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APOSENTADORIA POR INVALIDEZ NA REFORMA DE PREVIDÊNCIA: O

ABANDONO E A CRUELDADE DE UMA PROPOSTA QUE VIOLA OS DIREITOS


HUMANOS E FUNDAMENTAIS

1. REDAÇÃO DA EC
Aposentadoria por incapacidade permanente

Art. 26. Até que entre em vigor a nova lei complementar a que se refere o §
1o do art. 201 da Constituição, o valor da aposentadoria por incapacidade permanente
concedida aos segurados do Regime Geral de Previdência Social corresponderá a
sessenta por cento da média aritmética a que se refere o art. 29, com acréscimo de dois
por cento para cada ano de contribuição que exceder o tempo de vinte anos de
contribuição.

Parágrafo único. Nas hipóteses de acidente de trabalho, doenças profissionais e


doenças do trabalho, o valor da aposentadoria a que se refere o caput corresponderá a
cem por cento da referida média.

2. TRATAMENTO LEGAL E CONSTITUCIONAL ATUAL

2.1. Aposentadoria por invalidez no RGPS

Art. 44. A aposentadoria por invalidez, inclusive a decorrente de acidente do trabalho,


consistirá numa renda mensal correspondente a 100% (cem por cento) do salário-de-
benefício, observado o disposto na Seção III, especialmente no art. 33 desta Lei.

2.2. Aposentadoria por invalidez do servidor público

Art. 40. (...)

§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão
aposentados, calculados os seus proventos a partir dos valores fixados na forma dos §§
3º e 17: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de


contribuição, exceto se decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou
doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei;

3. CONCLUSÃO

Na proposta da EC, a aposentadoria por invalidez deixa de conceder 100% do salário


benefício, no caso do RGPS, passando a 60% da média, com o acréscimo de 1% ao ano
após 20 anos de contribuição.
No caso dos servidores públicos, deixa-se de calcular os proventos conforme a
proporcionalidade do tempo de contribuição e passa-se à regra geral de 60% da média,
com o acréscimo de 1% ao ano após 20 anos de contribuição.
APOSENTADORIA POR INVALIDEZ NA REFORMA DE PREVIDÊNCIA: O
ABANDONO E A CRUELDADE DE UMA PROPOSTA QUE VIOLA OS DIREITOS
HUMANOS E FUNDAMENTAIS

Mais grave: a PEC restringe as hipóteses de percepção de 100% da média apenas


às doenças de trabalho, excluindo as chamadas doenças graves assim reconhecidas
em lei.

Ou seja, o trabalhador ou servidor que se aposentar por invalidez em decorrência de


doenças como CANCER, insuficiência CARDÍACA, insuficiência RENAL ou
HEPÁTICA, apenas para citar alguns exemplos, passariam a receber até 40% a menos
de seu salário, justamente quando mais precisa de apoio do Estado.

Um cidadão, doente e desamparado, em uma fila de transplante, ou em quimioterapia,


seria presenteado pelo governo com um corte de até 40% em sua remuneração.

A proposta é cruel, senão inconstitucional, pois nega o suporte aos doentes em seu
momento mais frágil, o que atenta contra a dignidade da pessoa humana (art. 1º, inciso
III da CF) e viola a proteção aos desamparados, conforme insculpida no art. 6, caput, da
CF.

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