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CURANDO
as feridas da
ALMA
Superintendente
Rev. Daniel A. Silva

Secretário da SEREP
Pr. Davi Miguel dos Santos

Subsecretário da SEREP
Pb. Wilson Matias

Editores Assistente
Pb. Wilson Matias

Escritores
Ademir Teixeira de Freitas - Lições 1 a 3 / 7 a 13
Psicólogo clínico e Pastor da ICPI Santo André/SP

Eliézer Cavalcanti Rocha - Lições 4 a 6

Engenheiro, bacharelando em Teologia
Presbítero da ICPI Santo André/SP

Equipe Revisora
José Edson Ferreira Lima (Gramatical)
Conselho de Doutrina (Teológico)

Diagrama / Design
Marcelo Henrique Pinto
É proibido a cópia deste sem
Impressão autorização da SEREP
Logus Gráfica

vendas@icpi.com.br
w w w. l o j a i c p i . c o m . b r
DEUS TEM Cicatrizes........................................... 01
PERGUNTAS DE quem Sofre.................................06
ESPINHOS QUE nos Ferem!.................................. 11
ANTES SÓ, DO QUE Mal Acompanhado?...............16
ALIVIANDO A BAGAGEM do Estresse!...................19
ANSIEDADE, UMA BOMBA PRONTA para Explodir!. 24

A VIDA, MAIS QUE o Alimento!............................ 28

O QUE FAZER COM a minha Culpa!......................32
SEM MEDO DE TER Medo...................................37

DEPRESSÃO, A VIDA Cinzenta............................41

FERIDOS EM NOME de Deus...............................46
RECURSOS TERAPÊUTICOS DE DEUS
a uma Alma Ferida................................................52
CURA PARA AS DORES da Alma.........................55
T emos o prazer de apresentar a você,
aluno, este palpitante tema: “Cura para a
Alma”. Ele tem uma perspectiva
teológica e psicológica. A proposta não é que
essas lições sejam uma checagem, se temos
este ou aquele problema. Ao falar de alguns
transtornos e doenças, focamos muito mais
naquilo que é saudável do que aquilo que é pato-
lógico.
Ficamos surpresos quando nossa vida é
mergulhada na escuridão e na dor? Nem mesmo
o próprio Deus, em Cristo, fugiu de tais coisas.
As primeiras lições abordam um assunto que
sequer é pregado nos púlpitos de muitas igrejas,
principalmente, as seguidoras da prosperidade.
Trata-se da “Teologia do Sofrimento”. Nela,
você verá que Deus veio ao mundo e se sujeitou
a males, sofrimentos e dores aos quais nenhum
de nós jamais experimentou. Em vez de Deus
explicar o sofrimento, Ele decidiu participar
dele. A revelação mais profunda do caráter de
Deus está na fraqueza, no sofrimento e na
morte na cruz. Isso é exatamente “o oposto de
onde a humanidade espera encontrar Deus”.
O sofrimento diz respeito a todos nós e, por
vezes, lidar com o sofrimento sem os recursos
suficientes intensifica ainda mais a dor humana.
Em meio à dor, as dúvidas na mente podem
crescer juntamente com a dor no coração.
Conhecer o amor do Senhor em profundidade é
a nossa maior necessidade e o mais eficiente
recurso terapêutico!

Equipe SEREP
 DEUS TEM
CICATRIZES!
Texto Básico: Isaías 53.1-12
Lição Texto Áureo: “Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas
Segunda enfermidades, e carregou com as nossas dores; e nós o
reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido”. (Is 53.4)

Lc 22.44 Introdução
Terça Conteúdo aluno

Rm 8.32
Subsídio Teológico I
Quarta Deus se arrepende ou não?Por que em Números 23.19 diz:
“Deus não é homem, para que minta, nem filho do
Lc 19.41-42 homem, para que se arrependa…”, sendo que em Gênesis
6.6 se afirma: “então, se arrependeu o Senhor de ter feito
Quinta o homem na terra, e isto lhe pesou no coração”? A palavra
“arrependimento” é expressa por diferentes palavras no
At 9,1-4 original hebraico e grego. Sendo assim, o arrependimento
divino é totalmente diferente do arrependimento
Sexta humano, pois diferentes palavras hebraicas e gregas são
usadas para definir esse sentimento. Quando a Bíblia fala
do arrependimento humano, usa as seguintes palavras no
Hb 4.15
original: Shubh (hebraico) e metanoéo (grego). Seus
significados: mudança de mente (não somente a tristeza
Sábado
pelo pecado), voltar atrás, retornar ao caminho correto.
Por outro lado, quando a Bíblia fala acerca do
Jn 3.4-10 arrependimento divino, usa os seguintes termos: Naham
(hebraico) e Metamélomai (grego), significando dor,
Domingo tristeza, pesar.
Portanto, quando Gênesis 6.6 diz que Deus “se
Mt 27.30-46 arrependeu”, está afirmando que o Senhor “sentiu
01
profunda dor, pesar” (lembremos maldade, também eu me
que não temos como expressar arrependerei do mal que pensava
em linguagem humana os fazer-lhe" (ver também Jn 3.10).
sentimentos de Deus, como Não se trata, obviamente, do caso
realmente foi essa dor divina) por de Deus se arrepender de algum
ter de executar juízo (por ocasião erro que tenha cometido, mas da
do dilúvio) contra o homem que supressão do castigo anunciado
Ele havia criado. O arrepen- por Ele. Deus não erra, logo, seu
dimento divino não traz mudança "arrependimento" não é como o
em seu Ser, mas sim no seu modo nosso. O soberano e imutável
de “tratar” o ser humano. O Deus sabe lidar apropriadamente
arrependimento de Deus é uma com as mudanças no compor-
figura de linguagem chamada tamento humano.
antropopatia, em que se atribui a
Deus, sentimentos que nós, seres
humanos temos, para ajudar em O sofrimento de Deus
nosso entendimento sobre como
Deus se sentiu em determinadas
desde o Gênesis
situações. Segundo o Dicionário Conteúdo aluno
Caldas Aulete, “antropopatia é a
atribuição das paixões e sofri-
mentos humanos aos deuses”. O
que o texto de Gênesis está
Sinopse do Tópico (I)
Sim, Deus é Senhor da história,
indicando é que Deus se
mas também é o ser vulnerável
contristou pela desobediência do
que entrou na história e sub-
homem, e não que Ele, o Senhor,
meteu-se às suas forças mais
tivesse se arrependido de sua
sombrias.
criação, ou, então, que houvesse
cometido algum erro. Em
Números 23.19, vemos que a
palavra de Deus é fiel e, ao
O sofrimento
contrário da dos homens, se de Deus filho
cumpre. Em outra passagem,
Jeremias 18.7-10, lemos: "Se a tal Conteúdo aluno
nação... se converter da sua
02
Sinopse do Tópico (II)
Don Carson afirma: “O Deus em
quem confiamos sabe o que é
sofrimento, não apenas do modo
pelo qual Deus sabe de todas as
coisas, mas por experiência
própria”. É exatamente essa a
afirmação teológica em Hebreus
4.15: “Pois não temos um sumo
sacerdote que não seja capaz de
compadecer-se das nossas
fraquezas, mas temos o Sacerdote
Supremo que, à nossa seme-
lhança, foi tentado de todas as
formas, porém sem pecado
algum”.
O Deus sofredor
na cruz
Conteúdo aluno
Sinopse do Tópico (III)
Robert Murray M'Cheyne, pre-
gador escocês do início do século
19, empenha-se em nos fazer
sentir o que ele chamou de “a
infinitude dos sofrimentos de
Cristo” na cruz. Ao refletir sobre o
brado de Jesus de que Deus o
havia abandonado, M'Cheyne
escreve: “Ele ficou sem nenhum
dos consolos de Deus; nenhum
sentimento de que Deus o amava;
nenhum sentimento de que Deus
se compadecia dele; nenhum
sentimento de que Deus o
sustentava. Tudo o que Deus havia
sido antes para Ele lhe foi tirado.
Ele estava sem Deus; privado de
seu Deus. Ah! Esse foi o inferno que
Cristo sofreu”.
Sinopse do Tópico (IV)
Jesus é um rei que veio ao mundo e
não foi para o trono, mas para a
cruz (Fp 2.6-8). Em Cristo, o Deus
soberano se transformou no Deus
sofredor. Tudo o que Cristo sofreu,
Deus Pai sofreu juntamente.
Apesar do poder de Deus, o
Cristianismo é a única religião a
ensinar que Ele também se tornou
vulnerável e sujeito ao sofri-
mento.
Ninguém sofre sem que Deus
sofra também. Deus sentiu na
carne o que é sofrer. Se Deus
03
nunca sofre, como podemos
confiar que Ele pode nos acolher?
Se Deus não é exceção - se até Ele
sofreu -, então não podemos
dizer que Ele não entende o
sofrimento ou que Ele é um rei
insensível. Max Lucado escreveu:
“Sim, é verdade: a mão que criou
e sustenta o universo recebeu o
prego de um soldado. Da
próxima vez que você estiver
sofrendo, olhe com cuidado a
mão que indicará a você a saída
do túnel escuro em que se
encontra: é uma mão perfurada”.
Uma vez que Deus não se
manteve imune à dor, podemos
confiar nele, mesmo sem
entender tudo o que acontece. É
fácil entender por que as crianças
têm de confiar em seus pais
mesmo sem entendê-los
completamente. Da mesma
forma, deveríamos confiar em
Deus mesmo sem entendê-lo, já
que a diferença entre a sabedoria
dele e a nossa é infinitamente
maior do que a sabedoria entre
uma criança e seu pai. E isso não
deveria acontecer somente
porque Ele é soberano e todo-
poderoso, pois devemos confiar
nele porque, na cruz, Ele
04
conquistou a nossa confiança.
Podemos, portanto, confiar em
Deus mesmo que Ele ainda não
tenha nos revelado os motivos de
nosso sofrimento. Certamente,
não seremos decepcionados.
No livro de Apocalipse está
descrito “um novo céu e uma
nova terra” (21.1). Ali “jamais
haverá maldição” (22.3); a
maldição que atingiu a criação na
queda e causa sofrimento será
retirada. O sofrimento de Jesus
dará fim a todo sofrimento do
povo de Deus (Ap 21.4). O poeta
Gladir Cabral assim expressou o
sofrimento de Jesus: "O Deus
eterno um dia resolveu sair dos
bastidores da história para entrar
no palco do mundo e levar sobre
si a nossa dor. Nossos olhos se
encheram de lágrima ao vê-lo
sofrer nossa angústia, Ele que um
dia secará dos nossos olhos toda
lágrima".
O Cristianismo não oferece um
mero consolo, e sim uma
restauração; não apenas da vida
que tivemos, mas da vida que
sempre desejamos ter. O túmulo
vazio daquele que ressuscitou é a
grande prova de que o sofri-
mento segundo a vontade divina
sempre conduz à glória.

05
 PERGUNTAS DE
QUEM SOFRE!
Texto Básico: Jó 3.1-26
Lição Texto Áureo: “Que seja aniquilado na história o dia do meu
nascimento e a noite em que se anunciou: Um varão nos nasceu!”
Segunda (Jó 3.3)

Jó 1.1-22
Introdução
Conteúdo aluno
Terça

Sl 39.2,3 Subsídio Teológico I

Quarta Na lição de hoje, refletiremos sobre o sofrimento do justo,
tendo como base a vida de Jó. Um dos objetivos do estudo
da Bíblia é preparar nossa mente e o coração para que não
Sl 63.3 haja revolta contra Deus no dia da calamidade. Durante a
vida, todos nós vamos experimentar grandes
Quinta adversidades, mais cedo ou mais tarde. E, sem dúvida,
esses acontecimentos irão parecer algo imerecido,
Tg 5.11 absurdo, sem sentido quando vierem. Mas por mais
profunda a dor que nos surgir durante a jornada pela vida,
Sexta a atitude correta é manter-se em adoração a Deus em vez
de amaldiçoar.
Jó 2.1-13

Sábado
Jó: Reverência diante do sofrimento
Conteúdo aluno
Jó 3.1-26

Domingo
Sinopse do Tópico (I)
O Deus soberano concede a Satanás poder limitado para
Jó 35.16 causar dor a um servo seu (Jó 1.12; 2.6). Neste mundo não
06
há quem possa responder às
grandes questões da vida. A
resposta se encontra no céu. Um
olhar para o lá é o que nos ajuda a
compreender os acontecimentos
na Terra (Jó 1.6-12). Assim, o
escritor do drama de Jó nos dá um
vislumbre do céu para entender
melhor o que está acontecendo na
Terra.
Perdas que
geram sofrimento
Conteúdo aluno
Subsídio Teológico (II)
O livro de Jó deixa evidentes
algumas verdades: 1) Um homem
riquíssimo pode ser um grande
crente; 2) Um grande crente pode
ter filhos mundanos; 3) Um servo
fiel está sujeito a enfrentar o que
de pior acontece na vida.
Sinopse do Tópico (II)
O objetivo de satanás é destruir a
nossa alegria em Deus. Ele usa
duas armas: a dor e o prazer. Ele
usa a dor para nos fazer sentir que
Deus é impotente ou hostil. Ele usa
o prazer para nos fazer sentir que
Deus é supérfluo, descartável. Ele
falhou ao tentar afastar Jó de
Deus nos dias de seu prazer e
prosperidade. Então, ele ataca a
alegria de Jó centrada em Deus
por meio da dor. Ele falhou
novamente em seu intento.
Perguntas de um homem
em sofrimento
Conteúdo aluno
Sinopse do Tópico (III)
Jó não consegue entender a razão
de ter nascido ou por que sua vida
foi preservada se ele viria a ter
tanta miséria, sem que Deus
evitasse. E assim ele protesta
contra o dia de seu nascimento. E é
claro que isso é um protesto
contra Deus (Jó 1.21).
Consolo que não
consola
Conteúdo aluno
07
Subsídio Teológico (III)
O próprio Deus chamou Jó de um
homem justo em Jó 1.1. Uma
pessoa justa não significa perfeita
e sem pecado. Existe um justo que
ainda comete pecado, ou seja, um
'justo pecador'. Eliú pensa que Jó
foi errado em algumas coisas que
ele disse. Na verdade, ele vê
orgulho e arrogância na atitude
de Jó (veja 33.17; 35.12; 36.9). Em
33.8-12, ele põe o dedo no erro de
Jó: “Na verdade tu falaste aos
meus ouvidos; e eu ouvi a voz das
tuas palavras. Dizias: Limpo estou,
sem transgressão; puro sou, e não
tenho iniquidade. Eis que procura
pretexto contra mim, e me
considera como seu inimigo. Põe
no tronco os meus pés, e observa
todas as minhas veredas. Eis que
nisso não tens razão; eu te
respondo; porque maior é Deus do
que o homem” (Jó 33.8-12). Jó
estava errado em afirmar sua
inocência às custas da graça de
Deus. Sabemos que Eliú está certo
sobre isso, porque em Jó 42.6 ele
se arrepende "Por isso me
abomino e me arrependo no pó e
na cinza". Seu sofrimento o levara
a dizer coisas sobre si mesmo, que
foram excessivamente otimistas e
08
coisas desrespeitosas sobre Deus.
Mesmo que Jó fosse um homem
justo, ele não era um homem
perfeito e sem pecado. Houve um
sentimento de orgulho que
começou a obscurecer a pureza de
sua vida quando passou pelo
sofrimento. Há dimensões da
santidade que o justo só pode
aprender através da aflição (Jó
36.10; Sl 119.71).
Sinopse do Tópico (IV)
Atribui-se que o sofrimento do
justo é injusto. Eliú deixa claro que
ninguém é justo, pois todos de
algum modo pecaram, como diz a
Escritura (Rm 3.23).
A Resposta de Deus às
perguntas de quem
sofre
Conteúdo aluno
Subsídio Teológico (IV)
O sofrimento não é dispensado à
toa no meio do povo de Deus. É
distribuído para nós indivi-
dualmente de forma especial
como terapia pela mão amorosa
de nosso grande Médico. E seu
objetivo é que a nossa fé seja
refinada, a nossa santidade seja
alargada, a nossa alma seja salva,
e nosso Deus seja glorificado (Hb
12.10-11; Tg 1.2-4). O sofrimento de
Jó não foi apenas uma ocasião
para Deus obter glória sobre
satanás (que vimos nos capítulos 1
e 2), mas sobretudo uma ocasião
para Deus aprofundar a visão,
santidade, intimidade e confiança
de Jó.
Cabe uma palavra de W. Tozer: “É
duvidoso que Deus use podero-
samente um homem sem primeiro
quebrá-lo antes”. Quando somos
quebrados é que nos rendemos a
Deus como necessário, colocando
os valores deste mundo em lugar
inferior e a Ele em primeiro lugar.
Muitos crentes amam a Deus por
conta das bênçãos dele recebidas.
E quando as coisas materiais não
vão bem, a fé se enfraquece. Na
realidade, não tinham fé, mas
apenas uma euforia pelo seu bem-
estar.
“Somente o coração que sente
dor, tem direito à alegria” - Lewis
Smedes. A expressão final do
livro, “Jó morreu velho e farto de
dias” (42.17) era uma forma
clássica para designar uma vida
realizada. Ele terminou a vida
como um homem realizado. O
ensino geral do livro de Jó é
basicamente este: nem sempre
teremos respostas para nossas
perguntas. Esta vida não tem a
história completa sobre o motivo
pelo qual todos nós sofremos.
Muitas perguntas e sofrimentos
poderão ter (ou não) respostas,
um dia. Porém, o sofrimento
nunca deve desanimar um filho
de Deus, porque sua história
ainda não foi concluída. Podemos
confiar que Deus não perde o
controle dos eventos e que nossa
fé depositada Nele será recom-
pensada, bastando nossa sub-
missão e confiança.
Talvez a lição mais importante
que estudamos hoje sobre o livro
de Jó seja: Não existem respostas
simplistas para as perguntas
acerca do sofrimento do justo.
09
Quando você estiver sofrendo,
sem conseguir entender o que
está acontecendo ou se pergun-
tar por que Deus não impede
seus problemas, lembre-se da
história de Jó e do fim que o
Senhor lhe deu (Tg 5.11). Quando
o sofrimento lhe sobrevier, deixe
suas lágrimas fluírem livremente
(Jó 1.20) e que o Senhor lhe dê a
graça para confiar em Sua
soberania (Sl 63.3). Que o próprio
Deus seja o seu tesouro e alegria.
Sirva-o por nada, sem interesse. E
descubra que Ele é tudo em sua
vida!

Sinopse do Tópico (V)

Deus nos fala, apenas quando
estamos preparados para escutá-
lo. Ele recompensa aqueles que
Nele confiam, apesar das duras
provas (Hb 11.6).

10
 ESPINHOS QUE
NOS FEREM!
Texto Básico: 2 Coríntios 12.1-10
Lição Texto Áureo: “Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias,
nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de
Segunda
Cristo. Porque quando estou fraco, então sou forte”. (2Co 12.10)

Ec 9.2 Introdução
Conteúdo aluno
Terça

Sl 119.71
Subsídio Pedagógico (I)
Quarta É possível encontrar consolo, paz e conforto em meio ao
sofrimento? Era novembro de 1873 e a família Stafford
viajava no navio “Ville Havre”. Tinham saído de Chicago,
Jo 16.33
Estados Unidos, em direção à França, onde encontrariam
Quinta o Sr. Stafford. Esta viagem pela Europa era um verdadeiro
sonho e todos a bordo se deliciavam com a paisagem
maravilhosa do Atlântico. De repente, o navio inglês
Is 14.12-15 Lochearn choca-se com o Ville Havre; o resgate começou
imediatamente. A senhora Stafford reuniu suas 4 filhas e
Sexta se ajoelharam em oração. Trinta minutos foram
suficientes para o navio afundar e a mãe das meninas foi a
Rm 5.3-4 única encontrada flutuando entre as águas. Dez dias
depois ela conseguiria chegar no País de Gales. O marido
Sábado recebeu o telegrama dela que dizia: “Apenas eu fui salva”.
A caminho da Inglaterra, onde se encontrariam mais
Sl 34.17-19 tarde, Horatio Gates Stafford escreveu a poesia, que 3
anos depois se transformaria no hino 390 de nosso
Domingo Hinário: “Se paz a mais doce me deres gozar.. Se dor a mais
forte sofrer; Oh! Seja o que for, Tu me fazes saber, que feliz
Jó 42.2 com Jesus sempre sou! Sou feliz com Jesus!Sou feliz com

11
Jesus, meu Senhor!”(“Se os Hinos
Falassem”- vol.III, Bill H. Ichter,
JUERP, 1971
Falar sobre felicidade quando
tudo vai bem é fácil, mas quando
os ventos nos são contrários,
torna-se um grande desafio. A
lição bíblica de hoje nos ensinará
como encontrar o caminho para a
vida de alegria e vivenciá-la em
qualquer circunstância.
Deus permite espinhos
em nossa vida
(verso 7)
Conteúdo aluno
Sinopse do Tópico (I)
Todos sofremos. O mesmo mal
que acontece ao ímpio, ocorre ao
justo (Ec 9.2). Mas a diferença é
que aquele que serve a Deus tem
sempre a companhia e o consolo
divino em meio às tribulações da
vida (2Co 1.4).
Subsídio Teológico (I)
Os coríntios rejeitavam Paulo,
como sendo um apóstolo. Eles não
12
tinham ideia de que nesse homem
marcado de sofrimentos, que lhes
parecia tão “insignificante” (2Co
10.1), deparavam-se com um ser
humano que fora arrebatado ao
céu e havia conhecido o paraíso!
Paulo, então, lhes falou a esse
respeito. Contudo, relatou sua
experiência com extrema
discrição, falando de si mesmo, na
terceira pessoa, como de um
estranho e o fez apenas 14 anos
depois: “Conheço um homem em
Cristo que, há catorze anos, foi
arrebatado até ao terceiro céu (se
no corpo ou fora do corpo, não sei,
Deus o sabe” (2Co 12.2).Paulo foi
arrebatado até o céu, mas,
diferente do que vemos e
escutamos hoje em dia, não saiu
por aí, imediatamente contando
para todos. Demorou 14 anos e
apenas relatou sua experiência
porque se viu forçado a fazê-lo.
Seria plausível que essa expe-
riência gloriosa, o tentasse a
vangloriar-se, de forma arro-
gante, especialmente quando
alguns na cidade de Corinto,
desafiavam seu apostolado. Não
precisamos criar teorias sobre o
número de céus existentes, pelo
fato de que Paulo menciona ter
ido até o terceiro céu (2Co 12.2).
Simplesmente, isso quer dizer que

seu espírito se elevou a um êxtase
com Deus, tão elevado e pro-
fundo, impossível de ser descrito.
Contudo, seu testemunho deixa
evidente que depois de uma
experiência de glória, se tenha a
vivência de uma dor, igualmente
intensa.
Subsídio Teológico (II)
Há incontáveis interpretações
sobre qual seria o espinho na
carne de Paulo (v.7). De modo
algum queremos afirmar o que
seria este espinho, afinal, não se
deve “fazer barulho onde a Bíblia
faz silêncio”. Especuladores
bíblicos sugerem que o espinho
em Paulo fosse alguma malária
(comum naquela região), ou
epilepsia ou ainda um “defeito
físico” causado por algum
apedrejamento (At 14.19). Há
aqueles que interpretam, que o
espinho na carne foi um
mensageiro de Satanás que o
perseguia.
No v. 7, a expressão “a saber”,
colocada depois de “espinho”, dá
esta ideia. Este “anjo” de Satanás
agitaria as pessoas para irem
contra o trabalho do apóstolo
(2Co 11. 24-33). Outros ainda,
entendem que o espinho seria
uma doença nos olhos de Paulo.
Isto explicaria crises de enxa-
queca que, segundo alguns
teólogos, o apóstolo teria. Depois
do momento de glória no caminho
a Damasco, Paulo ficou cego (At
9.9). Pode ser que seus olhos
nunca mais se tenham recupe-
rado. Paulo diz que os gálatas
arrancariam os próprios olhos
para os darem a ele (Gl 4.15). No
final de Gálatas escreve: “Vede
com que letras grandes vos
escrevi de meu próprio punho” (Gl
6.11). Isso leva estudiosos das
Escrituras a sugerirem que o
espinho fosse algum problema
com seus olhos.
Deus tem um propósito
com os espinhos da
vida que nos ferem
Conteúdo aluno
Sinopse do Tópico (I)
Nem sempre teremos uma
resposta, da razão pela qual
13

sofremos. Contudo, podemos
confiar num amor que nunca
falha.
Subsídio Teológico (III)
O apóstolo Paulo também
recebeu um grande: "Não!" de
Deus, mas não deixou de amar ao
Senhor. Quantas vezes, quando
tudo vai bem conosco, acabamos
deixando Deus de lado. Ele
permite problemas em nossa vida
para que nos aproximemos
dEle.“Os problemas são o
megafone de Deus” (C.S. Lewis)
nos acordando para mantermos
comunhão íntima com Ele visando
nossa própria felicidade. Não se
deve ter nenhum pesar por pedir
ao Senhor livramento quando em
sofrimento (v.8).
O fato de ser um cristão não
significa que perdemos a condição
de humanidade e a sensibilidade
quanto a sentir dor, ou mesmo de
questioná-la. Então, quando
estiver passando por um mo-
mento difícil, lance a sua voz ao
céu, chore, grite por socorro,
perguntando: “Deus, por que?”.
Faça a sua oração, desabafe em
c l a m o r, p o i s e m n e n h u m
14
momento na Bíblia, Deus nos
reprova por abrirmos o peito com
aquilo que dói dentro de nós, pelo
contrário, a Palavra de Deus nos
encoraja a orar (Is 65.24; 1Pd
5.6,7).
Nem sempre Deus revela seu
propósito aos seus filhos. Deus
revelou a Paulo a razão do seu
sofrimento: protegê-lo do mais
perigoso pecado espiritual, que é
o pecado do orgulho (Is 14:12-15).
Deus tem poder
sobre os espinhos
(verso 10)
Conteúdo aluno
Sinopse do Tópico (III)
Ainda que as coisas fujam ao
nosso controle, elas continuam
rigorosamente sob o controle do
Deus poderoso. Os momentos de
dor quebram nosso orgulho,
dobram nossos joelhos e nos
fazem reconhecer a grandeza do
Senhor.

Espinhos podem ser
abençoadores
(versos 9, 10)
Conteúdo aluno
Sinopse do Tópico (IV)
Espinhos têm sido a única maneira
de muita gente estar firme com o
Senhor. O espinho de Paulo
tornou-o mais dependente da
graça divina e ele pôde sentir mais
de perto, o braço do Senhor a
envolvê-lo.
entendamos que a graça de Deus
basta para nós como bastou para
Paulo.
Subsídio Pedagógico (II)
Quando a ostra é invadida por um
grão de areia, ela estimula a
produção de uma substância
viscosa, chamada nácar, que
reveste o grão para aliviar o
incômodo orgânico que este lhe
produziu. O surpreendente é que
este paciente trabalho produz
pérolas. Então, façamos pérolas
de nossos espinhos!

Como carne macia somos feridos

por um ou outro espinho desta
vida. O espinho em Paulo
permanece indefinido, de modo
que aqueles que têm qualquer
“espinho” na vida, podem
também aplicar a si mesmos a
lição espiritual dessa passagem
bíblica.

Parece que Deus não permitiu

que soubéssemos qual foi o
espinho na vida de Paulo para
que, seja qual for a nossa dor,

15
 ANTES SÓ, DO QUE
MAL ACOMPANHADO?
Texto Básico: Gênesis 2.18-25
Lição Texto Áureo: “Disse mais o Senhor Deus: Não é bom que
o homem esteja só...”. (Gn 2.18a)
Domingo
Introdução
1Re 19.1-10 Conteúdo aluno
Segunda
Subsídio Pedagógico (I)
Mt 26.26-40 O Dr. Gary Collins, diz que "a solidão envolve um
sentimento íntimo de vazio, que pode ser acompanhado
Terça
de tristeza, desânimo, sensação de isolamento,
inquietação, ansiedade e um desejo intenso de ser amado
2Tm 4.9-18 e necessário a alguém. As pessoas solitárias, em geral,
sentem-se deixadas de lado, indesejadas ou rejeitadas,
Quarta
mesmo quando cercadas por outros. Segundo o
psicólogo, cada pessoa manifesta a solidão de uma forma
Sl 68.5-6 diferente, mas é comum haver uma combinação de
fatores como: isolamento, desânimo, egoísmo,
Quinta autopiedade, enveredando muitas vezes em alcoolismo,
drogas e violência”. (http://judiclaysantos.blogspot.com
Sl 102.7 /2011/11/igreja-um-lar-para-os-solitarios.html).

Sexta
Subsídio Pedagógico (II)
Ec 4.9-12 Não apenas a solidão cresce com tantos meios de
comunicação, mas é capaz de desintegrar as pessoas. Elas
Sábado vivem no meio de multidão, tem televisão, WhatsApp,
rádio; podem comunicar-se, mas no fundo permanece
Hb 13.5b uma sensação de solidão. Como podemos superar o
16
desgaste pela solidão? Como é
possível em um determinado
momento, a pessoa que não tem
uma rede de apoio e de
sustentação, que não tem alguém
com quem dividir o coração,
compartir a vida? Um viúvo, um
divorciado, alguém que vive só,
que está longe de parente, em
trabalho ou estudo, em outro
país, separado de sua cultura,
vivendo em uma e outra cultura,
às vezes não consegue a ela se
ajustar. Como pode a pessoa
superar tudo isso?
S o r e n K i e r k e g a a r d , fi l ó s o fo
dinamarquês, disse: “As pessoas
fazem tudo que é possível em
matéria de diversão e
empreendimentos atordoantes
para afastarem de si a ideia de
solidão”. Talvez seja por isso que
haja tanto barulho nas cidades
contemporâneas. Há pessoas que
chegam em casa, estão sós, e
ligam a televisão, necessitam de
ouvir voz humana, de ouvir
barulho. As pessoas não
conseguem fazer uma viagem de
carro pensando. Elas ligam o rádio
do carro, entram em uma
frequência para ouvir algo. É
interessante isso. As pessoas
precisam de barulho porque não
querem pensar. Não sabem o que
fazer com a sua individualidade,
com a sua solidão.
(GOMES, Pr. Isaltino, Trecho do
Sermão “Solidão: A doença do
século”, disponível no site
http://www.isaltino.com.br/doct
os/mensagens_transcritas/mens4
3.html, acessado em 11/out/2018)
A solidão é
sempre ruim
Conteúdo aluno
Sinopse do Tópico (I)
Em determinadas circunstâncias,
a solidão é proveitosa para o
crescimento humano e espiritual.
Não é bom que
esteja só
Conteúdo aluno
Sinopse do Tópico (II)
A vida em comunidade é um
mandato de Deus desde a criação.
Só o relacionamento com os seme-
lhantes torna o ser humano
completo.
17
 Igreja, um chamado
aos relacionamentos:
Conteúdo aluno
Sinopse do Tópico (III)
A solidão é incompatível com a
essência da igreja. Apenas por
meio dos relacionamentos que a
igreja se manifesta.
Se você já esteve internado em
um hospital sabe bem a
diferença entre ouvir: “Estou
indo embora, fica com Deus!” e
“Vou passar a noite aqui com
você!” Não significa que não
cremos na presença e cuidado
de Deus, mas ela é percebida de
forma muito mais precisa
quando manifestada por meio
de alguém semelhante a nós.
Certamente é essa a razão de
Deus ter se tornado humano e
habitado entre nós. Em Cristo
temos a perfeita revelação do
Pai (Jo 14.9; Cl 1.15).
18
Deus conhece as nossas
necessidades e desde o início
afirmou que os relaciona-
mentos são necessários para
que sejamos completos. Por
isso, acredite... A solidão nunca
será uma solução melhor. Por
mais doloridos que possam ser
os relacionamentos, eles são
necessários para o nosso cresci-
mento. Pessoas precisam de
Deus e pessoas precisam de
pessoas!
Notas
1) Matéria da página DW Brasil, disponível
no site https://www.dw.com/pt-br/reino-
unido-cria-minist%C3%A9rio-da-
solid%C3%A3o/a-42193361, acessado em
10/out/2018;
(2)Matéria da página Universa, disponível
no site https://universa.uol.com.br
/noticias/redacao/2018/05/06/solidao-
atinge-niveis-de-epidemia-entre-a-
geracao-z-os-pos-millennials.htm,
acessado em 10/out/2018
Bibliografia
- Bíblia Sagrada, diversas traduções;
-Artigo: “O incômodo da solidão”,
Ultimato Online, disponível no site
https://www.ultimato.com.br/revista
/artigos/347/o-incomodo-da-solidao,
acessado em 11/out/2018.
 ALIVIANDO A BAGAGEM
DO ESTRESSE!
Texto Básico: Mateus 11.25-30
Lição Texto Áureo: “Não estejais inquietos por coisa alguma; antes
as vossas petições sejam em tudo conhecidas diante de Deus pela
Domingo
oração e súplica, com ação de graças. E a paz de Deus, que excede
todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos
Pv 16.1 pensamentos em Cristo Jesus”. (Fp 4.6-7)

Segunda Introdução
Jo 16.33 Conteúdo aluno

Terça
Subsídio Pedagógico (I)
Pv 3.1-8 1. O professor poderá iniciar a sua aula, abrindo espaço
para que os alunos compartilhem alguma experiência de
Quarta estresse que passaram recentemente.
2. O que é o estresse? O estresse é uma “sobrecarga
Sl 68.19-20 emocional” causada por tensões excessivas. Essa tensão
exagerada pode ser física, resultante do excesso de
Quinta trabalho caseiro, manual ou de qualquer outra atividade;
pode ser mental ou emocional como reação a grandes
alterações na vida, tais como um novo emprego ou
Ec 4
mudança de casa para um lugar estranho.
Sexta 3. Como controlar o estresse? O estresse é algo natural,
pois todos o experimentam diariamente, em maior ou
menor proporção. Um incômodo no trânsito, uma
Sl 23 discussão, a perda de um documento, uma casa
desarrumada, o alto custo de vida - esses são alguns
Sábado
fatores que contribuem para o estabelecimento de
estresse. Via de regra, a maioria das situações
Sl 127
19
estressantes não traz conse-
quências maiores, porém a
proporção menor de possíveis
situações estressantes pode
tornar a vida quase impossível. Na
verdade, 2% das situações
estressantes causam 98% dos
“estresses negativos”. Contudo, é
possível desenvolver uma
estratégia para controlar o
estresse pessoal. A chave não
consiste em evitar o estresse, mas
o êxito em conseguir controlá-lo
com atitudes como: 1) em manter
o “estresse positivo” e 2) em
superar o “estresse negativo”.
Você pode reconhecer a diferença
entre os dois ao se armar de
valores claros, de conhecimento
espiritual profundo e de reflexão,
colocando Deus no centro da sua
vida estressante, em vez de
esc ond ê- lo ent re as q u at ro
paredes de uma igreja. Você
precisa analisar o seu estresse sob
a luz da Palavra de Deus, de forma
que o amor, o perdão e a paz que
Ele oferece, tornem-se a razão de
sua existência. (extraído do
livreto “Estresse”, publicação da
Hora Luterana).
20
Sinopse da Introdução (I)
Para lidar com o estresse de forma
saudável é necessário reconhecer
os próprios limites.
Reconheça
seus limites
Conteúdo aluno
Sinopse do Tópico (I)
O estilo de vida da sociedade atual
impõe preocupações excessivas
que geram estresse.
Subsídio Pedagógico (II)
– Estou cansado (a)!
– Estou no meu limite!
– Não aguento mais!
A maioria de nós, em algum
momento da vida, já passou por
momentos assim, de desânimo e
exaustão. Elvis Presley, famoso
cantor e ator norte-americano,
sentiu-se assim ao se expressar
certa vez: “Eu daria um milhão de
dólares por um pouco de paz e
descanso”. Nessas horas, desistir
e jogar tudo para o alto até parece
uma boa solução. Focamos mais
nos fardos que carregamos do que
aqueles que Jesus nos oferece
para carregar. Andamos com os
ombros encurvados, desani-
m a d o s , c a r r e g a n d o fa r d o s
pesados e bagagens desneces-
sárias. Quando estamos assim,
não apreciamos a vida mara-
vilhosa que o Senhor deseja que
desfrutemos.
Elvis deveria ter lido Mateus 11.28,
um presente de Deus para nós:
“Tomais sobre vós o meu jugo…e
achareis descanso para as vossas
almas. Porque o meu jugo é suave
e o meu fardo é leve”. Este é um
convite à alma cansada, para a
mente desassossegada, para o
coração ansioso, para a vida
badalada, mas sem paz e sem cor.
Esse versículo é aquele bilhetinho
de carinho que Deus coloca na
cabeceira da nossa cama no dia
em que a gente mais precisa. Há
fardos que devemos carregar e
outros que só o Senhor pode
carregar por nós. Entregue a ELE
aquilo que pesa nas suas costas e
dificulta a jornada. Cristo é Aquele
que pode todas as coisas! Com a
leveza de Jesus, chegamos mais
longe! Não poderíamos depositar
nosso futuro em melhores mãos.
Verifique
sua bagagem
Conteúdo aluno
Sinopse do Tópico (II)
É preciso aprender com o Mestre
Jesus como carregar as bagagens
da vida.
Subsídio Pedagógico (III)
Davi declara no Salmo 23.2 – “Ele
me conduz a águas tranquilas”.
Ele me conduz. Ele está à minha
frente. Isso faz uma diferença
enorme! Max Lucado escreveu:
“Verdade seja dita: Ninguém quer
suas preocupações. Nem você as
quer. Se nós permitirmos, Deus
aliviará os nossos fardos. Por que
você não experimenta viajar
aliviado? Jesus diz 'Venham a
mim, todos os que estão cansados
e sobrecarregados, e eu lhes darei
descanso' (Mt 11.28).
Experimente! Experimente por
causa daqueles que você ama.
Como é que você pode abraçar
alguém, se seus braços estão
cheios de sacolas? Por amor
àqueles que você ama, aprenda a
21
abrir mão dos seus fardos. E por
amor do Deus que você serve, faça
o mesmo. Deus tem uma grande
corrida para você correr. Mas,
você tem que deixar algumas
coisas. Como é que você pode
compartilhar a graça se você
estiver cheio de culpa? Como é que
você pode confortar, se você
estiver desanimado? Deus está
dizendo: 'Deixe aí, filho. Deixe que
eu carrego aquele fardo bem
grande'. Que tal aceitarmos esta
proposta maravilhosa de Deus? É
possível que venhamos a
descobrir como é viajar de forma
mais leve!”.
Seja
ensinável
Conteúdo aluno
Sinopse do Tópico (III)
O estresse pode ser controlado à
medida que reconhecemos a
soberania e o controle de Deus
sobre nossas vidas.
Subsídio Pedagógico (IV)
1. ILUSTRAÇÃO: Um andarilho
22
com dois enormes e pesados sacos
de viagem estava andando por
uma Rodovia sob um calor de 32
graus. O motorista de um
caminhão parou e disse a ele para
subir. Mais tarde, quando o
motorista olhou pelo espelho
retrovisor, o andarilho estava de
pé na caçamba do caminhão,
ainda segurando as malas!
Achamos engraçada a história,
mas muitos de nós “ficamos de pé
no caminhão da fé, carregando os
nossos fardos. Achamos que Deus
pode nos levar, mas não pode
levar as nossas cargas”. Deixe de
lutar em vão. “Lança o teu fardo
sobre o Senhor...” - Salmo 55.22.
Por mais complexas que sejam as
circunstâncias em sua vida, não
há justificativa para que você
ande por aí como uma panela de
pressão, prestes a explodir. Se
você tem se sentido estressado,
certamente é porque está
trazendo para si mais bagagem
do que pode suportar. O amanhã
não será diferente só porque
você está preocupado. Deus não
vai fazer nem mais nem menos
devido a sua preocupação, mas
irá cumprir Sua promessa de
provisão para aqueles que o têm
como Senhor.

Parafraseando o Salmo 23, a

banda Projeto Sola tem uma
canção que diz: “Se o Senhor é o
meu pastor, aquilo que eu não
tenho, eu não preciso”. Você
consegue crer nisso? Consegue
confiar que o bom pastor tem o
total controle de sua vida, e que o
seu futuro e o da sua família não
depende de você, mas sim
daquele que na cruz demonstrou
até que ponto vai o amor dele por
você? “Aquele que não poupou o
seu próprio Filho, antes, por
todos nós o entregou, porven-
tura, não nos dará graciosamente
com ele todas as coisas?” (Rm
8.32). Se você pode crer nisso,
então, simplesmente DESCANSE!

Referência

23
 ANSIEDADE, UMA BOMBA PRONTA
Texto Básico:
Filipenses 4.4-9
PRA EXPLODIR!
Lição Texto Áureo: “Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em
tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem
Segunda seus pedidos a Deus. E a paz de Deus, que excede todo o
entendimento, guardará os seus corações e as suas mentes
em Cristo Jesus”. (Fp 4.6-7)
Mt 6.25-34

Terça Introdução
Conteúdo aluno
Lm 3.17-26

Quarta
Subsídio Teológico (I)
No Novo Testamento, a palavra traduzida por ansiedade,
Jr 17.7-8 cuidado, preocupação ou solicitude é mérimna. Vem da
raiz meris, que significa “dividido”, “distraído”, ou seja,
Quinta
“atrair ou conduzir em direções diferentes, distrair,
desviar”.
Sl 23 William Barclay dá-se ao trabalho de investigar, desde os
clássicos gregos até o Novo Testamento, os sentidos e
Sexta usos de merimna e merimnan, e acentua o fato de que
ansiedade, preocupação ou cuidado - que traduzem
Sl 121 mérimna – tanto podem ter um bom como um mau
sentido.
Sábado
QUANDO A ANSIEDADE É UM BEM: Barclay assinala, com
Mt 11.28-30 acerto, quando tem coerência a ansiedade/ preocupação
ou cuidado:
Domingo 1. Quando nos preocupamos ou temos solicitude uns pelos
outros (1Co 12.25);
1Pe 5.6-7 2. Quando nos preocupamos com nossos irmãos na fé,

24
como foi o caso de Timóteo em
relação aos filipenses (Fp 2.20);
3. Quando nos preocupamos e
temos solicitude em relação à
igreja de Cristo (2Co 11.28). A
preocupação com todas as igrejas
era, a um tempo, um peso, um
fardo e um privilégio do apóstolo,
como lembra Barclay.
QUANDO A ANSIEDADE É UM
MAL: E qual é a ansiedade
prejudicial, errada, danosa a
todos nós?
1. É a ansiedade e a preocupação
que provém do envolvimento
demasiado nos negócios do
mundo (Mt 13.22; cf. Mc 4.19 e Lc
8.14; Lc 21.34);
2. É a preocupação com respeito
ao futuro. É uma preocupação
cega, inútil, irreligiosa e inca-
pacitante do homem para
enfrentar os problemas quando
efetivamente vierem (Mt 6.34);
3. A preocupação a respeito de
como enfrentar as oposições e
provações (Lc 12.11);
4. A preocupação em como
agradar as pessoas erradas (1Co
7.32-34);
E remata Barclay: “É verdade que
somos proibidos de nos
preocuparmos com a vida e com o
amanhã. Mas o que é proibida é a
preocupação que causa desa-
lento, e não a previsão que
capacita”.
Enfim, a ansiedade como aflição
ou angústia é um mal. Jesus
condena a desmedida solicitude
em relação à roupa, à alimen-
tação, às circunstâncias comuns
de nossa vida (Mt 6.25 e ss.). E
Paulo diz aos filipenses, e a nós:
“Não andeis ansiosos por coisa
alguma”. Se examinarmos bem o
fundo histórico dessa carta
paulina, verificaremos que até era
compreensível que os filipenses se
preocupassem com a hostilidade
de seus concidadãos e a ameaça
de perseguição (Fp 1.28; 3.1; 4.1).
Comunica-lhes Paulo, todavia,
palavras de conforto e esperança,
pois a ansiedade constituía
ausência de confiança no cuidado
de Deus.
A ansiedade é um bem, como
preocupação realista com relação
aos outros, e ao bem que havemos
de fazer tempestivamente. É um
bem que as Escrituras, por isso
mesmo, não condenam.
(AZEVEDO, Pr. Irland Pereira, Artigo
“A ansiedade: Que é e que fazer
dela?”, disponível no site https://apps
.pibcuritiba.org.br/sermoes/app/we
broot/files/1ansiedade.doc, acessado
em 03/set/2018)
25

Sinopse do Tópico (I)
A ansiedade é um sentimento,
mas que pode levar a atitudes
pecaminosas.
Ansiedade
não é pecado
Conteúdo aluno
Sinopse do Tópico (II)
Uma análise de Filipenses 4.4-9
destacando instruções bíblicas
para combater a ansiedade.
O Ansiolítico
de Deus para nós
Conteúdo aluno
Sinopse do Tópico (III)
Há uma promessa de paz feita por
Deus para os que obedecem a sua
Palavra.
Agindo assim, Paulo nos assegura
que “a paz de Deus, que excede
26
todo o entendimento, guardará o
vosso coração e a vossa mente
em Cristo Jesus” (v. 7). A palavra
“guardar” aqui tem o sentido de
descrever a função de um vigia.
Alguém que impede a entrada de
estranhos. É isso que a “paz de
Deus” fará na portaria da nossa
mente e do nosso coração. Ela
impedirá que pensamentos
estranhos ou perigosos invadam
nosso ser causando pertur-
bações e ansiedade, portanto
durma bem hoje, pois quem está
guardando a guarita da sua vida é
o Todo Poderoso
Notas
(1) Matéria do jornal O Estado de São
Paulo, disponível no site
https://saude.estadao.com.br/noticia
s/geral,brasil-tem-maior-taxa-de-
transtorno-de-ansiedade-do-mundo-
diz-oms,70001677247, acessado em
27/ago/2018;
(2) LUCADO, Max, O fim da ansiedade:
o segredo bíblico para livrar-se das
preocupações, 1ª edição, Rio de
Janeiro, Thomas Nelson Brasil, 2017,
trecho adaptado do capítulo 1;
 Bibliografia
- Bíblia Sagrada, diversas traduções;

- LUCADO, Max, O fim da ansiedade: o

segredo bíblico para livrar-se das
preocupações, 1ª edição, Rio de
Janeiro, Thomas Nelson Brasil, 2017.

27
 A VIDA, MAIS QUE
Texto Básico:
1 Timóteo 4.3-5 O ALIMENTO!
Lição Texto Áureo: “Não é a vida mais que o sustento e o
corpo mais que as vestes?” (Lucas 12.23
Segunda
Introdução
Ap. 22.2,14 Conteúdo aluno
Terça
Subsídio Teológico I
Gn 25.29-34 Os hábitos alimentares costumam estar associados a
outros comportamentos característicos. Por exemplo, é
Quarta
comum que as anoréxicas desenvolvam meios para
enganar as pessoas e levá-las a crer que estão comendo,
Ec 6.7 posto que comer é costumeiramente uma atividade
social, e “deixar de comer” suscita comentários. Assim
Quinta sendo, a comida pode ser guardada, escondida, enfiada
disfarçadamente no bolso ou jogada fora. Alguns critérios
Mt 12.35 usados no diagnóstico da anorexia são:
· Busca intensa pela magreza do corpo. Recusa em
Sexta manter o corpo dentro do peso considerado ideal.
· Medo intenso de ganhar peso ou parecer gordo, mesmo
Dn 1.8-15 que a pessoa já esteja abaixo do peso ideal.
· Distúrbio na maneira de perceber o corpo. Percepção
Sábado do corpo com a aparência distorcida da realidade.
· Ausência de ciclos menstruais, no caso de mulheres.
Mt 6.25 · Adoção de rotinas de exercícios físicos para perder
peso.
Domingo · Alterações psiquiátricas como mudanças de humor,
transtornos de ansiedade e personalidade.
A anorexia pode levar a problemas cardíacos, gastrointes-
1Co 6.11-20
28
tinais, infertilidade e hipotermia.
As complicações clínicas podem
levar até a morte. Quais são as
consequências da anorexia? Não
causa espanto que a privação
alimentar autoimposta tenha
efeitos físicos sérios. A prática
contínua resulta em interrupção
do ciclo menstrual (no caso de
mulher), queda da temperatura,
distensão abdominal, batimentos
cardíacos lentos, queda da
pressão sanguínea e crescimento
de lanugo (pelos finos que cobrem
o corpo). A taxa de mortalidade é
de aproximadamente 15 a 20%. Um
conselheiro bíblico responsável
deve insistir em um exame médico
completo como um dos primeiros
passos do aconselhamento.
Certificar-se de que está mesmo
lidando com um caso de anorexia
e não com algum problema
orgânico que afeta o apetite.
O que são transtornos
alimentares
Conteúdo aluno
Bulimia Nervosa
Conteúdo aluno
Subsídio Pedagógico (II)
Alguns casos de bulimia nervosa
estão associados com ansiedade,
depressão e solidão. Os principais
critérios usados no diagnóstico da
bulimia são:
· Preocupação excessiva com o
peso e a imagem corporal.
· Sensação de perder o controle
sobre a alimentação, comer até
sentir desconforto.
· Comer grande quantidade de
comida em pequenos intervalos
de tempo.
· Com o medo de engordar, são
adotadas as práticas de vômito
induzido, uso de laxantes e
jejuns.
· Sintomas típicos de quadros
depressivos e ansiosos.
A Vigorexia
Conteúdo aluno
Subsídio Pedagógico (III)
Com o passar do tempo, a
vigorexia pode ocasionar anemia,
problemas ósseos, cardíacos e
gastrointestinais. Os principais
sintomas são: controle e preo-
cupação com a dieta; uso intenso
de atividades de musculação e uso
de anabolizantes.
29
 Ortorexia
Conteúdo aluno
Subsídio Pedagógico (IV)
Alguns sintomas da ortorexia são:
· Intenso desejo de comer
apenas alimentos saudáveis.
· Preocupação com o modo de
preparo dos alimentos. A pessoa
pode recusar-se a comer alimen-
tos preparados por outras
pessoas.
· Perda de peso.
· Preocupação com a aparência
corporal.
A vida é mais
que o alimento
Conteúdo aluno
Sinopse do Tópico (II)
Cuidar da alimentação é mais uma
forma de mordomia cristã, pois
nosso corpo, templo do Espírito
Santo, pertence a Deus (1Co 6.19).
30
Os hábitos alimentares dizem
muito sobre a condição do
coração e como a pessoa se vê
(Pv 23.7). Viver de modo a ter um
relacionamento real com Deus
pode curar toda e qualquer
doença (Sl 119.50; Jr 30.17).
As Escrituras declaram que a raiz
dos problemas do ser humano
está no coração (Hb 4.12; Gn 6.5),
que produz os frutos que vemos
em ações e palavras. Aquilo que
controla o coração molda o
comportamento, influenciando
cada aspecto da vida. Cristo
expressou essa verdade em
linguagem clara e simples: o bem
vem daquilo que há de bom no
coração, e o mal procede daquilo
que há de mau no coração (Mt
12.35).
O relacionamento mais impor-
ante que nós temos é com Jesus
Cristo. Só Jesus tem o poder de
transformar um coração escravo
em livre. Quando se trata de uma
transformação verdadeira, não
precisamos de um “coach”
(treinador motivacional). Cristo é
o Salvador do qual precisamos!
Ele nos aceita quando estamos
nos limites de nossos esforços,
quando não sabemos mais quem
somos, renovando-nos e nos
dando vontade de viver.

Notas
ALMEIDA, Andrea Romero.
Transtornos alimentares e ima-gem
corporal– Palestra no 2º Congresso de
Espiritualidade e Saúde Mental,
Universidade Presbiteriana
Mackenzie (SP), 4 a 6 de setembro de
2018.

FITZPATRICK, Elyse. Aconse-

lhamento mulheres que comem
demais e as que praticam bulimia,
2001, - Coletâneas de
Aconselhamento Bíblico - Volume 2 –
Seminário Palavra da Vida, Atibaia
(SP).

FITZPATRICK, Elyse. Como ajudar

mulheres com anorexia. 2001, -
Coletâneas de Aconselhamento
Bíblico - Volume 2 – Seminário Palavra
da Vida, Atibaia (SP).

MACEDO, Dr. Jônatas Abdias de.

Transtornos alimentares – Palestra no
2º Congresso de Espiritualidade e
Saúde Mental, Universidade
Presbiteriana Mackenzie (SP), 4 a 6 de
setem-bro de 2018.

31
 O QUE FAZER COM
A MINHA CULPA?
Texto Básico: Salmo 32
Lição Texto Áureo: “Sabendo que se o nosso coração nos condena,
Deus é maior que o nosso coração.” (1Jo 3.20)
Segunda
Introdução
Cl 2.13,14 Conteúdo aluno
Terça
Subsídio Teológico I
Mq 7.18,19
O professor pode perguntar aos alunos quais fatos da vida
Quarta geraram neles, sentimento de culpa que os fizeram sofrer,
sem que fosse consequência de um pecado.
Is 43.18,19 Num acidente, geralmente os sobreviventes sentem-se
culpados por estarem ainda vivos, enquanto um ser
Quinta amado está morto, como se isso dependesse deles. Todos
nós conhecemos pessoas que ficaram deprimidas depois
da morte de alguém, de uma rejeição, reprovação no
Fp 3.13,14
vestibular ou entrevista, perda de emprego ou até mesmo
Sexta do fim de um relacionamento. Em vão, tentamos
controlar o incontrolável e não ser surpreendidos pelos
eventos e reações das pessoas. Às vezes, achar de quem
Sl 130.3 seria a culpa é o que menos ajuda na solução de um
problema. Ter consciência de que tudo que é feito por
Sábado
amor é o nosso melhor e que aquele foi o nosso melhor
naquele momento, de acordo com as circunstâncias, deve
Zc 3.1-5 contribuir para aliviar qualquer culpa que é carregada de
modo desnecessário e nada construtivo. (Do livro
Domingo “Quando coisas ruins acontecem às pessoas boas” -
Harold Kushner).
Jo 8.1-11
32
 Diferenciando os
tipos de culpa
Conteúdo aluno
Sinopse do Tópico (I)
Podemos conceituar dois tipos de
culpa: a real e a neurótica. A culpa
real precisa ser resolvida com
confissão e aceitação de perdão;
na culpa neurótica, a pessoa tem
sentimento de culpa, porém não
seria culpada de ter feito mal,
carregando, desse modo, um
fardo desnecessário, do qual não
consegue se livrar.
Subsídio Pedagógico (II)
Sentir culpa não é necessaria-
mente ruim nem doentio. "O que
cada um faz com seus senti-
mentos é que pode transformar-
se em doença", afirma Geraldo
Massaro, do Instituto de
Psiquiatria do Hospital das
Clínicas (SP).Conciliar filhos e
carreira é o grande dilema da
mulher – e fonte inesgotável de
culpa para o sexo feminino. Se ela
trabalha, culpa-se por não passar
o tempo que deveria com os
filhos. Se não trabalha, culpa-se
por não ajudar no orçamento
familiar. Martin Buber, pensador
judeu, expõe a "culpa genuína" e a
"culpa neurótica" à qual chama de
"irreal". Há crianças que quando
quebram algo ou fazem alguma
coisa errada não se satisfazem até
que sejam descobertas e punidas.
Pode ser ruim receber punição,
mas pior é viver num mundo em
que ninguém se importa se
fazemos coisas boas ou más.
Subsídio Pedagógico (III)
Falando em termos de sentir
culpa, quando de fato erramos, é
algo necessário e saudável.
Apenas os psicopatas, aqueles
com sérios distúrbios de caráter,
são capazes de infringir regras
sem sentir o mínimo arrependi-
mento por isso. Não sentir culpa
quando cometemos um pecado é
algo muito danoso. Imagine uma
pessoa colocando a mão num
ferro de passar aquecido e não
sentir nada. Muitas pessoas
podem achar que o fato de não
sentir dor é um privilégio. No
entanto, a ausência da sensação
dolorosa é perigosa, pois a dor
indica ao organismo que algo está
33
errado. Sendo assim, essa
condição pode fazer com que
lesões na cavidade oral, fraturas
ósseas, infecções, entre outras,
passem despercebidas, uma vez
que o indivíduo não sente dor
alguma.
Acinsensibilidade congênita à dor,
também conhecida como
canalgesia congênita, trata-se de
uma condição rara, na qual há o
comprometimento da capacidade
de um indivíduo sentir dor física
desde o nascimento.
Por que nos
sentimos culpados
Conteúdo aluno
Sinopse do Tópico (II)
Situações diversas da vida podem
gerar sentimento de uma culpa
nem sempre real, acarretando em
sofrimentos que Deus não deseja
que a pessoa tenha. Diante da
culpa, ou há perdão ou há
condenação e punição. O remédio
de Deus para a culpa é o seu
perdão pleno.
34
Subsídio Pedagógico (IV)
O guarda de trânsito, que nos
multa por atravessarmos sinal
vermelho, não está sendo
vingativo. Ele tenta nos lembrar
de que devemos ser mais
cuidadosos para o nosso próprio
bem e dos outros. Nosso juiz
interior ou consciência age da
mesma forma. Não é um inimigo,
mas nosso amigo.
Subsídio Teológico (I)
Isaías 1.18 é um convite ao ser
humano: "Venha, pois, e raciocine
comigo, diz o Senhor; ainda que
os vossos pecados sejam
vermelhos como a escarlata, eles
se tornarão brancos como a neve;
ainda que sejam vermelhos como
o carmesim, se tornarão como a
branca lã". Essa é uma promessa
de perdão. Não importa o que
tenhamos feito no passado, no
momento em que buscamos a
Deus com o coração arrependido
e quebrantado, somos
completamente perdoados!

Superando o
sentimento de culpa
Conteúdo aluno
Sinopse do Tópico (III)
Existem situações em que a inten-
sidade de nossos sentimentos de
culpa é desproporcional ao ato
praticado. O tormento é de
responsabilidade nossa. Não há
culpa, por mais pesada que seja,
que o sangue de Jesus não possa
perdoar e proporcionar alívio e
cura.
Subsídio Teológico (II)
Quando vamos a uma loja, vemos
um produto de que gostamos, um
par de tênis “de marca”, por
exemplo. Se o preço for muito
baixo, concluímos que não deve
ser original, que é uma imitação.
Vivemos numa cultura na qual nós
pagamos pelas coisas que valem,
e, se algo é de graça, nós menos-
prezamos. Tivemos uma
formação em que aprendemos a
pagar pelas coisas. Se alguma
coisa custa barato, logo concluí-
mos que não deva ser boa. Talvez
por isso, nos punimos quando
erramos, mesmo tendo sido
perdoados por Deus. Quando se
trata do perdão, queremos pagar
com as nossas boas obras, a fim de
merecer o perdão de Deus. Só que
a Bíblia é clara ao dizer que somos
salvos unicamente pela graça de
Cristo (Ef 2.8-9).
O perdão
que cura
Conteúdo aluno
Sinopse do Tópico (IV)
Deus não apenas nos livra do
pecado, mas também dos danos
interiores que ele causou em nós.
Para uma culpa autêntica, Deus
tem o perdão verdadeiro e
profundo.
Confiança na palavra
de Deus, não em
si mesmo
Conteúdo aluno
Sinopse do Tópico (V)
O poder de resistência que temos
35
contra as acusações do diabo é a
verdade de Deus.

Nossa vida pode ter sido cheia de

falhas e erros, mas Deus não
deseja que vivamos no passado
(Is 43.25). Lembrar do passado
amargo é como mascar um
chiclete que já perdeu o gosto.
Sabemos que é difícil esquecer
certos erros ou situações
desagradáveis, pois nos deixam
marcas, cicatrizes. Talvez, amigos
ou familiares não nos perdoem,
mas se Deus nos perdoa, estamos
perdoados e não precisamos
mais carregar o fardo da culpa
(2Co 5.17).

Notas
KLEMENT,Johannes. A Mancha:
Cuidado! Ela quer grudar em
você.Curitiba: Esperança, 1995.

TOURNIER, Paul. Culpa e Graça- Uma

análise do sentimento de culpa e o
ensino do Evangelho. Viçosa:
Ultimato / ABU, 2018.

36
 SEM MEDO DE TER
MEDO!
Lição Texto Básico: Salmos 116
Texto Áureo: “Busquei ao Senhor, e ele me respondeu;
livrou-me de todos os meus temores”. (Sl 34.4)
Segunda

Sl 27.1-3 Introdução
Conteúdo aluno
Terça

Mt 14.22-32
Subsídio Pedagógico (I)
Quarta O medo é uma reação de defesa instintiva frente a uma
ameaça, palavra esta que traz um significado relativo e
pode ser diferente de pessoa para pessoa. Dois indivíduos
Sl 38.8-11 não reagem à mesma situação de maneira igual. Na
verdade, é incorreto referir-se à "mesma situação"
Quinta
quando se está falando de duas pessoas. Cada uma delas
percebe o mundo de modo diferente e reage de muitas
Lc 10.19 maneiras. Algumas pessoas, tais como os alpinistas, os
mergulhadores, paraquedistas, os dublês, corredores de
Sexta Fórmula I, gostam do perigo e as situações que enfrentam
gerariam muito medo na maioria de nós.
2Co 10.4-5

Sábado
Subsídio Teológico (I)
Quando começamos a leitura da Bíblia, vemos em Gênesis
Sl 121
3.10, Deus procurando pelo homem. À pergunta de Deus,
Domingo “Onde estás?”, veio a resposta, “Tive medo”. Não foi Deus
quem instilou o medo no coração humano foi a
consciência de erro; foi o pecado. A primeira vez que a
Sl 116
37

Bíblia menciona a palavra medo é
em conexão com o fruto de
desobediência do homem a um
princípio de Deus para a sua vida.
Entendendo
os tempos
Conteúdo aluno
Sinopse do Tópico (I)
A sensação que se tem quando
envolto por um quadro de ansie-
dade aguda é a de que se está
para morrer.
Subsídio Pedagógico (II)
Pânico é um episódio que se
caracteriza por crises de ansie-
dade inesperadas. A pessoa está
bem e, de repente, começa a se
sentir mal e tem um ataque de
ansiedade. No pânico, não existe
nenhum objeto ou situação
característica. É caracterizado
por vários ataques repetidos e um
medo acentuado acerca de um
novo ataque. O pânico se mostra
em situações corriqueiras do
cotidiano e cumpre o papel de
38
revelar o lado frágil que todo ser
humano tem. Na vida pós-
moderna, a fragilidade e a
carência de proteção estão
comumente sufocadas, sem
espaço para aparecer. A crise é
uma forma, ainda que doentia, de
fazê-las aflorar. O ataque do
pânico pode acontecer em
qualquer lugar, com ou sem
motivo aparente, inclusive
enquanto a pessoa estiver
dormindo, fazendo com que
acorde muito assustada. Em
muitos casos, a pessoa passa a
temer o lugar onde teve a primeira
crise, evita sair de casa ou ir a
lugares fechados, tais como
shopping, de onde não possa
conseguir ajuda rapidamente, em
caso de suposta emergência: isso
se chama agorafobia.
Subsídio Teológico (II)
DIFERENÇA ENTRE MEDO E
FOBIA. Fobia é um medo
irracional e excessivo que
provoca a evitação consciente de
um objeto ou de uma deter-
minada situação, tal como, medo
de voar, de altura, de animais, de
tomar uma injeção ou ver sangue.
Há aqueles que têm pavor de Como ajudar alguém
engarrafamento no trânsito,
principalmente se estiver numa
com transtorno do
grande cidade; medo de falar em pânico
público (chamada “fobia social”);
Conteúdo aluno
medo de entrar em elevador;
medo de dirigir; medo de viajar de
avião; medo de casar ou de ficar
solteiro; medo de cachorros; o Sinopse do Tópico (II)
medo de perder alguém, entre A melhor coisa a fazer com alguém
outros. As manobras para evitar a com o transtorno de pânico é
situação temida, o medo ajudar a pessoa a encontrar
antecipatório da situação ou a tratamento adequado.
ansiedade extrema causada pela
exposição interferem na rotina A importância do
normal do indivíduo, no seu traba-
lho ou em seus relacionamentos tratamento adequado
sociais, causando importantes
Conteúdo aluno
limitações na vida da pessoa. A
pessoa num quadro de fobia sente
medo acentuado e persistente,
irracional ou excessivo, de um Sinopse do Tópico (III)
objeto ou situação fóbica. A Não existe um modo fácil e nem
exposição ao estímulo fóbico 100% certo, mas existem algumas
(objeto ou situação) provoca uma coisas que podem e devem ser
resposta imediata de ansiedade. A feitas no enfrentamento de
ansiedade é caracterizada por ataques de pânico, dentre eles a
sudorese, batimentos rápidos do medicação adequada e psico-
coração, tremor das mãos, falta terapia.
de ar e sensação de "frio" na
barriga. O diagnóstico é clínico, ou Oração, a melhor
seja, baseado nos sintomas do
paciente. Nenhum exame das terapias!
laboratorial ou de imagem é
utilizado para o diagnóstico.
Conteúdo aluno

39
Sinopse do Tópico (IV)
A mesma pessoa que começa o
cântico no escuro vale do aperto e
tristeza, depois de passar pelo
profundo vale da tristeza, senta-
se e narra sua experiência de
superação em Deus.

Jesus nos prometeu uma paz que

o mundo não pode dar (Jo 14.27),
no entanto, afirmou também que
no mundo teríamos aflições (Jo
16.33). Paz não é a ausência de
problemas e aflições, mas é uma
dependência completa do
cuidado de nosso Pai Celeste.
Que os recursos espirituais
citados neste texto nos ajudem a
vencer o pânico. Faz-nos bem
refletir esta estrofe do hino 104
de nosso Hinário, que diz: “Com
Tua mão segura bem a minha, e
pelo mundo alegre seguirei.
Mesmo onde as sombras caem
mais escuras, Teu rosto vendo,
nada temerei”. (H.M. Wright)

40
 DEPRESSÃO, A VIDA
Texto Básico: 1 Reis 19.1-16 CINZENTA
Lição Texto Áureo: “Quero trazer à memória aquilo que
me pode dar esperança”. (Lm 3.21 - ARA
Segunda Introdução
Rm 7.15-25 Conteúdo aluno

Terça
Subsídio Pedagógico (I)
1Pe 1.13-16 Dados recentes da Organização Mundial de Saúde (OMS)
mostram que os casos de depressão estão aumentando
Quarta globalmente - 18,4% desde 2005 -, e que, até 2020, será a
doença que mais afastará pessoas do trabalho em todo o
Rm 8.1-14 mundo. No Brasil, em 2016, cerca de 75,3 mil
trabalhadores foram afastados pela Previdência Social
Quinta em razão desse mal. Hoje, o país é o que registra o maior
número de casos na América Latina, com 5,8% da
população com depressão.
Rm 13.13-14

Sexta Definição de depressão

Ef 2.1-3
Conteúdo aluno

Sábado
Subsídio Pedagógico (II)
Gl 6.1-5 Depressão deve ser diferenciada de tristeza, que é uma
experiência humana esperada diante de fatos
Domingo desfavoráveis, como o luto, adoecimento grave, desem-
prego ou divórcio, por exemplo. Tais situações podem ser
1Co 6.9-11 desencadeadoras de depressão em diferentes níveis.

41

Sinopse do Tópico (I)
São diversos os sentimentos, as
emoções e pensamentos que se
destacam na vida de uma pessoa
depressiva, facilmente a levando a
que se sinta como que num fundo
de poço.
As causas
da depressão
Conteúdo aluno
Subsídio Pedagógico (III)
Os sintomas da depressão podem
ser tão variados que muitas
pessoas consultam inúmeros
médicos de diferentes especialida-
des, com queixas não muito bem
definidas, até chegarem à
conclusão de que estão sofrendo
desse mal. Alguns dos sintomas
mais comuns são:
Alterações no apetite (falta ou
excesso);
Alterações graves no sono;
Baixa energia ou fadiga;
Baixa autoestima;
Dificuldades para concentrar-se e
tomar decisões;
Sentimentos de desesperança;
Sentimentos de ansiedade, culpa,
42
ira e desamor.
Na depressão mais grave, chama-
da de "depressão importante ou
maior", os sintomas são mais
acentuados e se repetem todos os
dias. O diagnóstico é feito se
houver a soma de cinco destes
sintomas.
Humor deprimido a maior parte
do dia;
Interesse diminuído em todas as
atividades;
Perda ou ganho de peso (mais de
5% ao mês);
Alterações graves no sono;
Agitação ou retardo psicomotor;
Fadiga ou perda de energia;
Sentimento de inutilidade ou
culpa excessiva;
Diminuição da concentração e
indecisão;
Pensamentos de morte recor-
rentes, com ideação suicida.
Os sintomas causam sofrimento
intenso, e não se devem a efeitos
fisiológicos de outra doença.
Sinopse do Tópico (II)
A depressão não tem uma única
causa, por isso não se pode
simplesmente sugerir a um de-
pressivo que ele ore mais e que
tudo se resolve.
 Sem
perspectiva
Conteúdo aluno
Sinopse do Tópico (III)
Uma grande vitória espiritual não
protege o servo de Deus de
vivenciar momentos posteriores
de escuridão de alma. Gente
famosa que modificou a história
do mundo, e até mesmo homens
de Deus, os quais deixaram seus
relatos na Bíblia, também atraves-
saram o deserto da depressão.
A oração de
um depremido
Conteúdo aluno
Sinopse do Tópico (IV)
Aquele que está mergulhado num
quadro depressivo sente-se
desamparado até mesmo por
Deus. Entretanto, este é um mero
sentimento. A verdade é que Deus
não nos perde de vista, mesmo
num túnel escuro.
Como tratar a
depressão
Conteúdo aluno
Subsídio Pedagógico (III)
Infelizmente, menos da metade
das pessoas deprimidas buscam
alguma forma de tratamento e de
ajuda. Há pequenas ações que
ajudam a lidar com a depressão.
Com a ajuda de alguém mais
maduro da igreja, o depressivo
pode identificar os aconte-
cimentos que o fizeram sentir-se
mais triste ou, talvez, injustiçado,
fracassado. Pode escrever esses
motivos e ser ajudado a refletir
sobre eles, visando encontrar
modos mais construtivos de
enfrentamento da depressão.
Um cristão pode tomar
antidepressivos? Claro que sim,
desde que o médico entenda
existir um desequilíbrio químico
no organismo daquele paciente.
Diz um antigo provérbio judaico:
“Quando doente, procure o Deus
Eterno. Se foi perdoado de algum
pecado cometido e ainda continua
doente, então visite o médico,
pois Deus o fez”. Não corra para o
43
medicamento e não o exclua. Às
vezes, o medicamento pode ser
um bom estabilizador, abrir uma
janela para o aconselhamento e
ajudar, mas antidepressivos não
são a solução definitiva.
A boa notícia é que há cura!
Mesmo que os fatores que levam
uma pessoa à depressão sejam
múltiplos, originados de muitas
fontes, a Palavra de Deus fala ao
nosso coração, alcançando os
redutos mais profundos de nossa
alma. Ela faz o diagnóstico mais
acurado de nossa enfermidade e
também tem o medicamento mais
eficaz. Vale a pena prová-lo!
Sinopse do Tópico (V)
Algumas pessoas em quadro
depressivo certamente vão preci-
sar de medicação ou psicoterapia,
ou até mesmo das duas formas de
tratamento associadas.
Nossas emoções podem ser
incertas e flutuantes, contudo as
promessas de Deus são tão
certas como uma Rocha. Quem
vivencia a depressão não pode
44
jamais desistir. Deve lembrar-se
de que não está sozinho e que
conta com a mais especial das
companhias: Deus (Hb 13.5)!
Mesmo sentindo-se incapaz de
vencer a depressão, ajuda demais
confiar no Senhor e pedir sua
ajuda. Ele levanta o depressivo e
dando-lhe nova disposição para
fazer aquilo que Ele tem de bom
para a sua vida. “Com a força que
Cristo me dá, posso enfrentar
qualquer situação” (Fp 4.13).
Ainda que as causas que levam à
depressão sejam as mais
variadas, Deus tem uma resposta
e tratamento para cada uma
delas. Conhecê-lo melhor e se
relacionar com Ele pela oração
será sempre a mais terapêutica
das terapias.
(Se desejar conhecer mais sobre o
assunto, adquira o E-book “Dor na Alma” -
http://www.sbb.com.br/livretos-e-
folhetos/livretos/dornaalma1269.html)
Bibliografia
Como ajudar cristãos de sua
igreja com depressão? Acesse:
https://voltemosaoevangelho.co
m/blog/2018/04/como-ajudar-
cristaos-de-sua-igreja-com-
depressao/
Subsídio Pedagógico (IV)
Como ajudar cristãos de sua igreja
com depressão? Acesse:
https://voltemosaoevangelho.co
m/blog/2018/04/como-ajudar-
cristaos-de-sua-igreja-com-
depressao/

45
 FERIDOS EM NOME
Texto Básico:
Romanos 12.14-21
DE DEUS!
Lição Texto Áureo: “Não esmagará a cana rachada, nem apagará o
pavio que fumega, até que faça vencer a justiça”. (Mt 12.20)
Segunda
Introdução
Fp 2.5-7 Conteúdo aluno
Terça

Jo 13.13-15 Subsídio Teológico I

1. CADEIRA DE MOISÉS, O PODER PARA ABUSAR
Quarta Na comunidade judaica, os professores de Bíblia oficiais
eram os fariseus. Eles chegavam a decorar capítulos
inteiros do Pentateuco (os cinco primeiros livros bíblicos).
Is 42.1-4
Se o povo quisesse saber que texto se aplicaria a uma
Quinta situação particular da vida, era só perguntar a um fariseu.
“A cadeira de Moisés” (Mt 23.2) era um trono de pedra
colocado no centro das sinagogas, no qual os fariseus
Mt 20.24-28 subiam para exercer poder espiritual sobre as pessoas.
Sentar nessa cadeira significava falar em nome de Moisés,
Sexta que no passado falava com Deus e recebia suas
orientações (Êx 34.32-35). Os fariseus barravam da
Mt 23 comunidade (Mt 23.13) quem não se “encaixava” na
religião. (O poder que tinham para determinar quem
Sábado estava “dentro” ou “fora” é visto em João 9.18-34; 12.42-
43). Uma característica indicativa desse abuso é valorizar
Mt 7.15-23 minúcias e negligenciar o que é mais importante (Mt
23.23), colocando pesados fardos religiosos sobre as
Domingo pessoas (Mt 23.4). O bom pastor é aquele que retira as
cargas, libertando suas ovelhas de pesos desnecessários
1Pe 5.2-3 (Mt 11.29) e liderando seu rebanho e o servindo e não

46
sendo servido por ele (1Pd 5.2-3).
2. PROMOVENDO-SE ATRAVÉS DA
RELIGIÃO
Líderes que exigem que as pessoas
os sigam, mas que não possuem
autoridade espiritual, usam a
religião para ser aplaudidos pelo
povo (Mt 23.5). O filactério era
uma pequena caixa de couro que
continha quatro pedaços de
pergaminhos, nos quais estavam
escritos o conteúdo de Dt 6.4-9; Dt
11.13-21; Êx 13.1-10 e Êx 13.11-16. O
fariseu trazia o filactério preso à
fronte e amarrado próximo ao
cotovelo do braço esquerdo para
demonstrar a sua devoção à lei de
Deus. Para o fariseu, os símbolos
de espiritualidade eram mais
importantes que a própria
devoção. Eles queriam parecer tão
merecedores de honra que faziam
fervorosas e prolongadas orações
(Mt 6.5; 23.14); davam esmolas
(Mt 6.1-2); jejuavam (Mt 6.16);
davam o dízimo (Lc 18.11-12; Mt
23.23) para mostrar que eram os
mais espirituais de todos (Mt
23.5), pois queriam ser
importantes para as pessoas, daí
buscarem títulos e honrarias (Mt
23.6-7). Entretanto, o verdadeiro
pastor não precisa fingir devoção
a Deus, nem se apegar a títulos de
destaque, pois é conhecido pelos
frutos que gera (Mt 7.15-23).
O que é abuso
espiritual?
Conteúdo aluno
Sinopse do Tópico (I)
Não é possível dimensionar a dor
na alma de uma pessoa abusada
espiritualmente.
Subsídio Pedagógico (I)
1. As vítimas de abuso espiritual
carregam consigo um fardo das
culpas e vergonhas (as vítimas
tendem a se enxergar como
responsáveis pelo abuso que so-
freram), decepções e frustrações,
ódios e ressentimentos, desdéns e
indiferenças (fingir que nada
aconteceu ou que o ocorrido não
tinha tanta importância),
desconfianças e inseguranças,
além da inevitável crise de fé. O
dia seguinte ao abuso é sempre
dia de choro. E nem todos
conseguem discernir ao certo os
motivos de suas lágrimas. O abuso
espiritual altera a prática cristã do
47
devoto, de modo que esta pode
adquirir traços neuróticos
(doentios).
2. Os autores do abuso, por sua
vez, também foram ou estão
sendo vítima de abuso: ou
reproduzem o dano que sofreram
ou estão sendo manipulados
como instrumentos para causar
danos - por trás de toda violência
espiritual está o espírito daquele
que vem para “matar, roubar e
destruir” (Jo 10.10).
Exemplos de
abuso espiritual
Conteúdo aluno
Sinopse do Tópico (II)
Deve-se ter todo temor a Deus e
zelo pelas palavras ditas num
púlpito, pois podem muito mais
adoecer que curar.
Subsídio Teológico (II)
1. É uma forma de abuso, um líder
espiritual exigir, a todo custo, que
uma esposa se submeta a uma
situação de violência física por
48
parte do marido, com risco
inclusive de morte, alegando que
ela deve ser submissa ao seu
marido, sem buscar outras formas
de manejo para combater essa
violência.
A esfera Propícia
para o abuso espiritual
Conteúdo aluno
Sinopse do Tópico (III)
É fundamental para um crente,
entender o que o seu líder espiri-
tual pensa e o que a Bíblia fala
sobre determinado problema;
isso é um exercício saudável, mas
exige certos cuidados.
Subsídio Pedagógico (III)
1. Muitas vezes, o líder está tão
envaidecido pelo seu próprio
sucesso, que nem sequer percebe
que está ferindo os outros.
Comete abuso, quando obcecado
por uma visão, e, em nome dela,
está disposto a sacrificar aqueles
que lidera, a fim de que tal visão se
realize. Os que sofrem esse tipo de
abuso acreditam ser o líder
espiritual a voz de Deus na terra,
uma pessoa sempre madura, ética
e bem resolvida do ponto de vista
emocional, por isso obedecem à
figura da autoridade e a honram,
esteja ela certa ou errada. Isso
tudo contribui significativamente
para difundir a prática do abuso
espiritual.
2. Quando a palavra do pastor é
sempre equiparada à palavra
divina, e o pastor permite que se
ouça dessa maneira, isso “pode
implicar em algum modo de
abuso”. A proteção e o cuidado do
rebanho são necessários. Mas a
ovelha pode adotar uma postura
passiva porque aprende que o
líder espiritual é a pessoa que
responde espiritualmente diante
de Deus por sua vida e pelo seu
crescimento espiritual (Hb 13.17).
Agir continuamente como uma
criança dependente e carente é
uma patologia (doença). Essa
necessidade constante de atenção
e de orientação em todos os
assuntos é um sinal da infanti-
lização da ovelha (Hb 5.12-14).
Muitas pessoas que sofreram
abuso vieram de um lar ou de uma
estrutura social marcada pelo
autoritarismo. Somos chamados a
ser discípulos de Cristo, e não
discípulos de uma pessoa. Como o
crente quer ser cuidado de modo
infantil, ele elege pessoas que
representem Deus para exercer
esse cuidado.
3. A palavra de certos líderes se
torna lei para muitos crentes.
Aquilo que tais líderes dizem,
passa a ser verdade absoluta. O
culto ao personalismo (idolatria a
líderes) tem um ambiente ideal
para a proliferação do abuso.
3. Interpretações bíblicas incor-
retas. A passagem de 1 Samuel
15.23 é citada fora de contexto
para justificar o controle de certas
lideranças sobre os fiéis: “A
rebelião é como o pecado de
feitiçaria”. Nos redutos evangé-
licos onde há presença de abuso
espiritual, aquele que tenta expor
uma opinião contrária à da
liderança, corre o risco de ser
tachada de “rebelde”.
4. LÍDER QUE SERVE
Jesus afirmou que a única
autoridade espiritual legítima é
aquela que se expressa no
“servir” (Mt 20.24-28). Ele disse
que apesar de os presidentes das
empresas mandarem nos seus
empregados, “Não é assim entre
49
vós, pois quem quiser ser o maior,
que sirva aos outros” (Mt 20.26).
Aquele que tem verdadeira
autoridade espiritual deverá
servir como escravo, não como
governador. Essa percepção nos
facilita discernir quem, na igreja,
são os líderes investidos de
genuína autoridade espiritual. Na
igreja de Jesus, a verdadeira
autoridade espiritual não sobe à
cadeira de Moisés para governar,
mas se ajoelha para servir como
Cristo ensinou ao lavar os pés de
seus apóstolos (Jo 13.13-15). O
próprio Jesus nos chama para
segui-lo, mas não nos força: “Se
alguém quiser vir após mim... siga-
me” (Lc 9.23).
Como lidar com o
abuso espiritual
Conteúdo aluno
Sinopse do Tópico (IV)
O perdão a quem cometeu o abuso
e a coragem para se abrir com
alguém de confiança, aliados à
ação poderosa do Espírito Santo
são recursos dos mais impor-
tantes para o tratamento e cura
do abuso espiritual.
50
Subsídio Pedagógico (IV)
Há crentes que ainda perma-
necem em igrejas abusivas e,
provavelmente, a ferida que
sofreram se deva não a alguma
coisa errada que fizeram, mas a
algo certo: o anseio de se aproxi-
marem de Deus e de agradá-lo.
Como afirma o escritor russo
Leon Tolstói: “Se conheço o
caminho de casa e ando por ele
embriagado, o caminho não
deixa de ser certo, simplesmente
porque ando por ele camba-
leante”. A Bíblia não deixa
margem de dúvida de que o fiel
deve se submeter aos seus
líderes espirituais (Hb 13.17),
contudo, essa obediência não
pode ser cega. Todo ensino deve
ser confrontado com as verdades
bíblicas tal como aconteceu com
o apóstolo Paulo quando pregou
em Bereia (At 17.11). Se um
homem da estatura espiritual
dele foi questionado sobre sua
pregação, o que dirá cada um dos
líderes nas igrejas. Isso ajuda a
igreja a não se desviar de sua rota.
 Bibliografias
BLUE, Ken. Abuso espiritual: como
libertar-se de experiências negativas
com a igreja. São Paulo: ABU, 2000.

CÉSAR, Marília de Camargo. Feridos

em nome de Deus. São Paulo: Mundo
Cristão, 2009.

51
 RECURSOS TERAPÊUTICOS DE DEUS
A UMA ALMA FERIDA!
Texto Básico: Gênesis 43.1-13
Lição Texto Áureo: “Então disse-lhes Israel, seu pai: Pois que assim é,
fazei isso; tomai do mais precioso desta terra em vossos vasos,
Segunda
e levai ao homem um presente: um pouco do bálsamo e um
pouco de mel, especiarias e mirra, terebinto e amêndoas”.
Gn 37.19-36 (Gn 43.11)

Terça Introdução
Conteúdo aluno
Ez 34.16

Quarta
Subsídio Teológico (I)
Todos temos em casa uma caixinha, sacolinha ou gaveta
Lc 4.18-19 contendo remédios. É uma tentativa de dar conta das
dores da vida A variedade de medicamentos indica que
Quinta para toda dor existe um remédio. Quando a criança
tropeça e arranha o joelho, geralmente tem a mamãe por
Ez 27.17 perto, pronta com um “band-aid” e um beijo para
diminuir a dor. Mas, e quando nem remédios nem carinho
Sexta são suficientes para as nossas dores? Qual é o remédio
para a dor da alma? Na poesia bíblica, o “bálsamo de
Sl 41.50-52 Gileade” (Jr 8.21-22) tornou-se símbolo de proteção,
curativo para a ferida, conforto na dor, enfim, remédio
Sábado para qualquer enfermidade; é esse o recurso que,
simbolicamente, Deus oferece para tratar o pecado e as
dores que ele causa na vida humana. O profeta usa uma
Gn 41.50-52
figura de linguagem como se a nação, Israel, fosse uma
Domingo pessoa gravemente doente. Havia muita religiosidade,
mas pouca essência e espiritualidade, mesmo entre
aqueles que se diziam profetas e os sacerdotes (Jr 8.10).
Rm 8.18-28
52
Deus diagnosticou que Seu povo
estava moral e espiritualmente
enfermo e sendo assim
necessitava de remédio. Deus
tinha o remédio: o “bálsamo de
Gileade”. Em vão, muitos tentam
aplicar merthiolate em ferida
profunda. Jeremias escreveu - “E
curam a ferida da filha de meu
povo levianamente” (Jr 8.11). Não
é suficiente ter uma religião, assim
como não basta tomar um
remédio qualquer. Por outro lado,
mesmo que o paciente tenha em
mãos o melhor remédio, este não
tem eficácia se não for adminis-
trado corretamente. Esse era o
caso de Israel. Jeremias lembra
que o remédio errado só piora o
paciente - “Vai até Gileade, e toma
bálsamo, ó virgem filha do Egito;
em vão multiplicas remédios; não
há cura para ti” (Jr 46.11).
Uma Família
em sofrimento
Conteúdo aluno
Sinopse do Tópico (I)
Mesmo as famílias mais importan-
tes da Bíblia vivenciaram proble-
mas que geraram sofrimentos.
Bálsamo e Mel:
Coisas De Deus
para o coração
do ser humano
Conteúdo aluno
Sinopse do Tópico (II)
As duras experiências da vida nos
ferem com uma profundidade tal
que o processo de cura é doloroso,
contudo, Deus tem os recursos
para o tratamento.
Aplicando o bálsamo
e o mel
Conteúdo aluno
Sinopse do Tópico (III)
As nossas dores na vida, quando
superadas com a ajuda de Deus,
fazem de nós, curadores de
outros.
Oremos para que o Espírito Santo
reabasteça o estoque de bálsamo
e de mel em nossa vida para que
sejam utilizados quando passar-
53
mos pela dor, nossa ou de alguém
em nosso redor. Destilemos mel
(Pv 16.24) sobre as amarguras
abrigadas no coração. Deus se
importa com aquilo que dói em
nós, e Ele, apenas Ele, tem
recursos para o que parece não
ter cura (Sl 147.3).

Bibliografia
VALVASSOURA, L. Aguiar. Um pouco
de bálsamo, um pouco de mel.
Campinas: Casa Nazarena de
Publicações, 2005.

54
 CURA PARA AS DORES
DA ALMA!
Texto Básico: Romanos 8.18-28
Lição
Texto Áureo: “E da mesma maneira também o Espírito ajuda as
Segunda nossas fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir
como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com
Is 57.15 gemidos inexprimíveis”. (Rm 8.26)

Terça Introdução
Jo 15.11 Conteúdo aluno

Quarta
Subsídio Teológico I
Lc 4.18 ILUSTRAÇÃO: Podemos explicar melhor o tema da aula de
hoje, citando uma ilustração da própria natureza. Quem
Quinta visita o Estado da Califórnia, nos Estados Unidos da
América, pode ver belas sequoias gigantes. Na maioria
2Co 3.18 dos parques, existem naturalistas que mostram aos
interessados um corte dessa grande árvore, explicando
Sexta que os anéis dela revelam a história de seu desenvol-
vimento, a cada ano. Há por exemplo um anel que
representa um ano em que houve terrível seca. Há
Jo 5.6
também outros dois anéis que falam de um período que
Sábado choveu demasiadamente. Ali há um ponto em que a
árvore foi atingida por um raio. Há também anéis que
revelam um desenvolvimento normal. Um outro anel
Pv 17.22 mostra um incêndio florestal que quase destruiu a árvore;
outro mais revela um ataque da ferrugem e de outras
Domingo
doenças. E tudo isso está gravado no tronco da árvore,
como se fosse uma autobiografia de seu
Sl 42
55
desenvolvimento. Assim acontece
também conosco. Abaixo da
nossa casca protetora, acham-se
registrados os anéis de nossa vida.
Ali estão as cicatrizes de mágoas
antigas, dolorosas. De certo
modo, em termos emocionais,
podemos pensar numa ferida
como uma vivência sofrida e
dolorosa. Da mesma forma que
um objeto que se choca contra
nosso corpo pode dilacerar a pele,
machucando-a, assim acontece
com a nossa alma.
Redimindo a pessoa
Integralmente
Conteúdo aluno
Sinopse do Tópico (I)
O Evangelho tem como proposta
restaurar o ser humano como um
todo, libertando-o também das
feridas da alma.
Aprofundando
a cura da alma
Conteúdo aluno
56
Sinopse do Tópico (I)
Por contas de feridas que são
carregados no coração, muitos
cristãos não vivem a vida
abundante que Jesus oferece.
Subsídio Pedagógico (II)
Se uma pessoa foi criada num
meio ambiente que a tornou
insegura, dependente, tímida ou
retraída, hoje, provavelmente ela
é um espelho disso, reagindo a
esse condicionamento inicial. O
passado não pode ser modificado.
Mas a vida pode ser vivida
diferente daqui para frente. Uma
mulher pode descobrir dentro de
si uma enorme necessidade de ser
dependente, de se casar com
alguém que cuide dela e de todas
as suas necessidades, financeiras e
emocionais. Ao invés de desejar o
homem que lhe proporcione
segurança, deveria, antes, tornar-
se uma mulher segura e emocio-
nalmente amadurecida, com
chance muito maior de ser mais
ajustada consigo mesma e de ser
mais feliz em seus relaciona-
mentos interpessoais.
 Princípios importantes
à cura interior
Conteúdo aluno
Sinopse do Tópico (III)
O conhecimento de Jesus e de si
mesmo, o quebrantamento
diante de Deus, a confissão e com-
partilhamento, bem como a
obediência a Deus traduzida em
perdão são elementos impor-
tantes no processo de cura da
alma.
O Espírito Santo como
agente terapêutico
Conteúdo aluno
Sinopse do Tópico (IV)
Após um autoexame, reconhe-
cemos se temos algum problema
que ainda impõe sofrimento a nós.
Se este for o caso, devemos pedir a
Deus, ajuda de seu Espírito Santo
para os nossos momentos de
oração.
Subsídio Teológico (I)
1. A ORAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO
POR VOCÊ!Eis uma surpresa: Deus
ora! O Espírito Santo é Deus e Ele é
intercessor pela sua vida. 1. O
Espírito está no nosso íntimo,
conhece as nossas dores, nossos
sentimentos em relação a elas e as
apresenta a Deus melhor que nós.
Em momento de fraqueza, não
sabemos orar convenientemente.
Por vezes, nem temos vontade de
orar. O Espírito Santo é acessível e
sensível. Ele expressa a Deus
aquilo que não conseguimos
expressar. 2. A oração do Espírito
Santo por nós é feita com gemidos
que não podem ser expressos por
palavras. Às vezes nos colocamos
diante de Deus com tanta dor que
nem conseguimos falar. O Espírito
geme, expressando nossa dor ao
Pai. 3. A oração do Espírito Santo
por nós é feita de acordo com a
vontade de Deus. Não sabemos o
que pedir, porque não sabemos o
que é melhor para nós (Tg 4.3). Ele
sabe. Orar no Espírito é
harmonizar-se com a vontade do
Pai.
2. Cada Pessoa da divindade tem
uma função específica na criação e
no plano de salvação. E na oração
57
é assim também: o Pai atende
nossas orações (Mt 7.7-11); Jesus,
nosso intercessor, é a garantia de
que seremos ouvidos (Jo 14.13;
1Tm 2,5) e o Espírito Santo é quem
torna mais íntima a nossa
comunicação com Deus Pai (Rm
8.26). Oramos ao Pai, através do
Filho, pelo poder do Espírito
Santo. Mesmo que a prática cristã
seja orar ao Pai em nome do Filho
(Jo 14.14), isso não significa que
dirigir uma oração a outros dois
membros da divindade seja
errado. O Espírito Santo não deve
ser "deus desconhecido" e "um
Deus sem altar". O inglês James
Packer, um dos teólogos mais
renomados da atualidade e
professor de teologia no Regent
College, em Vancouver, Canadá,
em seu livro “Na Dinâmica do
Espírito” (Edições Vida Nova,
1991, pp. 254-255) afirma: “Mesmo
que sejamos habitados pelo
Espírito Santo, ainda somos
atacados por fraquezas, que
incluem os sofrimentos do
corpo... com toda a angústia do
espírito implicada pelo que
chamamos 'sofrimento humano'.
É apropriado orar ao Espírito? Não
existe nenhum texto bíblico que
ensina isso.Visto, porém, que o
Espírito Santo é Deus, não pode
58
ser errado nos dirigirmos a Ele, se
há uma boa razão para fazê-lo [...]
e a oração ao Espírito será
igualmente apropriada quando o
que buscamos dele é uma
comunhão mais íntima com
Jesus...”.
Nós não dormimos e acordamos
magicamente transformados; é
um processo no qual caminha-
mos (2Co 3.18). Em muitos casos,
Deus decide fazer mudanças
rápidas, mas na maioria das
vezes, prefere trabalhar em nós.
Deus poderia ter criado o mundo
em segundos, mas Ele o fez em
seis dias. Assim como pais
amorosos ficam felizes quando
um filho aprende a andar, Ele se
alegra quando iniciamos esse
processo de cura interior, que
pode ser a alavanca para o nosso
crescimento em direção à
espiritualidade. A diferença entre
SANIDADE e SANTIDADE é de
apenas uma letra: T.
Ninguém escolhe ser ferido e
nem sempre tem a culpa de o ser,
mas deixar que a ferida infec-
cione e contamine o corpo, é
responsabilidade da própria
pessoa. Cada um precisa ser
encorajado a deixar de ser mero
espectador da vida. “Se eu não
posso mudar as coisas que me
aconteceram, posso mudar
minha atitude no modo como eu
as vejo hoje”. E nesse propósito,
podemos contar com o nosso
Deus trino: “A oração vale muito
mais por causa daquele que a
escuta, do que por aquele que a
faz” (Max Lucado).

Bibliografia
GRAYSON, Curt & JOHNSON, Jan.
Curando as feridas da alma. Rio de
Janeiro: CPAD, 1995.

59
 Ademir Teixeira de Freitas - Lições 1 a 3
/ 7 a 13) Psicólogo clínico e Pastor da
ICPI Santo André/SP

Eliézer Cavalcanti Rocha - Lições 4 a 6)

Engenheiro, bacharelando em
Teologia Presbítero da ICPI Santo
André/SP

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