão e não, necessariamente ou exclusivamente, do partido ou do
Estado. A participação do cidadão pressupõe a abertura política e social, que se
manifesta na liberdade de pensamento, como investimento do desenvolvimento. Esta
é a democracia que se almeja, como campo concreto da convergência de ideias,
opiniões, interesses, propícios ao desenvolvimento sustentado do País.

Enfim, as políticas públicas serão muito mais efetivas e transformadoras da estrutura


social e econômica, se embassadas nas demandas emergentes dos territórios. A alma

14
da política pública tem que se inspirar no território. Os conceitos de pluralidade e de
transversalidade são caros ao território. Assim, o planejamento deve conviver com as
demandas e a consulta popular, bem como com as restrições orçamentárias.

2.4. Aspectos organizacionais da comunidade locais


O conceito da comunidade local usa-se frequentemente quando se pretende referir a
um grupo social que se organiza em defesa de interesses comuns tais como: protecção
das zonas habitacionais, áreas agrícolas, florestais, lugares d importância cultural,
pastagens, fontes de agua, áreas de caca e de exploração. Monjane, (2014).

Monjane (2014) explica que as comunidades locais moçambicanas têm uma estrutura
organizacional que se resume por seguintes aspectos:

a) Conselhos locais (C.Ls): trabalha como órgão de consulta das


autoridades na busca do desenvolvimento harmonioso da população
local;
b) Fóruns locais (FLs): correspondem as instituições da sociedade civil
que organiza os representantes da comunidade e de grupos sociais locais
para definição de prioridades do desenvolvimento local;
c) Comités comunitários (CCs): constituem formas da organização da
população que permite as comunidades se mobilizar na identificação e
colocação de problemas e posteriormente encaminhar as estruturas de gestão
local;
d) Fundos comunitários (FCs): são iniciativas instituídas pelas
comunidades para criar fundos de desenvolvimento com vista dar
resposta aos interesses da própria comunidade.

Então, uma comunidade organizada permite que tenha a possibilidade de manter


consultas regulares às autoridades locais sobre determinados assuntos importantes de
construção de harmonia social e económico antes de tomada de decisão.

Decreto (11/2005) citado por Forquilha (2010) diz que embora outras formas de
organização comunitária sejam reconhecidas pelo Estado, regulamento da LOLE
estabelece essencialmente conselho local, fórum local, comités comunitários e fundos
comunitários.

15
Neste sentido, Forquilha (2010) vinca que destas quatro formas de organização
comunitária, apenas o conselho local constitui o interlocutor directo do Estado a nível
local, na defesa dos interesses das populações locais, no processo de planificação.
Neste sentido, o conselho local sendo representante da população local deve
aperfeiçoar mecanismos de inclusão na definição de políticas públicas locais com
vista a promover transparência na distribuição de oportunidades advindas da gestão de
recursos localmente extraídos.

Júnior (2012) define autoridade comunitária como uma pessoa que tem um cargo de
liderança na localidade é reconhecida pela população e autoridade do topo. Os
secretários de bairro ou aldeia, régulos, entre outros devem exercer suas lideranças
nas áreas sociais, económicas, religiosas ou culturais. Assim, estes são encarregados
na mediação e resolução de problemas das comunidades.

2.5. Funções dos conselhos consultivos


Na óptica de Monjane (2014) artigo 35 do Diploma Ministerial nº 67/2009 e o artigo
118 do Decreto nº 11/2005, definem um conjunto de funções e tarefas a serem
exercidas e executadas, respectivamente, pelos Conselhos Consultivos tais como:
a) Domínio cívico: tem a ver com a educação cívica, convivência e justiça
social;
b) Domínio social: tem a ver com a saúde pública, educação, cultura e
solidariedade;
c) Domínio económico: tem a ver com a segurança alimentar, abertura e
manutenção de vias de acesso e de valas de drenagem, abertura de poços de
água, fomento da produção e comercialização pesqueira, agrícola e pecuária,
bem como a indústria e outros negócios;
d) Domínio de recursos naturais, que tem a ver com aproveitamento da terra,
recursos hídricos, florestal, faunísticos e meio ambiente.
Para o conselho consultivo local tem a função de assessorar, oriental e colaborar com
o subprefeito no desempenho das suas funções, possuindo as seguintes atribuições:

“Levantar as necessidades, em termos de serviços públicos do distrito e


estabelecer prioridade no seu atendimento, planear o estudo das obras e
as actividades a serem executadas no distrito, submetendo-os no

16
planeamento geral na programação Municipal, organizar e apoiar
campanhas na área de saúde, educação, acção comunitária e outras de
interesse da comunidade [...] ”. (Allebrandt, 2006: 22).

Portanto, para o exercício destas funções os conselhos consultivos devem estar


preparados, instruídas e capacitadas para assumir com responsabilidade em prol de
benefício comum da comunidade. O que actualmente se verifica no Município da
Cidade de Pemba, este conselho consultivo não está a corresponder com as suas
funções pelas quais foram eleitos, pois as comunidades continuam a viver nas
condições péssimas de sanidade devidos a vários factores como a falta de água
potável, falta de vala de drenagem para escoamento de águas negras no tempo
chuvoso e degradação de vias de acesso. Assim seria bom que os membros de
conselhos consultivos tivessem conhecimentos destas nobres funções para evitar a
estar deliberar somente conteúdos de fundo de desenvolvimento comunitário como
prioridade.

2.6. Actividades do conselho consultivo


Segundo Monjane (2014) diz que os conselhos consultivos sendo parte importante
para o desenvolvimento da comunidade local, são propostos a cumprirem certas
actividades que possam engrandecer as suas funções com vista a atingir seus
objectivos tais como:
 Mobilizar e organizar população de modo a participar activamente na implementação
das iniciativas do desenvolvimento local dando respostas aos problemas colocados
pelas comunidades;
 Recolher e transmitir os problemas e as opiniões da comunidade local às autoridades
competentes;
 Colaborar com as autoridades locais na divulgação da informação relevante ao
desenvolvimento;
 Participar no processo de preparação, implementação e controlo dos planos
estratégicos provinciais e planos distritais de desenvolvimento,
 Apreciar e dar parecer sobre as propostas dos planos distritais e de desenvolvimento,
incluindo os planos de ONGs;
 Propor ou apreciar propostas de criação do fundo distrital de segurança alimentar, de
desenvolvimento e outros de interesse local;
 Participar na avaliação de propostas de investimento privado e de concessão de

17
exploração de recursos naturais, do direito do uso e aproveitamento da terra;
 Promover a introdução e disseminação de experiências e tecnologias apropriadas para
o aumento da produção e luta contra a pobreza;
 Aprovar a proposta de pedidos de concessão de financiamento aos projectos de
iniciativa local;
 Procurar solução dos problemas da comunidade com base nos recursos locais bem
como desenvolver acções para mitigar o impacto do conflito homem e fauna selvagem.
 Promover a participação das comunidades na construção de infra-estruturas locais
como escolas, centros de saúde, rádios comunitárias e outro tipo de obras, como forma
de incentivar a formação do empresariado local.

Neste sentido, estas actividades devem ser observadas pelos conselhos consultivos
locais porque constituem guiões do seu trabalho de consulta comunitária com vista
dar resposta as inquietações e solicitações da população. Assim, estas actividades são
complexas para a sua implementação devido a falta de comunicação entre os
membros de conselhos consultivos e comunidade e por sua vez com autoridades
locais que muitas vezes inventam decisões em nome de conselhos consultivos.

2.7. O contributo dos conselhos consultivos


Olhando para os objectivos pelos quais foram criados os conselhos consultivos aos
níveis de distritos e municípios moçambicanos, o contributo destes segundo Aires e
Nguirare, A.C. (s/d) e (Allebrandt, 2006) resume-se em:

 Assegurar a representação territorial não só de interesses como também de


grupos (representação corporativa).
 Assegurar o processo participativo no planeamento, execução e controle das
actividades da administração municipal.
 Construção de mecanismos e instrumentos que permitem a interabilidade entre
as comunidades e o poder político local.
Por sua vez Forquilha (2010) disse que “os órgãos locais do Estado devem assegurar a
participação dos cidadãos locais, das associações e de outras formas de organização,
que tenham por objecto a defesa dos seus interesses, na formação das decisões que
lhes disserem respeito.”
Neste sentido, este constituí o principal contributo que os conselhos consultivos
devem manter para com os seus congéneres, cidadãos que residem nas localidades.

18
2.8. Importância dos Conselhos Consultivos
Olhando para os objectivos pelos quais foram criados os conselhos consultivos a
vários níveis de distritos e municípios moçambicanos, o contributo destes segundo
Aires e Nguiraze, A.C. (2012) e (Allebrandt, 2006: 90) resumem-se em:
 Assegurar a representação territorial não só de interesse como também de
grupos (representação corporativa).
 Assegurar o processo participativo no planeamento, execução e controle das
actividades da administração municipal.
 Construção de mecanismos e instrumentos que permitem a integrabilidade
entre as comunidades e o poder político local.

Forquilha (2010) disse que “ os órgãos locais do Estado devem assegurar a


participação dos cidadãos locais, das associações e de outras formas de organização,
que tenham por objectivo a defesa dos seus interesses, na formação das decisões que
lhes disserem respeito.” Neste sentido, este constitui a importância vital que os
conselhos consultivos mantêm para com os seus congéneres, cidadãos que residem
nas províncias, distritos, postos administrativos, localidades e provocações.
Orre e Forquilha (s/d) explicam que a participação dos conselhos consultivos nos
processos de tomada de decisão é de extrema importância como por exemplo, aprovar
o plano estratégico dos órgãos distritais (PESODs) e dos relatórios de actividades dos
governos distritais resumem-se em consultas comunitária.
Nesta perspectiva, a participação do cidadão na tomada de decisão é a forma acertada
no contexto da inclusão social, política e económica para a promoção do
desenvolvimento integrado da sociedade.

2.9. Desenvolvimento socioeconómico local das comunidades


O desenvolvimento económico local constitui um conjunto de estratégias e acções
para a construção da base produtiva local para activação da economia local e pode
provocar impactos no território. Ele não deve ser confundido com o desenvolvimento
urbano. O desenvolvimento urbano dá-se a partir de um projecto físico para uma
cidade e de políticas de controlo do uso do solo, resultando na ordenação do território
e de equipamentos colectivos (Allebrandt, 2006).

19
Neste sentido, o desenvolvimento local consubstancia-se num conjunto de actividades
desencadeadas pela comunidade que localmente através das iniciativas inovadoras
exploram recursos locais promovendo o bem-estar social e económico comum. Sendo
assim, também entende-se por desenvolvimento local.

Como um processo endógeno registado em pequenas unidades territoriais e


agrupamentos humanos capaz de promover o dinamismo económico e a melhoria da
qualidade de vida da população. Representa uma singular transformação das bases
económicas e na organização social em nível local, resultante de mobilização da
energia da sociedade, explorando as suas capacidades e potencialidades específicas.
(Buarque citado por Faria, 2011)

A comunidade local participa no desenvolvimento económico e social através de


mecanismos de implantação de pequenos projectos de renda organizados
individualmente ou em grupo com proposta clara do campo da sua actual, seja
agrícola, pesca, mineração, caça e outras áreas com intuito de sementar base
económica sólida para sua sobrevivência.

Faria (2011) refere que o desenvolvimento local está associado normalmente por
iniciativas inovadoras e mobilizadoras da colectividade, articulando as
potencialidades locais nas condições dadas pelo contexto. Neste sentido, o
desenvolvimento económico das comunidades locais depende das oportunidades que
lhe são oferecidas localmente e mediante a elas, a população local articula uma série
de ideias visando concretizar as suas iniciativas com a implantação de projectos de
geração de rendimento implicando a melhoria da vida.

Faria (2011) citando o Comité Economico e Social das Comunidades Económicas da


Europa, concebe o desenvolvimento local como um processo da reactivação da
economia e da dinamização de uma sociedade local, com base no aproveitamento
óptimo dos recursos endógenos, objectivando o crescimento da economia, a criação
de emprego e a melhoria da qualidade de vida. Assim, esta preocupação não é apenas
dos países europeus, também para, o desenvolvimento local constitui prioridade no
contexto de promoção de projecto que geram renda para as pessoas que vivem nas
localidades.

20
Portanto, o desenvolvimento local deve provocar a melhoria da vida das pessoas
através de criação de pequenos projectos com base de recursos internos que a
comunidade possui, mas este desenvolvimento deve ser acompanhado com a
participação da população nas decisões sobre as políticas económicas e sociais
desenhadas para elevar o nível da vida e de visão sobre o que existe localmente por
explorar em benefício comum.

CAPITULO III – METODOLOGIA

Segundo Demo (1987), metodologia é um conjunto de métodos e técnicas que tem


por objectivo traçar comparação da realidade com a teoria, ou seja, é o estudo do tipo
de processo empregado na elaboração do projecto e tem como objectivo captar e
analisar as características dos vários métodos disponíveis, avaliarem suas
capacidades, potencialidades, limitações ou distorções e criticar os pressupostos ou as
suas implicações de sua utilização.

3.1. Tipo de pesquisa quanto aos objectivos


A pesquisa será explicativa. Segundo Castilho, A. P; Borges, N. R. M. & Pereira, V. T.
(2014), esse tipo de pesquisa é a mais complexa, pois regista, analisa, interpreta os
fatos e identifica as suas causas. A maior parte das pesquisas explicativas é
experimental, em que se manipula e se controla as variáveis.

3.2. Quanto a abordagem


O autor recorrerá a pesquisa qualitativa. Segundo Lakatos e Marconi (2003), uma
pesquisa qualitativa possibilita mergulhar na complexidade dos acontecimentos reais e

21
não apenas o evidente, mas também contribuições, conflitos e a resistência, a partir da
interpretação dos dados no contexto da sua produção.

3.3. Método indutivo


Lakatos e Marconi (2003) entendem que a “ indução é um processo mental por
intermédio do qual, partindo de dados particulares, suficientemente constatados,
infere-se uma verdade geral ou universal, não contida nas partes examinadas.
Portanto, o objectivo dos argumentos indutivos é levar a conclusões cujo conteúdo é
muito mais amplo do que o das premissas nas quais se basearam”. Este método infere-
se nos estudos sociais.

3.4. Técnica de Recolha de Dados


As técnicas de recolha de dados são instrumentos que permitem o levantamento de
informação junto do contexto de ocorrência do fenómeno. No processo de colecta de
dados, serão usadas 3 técnicas, nomeadamente: pesquisa bibliográfica, Questionário e
a entrevista não dirigida.
Entrevista não dirigida: estabelece a liberdade total por parte do entrevistado, que
poderá expressar suas opiniões e sentimentos. A função do entrevistador é de
incentivo, levando o informante a falar sobre determinado assunto, sem, entretanto,
forçá-lo a responder (Lakatos & Marconi). Assim queremos deixar o entrevistado a
falar de forma livre sobre questões que serão solicitadas a depor.
Questionário: é um instrumento de colecta de dados, constituído por uma série
ordenada de perguntas, que devem ser respondidas por escrito e sem a presença do
entrevistador.
Em geral, o pesquisador envia o questionário ao informante, pelo correio ou por um
portador; depois de preenchido, o pesquisado devolve-o do mesmo modo (Lakatos &
Marconi, 2003: 201).

3.5. Pesquisa bibliográfica:


Segundo Lakatos e Marconi (2003: 193) diz que a pesquisa bibliográfica, ou de fontes
secundárias, abrange toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema de
estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas,
monografias, teses, material cartográfico. Estes meios serão suportes da presente
pesquisa.

22
3.6. População e participantes da pesquisa

3.6.1. População
O universo da pesquisa entende-se como o conjunto de todos elementos ou corpos
envolvidos na pesquisa. De acordo Lakatos & Marconi (2003: 194), universo da
pesquisa “ é o conjunto definido de elementos que possuem determinadas
características ”. A população-alvo desta pesquisa vai recair directamente sobre os
membros do conselho consultivo do municipio de Pemba e parte da comunidade
residente no Bairro de Natite.

3.6.2. Amostra
Define-se amostra como um subconjunto de elementos retirados de um todo que
designamos de população. Os participantes da investigação será constituída por 60
membros do conselho consultivo do Bairro de Natite.

3.6.2.1. Tipo de Amostragem


 Amostragem não- probabílistica por acessibilidade:
Amostragem não- probabílistica segundo Gil (2008:90), diz que não apresenta
fundamentação matemática ou estatística, dependendo unicamente dos critérios do
pesquisador. Assim, o pesquisador vai escolher elementos do conselhos
consultivos para fazer parte do estudo de que tem acesso usando o critério da
amostragem por acessibilidade ou conveniência.
Amostragem por acessibilidade constitui o menos rigoroso de todos os tipos de
amostragem. Por isso mesmo é destituida de qualquer rigor estatistico. O
pesquisador selecciona os elementos a que tem acesso, admitindo que estes
possam, de alguma forma, representar o universo. A aplica-se este tipo de
amostragem em estudos exploratorios ou qualitativo, onde nao é requerido
elevado nivel de precisao. (Gil, 2008:94)
Neste sentido, vai contactar os membros do conselho consultivo do bairro de Natite
para colaborar com estudo de modo que forneçam informação necessária para o
exclarecimento do tema.

3.7.Método de apresentação de dados


Na apresentação de dados o estudo irá interpretar com base em categorias definidas
com base de objectivos de pesquisa. A pesquisa também irá construrir subcategorias

23
(perguntas) organizadas em entrevista e questionário que serão respondidas pelos
participantes do estudo sub enfoque qualitativo.

Capitulo IV: Apresentação e interpretcação de dados da pesquisa

Para a análise e interpretação de dados, foi feita em torno das perguntas do


questionário que foram transformadas em categorias para tornar mais fácil a sua
compreensão. Nesta descrição dos dados da pesquisa foram colocados em destaque as
questões achadas pertinentes e que a população em estudo apresentou informações
que ajudaram o desenvolvimento da pesquisa. Total dos inquiridos-60 participantes,
dos quais 21 do sexo feminino e 39 do sexo masculino dentre os membros do
Conselho Consultivo do Bairro de Natite.

4.1.Análise dados do questionário apresentado aos membros do conselho consultivo

Pertgunta nr.1- Tem sido de interesse comum, as funções desenvolvidas pelos


membros do Conselho Consultivo local no dominio cívico, sócicio económico e de gestão
de recursos naturais do bairro de Natite?
Idades do inqueridos

Respostas 18 a 30 30 a 40 40 a 50 50 60
a) Nunca 1 3 1 9

24
b) Poucas vezes 2 4 13 3
c)Algumas vezes 4 5 8 1

d)Sempre 4 2

De acordo com os resultados do gráfico, os membros do conselho consultivo explicam que


nunca foi de interesse comum a definição de funcoes desenvolvidas pelos membros de
conselho consultivo na gestão de recursos naturais embora outros afirmem que as vezes tem
sido de interesse comum da comunidade.

Pergunta nr. 2- Os membros do conselho consultivo do Bairro de Natite têm sido


capacitados para assumir com responsabilidade em beneficio comum da comunidade
de Natite?

50
30 a 40 a a
18 a 30 40 50 60
a) Nunca 1 2 1
b) Poucas vezes 4 6 17 12
c)Algumas vezes 2 4 5 2
d)Sempre 1 1 1 1

25
A capacitação de membros do conselho consultivo é uma prática muito importante para a
emancipação deste órgão tão importante para o desenvolvimento sustentável das
comunidades locais onde vive centenas de pessoas. Assim, algumas vezes, os conselhos
consultivos têm capacitado seus membros em vista o seu empoderamento na matéria da
participação no diálogo com o governo local para em conjunto encontrar uma plataforma
que impulsione o desenvolvimento local.
Pergunta nr.3-No dominio econmico, o conselho consultivo desenvolve as funcoes
relacionadas com abertura e manutencao de vias de acesso e de valas de drenagem no
bairro de Natite

50
30 a 40 a a
18 a 30 40 50 60
a) Nunca 3 6 13 11
b) Poucas vezes 3 2 3 1
c)Algumas vezes 1 3 6 3
d)Sempre 1 4

As funções do conselho consultivo ao nível local têm sido apresentação de propostas


relacionadas com as necessidades da população às autoridades locais para a sua
viabilização.

26
Assim, constituem funções do conselho consultivo velar pela reabilitação e construção de
vias de acessos, drenagens, mercados e outras actividades de apoio ao desenvolvimento das
comunidades locais.

Pergunta nr.4-O Conselho Consultivo do bairro de Natite te tem decidido assuntos de


desenvolvimento apenas relacionados com o financiamento de projectos do fundo de
reducao da pobreza urbana?
50
30 a 40 a a
18 a 30 40 50 60
a) Nunca 2 1 3 4
b) Poucas vezes 4 7 13 2
c)Algumas vezes 2 1 8
d)Sempre 3 2 8

a) Nunca 3 4 11 10
b) Poucas vezes 3 6 2 1
c)Algumas vezes 1 1 12 2
d)Sempre 1 1 1 1

Pergunta nr.5- Conselho Consultivo da bairro de Natite tem procurado solucoes dos
problemas da comunidade com base nos recursos locais?

27
Pergunta nr.6-Todos os membros do conselho consultivo do bairro de Natite
participam dos debates de assuntos do desenvolvimento do bairro?
50
30 a 40 a a
18 a 30 40 50 60
a) Nunca 3 5 4 1
b) Poucas vezes 3 4 6 11
c)Algumas vezes 3 2 8 1
d)Sempre 1 7 1

Uns dos objectivos da criação dos conselhos consultivos locais nas comunidades é a
inclusão do cidadão nos debates públicos de modo que as decisões tomadas sejam

28
consentidas por todas as partes.

Os assuntos desenvolvidos deveriam ser mais abrangentes de acordo com as necessidades


do cidadão, mas acontece ao contrario. Senão vejamos que, o conselho consultivo do bairro
de Natite sempre tem decidido assuntos de desenvolvimento apenas relacionados com o
financiamento de projectos do fundo de redução da pobreza urbana.

Pergunta nr.7- O Conselho Consultivo do bairro de Natite reune regularmente com os


seus membros?
50
30 a 40 a a
18 a 30 40 50 60
a) Nunca 2 2 2 1
b) Poucas vezes 3 3 5 1
c) Algumas vezes 3 4 5 8
d)Sempre 1 2 14 4

As preocupações do cidadão são apresentadas e reuniões de consulta pública promovidas

29
pelos órgãos locais do Estado como espaço privilegiado para os debates entre a
comunidade e as autoridades.
De acordo com os dados acima ilustrados no gráfico, mostram que os conselhos consultivos
tem se reunido regularmente tanto com os cidadãos para a busca de proposta uteis para
acrescer o programa do desenvolvimento local como com as autoridades para a tomada do
conhecimento sobre as decisões emanadas pelos membros da comunidade (população).

Pergunta nr.8-As decisões tomadas pelo Conselho Consultivo do bairro de Natite são
divulgadas em reuniões pública do bairro?
50
30 a 40 a a
18 a 30 40 50 60

a) Nunca 4 2 4 10
b) Poucas vezes 4 3 11 2
c)Algumas vezes 2 6 2
d) Sempre 4 5 1

De acordo com esta pergunta, a mairia dos membros de conselho consultivo dos 40 a 50
anos disseram que poucas vezes e uma parte significativo dos 50 aos 60 anos afirmaram
que nunca as decisões tomadas são divulgadas em reuniões de modo que todos os
membros da comunidade possa tomar conhecimento quanto a sua aplicação e vários
destinos a tomarem.

30
Pergunta nr.9- A contribuição dos membros do conselho consultivo no
desenvolvimento socioeconomico do bairro de Natite assegura a representatividade
territorial, no processo participativo do cidadão?

50
30 a 40 a a
18 a 30 40 50 60
a) Nunca 2 3 8 3
b) Poucas vezes 2 5 9
c) Algumas vezes 3 6 13 3
d) Sempre 2 1

Segundo os membros dos 40 a 50 anos de idade que constituem os membros de conselho


consultivo de maior idade afirmara que o desenvolvimento socioeconômico, o processo
participativo do cidadão , em algumas vezes tem tido a representatividade territorial.
Nesta mesma perspectiva, outros não concordando referiram que o desenvolvimento
econômico, poucas vezes tem tido a representatividade territorial.

Assim, tudo indica que não há inclusão no desenvolvimento econômico local, existe
desiquilíbrio devido a falta de oportunidade para todos contraindo desta forma os
princípios de conselhos consultivos.

Contudo, os conselhos consultivos locais devem trabalhar com base na transparência de


forma que toda decisão tomada seja do conhecimento das partes e que seja cumprida

31
escrupulosamente e as autoridades respeitem os interesses da comunidade.

Pergunta nr.10- Os membros do conselho consultivo participam nos encontros


gerais do bairro para levantamento das necessidades de desenvolvimento do bairro?

50
30 a 40 a a
18 a 30 40 50 60
a) Nunca 1 2 5 2
b) Poucas vezes 3 3 12 10
c)Algumas vezes 1 2 1 1
d)Sempre 2 5 9 1

Os dados da tabela mostram as informações trazidas pelos membros do conselho consultivo


do Bairro do Natite na cidade de Pemba. De acordo com alguns membros do conselho
consultivo, referem que eles participam nos encontros gerais do bairro poucas vezes com a
comunidade. Então, com estas palavras indica que as atividades desenvolvidas pelas
autoridades locais não do consenso, visto que este órgão não consulta a população aquilo
deve ser feito em prol do cidadão.

Portanto, os encontros entre os membros do conselho consultivo com a comunidade são


necessárias porque permite que o cidadão livremente aponte que deseja ser feito na sua
localidade pelas autoridades locais como, por exemplo, construção de fontenarias de agua,
vias de acesso, posto de saúde e ouros empreendimentos socioeconômicos.

Apergunta nr.11- A construção de infra-estruturas locais (mercados, valas de

32
drenagem e melhoramento de rodovias) e da proposta do conselho consulturo de
Natite?

50
30 a 40 a a
18 a 30 40 50 60
a) Nunca 3 8 14 11
b) Poucas vezes 4 4 3 1
c)Algumas vezes 4 2
d) Sempre 5 1

As autoridades locais raramente consultam aos conselhos consultivos para a edificação das
suas obras ao logo do território municipal ou da localidade, visto que muita coisa é feita
unilateralmente.
Sendo assim, os membros consultivos declaram que as infraestruturas erguidas pelas
autoridades não são construídas sob proposta de cidadãos. Por isso todos os mercados e
outras edificações sociais, a sua existência não foi proposta pelo conselho consultivo como
órgão representativo de cidadadaos residentes no bairro de Natite.

Neste caso, a construção de infraestruturas sociais e econômicas sob proposta da


comunidade, integra vivamente o cidadão e se sente que pertencer a uma comunidade onde
todos participam na tomada de decisão, promovendo um desenvolvimento loca mais
inclusivo.

Pergunta nr. 12- Atribuicao dos fundos de reducao da pobreza urbana aos

33
beneficiários é baseado nas decisões tomadas pelo conselho consultivo do bairro de
Natite?

50
30 a 40 a a
18 a 30 40 50 60
a) Nunca 4 8 1
b) Poucas vezes 2 2 3 3
c)Algumas vezes 2 5 6 2
d)Sempre 3 1 9 10

O fundo de redução da pobreza urbana constitui um dos mecanismos adotado pelo gorno
moçambicano para ajudar as iniciativas particulares e colectivas no processo do
desenvolvimento econômico local.

Nesta perspectiva, os membros do conselho consultivos mais velhos disseram sem duvida o
fundo de redução de obreza urbana sempre contribuiu para alavancar o desenvolvimento
econômico de cidadãos que vivem nos centros urbanos e sua perferias. Assim, com este
fundo de reeducação de pobreza atribuído pelo governo aos interessados tem promovido
significativamente a vida destes cidadãos.

Pergunta nr.13- O conselho consultivo mobiliza e organiza a população a apresentar os


seus Problemas do bairro
18 a 30 30 a 40 a 50
40 50 a

34
60
a) Nunca 3 4 9 4
b) Poucas vezes 4 5 5 3
c)Algumas vezes 2 2 5 2
d)Sempre 2 1 7 2

Uma das tarefas do conselho consultivo é mobilizar e organizar a população a colocar seus
problemas as autoridades para a sua solução. Mas a pesquisa provou contrario. De acordo
com os dados do gráfico, os membros do conselho consultivo afirmaram que o conselho
consultivo nunca mobiliza nem organiza a população com vista a ter capacidade de colocar
os seus problemas a quem é de direito para a sua resolução.

Pergunta nr.14- O conselho consultivo colabora com as autoridades locais na


divulgação das informações relevantes sobre o desenvolvimento do bairro de Natite?
50
30 a 40 a a
18 a 30 40 50 60
a) Nunca 1 2 1
b) Poucas vezes 4 7 12 3
c)Algumas vezes 2 3 4 9
d)Sempre 9 3

35
Os acima indicam que o conselho consultivo, sempre tem colaborado com as autoridades
locais na construção de plano comum de promoção de desenvolvimento socioeconômico do
bairro de Natite.Mas alguns membros deste conselho consultivo que afirmara que poucas
vezes o conselho consultivo colabora com autoridades. Então, a colaboração entre os
intervenientes do processo do desenvolvimento local é evidente.

Pergunta nr. 15- O conselho consultivo tem participado no processo de preparacao,


implementacao e controlo dos planos de desenvolvimento do bairro?
50
30 a 40 a a
18 a 30 40 50 60
a) Nunca 1 4 6 10
b) Poucas vezes 4 3 5 1
c)Algumas vezes 2 4 10 2
d)Sempre 1 5 2

36
Segundo os dados acima apresentado, o conselho consultivo do bairro de Natite em algumas
vezes costuma participar no processo de preparação e na implementação de projectos de
desenvolvimento. Mas existem alguns membros de conselhos consultivos que nunca
participam nestes mesmos processos por varias razões não especificada.

Pergunta nr. 16-O conselho consultivo aprecia e emite parecer sobre as propostas dos
planos de desenvolvimento do bairro de Natite?
50
30 a 40 a a
18 a 30 40 50 60
a) Nunca 2 5 10 1
b) Poucas vezes 2 4 10
c)Algumas vezes 1 6 10 4
d)Sempre 2 1 2

Para esta pergunta, existem uma grande divergência entre os intervenientes da


pesquisa. Assim, alguns membros do conselho consultivo entendem que todas
propostas do plano de desenvolvimento local têm merecido a precação do conselho
consultivo.

37
Outros membros disseram que a proposta do desenvolvimento não tem merecido a
apreciação do conselho consultivo enquanto a outra parte alega que o conselho
consultivo nunca apreciou e emitiu proposta do planos do desenvolvimento
económico local.

CAPITULO: DISCUSSÃO DE RESULTADOS DA PESQUISA

1. A discussão de resultados em torno das questões formuladas a partir de


objectivos do trabalho da pesquisa tais como:

2. Quais são as funções do conselho consultivo Local no desenvolvimento


socioeconómico da do Bairro de Natite no Município da Cidade de Pemba?

3. Que actividades são desenvolvidas pelo conselho consultivo do Bairro de


Natite no Município da cidade de Pemba?

4. Que importância tem o conselho consultivo no processo do desenvolvimento


socioeconómico do Bairro de Natite no Município da cidade de Pemba?

Em relação a primeira questão colocada no âmbito da pesquisa científica, os membros


do conselho consultivo abordaram que as funções do conselho consultivo local
consistem em assegurar o processo participativo de planeamento, execução e controlo
das actividades da administração do Bairro. Então, sempre é importante que os
conselhos consultivos dos bairros sejam verdadeiros mensageiros e o garante das
preocupações dos residentes para promover o desenvolvimento social e económico
através de gestão sustentável de recursos naturais.

Elia, J.M. (2012) citando Adelima (2009) considera a participação activa da


comunidade como requisito indispensável para a consolidação da democracia,
defendendo que a participação dos indivíduos garante a sustentabilidade e
legitimidade das políticas do governo e promove o desenvolvimento social. Assim, os
conselhos consultivos devem promover acções que incitem a participação das pessoas
com vista a concretização de políticas económicas e sociais definidas pelo governo no
âmbito de descentralização e governação local.

38
Os conselhos consultivos ao nível local têm desenvolvido várias actividades com vista
a prossecução dos objectivos do governo. Sendo assim, os membros do conselho
consultivo do Bairro de Natite na cidade de Pemba, avançaram no dia-a-dia com a
população tem desenvolvido algumas actividades importantes que consistem em a
atribuição de fundos de desenvolvimento do bairro e na construção de vales de
drenagem, entre outras, no âmbito de promoção de prosperidade no seio da
comunidade.

Neste sentido, os conselhos consultivos locais devem desenvolver outras actividades


para o desenvolvimento social e não devem apenas se concentrarem em atribuição de
fundos de desenvolvimento urbano, mas promova o bem estar de cidadãos a partir do
senso comum.

Diploma ministerial nº 67/2009 citado por Elias (2012) refere que os conselhos
consultivos são órgãos de consulta das autoridades de administração local, na busca
de soluções fundamentais que afectam a vida das populações, o seu bem-estar,
desenvolvimento sustentável, integrado e harmonioso.

Portanto, as actividades dos conselhos consultivos locais devem ser definidas com
base dos interesses de cidadãos como consequência da consulta comunitário de modo
que o desenvolvimento beneficie as comunidades e as pessoas que nela vivem.

No que diz respeito a importância do conselho consultivo local, constitui uma questão
de profunda reflecção. As pessoas clamam pelas melhores condições de vida
contemplada na limpeza de valas de drenagem, construção de escolas e mercados
condignos, reabilitação de vias de acessos, conservação do meio ambiente e
exploração sustentável de recursos naturais existente.

Neste aspecto, os membros do conselho local tem confirmado que a população do


Bairro de Natite conhece o trabalho deste órgão de consulta comunitária. (Allebrandt,
2006) resume-se em:

Assegura a representação territorial não só de interesses como também de grupos


(representação corporativa), assegura o processo participativo no planeamento,
execução e controle das actividades da administração municipal e construção de

39
mecanismos e instrumentos que permitem a integrabilidade entre as comunidades e o
poder político local.

Nesta perspectiva, o conselho consultivo local tem grande importância porque admite
que as ideias da comunidade são agregadas nas decisões das autoridades sobre as
tarefas que devem ser desenvolvidas a favor do desenvolvimento social, económico e
cultural da população local.

CAPITULO VI: - CONCLUSAO E RECOMENDAÇÕES


6.1. Conclusão

Os conselhos consultivos locais foram estabelecidos pelo governo moçambicano no âmbito


de acelerar o desenvolvimento económico e social através de participação de pessoas na
tomada das decisões profundas que promovam o bem-estar, a integridade e harmonia da
sociedade. Sendo assim, o estudo levado acabo sobre o papel do conselho consultivo no
desenvolvimento socioeconómico local, chegou-se a seguinte conclusão:

As reuniões de consulta comunitárias não são feitas de formas regular pelo conselho
consultivo local o faz com que as principais decisões tomadas não sejam do conhecimento
da população residente no Bairro de Natite.

Não há transparências na escolha de membros de conselhos consultivos, visto que, estes são
escolhidos pela confiança do líder comunitário e por confiança da cor política ou partidária
do partido no pode. Assim, sabe-se que os membros do conselho consultivo são indicados
pelas pessoas da comunidade e apresentados as autoridades como seus representantes
legítimos em vários debates sobre assuntos de interesse da população.

O principal objectivo dos conselhos consultivos locais é assegurar a participação da


comunidade na planificação, execução e controlo de actividades da administração pública
local.

Maior parte da população não está satisfeita pela instalação de conselho consultivo local no
Bairro de Natite, porque não sabe o papel desempenhado por este órgão de consulta
comunitária.

40
Que a população tenha vontade de participar no processo de construção de uma sociedade
socialmente desenvolvida através da promoção de ideias e valores consentâneas que une a
todos em defesa da nossa soberania.

Que as decisões de conselho consultivo se tornem públicas através de sessões abertas ao


cidadão.

6. Recomendações
A pesquisa esteve a reflectir sobre o papel desempenhado de conselho consultivo local que
com base das conclusões, o estudo recomenda:

Que o conselho consultivo de Bairro de Natite, tenha o calendário fixo de realização de


reuniões com seus cidadãos de modo que se actualizem novas e futuras realizações no
âmbito do desenvolvimento socioeconómico da população. Mas poderá também promover
encontros extantâneas dependendo do carácter e à brevidade de informação ao cidadão.

Que as autoridades e conselho consultivo aprimorem os mecanismos democráticos e


consentidos pela comunidade na escolha de membros consultivos e distanciem-se das
manobras partidárias para evitar o surgimento de conflitos para construir uma nação mais
próspera, democrática e cheia de paz.

Que o conselho consultivo local não seja constituído a penas para discutir os projectos do
fundo do desenvolvimento urbano, ele, deve ser o verdadeiro órgão de consulta as
comunidades das necessidades para que seja o verdadeiro espaço de recolha de opiniões
para planificação das acções de desenvolvimento socioeconómico local.

O conselho consultivo como órgão de consulta local deve promover acções que visam a
participação e retroalimentação do cidadão como dono na identificação e execução das
decisões a serem tomadas como parte integrante.

Os membros do conselho consultivo devem ser representativos e com uma visão do futuro,
isto é, pessoas alfabetizadas com competências de leitura, escrita e calculo para
participarem activamente nas discussões que permite dominar os instrumentos legalmente
instituídos.

41
Referências Bibliográficas

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administrativa em Moçambique. Maputo.

42
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administrativa em Moçambique. Maputo.

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(estabelece princípios e normas de organização, competências e de funcionamento dos
órgãos locais do Estado nos escalões de Província, Distrito, Posto Administrativo e de
Localidades).
Lei no2/97 de 18 de Fevereiro, Boletim da Republica, I Serie no 7 de 18 de Fevereiro,
(estabelece o quadro juridico legal para a implantação das autarquias locais).

Moçambique. (2005). Decreto nº 11/2005, Boletim da República, I Série n° 23, 10 de junho


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Valá, S. C. (2009). Desenvolvimento rural em Moçambique: um desafio ao nosso alcance.


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43
Vitte, C.C.S. (2006). Gestão do desenvolvimento económico local. Revista Internacional de
Desenvolvimento Local. Vol. 8, N. 13, p. 77-87, Set. 2006.

APÊNDICE

44
Questionário

Para recolha de dados sobre Conselho Consultivo do Bairro de Natite no Município da


Cidade de Pemba.

O questionário em sua posse enquadra-se no âmbito de estudo académico, para grau de


licenciatura na Administração Publica no Instituto Superior de Ciência de Educação a
Distancia (ISCED), Centro de Recurso de Pemba. Solicita-se a sua contribuição sobre o
tema: o Papel do Conselho Consultivo Local no desenvolvimento socioeconómico: Caso
do Bairro de Natite no Município de Pemba (2013-2016). Esteja seguro que as suas
respostas serão mantidas no anonimato e confidenciais. Por isso, esteja a vontade para
responder todas as perguntas e agradecemos desde já pela sua colaboração.

1ª PARTE- DADOS DO ENQUERIDO

1. Sexo

a) ( X ) Masculino;

b) ( ) Feminino.

2. Faixa etária que ocupa?

a) ( ) de 18 aos 30 anos

b) ( ) de 30 aos 40 anos

c) ( ) de 40 aos 50 anos

d) ( ) de 50 ou mais

II Parte - Dados sobre o conselho consultivo do bairro de Natite.


i

45
1. Têm sido de interesse comum, as funções desenvolvidas pelos membros do
Conselho Consultivo local, no domínio cívico, socioeconómico e de gestão de recursos
naturais do bairro de Natite?

a) ( ) Nunca;

b) ( ) Poucas vezes;

c) ( ) Algumas vezes;

d) ( ) Sempre.

2. Os membros do conselho consultivo do Bairro de Natite têm sido capacitados


para assumir as funções com responsabilidade em benefício comum da comunidade de
Natite?

a) ( ) Nunca;

b) ( ) Poucas vezes;

c) ( ) Algumas vezes;

d) ( ) Sempre.

3. No domínio económico, o conselho consultivo desenvolve as funções relacionadas


com abertura e manutenção de vias de acesso e de valas de drenagem no bairro de
Natite.

a) ( ) Nunca;

b) ( ) Poucas vezes;

c) ( ) Algumas vezes;

d) ( ) Sempre.

4. O conselho consultivo do bairro de Natite tem decidido assuntos de


desenvolvimento apenas relacionados com o financiamento de projectos do fundo de
redução da pobreza urbana?

a) ( ) Nunca; ii

46
b) ( ) Poucas vezes;

c) ( ) Algumas vezes;

d) ( ) Sempre;

5. O conselho consultivo do bairro de Natite tem procurado soluções dos problemas


da comunidade com base nos recursos locais?

a) ( ) Nunca;

b) ( ) Poucas vezes;

c) ( ) Algumas vezes;

d) ( ) Sempre;

6. Todos os membros do conselho consultivo do bairro de Natite participam dos


debates de assuntos do desenvolvimento do bairro?

a) ( ) Nunca;

b) ( ) Poucas vezes;

c) ( ) Algumas vezes;

d) ( ) Sempre.

7. O conselho consultivo do bairro de Natite reúne regularmente com os seus


membros?

a) ( ) Nunca;

b) ( ) Poucas vezes;

c) ( ) Algumas vezes;

d) ( ) Sempre.

8. As decisões tomadas pelo conselho consultivo do bairro de Natite são divulgadas


em reuniões públicas do bairro?

a) ( ) Nunca; iii

47
b) ( ) Poucas vezes;

c) ( ) Algumas vezes;

d) ( ) Sempre.

9. A contribuição dos membros do conselho consultivo no desenvolvimento


socioeconómico do bairro de Natite assegura a representatividade territorial, no
processo participativo do cidadão?

a) ( ) Nunca;

b) ( ) Poucas vezes;

c) ( ) Algumas vezes;

d) ( ) Sempre.

10. Os membros do conselho consultivo participam nos encontros gerais do bairro


para levantamento das necessidades de desenvolvimento do bairro?

a) ( ) Nunca;

b) ( ) Poucas vezes;

c) ( ) Algumas vezes;

d) ( ) Sempre.

11. A construção de infra-estruturas locais (mercados, valas de drenagens e


melhoramento de rodovias) é da proposta do conselho consultivo de Natite?

a) ( ) Nunca;

b) ( ) Poucas vezes;

c) ( ) Algumas vezes;

d) ( ) Sempre.

12. Atribuição dos fundos de redução da pobreza urbana aos beneficiários é baseada
nas decisões tomadas pelo conselho consultivo do bairro de Natite? iv

48
a) ( ) Nunca;

b) ( ) Poucas vezes;

c) ( ) Algumas vezes;

d) ( ) Sempre.

13. O conselho consultivo mobiliza e organiza a população a apresentar os seus


problemas do bairro?

a) ( ) Nunca;

b) ( ) Poucas vezes;

c) ( ) Algumas vezes;

d) ( ) Sempre.

14. O conselho consultivo colabora com as autoridades locais na divulgação das


informações relevantes sobre o desenvolvimento do bairro Natite?

a) ( ) Nunca;

b) ( ) Poucas vezes;

c) ( ) Algumas vezes;

d) ( ) Sempre.

15. O conselho consultivo tem participado no processo de preparação,


implementação e controlo dos planos de desenvolvimento do bairro?

a) ( ) Nunca;

b) ( ) Poucas vezes;

c) ( ) Algumas vezes?

d) ( ) Sempre.
v
16. O conselho consultivo aprecia e emite parecer sobre as propostas dos planos de
desenvolvimento do bairro de Natite?

49
a) ( ) Nunca;

b) ( ) Poucas vezes;

c) ( ) Algumas vezes;

d) ( ) Sempre.

vi

50
ANEXOS

51
Fonte: Foto tirado pelo autor 2018 Sede do Bairro de Natite

52
Bairro de Natite local de estudo

53
54
Fonte: Google map Local de estudo

55
56

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