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Publicado na Revista Diálogo, São Paulo, 3º edição, setembro de 2008.
Ao aprimorar políticas públicas e o acesso aos serviços de saneamento, habitação,
educação, saúde, entre outros, a sociedade garante maior bem-estar e diminui
vulnerabilidades a fatores de riscos de doenças. Cidadãos mais educados, conscientes e
integrados social e economicamente se sujeitam menos a adoecer por motivos que, em nosso
estágio de civilização, são passíveis de prevenção. Numa perspectiva histórica mais ampla, uma
série de questões precisaram ser compreendidas e enfrentadas para que, por exemplo, uma
em cada cinco crianças nascidas no Estado de São Paulo deixasse de morrer, em 1920, antes
de completar um ano de idade. Em 2007, com taxa de mortalidade infantil de 13,1 por mil
nascidos vivos (uma morte para cada 76 crianças nascidas vivas), São Paulo pode eleger outras
prioridades - que não apenas o saneamento - para reduzir ainda mais a mortalidade de suas
crianças.
Neste contexto, a agenda da saúde pública passou a priorizar outros problemas que
não só as doenças infecciosas e parasitárias, englobando novos fatores ambientais de risco à
saúde associados à exposição humana a substâncias químicas tóxicas, potencialmente
causadoras de transtornos neurológicos, reprodutivos e imunológicos, insuficiências renais e
hepáticas, doenças pulmonares e respiratórias, cânceres e outros males.
O cenário atual demanda novos desafios à sociedade e exige formas de gestão mais
elaboradas dos órgãos públicos que lidam com a regulação de riscos ambientais e sanitários.
Especialmente a partir de 1988, com o novo texto constitucional, a sociedade vem lapidando
formas de gestão integrada e participativa para gestão de seus problemas relacionados ao
meio ambiente, aos recursos hídricos, ao saneamento e à saúde.