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- É um grande problema atualmente e acredita-se que será a principal causa de morte até 2050.
- Para isso, foi instituído o Programa de Gerenciamento dos Antimicrobianos, que é o conjunto
de ações destinadas ao controle do uso desses medicamentos nos serviços de saúde, englobando
desde o diagnóstico, a seleção, a prescrição e a dispensação adequadas, entre outros aspectos,
buscando otimizar os resultados terapêuticos e minimizar risco potencial.
• Consequências da Resistência
- Qualidade assistencial:
a) maior chance de falha;
b) perda de tempo de tratamento (em alguns casos, precioso. Ex.: septicemia)
c) necessidade de uso de antimicrobianos mais tóxicos, caros ou só disponíveis por via
parenteral;
- Virulência x Resistência (diretamente proporcionais);
- Custos: devido a poucas opções disponíveis, são drogas cada vez mais caras; além disso, deve-
se levar em conta o aumento no tempo de hospitalização e também necessidade de
procedimentos/exames custosos;
- Morbimortalidade elevada.
• Mecanismos de Resistência
1) Alteração da permeabilidade (por exemplo, os GISA – Staphylococcus aureus de resistência
intermediária à Vancomicina – fazem resistência por meio do aumento da espessura da
parede celular, diminuindo a permeabilidade dos antimicrobianos);
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2) Mecanismos enzimáticos (ex.: Carbapenemazes – enzimas que lisam os antimicrobianos
carbapenêmicos);
3) Bombas de efluxo (“lançam” para o meio extracelular os antimicrobianos que conseguem
penetrar a membrana externa das bactérias);
4) Alterações no sítio de ligação (Topoisomerases);
5) Transferência de genes de resistência.
• Princípios do tratamento:
1) Antibiótico:
- deve ser instituído (é claro), mas não é “ansiolítico” de médico. Ou seja, quando necessário e com
cautela;
- conhecer e lembrar dos efeitos colaterais que pode causar;
- conhecer a microbiota do local/história do paciente (paciente que já tem histórico de infecção, já
tem resistência a algum antibiótico – sempre importante buscar essas informações antes de instituir
um tratamento);
- o tratamento deve ser o mais adequado e ESPECÍFICO possível.
2) Resistência:
- lembrar que isso não ocorre somente em infecção comunitária. Inclusive, o aumento da resistência
ao longo dos anos se deu justamente devido ao uso indiscriminado dessas drogas.
5) Farmacocinética/Farmacodinâmica
- conhecer esses aspectos em relação aos antimicrobianos é essencial, porque se usados
corretamente, otimizam o efeito da droga (farmacocinética – melhor via de administração influencia
na concentração circulante da substância ativa) e seu tempo de ação no organismo
(farmacodinâmica – quanto tempo leva e qual a via de eliminação da droga).
- Por isso, guiar-se sempre pela farmacocinética/farmacodinâmica da droga. Nunca pela bula.
8) Tempo de tratamento:
- Em termos de mortalidade, cura clínica, pneumonias de repetição, não há diferença entre no
tempo de tratamento de 7-8 dias ou 10-15 dias; portanto, quanto menos tempo, melhor -> 7 dias.
- MAS, clínica é soberana (cada caso é um caso): se o paciente não responde rapidamente (dentro
de 7 dias) ao tratamento, apresenta comorbidades e/ou idade avançada -> pode-se manter por
tempo > 7 dias.
- Tentar descalonar (reduzir número de antibióticos) e fazer regime mais estreito possível sempre
(mas são fatores que dependem do resultado de cultura do microrganismo).
- Estado clínico + Procalcitonina -> estudos têm demonstrado que as concentrações de
procalcitonina decaem rapidamente no processo de recuperação das infecções bacterianas. Logo,
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tem sido considerado um biomarcador para avaliar a resposta do hospedeiro, assim como um
adjunto aos parâmetros clínicos tradicionais e de diagnóstico, auxiliando no monitoramento e
manejo terapêutico de pacientes com infecções sistêmicas possíveis.
- Melhorar adesão e higienização das mãos (óbvio; estrutura física do ambiente também deve ser
adequada e deve-se disponibilizar os produtos – ex.: álcool-gel. Quantas vezes já fomos ao HUGV
e não tinha nas enfermarias?);
- Colocar pacientes em isolamento de contato (não sei o que meu paciente tem, mantenho ele
isolado; impede a transmissão cruzada; precisa de quarto privativo);
- Coorte de funcionários e pacientes (separar os funcionários/pacientes por tipo de
doença/agente etiológico em enfermarias, áreas, alas);
- Minimizar o uso de dispositivos invasivos;
- Fazer uso racional de antimicrobianos;
- Realizar triagem de pacientes de risco
o Quem são? -> pacientes de pronto-socorro/UTIs, ou em uso de CVC, ou com uso
prévio de ATB, ou transplantado.
o Coletar culturas de vigilância (tanto do ambiente quanto dos pacientes).
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