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de Maio de 1564) foi um teólogo cristão francês. Calvino teve uma influência muito
grande durante a Reforma Protestante, uma influência que continua até hoje. Portanto, a
forma de Protestantismo que ele ensinou e viveu é conhecido por alguns pelo nome
Calvinismo, mesmo se o próprio Calvino teria repudiado contundentemente este
apelido. Esta variante do Protestantismo viria a ser bem sucedida em países como a
Suíça (país de origem), Países Baixos, África do Sul (entre os africânderes), Inglaterra,
Escócia e Estados Unidos da América.
Nascido na Picardia, ao norte da França, foi batizado com o nome de Jean Cauvin. A
tradução do apelido de família "Cauvin" para o latim Calvinus deu a origem ao nome
"Calvin", pelo qual se tornou conhecido.
Calvino foi inicialmente um humanista. Nunca foi ordenado sacerdote. Depois do seu
afastamento da Igreja católica, este intelectual começou a ser visto, gradualmente, como
a voz do movimento protestante, pregando em igrejas e acabando por ser reconhecido
por muitos como "padre". Vítima das perseguições aos protestantes na França, fugiu
para Genebra em 1536, onde faleceu em 1564. Genebra tornou-se definitivamente num
centro do protestantismo Europeu e João Calvino permanece até hoje uma figura central
da história da cidade e da Suíça.
Martinho Lutero escreveu as suas 95 teses em 1517, quando Calvino tinha oito anos de
idade. Para muitos, Calvino terá sido para a língua francesa aquilo que Lutero foi para a
língua alemã - uma figura quase paternal. Lutero era dotado de uma retórica mais direta,
por vezes grosseira, enquanto que Calvino tinha um estilo de pensamento mais refinado
e geométrico, quase de filigrana. Citando Bernard Cottret, biógrafo (francês) de
Calvino: "Quando se observa estes dois homens podia-se dizer que cada um deles se
insere já num imaginário nacional: Lutero o defensor das liberdades germânicas, o qual
se dirige com palavras arrojadas aos senhores feudais da nação alemã; Calvino, o
filósofo pré-cartesiano, percursor da língua francesa, de uma severidade clássica, que se
identifica pela clareza do estilo".[1]
O avô de João Calvino era careca, nas proximidades de Noyon. Teve três: Richard
(Ricardo), que foi serralheiro e se instalou em Paris, Jacques (Jaime ou Tiago),
igualmente serralheiro e, finalmente, Gérard (Geraldo) Cauvin, pai de João Calvino, que
foi aquele que talvez mais se destacou dos três, tendo feito carreira em Noyon como
funcionário administrativo.
A mãe de Calvino, Jeanne Le Franc, de seu nome de solteira, era filha de um dono de
uma hospedaria em Cambrai, que tinha enriquecido. Jeanne faleceu em 1515, quando
João Calvino tinha apenas 6 anos de idade.[2]
Haveria ainda duas irmãs, que nasceram do segundo casamento de Gérard. Uma
chamou-se Marie (Maria) e iria também viver em Genebra. Da outra irmã sabe-se
pouco.
João Calvino nasce a 10 de julho de 1509, nos últimos anos do reinado de Luís XII.
Frequentou inicialmente o "Collège des Capettes" em Nyon, onde adquiriu
conhecimentos básicos de latim.
Pela Concordata de Bolonha, assinada no início do seu reinado, o papa Leão X concedia
ao rei da França o direito a nomear os titulares dos rendimentos da igreja. Em
contrapartida, o Papa via reforçados os seus direitos sobre a Igreja em França.
[editar] Paris
Em 1521, com doze anos, João Calvino ganhou o direito a uma "benefice", ou seja, um
rendimento anual que era concedido a elementos e familiares da hierarquia da igreja. No
seu caso, consistia numa determinada quantia anual de cereais pagos por uma
comunidade de La Gésine .[3].
Em 1521 ou 1523 (data incerta) o pai enviou-o a Paris. Terá provavelmente vivido
inicialmente com o tio Richard, na zona de Sain-Germain-l'Auxerrois. Calvino começa
por frequentar o Collège de la Marche, onde foi aluno de Maturin Cordier, um grande
pedagogo do tempo. Estabeleceu, aí, amizade com as crianças da família d'Hangest, do
bispo de Noyon, que se assumia, de certa forma, como protector dos Cauvins. Os seus
amigos eram Joachin (Joaquim), Yves (Ivo) e Claude (Cláudio), a quem mais tarde
dedicaria o seu comentário a "De Clementia" de Séneca, um autor conhecido pelo seu
estoicismo.
Em 1 de Junho de 1528 teve lugar em Paris o caso da Rue des Roisiers. Uma figura de
madeira situada nessa rua (uma madona) foi decapitada por desconhecidos. O rei reage
de forma veemente, organizando procissões, que passaram a ser repetidas anualmente.
O incidente ainda era lembrado no século XIX.
[editar] Orleães
Em 1529, pouco antes de atingir os vinte anos de idade, a vida de Calvino sofreu uma
súbita viragem. Vindo inicialmente para Paris com uma renda anual concedida pela
Igreja, com o fim de estudar Teologia, ficará a saber que o pai mudou de planos em
relação ao seu futuro e quer que ele siga Direito. A "ciência das leis torna normalmente
ricos aqueles que se debatem com ela", referia o seu pai (ele próprio um advogado do
bispado), segundo as próprias palavras de Calvino.
Cumpriu a vontade do pai e foi estudar Direito para Orleães, mas nunca deixou de
preferir a teologia. Como disse mais tarde: "Se Deus me deu forças para que eu
cumprisse a vontade de meu pai, determinou ele pela providência oculta que eu tomasse
finalmente um outro caminho" (o da Teologia).
Inicialmente Calvino preparava-se para ser padre, enveredaria pelo estudo do direito,
mas Deus trouxe-o de novo ao caminho da Teologia.
Em 1531, Calvino, num prefácio ao livro de um amigo, toma partido pelo seu professor
Pierre de l'Estoile num texto que explora a disputa entre este e Andrea Alciati, talvez
por lealdade e nacionalismo. O que prova que o Calvino de 1531 ainda não é um
reformador mas, acima de tudo, um humanista. Neste mesmo ano morre o pai, Gerard
Cauvin. Calvino vai a Bourges, a Orleães e regressa de novo a Paris, onde se instala em
Chaillot.
Em 1532, foi doutorado em Direito em Orleães. O seu primeiro trabalho publicado foi
um comentário sobre o texto do filósofo romano Séneca "De Clementia"[3]. Calvino
cobre os custos da publicação do livro com dinheiro do seu próprio bolso. Aos 23 anos
era já um famoso humanista, seguindo os passos de Erasmo de Roterdão, que também
escreveu sobre Séneca nestes anos. Em "De Clementia" não há da parte de Calvino uma
alusão explicitamente religiosa. É antes uma obra que reflecte o estoicismo de Séneca e
a predestinação no sentido estóico. Séneca escrevera o texto como forma de apelar Nero
à moderação e à razão.
Até 1532 não há, como se viu, qualquer indício de que Calvino tenha aderido à nova fé -
nos seus diferentes focos e graus que surgem pela Europa - onde o Luteranismo surge
como um movimento mais moderado e os anabaptistas como uma força mais radical.
Note-se que a França e Alemanha não existiam no sentido de hoje mas sim em termos
de zonas de língua francófona ou alemã.
Não foi até hoje esclarecido completamente o que se passou. Encontrou-se, contudo, em
Genebra, um fragmento do discurso de Nicolas Cop, escrito pela mão de Calvino. O
documento original completo encontra-se em Estrasburgo. Foi levantada a tese de que
Calvino poderia, pelo menos, ter participado na elaboração do discurso.
Calvino permanece em Angoulême até Abril de 1534, altura em que se dirige a Nérac,
onde se encontra com Lefèvre d'Étaples. Regressa depois a Noyon, onde em Maio de
1534 renuncia às suas "benefices". Volta, então, a Paris e a Orleães.
[editar] A Psychopannychia
Em 1534, Calvino escreve o seu segundo livro, que será também o primeiro sobre
religião. Chamar-se-á "Psychopannychia", palavra que deriva do grego e que significa:
"A vigília da alma"[4]. A tradução francesa "Psychopannychia, un traité sur le sommeil
de l'âme" ("A vigília da alma - contra o sono da alma") introduziu a frase "sono da
alma" como uma descrição crítica da crença na mortalidade da alma, ou "mortalismo
cristão", que foi ensinada por Martinho Lutero, entre outros.[3]. É um livro relativamente
pouco conhecido, em comparação com as outras obras de Calvino. Calvino faz uma
crítica severa aos anabaptistas, que acusa de serem uma seita tresmalhada. O livro
coloca questões teológicas, mais do que oferecer respostas. Calvino, nos seus 24 anos
de idade, está em processo de busca. Defende nessa obra a imortalidade da alma. O
título completo era: "Psychopannychia - tratado pelo qual se prova que as almas
permanecem vigilantes e vivas uma vez que tenham deixado os corpos, o que contraria
o erro de alguns ignorantes que sustentam que elas dormem até ao último momento" - o
que é, também, um ataque aos anabaptistas. Apesar de escrito em 1534, o livro seria
apenas publicado em 1542.
[editar] Basileia
Em Janeiro de 1535, Calvino dirige-se a (ou foge para ?) Basileia, cidade onde vive até
Março de 1536. Uma cidade conhecida por ter sido o lar de Erasmo de Roterdão e do
reformador Johannes Oekolampad, falecido em 1531, sendo o seu seguidor Oswald
Mykonius.
Em 16 de Julho de 1535, o rei Francisco I faz publicar o Édito de Coucy, uma medida
de contemporização para com os protestantes e que corresponde também a uma nova
guerra de Francisco I contra Carlos V (Guerra de 1535-1538). Necessitando do apoio
dos protestantes alemães para o esforço de guerra e não convinha, necessariamente,
perseguir os "Luteranos" na França. É prometido que se deixarão os protestantes em paz
desde que vivam como "bons cristão" e renunciem à sua fé. Mas, em Dezembro de
1538, o Édito de Coucy é suspenso e as perseguições aos protestantes retomam a
intensidade anterior.
[editar] Institutio religionis Christianae
Em Março de 1536, Calvino viaja até Ferrara na companhia de Louis Du Tillet. Calvino
esperava um acolhimento aberto às ideias protestantes na sua estadia em Ferrara.
Enganava-se. Teria de interromper a visita logo em Abril. Foi então até Paris. Mas
Calvino não tem futuro em França. Numa carta ao amigo Nicolas Duchemin, compara a
sua situação com a dos judeus no Egipto. A França era o seu Egipto. Queixa-se na
mesma carta dos rituais da missa, considerando-os idólatras. Calvino sai
definitivamente da França em 1536, procurando terras politicamente independentes da
França e de espíritos mais abertos para a reforma. Dirige-se, então, para cidades dos
territórios que hoje constituem a Suíça.
Genebra é nesta altura já uma cidade de espíritos progressivos e abertos para a reforma
protestante. Politicamente, a cidade está desde 1285 sob vassalagem aos condes de
Sabóia ou à casa episcopal (ao bispo de Genebra), quase sempre ocupada por um bispo
também da casa de Sabóia desde que o papa Félix V (Amadeu VIII de Sabóia) se
autonomeou bispo da cidade. Na prática, no entanto, Genebra é quase uma cidade-
estado, uma república que desde cedo se emancipou na conquista da sua liberdade
municipal. Em 1522 inicia-se um conflito entre os pejorativamente chamados
"mamelucos", que são conservadores e partidários da casa de Sabóia e os
"confederados" (alemão: Eidgenossen; francês: Eidguenot) de onde possivelmente se
formará a palavra Huguenotes (francês: huguenot). Estes últimos opõem-se a Sabóia.
Em 1524, Karl III, Duque de Sabóia, tinha ocupado militarmente Genebra. Porém, em
1526, Genebra decide-se pela união com Berna e Friburgo, iniciando-se no caminho
helvético. A reforma protestante não terá tido um papel determinante neste processo,
segundo Bernard Cottret.[1] Mas a partir daqui começam a reunir-se em Genebra
elementos da Reforma. Em 1533 há o primeiro culto protestante de que há
conhecimento nesta cidade. São então cunhadas moedas com a inscrição: "Post tenebras
lux" (após a escuridão, a luz).
O ano de 1536 marca uma viragem na cidade de Genebra. Neste ano, a reforma é
adaptada oficialmente pela cidade. Os cléricos da igreja católica são intimados a deixar
de celebrar a missa como o faziam, com o cerimonial papista e seus abusos (idolatria,
aos olhos dos protestantes) e a juntarem-se aos protestantes. Num novo fôlego de zelo
religioso, as raparigas são obrigadas a usar o véu, cobrindo os seus cabelos. Já desde
1532 que se registavam ataques e destruições de imagens religiosas, estátuas, figuras,
etc. A adoração destas figuras era vista pelos protestantes como idolatria. Há um
episódio carismático deste fenómeno: num destes ataques à "idolatria papista", uma
multidão apodera-se de cerca de 50 hóstias de um padre, dando-as a comer a cão. "Se as
hóstias pertencem mesmo ao corpo de Deus, não se irão deixar comer por um cão!" - é
argumentado. Em Junho de 1536, são abolidos em Genebra, por decisão de um
conselho, todos os feriados, excepto os domingos. Todas estas transformações deram-se
sem a influência de Calvino. Aliás, ainda nem sequer aí tinha chegado.
Genebra nos dias de hoje, uma das cidades mais ricas do mundo.
1536 é também o ano da chegada de Calvino a Genebra. Calvino tem nessa altura 26
anos.
João Calvino já tinha viajado até Estrasburgo durante as guerras otomanas, e passado
através dos cantões da Suíça. Aquando da sua estadia em Genebra, Guillaume Farel
pediu ajuda a Calvino na sua causa pela igreja. Calvino escreveu sobre este pedido:
"senti como se Deus no céu tivesse colocado a sua poderosa mão sobre mim para barrar-
me o caminho"". 18 meses depois, as mudanças de Calvino e Farel levariam à expulsão
de ambos.
Em Abril de 1537, por sugestão de Calvino, é constituido um "syndic" (síndico) que tem
por objectivo ir de casa em casa e inquirir sobre a confissão dos moradores. A acção é
contestada. Alguns moradores recusam-se a pronunciar-se sobre a sua fé.
[editar] Estrasburgo
Em 1538, Farell irá refugiar-se em Neuchâtel. Calvino dirige-se a Estrasburgo, após ter
inicialmente pretendido ir para Basileia. Estrasburgo era na altura parte da zona de
língua alemã, mas a proximidade da fronteira com a França significava que ali se tinha
desenvolvido uma comunidade de exilados franceses. Tal como em Genebra Farell
reconhecera o potencial de Calvino, em Estrasburgo Martin Bucer será o protector de
Calvino. Durante três anos Calvino dirigiu em Estrasburgo uma igreja de protestantes
franceses, a convite de Bucer.
Em Outubro de 1539, Pierre Caroli chega a Estrasburgo, onde permanece pouco tempo.
Caroli e Calvino, inimigos desde há anos, têm uma disputa. Caroli está agora algures
entre o catolicismo e o protestantismo. Ele acusa Calvino de o ter confundido na sua fé.
Calvino sofre uma crise nervosa.
Neste Outono de 1539, Calvino escreve também um comentário à carta de Paulo aos
Romanos. Este tema é particularemente querido do protestantismo, porque ali se
encontra a justificação através da fé como a base de sustentação do movimento
protestante, pois somente a fé salva e justifica. A igreja é por este prisma mais uma
comunidade de crentes do que um enquadramento jurídico. Os sacramentos só recebem
o seu sentido através da fé. Sem fé não têm qualquer efeito. Já Lutero tinha destacado a
carta de Paulo aos romanos como o cerne do Novo Testamento e o mais alto do
evangelho.
[editar] Matrimônio
Em Estrasburgo, Calvino casa-se em Agosto de 1540 com a viúva Idelette de Bure, que
tinha sido previamente adepta do anabaptismo. Traz duas crianças do seu prévio
casamento. Calvino tem 31 anos de idade. A cerimónia do casamento foi dirigida por
Guillaume Farel.
Calvino foi convidado em Outubro de 1540 a regressar a Genebra, para reaver o seu
posto na igreja, tal como o tivera antes da expulsão. A 13 de Setembro de 1541 Calvino
chegou, pela segunda vez, a Genebra, mas, desta vez, definitivamente. Começou, então,
a organizar e estruturar, de acordo com as linhas bíblicas, os ministérios e a acção dos
professores e diáconos.
Os nomes de baptismo são regulamentados. Devem ser nomes que figuram na Bíblia.
Um decreto de 22 de Novembro de 1546 dispõe que certos nomes são proibidos, entre
os quais:
Em 29 de Março de 1549 morre Idellete Calvino, após doença [3]. Calvino não voltará a
casar. Dedica-se ainda mais decididamente ao trabalho.
Miguel Servet era um homem de cultura, um médico, interessado, entre muitas outras
coisas, na religião. Como livre pensador, defendia que o dogma da Trindade não fazia
qualquer sentido, sendo apenas um sofisma inventado no Primeiro Concílio de Niceia.
Será perseguido pela Igreja Católica em França, através da Inquisição, por causa das
suas teses. Escapa e dirige-se a Genebra, mas os protestantes mostraram-se não menos
intolerantes para com as suas ideias.
A história da ligação entre Servet e Calvino começa já em 1534, ano em que ambos
estiveram em Paris. Esteve nessa altura planejado um encontro que não chegou a
realizar-se. No entanto, trocariam correpondência por vários anos.
O debate foi tornando-se numa azeda discussão. Um dos pontos principais da discussão
epistolar continuava a ser a Santíssima Trindade. Perante a sua proposta para que
Calvino lesse o manuscrito do seu Livro "Restitutio" (tendo-o enviado pelo correio),
Calvino diz-lhe que deveria ler o seu "Institutio". Servet fê-lo e escreveu comentários
críticos nas margens do texto que foram depois enviados a Calvino.
Calvino recebeu o manuscrito mas não lhe respondeu. Nem sequer devolveu o
manuscrito do Restitutio, que Servet lhe pedia que remetesse. Calvino manteve o seu
silêncio, cultivando preocupação em relação a Servet e às suas heresias.
O seu julgamento tornou-se um caso discutido. Foi pedida a opinião a padres de Berna,
Zurique e outras cidades. A maioria desprezava Servet - a trindade era, na sua opinião,
indiscutível.
Calvino, também acusado pelos católicos de arianismo, poderá ter visto aqui a
oportunidade de mostrar que defendia o conceito trinitário, ao mesmo tempo que
mostraria que também estava empenhado em perseguir os heréticos. Um herético do
lado de lá da fronteira também é um herético dentro da cidade.
Apesar disso, e em parte por causa do peso relativo da população protestante francesa
que se tinha refugiado na cidade, as eleições dos 4 novos "Syndics" de Genebra em
Fevereiro de 1555 é favorável aos Calvinistas, que se impõem contra os "Enfants de
Genève" sob a liderança de Perrin. Após as eleições, porém, há desacatos na rua entre as
duas partes. Perrin e outros líderes da revolta são presos e serão decapitados e
esquartejados. Os pedaços dos cadáveres foram, depois, exibidos nas ruas da cidade.
Também a doutrina da Predestinação foi muito atacada nestes anos, principalmente por
um monge carmelita chamado Hiérome Bolsec, nascido em Paris, que se tinha
estabelecido em Genebra. Argumentava que se Deus fosse o responsável por tudo o que
se passa, então, também seria responsável pelos nossos pecados. Calvino responde que
nunca disse isso e as autoridades apoiam-no. Em Berna, os críticos de Calvino são
expulsos da cidade em 1555.
[editar] Morte
Nos seus últimos anos de vida, a saúde de Calvino começou a vacilar. Sofrendo de
enxaquecas, hemorragia pulmonar, gota e pedras nos rins foi, por vezes, levado
carregado para o púlpito. Calvino continuava a ter detratores declarados que lhe
dirigiam ameaças constantes.
João Calvino morreu em Genebra a 27 de maio de 1564. Foi enterrado numa sepultura
simples e não marcada, conforme o seu próprio pedido.[2]
[editar] Calvinismo
Ver artigo principal: Calvinismo
A Serra Leoa foi em grande parte colonizada por colonos calvinistas da Nova Escócia.
John Marrant tinha organizado a congregação local sob o auspício da conexão
Huntingdon. Os colonos eram na sua maioria loialistas negros, afro-americanos que
tinham combatido pelos ingleses na guerra da independência americana.
[editar] Referências
a b c
1. ↑ Cottret, Bernard. Calvin: A Biography. Grand Rapids, Michigan: Wm. B.
Eerdmans, 2000. 0-8028-3159-1 Traduzido para o inglês do original Calvin:
Biographie, Edição de Jean-Claude Lattès, 1995.
2. ↑ a b c Alderi Souza de Matos. João Calvino - Cronologia. Portal Mackenzie.
Página visitada em 31 de março de 2010.
3. ↑ a b c d João Calvino - Vida e Obra. 500 Anos de Calvino-IPI do Brasil. Página
visitada em 13 de abril de 2010.
4. ↑ da palavra grega "pan-nychis" = "ficar acordado a noite inteira"
5. ↑ Hermisten Maia Pereira da Costa. Breve História das Institutas. Teologia
Calvinista. Página visitada em 13 de abril de 2010.