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PRIMEIRO TEMPLO:
1. Aprendiz
2. Companheiro
3. Mestre
4. Mestre Perfeito
5. Mestre Eleito
6. Grande Arquiteto
7. Maçon do Segredo
SEGUNDO TEMPLO:
8. Príncipe de Jerusalém
9. Cavaleiro da Palestina
1. Aprendiz
2. Companheiro
3. Mestre
4. Mestre Perfeito
5. Mestre Eleito
6. Mestre Escocês
7. Sábio
E acrescenta: "As doutrinas desta instituição fundam-se nas de Martines Pascalis... Suas
instruções tratam da criação do homem, de sua desobediência, punição, regeneração e
reintegração em sua inocência e nos bens que perdeu com o pecado original. Seu fim é o
aperfeiçoamento do homem a fim de que possa aproximar-se do Soberano Mestre, de que
emanou. Quando o adepto tenha recobrado os seus direitos primitivos, pode conhecer os
segredos da natureza e a teologia mística."
De Martines de Pascalis, adianta: "Martines de Pascalis era um alemão, nascido cerca de 1700,
de família pobre; mas, com a idade de dezasseis anos sabia grego e latim; esteve na Turquia,
Arábia e Damasco; instrui-se nos mistérios do Templo; criou uma ordem particular de Rosa
Cruzes; este rito produziu em Paris a LOJA DOSFILADELFOS, tinha doze gráus, cuja ciencia toda
repousava nas químicas ciências ocultas; esta Loja possuía rica bibliotéca em monumentos
maçonicos e literários".
Quiçá, nem todas as informações prestadas por Marconis fiquem isentas de crítica. O Sr.
JoãoAntunes, em a MAÇONARIA INICIÁTICA, livro de vulgarização, nem sempre doutrinas e
fatos apreciando devidamente, coloca em Portugal o berço de Martines.
"A ORDEM MARTINISTA, organizada pelo judeu português Pascoal Martins (Martines de
Pasqually), no século XVIII, modificada por Saint-Martin, está atualmente muito espalhada..."
Com quanto o livro do Sr. João Antunes nem sempre expresse a verdade, quando se aprecía a
Maçonaria, é provavel a traduza ao dizer da terra natal do mestre de Saint-Martin.
Do FILÓSOFO DESCONHECIDO- diz Ragon: "Luiz Claudio, marquêz de Saint-Martin, oficial no
Regimento de Foix, teósofo celebre, chamado o filósofo desconhecido, nasceu em Amboise,
em 1743. Embuido dos sistemas de Pasqually e Swendenborg compôs uma filosofia particular,
de espiritualismo puro, que tudo atribue a Deus, e pregou-a com sucesso em Paris. Neste rito,
que tem seu nome, modificou as doutrinas de seu mestre Martines-Pasqually..."
Escreveu Saint- Martin: DOS ERROS E DA VERDADE (obra mística); QUADRO NATURAL
(Relações entre Deus, o homem e o universo); O HOMEM DE DESEJO; O MISTÉRIO DO HOMEM
ESPÍRITO; traduções de obras de Boëhme.
* * *
Papus (Dr. Gérar dEncausse), nascido em Corona, na Espanha, a 13 de julho de 1865, era
doutor emmedicina pela Faculdade de Paris, onde residia.
Em 1891 constituiam o Supremo Conselho, cuja presidencia coube a Papus, até seu falecer,
durante a grande guerra, em 25 de outubro de 1916.
"Constitue Cavalaria do Altruismo oposta à liga egoica dos aspectos materiais, escola em que
se aprende a dar ao dinheiro o justo valor social e não considera-lo como influxo divino." (Ver
Phaneg-94)
Papus proclama cristão o MARTINISMO; entende, porém, que "seu espírito é nitidamente anti-
clerical". (Martinesismo 129)
"Não pedindo a seus membros nem cotizações, nem joias de ingresso na Ordem, não exigindo
nenhum tributo regular de suas Lojas ao Supremo Conselho, o Martinismo ficou fiél a seu
espírito e a suas origens, fazendo da probreza material sua primeira regra".
"Ao Martinismo basta-lhe o bordão, o manto, a lanterna... Se afivela a espada, é pelo Ideal,
pela Verdade, pela Justiça. Apoia-se ao bordão do Conhecimento, a luz da lanterna procurao
Caminho, sob o manto vela-se de modestia, de silencio.
'Não aplaude a intolerância e não alimenta o odio; não cultiva as paixões, não serve ao
despotismo. Se possível passa incognito.
'O Martinismo pede a "seus adeptos um trabalho intelectual perseverante, criar escolas,
distribuindo seus gráus exclusivamente por exame, abrindo suas portas a todos, com a
condição de justificar qualquer riqueza intelectual e moral, excluindo os indolentes e pedantes
que supunham algo obter com dinheiro". (Papus – obra cit.)
A Rosa Cruz, a que chegam iniciados, seguindo o caminho do Martinismo, aproxima o Oriente
do Ocidente; o Mazdeismo e o Cristianismo, o Egito e a Celtida, a Kabala e o Evangelho,
Cristina, Zaratustra. Pytagoras, Jesus: sintese inciática do Ocidente, como já o fôra, nos albores
da civilização helenica, a revelação de Orfeu e a doutrina de Krotona.
No intuito de seletar elementos para a Ordem Martinista, para a O+K+R+C+ e outros centros
de estudos iniciáticos menos acessíveis, fundou Papus o Grupo Independente de Estudos
Esotéricos, a séde em Paris.
O MARTINISMO NO BRASIL
Encontro, em 1900, há, pois, vinte e cinco anos, em Curitíba, o Centro Esotérico
"LUZINVISIVEL", autorizado e filiado ao Grupo Independente, de Papus.
Do livro de Atas, constata-se, reunia-se o Centro Esotérico num dos salões do Club Curitibano
,gentilmente cedido.
Entre seus membros figuraram: Drs. Euzebio Siveira da Motta, Reynaldo Machado, Emiliano
Pernetta, ErmelinoLeão, Azevedo Macedo, Sebastião Paraná, Claudio dos Santos, Abeylard
deQueiroz, Manoel Carrão, Generoso Borges, Exma. Snra. Josefina Rocha, CoronelMario
Tourinho, Romario Martins, Magnus Sondalh, J. U. Assis Rocha, DomingosDuarte Velloso, Tito
Velloso, João Leite Junior, Walfrido F. de Abreu, JesuínoRibas, João Pedro Scheleder, Julio
Pernetta, Manoel Pacheco de Carvalho,Augusto Stresser, Ricardo de Lemos.
Desses nobres espíritos que se interessavam pelos problemas espiritualistas, à luz da Ciencia,
alguns desapareceram já, outros se teem afirmado supernos todos, contribuindo para dar a
Curitíba, nos albores do século XX, o realce das sociedades ocultas.
A carta nº 141,conferida pelo S.'.C.'., nomeava Delegados Especiais para representar a Ordem
Martinista no Brasil, elegendo para sede Curitíba.
Estes subsídios contribuirão para a historia das associações iniciáticas no Paraná; explicarão
tendenças fraternistas, a emergir da imprensa e do livro, atravéz dos anos; indicarão, houve
fatores iniciáticos concorrendo para fortalecer intuitos superiores, a concordia, a tolerancia, a
harmonia, pulindo arestas à superstição, ao fanatismo.
Significam dedicações pelas idéias liberais, esforços altruisticos, afim de que a liberdade de
consciencia flutue por sobre o negror da intolerancia.