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A ANÁLISE DOS POEMAS A ANÁLISE DOS POEMAS

Vaso Chinês Vaso Chinês


Estranho mimo, aquele vaso! Vi-o Estranho mimo, aquele vaso! Vi-o
Casualmente, uma vez, de um perfumado Casualmente, uma vez, de um perfumado
Contador sobre o mármor luzidio, Contador sobre o mármor luzidio,
Entre um leque e o começo de um bordado. Entre um leque e o começo de um bordado.

Fino artista chinês, enamorado


Fino artista chinês, enamorado
Nele pusera o coração doentio
Nele pusera o coração doentio
Em rubras flores de um sutil lavrado,
Em rubras flores de um sutil lavrado,
Na tinta ardente, de um calor sombrio.
Na tinta ardente, de um calor sombrio.

Mas, talvez por contraste à desventura -


Mas, talvez por contraste à desventura -
Quem o sabe? - de um velho mandarim
Quem o sabe? - de um velho mandarim
Também lá estava a singular figura;
Também lá estava a singular figura;

Que arte, em pintá-la! A gente acaso vendo-a


Que arte, em pintá-la! A gente acaso vendo-a
Sentia um não sei quê com aquele chim
Sentia um não sei quê com aquele chim
De olhos cortados à feição de amêndoa.
De olhos cortados à feição de amêndoa.
O Muro
O Muro
É um velho paredão, todo gretado,
É um velho paredão, todo gretado,
Roto e negro, a que o tempo uma oferenda
Roto e negro, a que o tempo uma oferenda
Deixou num cacto em flor ensanguentado
Deixou num cacto em flor ensanguentado

E num pouco de musgo em cada fenda.


E num pouco de musgo em cada fenda.

Serve há muito de encerro a uma vivenda;


Serve há muito de encerro a uma vivenda;
Protegê-la e guardá-la é seu cuidado;
Protegê-la e guardá-la é seu cuidado;
Talvez consigo esta missão compreenda,
Talvez consigo esta missão compreenda,

Sempre em seu posto, firme e alevantado.


Sempre em seu posto, firme e alevantado.

Horas mortas, a lua o véu desata,


Horas mortas, a lua o véu desata,
E em cheio brilha; a solidão se estrela
E em cheio brilha; a solidão se estrela
Toda de um vago cintilar de prata;
Toda de um vago cintilar de prata;

E o velho muro, alta a parede nua,


E o velho muro, alta a parede nua,
Olha em redor, espreita a sombra, e vela,
Olha em redor, espreita a sombra, e vela,
Entre os beijos e lágrimas da lua.
Entre os beijos e lágrimas da lua.

Alberto de Oliveira
Alberto de Oliveira

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