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Acidentes por animais peçonhentos - Botrópico

- Os acidentes provocados por animais com algum tipo de peçonha são denominados
tanatofidismos.
- Dentre estes, cabe destacar os acidentes por serpentes (ofídicos), especialmente pelas
pertencentes ao grupo botrópico, que são os mais comuns no Brasil.
-- Por que são mais comuns?
a) Primeiramente: porque são serpentes com ampla distribuição no país (vários gêneros e
espécies – Bothriopsis, Bothrocophias, Bothropoides, Bothrops e Rhinocerophis).
b) Segundo: porque são animais que habitam os mais diversos tipos de ambiente, inclusive
aqueles em que há ocupação humana. Logo, isso implica em um maior risco de acidentes.
c) Terceiro: são serpentes muito agressivas e territorialistas.

- Ao abordar um caso de acidente ofídico, é necessário estar atento a alguns questionamentos que
podem ser feitos ao paciente, a fim de buscar identificar o tipo de serpente que provocou o acidente:
• Local onde ocorreu (ambiente habitado ou mata fechada);
-- Sabendo que serpentes botrópicas podem ocorrer em diversos ambientes,
enquanto as laquéticas preferem locais de mata fechada.
• Agressividade da serpente;
-- Também ajuda a diferenciar acidentes botrópicos e laquéticos, pois serpentes
botrópicas são naturalmente mais agressivas.
• Tamanho da serpente (adulta x filhote);
-- Em geral, serpentes filhotes possuem veneno cujo efeito mais proeminente é
hemorrágico [e lembrar que nem sempre vão ser hemorragias visíveis externamente, pois
podem ser viscerais].

- Além disso, é necessário também atentar-se ao estado clínico do paciente:


• Sinais de gravidade (o que o paciente sentiu no início?):
-- Botrópico: pensar sempre em insuficiência renal e síndrome compartimental;
-- Laquético: pensar em síndrome vagal (hipotensão, tonturas, escurecimento da
visão, bradicardia, cólicas abdominais e liberação de esfíncteres).
• Infecção secundária:
-- Em caso de infecção lembrar-se sempre dos agentes: Morganella morgagni,
Staphylococcus sp., Streptococcus sp., Bacilos gram-negativos e anaeróbios.

- Ação do veneno: o veneno botrópico possui 3 ações principais – proteolítco, hemorrágico e


anticoagulante -, basicamente determinados por metaloproteinases (desintegrinas, hemorraginas,
LHF I e II) e outras substâncias como esterase, cininas, lectinas, fosfolipase A2 e aminas bioativas.
-- proteólise -> leva a destruição tecidual. Principal consequência: insuficiência renal;
-- hemorrágica -> leva a sangramentos (externos ou internos);
-- anti-coagulante -> também contribui para os sangramentos e é, na maioria das vezes, o
efeito mais grave de todos.

- Quadro clínico:
1) Dor intensa e quase instantânea, que pode se estender até a raiz do membro acometido;
2) Manifestações hemorrágicas;
3) Consumo de fatores de coagulação por ação de integrinas (sangue “incoagulável”).

Giovanna A. – 6º P (2018.2)
-- manifestações locais: dor intensa e edema importantes; equimose e bolhas hemorrágicas;
necrose e síndrome compartimental (grave); infecção (secundária).
-- manifestações sistêmicas: hemorragias.

- Ainda em dúvida entre acidente botrópico e laquético? -> solicitar Tempo de Coagulação do
paciente (se prolongado, é mais sugestivo de botrópico).
- Se dúvida de abscesso secundário -> solicitar USG de partes moles.

Giovanna A. – 6º P (2018.2)

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