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O auge do feudalismo aconteceu durante a Alta Idade Média. A partir do século XI, tudo
mudou. O comércio ganhou novo impulso e as cidades cresceram. Do século XI ao XIII, a
Europa Ocidental viveu um período de relativa paz. Entre os fatores que contribuíram para
isso, destacam-se:
•O desenvolvimento agrícola: com a ocupação de novas áreas, surgimento de novas
culturas e o aperfeiçoamento das técnicas agrícolas que aumentaram a produtividade;
•O crescimento populacional: devido a uma época de relativa paz, já que os ataques
de um reino a outro haviam diminuído bastante. Essa queda no número de conflitos foi
responsável por um considerável aumento populacional. Em 300 anos a população da Europa
cresceu de 8 milhões para 26 milhões de habitantes. Isso gerou um excedente populacional,
que começou a necessitar de mais espaço e a expandir-se para fora dos feudos;
•Surgimento de uma nova classe social: comerciantes, negociantes e artesãos que
viviam constantemente de um lugar a outro, fixaram residências em volta dos feudos onde
surgiram vilas cercadas por muralhas chamadas de burgos. Os habitantes dos burgos
passaram a ser conhecidos como burgueses e ao longo dos séculos, essa denominação
passou a denominar os comerciantes e os homens ricos (burguesia);
•Renascimento das cidades: com o aumento demográfico na Europa, a população
dos burgos foi crescendo também. Isso se dava porque muitos servos acabavam por fugir dos
feudos para escapar das imposições da relação servil. Ou ainda, porque aqueles servos que
mais causavam problemas aos seus senhores eram expulsos de suas terras, indo engrossar
a população das vilas. Assim, essas pequenas localidades começaram a crescer e se tornar
importantes concentrações de trabalhadores livres e comerciantes, onde passaram a ser
organizadas feiras permanentes, como as feiras
de Champagne (França), Flandres (Bélgica), Gênova e Veneza (Itália)
e Colônia e Frankfurt (Alemanha);
•As Corporações de Ofício: o aumento da liberdade política e econômica foi
propiciando o aprimoramento do trabalho urbano. Os artesãos, que faziam os produtos
consumidos pelos europeus, passaram a ser organizar em entidades para além de suas
cidades. Para isso, formaram as guildas e as corporações de ofício. As corporações tinham
como objetivo defender os interesses dos artesãos, regulamentar o exercício da profissão e
controlar o fornecimento do produto. Elas também dirigiam o ensino artesanal, que se dividia
em três estágios: aprendiz, oficial e mestre;
•Cruzadas: com a justificativa de expulsar os muçulmanos da Terra Santa onde havia
perseguição aos cristãos que visitavam o lugar onde Jesus Cristo viveu, a Igreja Católica
convocou os cristãos europeus a formar expedições militares para combater os “infiéis”. Entre
os séculos XI e XIII, graças ao apoio de nobres, desejosos de formar reinos aumentando seus
lucros e uma grande massa de desocupados urbanos que se formavam, foram realizadas 8
cruzadas quase todas elas se constituindo em um enorme fracasso e perda de milhares de
vidas. No entanto essas expedições que atravessaram o continente europeu cruzaram os
mares e chagaram a outros continentes, possibilitando também a abertura de novas rotas
comerciais e contato com outros povos e culturas.
O término das Cruzadas contra os muçulmanos coincidiu com o início de uma série de
crises, que indicavam o esgotamento do feudalismo. Essas crises dos séculos da
depressão (XIV e XV) foram a crise econômica com a queda da produção agrícola gerando
fome, a peste negra que matou um terço da população européia, a crise religiosa dentro da
igreja Católica que chegou a ter dois papas e a crise política com conflitos internos entre os
senhores feudais, causando grande insegurança que prejudicava as atividades comerciais e
também guerras entre nações como a guerra dos cem anos entre a Inglaterra e a França.
Formação das Monarquias Nacionais
As crises do fim da era Medieval (econômica, política e religiosa) provocaram a
dissolução do sistema feudal. A terra deixou de ser a única fonte de riqueza.
O comércio se expandia a burguesia, que era a classe social ligada ao comércio,
tornou-se cada vez mais rica e poderosa, com isso ela precisava de uma nova organização
política que fosse capaz de acabar com as intermináveis guerras da nobreza feudal, que
diminuísse a quantidade de impostos sobre as mercadorias cobrados pelos senhores feudais
e que reduzisse o grande número de moedas que atrapalhavam seus negócios.
Por isso, a burguesia passou a contribuir para o fortalecimento da autoridade dos reis,
contribuindo financeiramente na construção de monarquias nacionais capazes de formar
governos estáveis e ordeiros.
O elemento cultural que mais influenciou o sentimento nacionalista foi o idioma. Falado
pelo mesmo povo, o idioma servia para identificar as origens, tradições e costumes comuns
de uma nação.
Cada estado foi definido suas fronteiras políticas, estabelecendo os limites territoriais
de cada governo nacional, surgindo a noção de soberania, pela qual o soberano (governante)
tinha o direito de fazer valer as decisões do Estado perante os súditos.
Para garantir as decisões do governo soberano, foi preciso a formação de exércitos
permanentes, controlados pelos reis (soberano).
Com a formação moderna, diversos reis passaram a exercer autoridade nos mais
variados setores: organizavam os exércitos, que ficava sobre o seu comando, distribuíam a
justiça entre seus súditos, decretavam leis e arrecadavam tributos. Toda essa concentração
de poder passou a ser denominado Absolutismo Monárquico.
Os principais Estados Absolutistas europeus foram:
•Portugal: surgiu como um reino independente em 1139. Seu primeiro rei foi D.
Afonso Henrique, da dinastia de Borgonha. Por muito tempo, os portugueses viveram
envolvidos na luta pela expulsão dos mouros, que só aconteceu em 1249 com a conquista de
Algarves (sul de Portugal);
•Inglaterra: o absolutismo inglês teve início após a Guerra das Duas Rosas entre as
famílias York e Lancaster onde o Lancaster Henrique Tudor com o apoio da burguesia venceu
e tomou o poder. Fundador da dinastia Tudor, Henrique VII (1485-1509) inaugurou a era dos
reis absolutistas ingleses. Seu filho Henrique VIII foi o que exerceu o poder mais absoluto
entre todos os monarcas ingleses. Já sua neta Elisabete I, foi a última rainha soberana
incontestável;
•Espanha: em 1469 aconteceu o casamento da rainha Isabel de Castela com o rei
Fernando de Aragão. Unificado, o reino espanhol reuniu forças para completar a expulsão
dos mouros e, com a ajuda da burguesia, lançar-se às grandes navegações marítimas. O
absolutismo espanhol atingiu seu apogeu com a dinastia Habsburgo e o rei Felipe II;
•França: o processo de centralização política francesa iniciou-se com o rei Felipe II no
século XII. Usando os conflitos contra os ingleses pelo controle do norte da França, este
monarca conseguiu formar um grande exército sustentado pelos impostos cobrados ao longo
do território nacional. Durante o governo do rei Luís IX, o poderio real foi ampliado com a
criação de instituições jurídicas subordinadas às leis nacionais e a economia comercial se
fortaleceu com a instituição de uma única moeda nacional. No governo de Felipe IV o belo, foi
criada a Assembleia dos Estados Gerais para reafirmar o poder político real. Mas a guerra
dos Cem Anos com a Inglaterra enfraqueceu o poder real e somente a partir de 1453, o
rei Carlos VII concluiu o processo de expulsão dos britânicos do território francês e passou a
comandar com amplos poderes. Com o apoio dos grandes burgueses, centralizou o governo
nacional, criou novos impostos e financiou a instituição de um exército permanente. A partir
de então, a França tornou-se o exemplo máximo do absolutismo real europeu.