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NVDA

VLIBRAS

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Núbio Vidal de Negreiros Gomes
José Lyryal Rolim de Castro
Thiago Tavares Soares

HANDEBOL

BASQUETEBOL

1ª Edição
Sobral/2017

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4
5
6
Sumário
Palavras do Professor

Ambientação
Trocando ideias com os autores
Problematizando
CAPITULO 1 - INTRODUÇÃO AO BASQUETE

O Criador do Jogo
O que determinou a criação de um novo jogo
Princípios fundamentais do novo jogo
O Primeiro Regulamento do jogo
Introdução do Basquete no Brasil
Cronologia dos Movimentos Significativos no Basquete
Simbologias do Mundo do Basquete
Algumas Terminologias do Basquete
Caracterizações do Jogo de Basquete
Caracterizações das etapas de evolução da qualidade do jogo
Caracterização dos níveis de jogo
Fatores de desenvolvimento do bom jogo
Observação da situação de abordagem do basquete
Etapas do jogo dos principiantes
Defesa

CAPITULO 2 - FUNDAMENTOS DO BASQUETE E O AMBIENTE ESCOLAR

O Basquete na Escola
Princípios Básicos no Jogo dos Principiantes
Soluções Táticas
Estruturas Táticas
A Transição Defesa-Ataque (TDA)
Objetivos de defesa-ataque
Princípios táticos da fase de transição defesa-ataque
Defesa
Fundamentos da técnica individual ofensiva

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Recepção do passe da bola
Arremessos
Drible
Passe

CAPÍTULO 3 - INTRODUÇÃO AO HANDEBOL

Histórico e Evolução do Handebol


O Handebol e o desenvolvimento do Jogo
Resumo das regras
Fundamentos técnicos do handebol:
Passes
Progressão ou condução da bola
Drible
Arremessos
Fintas
Bloqueio ou corta-luz

CAPÍTULO 4 - OS MÉTODOS DE APRENDIZAGEM DO HANDEBOL

O Processo de ensino-aprendizagem no handebol


As Metodologias de Ensino
Saber organizar as aulas e seus objetivos
O Ensino do Handebol nas Séries Iniciais
O Ensino do handebol nas séries iniciais

Explicando melhor a pesquisa


Leitura Obrigatória
Pesquisando na internet
Saiba Mais
Vendo com os olhos de ver
Revisando
Autoavaliação
Bibliografia
Bibliografia da Web
Vídeos

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Palavras dos autores

Olá caro estudantes!

No Brasil, o Handebol e o Basquete não são esportes tão populares quanto


o futebol, mas a cada dia vem ganhando espaço na mídia, na sociedade e nas aulas
de Educação Física. Isso porque a maneira como é jogado com as mãos, além de
possuir regras fáceis de serem assimiladas, acabam sendo um atrativo a mais para
quem deseja jogar um jogo fácil, dinâmico, rápido e com muitos gols.

Sabe-se também, que embora seja um esporte conhecido e reconhecido


como conteúdo da Educação Física Escolar o Basquete e o Handebol assim como
os demais esportes, passam por um processo de pedagogização que busca romper
com os modelos tecnicistas, esportivistas e competitivista, e, sobretudo desmistificar
a ideia de que os esportes enquanto conteúdos da Educação Física Escolar são
dispensáveis para a formação do educando.

A elaboração deste material didático partiu de uma motivação extra, visto que
o Basquete e o Handebol a cada dia se popularizam mais no Brasil e no mundo. E
também por saber que este livro estará contribuindo na formação de acadêmicos
que em breve estarão colocando estes esportes no currículo de Educação Física e
em todos os níveis de Ensino da Educação Básica de forma lúdica e inclusiva.

E foi, pautado nessa perspectiva pedagógica que produzimos este livro, não
se limitando apenas em descrever os movimentos e gestos característicos, mas
estabelecer um diálogo entre as manifestações desses esportes com o contexto
social, cultural e educacional dos estudantes para, a partir daí formar seres
autônomos, reflexivos, cooperativos, transformadores e construtores não apenas
das atividades desenvolvidas, mas também da sua realidade social.

É importante lembrar que inserir o Basquete e Handebol nas aulas de


Educação Física, é bem mais que oferecer práticas esportivas diversificadas, é dar
oportunidade para que os educandos adquiram novos conhecimentos produzidos
pela cultura corporal do movimento.

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Sendo assim convidamos você, caro estudante, para nesta disciplina, imergir
na vastidão de informações e conhecimentos que tal conteúdo dispõe. Somente
assim você poderá futuramente conduzir com êxito o processo de ensino e
aprendizagem sem causar prejuízos aos seus educandos.

Os Autores

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Sobre os autores

Núbio Vidal de Negreiros Gomes

Doutorando em Ciências da Educação pela Faculdade de


Motricidade Humana Lisboa. Mestre em Treino de Alto
Rendimento Desportivo pela Universidade do Porto.
Especialista em Técnicas Modernas do Basquetebol pela
Gama Filho. Membro do Conselho de Ética em Pesquisa. 3º
lugar no Mundo com a Seleção Brasileira CBDU (assistente
técnico). Campeão Brasileiro invicto sub 20 2015 com o
Basquetebol Cearense.

José Lyryal Rolim de Castro

Mestrado em Educação Física e Saúde - Universidade


Católica de Brasília - UCB - Especialização em
Treinamento Esportivo UNIFOR - Graduado em
Educação Física pela Universidade de Fortaleza -
UNIFOR. Atualmente - Professor Efetivo Assistente VI
e Coordenador do Curso de Educação Física da
Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA.
Professor de Educação Física da Secretaria de Educação Básica do Estado
do Ceará. - Experiência na área de Educação Física, com ênfase em
Esporte e Educação Física, atuando nos temas: Gestão Esportiva - Esportes
de Invasão, de Rede e de Marcas - Ginástica - Natação - Educação Física
Escolar, Lazer e Cultura Corporal.

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Thiago Tavares Soares

Mestrando em Ciências da Educação pela a


UNIBAM MERCOSUR. Especialista em Personal
Training, pela Falcudade Farias Brito. Graduado em
Educação Física pela Universidade Estadual Vale
do Acaraú (2006). Atualmente é professor de Ensino
Superior do Instituto de Estudos e Pesquisas do Vale do Acaraú - IVA e da
Universidade Estadual Vale do Acaraú - UVA, Coordenador de Polo do
Curso de Educação Física das Faculdades INTA-EAD e membro integrante
da Equipe de Colabores pedagógicos do Programa Segundo Tempo.

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Ambientação à disciplina

A disciplina de Basquete e Handebol aborda os principais parâmetros que a


literatura traz sobre a mesma, sendo elaborada de maneira objetiva e sistemática.
Um dos objetivos centrais desta disciplina é fornecer uma visão geral sobre o
assunto a ser estudado, preparando o estudante para compreender os aspectos
fundamentais destes esportes (Basquete/Handebol), que são: histórico, conceitos,
regras, fundamentos, prática pedagógica, além de outros pontos relevantes sobre a
disciplina, tratados através de ilustrações detalhadas que possibilitam a
compreensão do conteúdo direcionando para o aprendizado.

Além disso, a disciplina dará embasamento para os que buscam um


aprendizado mais aprofundado sobre o assunto, tornando-se necessário a leitura
dos livros, artigos e vídeos sugeridos no decorrer do estudo do material.

Indicamos para esse momento inicial o livro: Métodos e Planos para o Ensino
dos Esportes. Esta obra aborda uma síntese histórica de ambos os esportes, assim
como seus principais fundamentos e regras, além de sugestões de planos de aula. A
leitura deste livro contribuirá para uma melhor compreensão da disciplina.

Bons estudos!

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Trocando ideias com os autores

Sugerimos a leitura da obra de Marcos Bezerra de Almeida


“Basquetebol 1000 exercícios” o objetivo deste livro é passar
aos professores e estudantes de Educação Física, uma
variedade de exercícios, para que nossas aulas possam ter a
oportunidade de serem diferentes. É lógico que o basquetebol
é um desporto sem limites, portanto nossa contribuição está
na possibilidade de, a cada exercício, serem criadas
variações de acordo com o público-alvo, material disponível,
número de estudantes e principalmente objetivo.

ALMEIDA, Marcos Bezerra de. Basquetebol 1000 Exercícios. Editora: Sprint

Propomos também a obra de Dante que tem como principal


objetivo mostrar a relação entre o basquetebol e os
diferentes elementos que fazem parte de sua prática.
Composta por textos de dezesseis especialistas em
basquetebol - e nas diferentes áreas do conhecimento
envolvidas no esporte - trata basicamente de aspectos
pedagógicos, fisiológicos, psicológicos, técnicos, táticos,
fisioterápicos e do treinamento específico.
Em virtude de seu conteúdo diferenciado sobre o tema, este
livro destina-se a estudantes e professores de Educação Física, profissionais do
esporte que trabalham com equipes desde a iniciação esportiva até o alto
rendimento, e a todos os aficionados do esporte que desejem se aprofundar no
assunto.

DE ROSE JR.,DANTE / Tricoli,Valmor. Basquetebol - Uma Visão Integrada Entre


Ciência e Prática Editora MANOLE.

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Guia de Estudo:
Após a leitura destas importantes obras, sugerimos a realização de uma
resenha crítica sobre um dos livros apontados. Aproveite também para
compartilhar a mesma no ambiente virtual.

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Problematizando
O professor de Educação Física chega à sala de aula e diz “Bom dia pessoal,
hoje iremos conhecer dois novos esportes, o Basquete e o Handebol”. A turma fica
empolgada e se manifesta positivamente e já se prepara para ir até a quadra.
Quando então novamente o professor intervém e diz “Hoje a aula não é prática, é
teórica, vamos estudar a origem e as regras do Basquete e Handebol”. Observando
a postura do professor e a reação da turma: Será mesmo importante falar sobre
história do basquete e do handebol? Como seria abordada essa temática na sala de
aula? Que recursos poderiam utilizar para envolver os discentes durante a aula? O
professor poderia aliar teoria e prática para facilitar a aprendizagem dos estudantes?

Suponhamos que uma turma heterogênea composta de 32 estudantes do 4º


ano do Ensino Fundamental terá uma atividade prática de Handebol, onde a aula
será sobre o fundamento passe? Seria possível trabalhar esse conteúdo além da
dimensão procedimental, mas também conceitual e atitudinal? Como avaliar a
aprendizagem do seu estudante?

Ao introduzir os fundamentos técnicos do Basquete ou Handebol, para seus


estudantes, o professor estará promovendo o desenvolvimento de habilidades
essências para a sua prática. As vivencias podem ocorrer de diversas maneiras por
meio de jogos, dinâmicas, estafetas, exercícios e etc.

Guia de Estudo: Agora é com você!


Quais as diferenças e semelhanças entre os fundamentos do Basquete e
Handebol? O que o passe, o drible, a condução e o arremesso simbolizam, e
qual sua importância nos esportes coletivos?

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INTRODUÇÃO AO
BASQUETE

1
Conhecimentos

Entender a origem e os aspectos primordiais da história, principais terminologias e


simbologias do mundo do Basquete.

Habilidades

Identificar os símbolos utilizados no Basquete, assim como suas regras e


características principais.

Atitudes

Desenvolver regras e possíveis adaptações no ambiente escolar, enfatizando os


valores que o Basquete pode despertar.

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O Criador do Jogo

O basquete foi criado em 1891, por James


Naismith, que nasceu em 6 de Dezembro de 1861 na
cidade de Almonte no Canadá. Em 1833, Naismith
ingressou no Mac Gill University em Montreal e em 1887
recebeu o seu diploma de bacharel. Mais tarde, em 1891,
fez o curso de Teologia, ano em que iniciou os seus
estudos no Springfield College, Massachussets, onde
realiza o seu curso de professor de Educação Física.

Em 1936 foi eleito Presidente honorário da Federação Internacional de


Basquete Amador (FIBA) e nesse mesmo ano assistiu em Berlim à 1 a participação
Olímpica do Basquete James Naismith faleceu aos 78 anos de idade, em Lawrence,
Kansas, Estados Unidos.

O que determinou a criação de um novo jogo

Os estudantes do colégio não revelaram interesse, nem entusiasmo pelas


aulas de ginástica, realizada à base de movimentos tediosos e monótonos,
principalmente quando eram realizadas no ginásio, devido ao rigor do inverno. As
suas preferências iam para as modalidades praticadas ao ar livre, nomeadamente o
futebol americano e o atletismo. Em consequência os estudantes tornaram-se
indisciplinados e violentos.

Com o objetivo de alterar o panorama negativo das aulas, o diretor do colégio


Dr. Gulick nomeou o Dr. Naismith para estudar as causas da indisciplina e da falta
de motivação dos estudantes, o que levou a decidir criar um jogo que fosse atraente
e motivasse os estudantes.

Portanto, era preciso começar a funcionar uma atividade desportiva nova, que:

 Substituísse os desportos de ar livre;

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 Fosse praticada numa sala (ginásio);
 Distinguisse da ginástica da época, pouco apreciada pelos estudantes;
 Mantivesse a condição física;
 Motivasse os estudantes.

Princípios fundamentais do novo jogo

Os estudos realizados pelo Dr. Naismith levaram-no a concluir, que seria


necessário criar uma modalidade baseada no estudo crítico das modalidades
desportivas praticadas na época e mais apreciadas pelos estudantes. Desse estudo
crítico sobressaem os seguintes elementos, que estão na base da criação do novo
jogo, tais como: a bola, presente como nos outros jogos desportivos; os cestos fixos
de um lado e do outro da quadra; o desenvolvimento das qualidades físicas; relação
de oposição entre duas equipes; e o equilíbrio ataque-defesa.

A partir dos pontos (elementos) anteriores, Naismith elaborou os cinco


princípios fundamentais que caracterizariam o novo jogo:

1o – A bola será esférica, grossa e leve, sendo jogada com as mãos;

2o – Os jogadores podem deslocar-se em qualquer direção na quadra e


podem receber a bola em qualquer momento;

3o – É proibido correr com a bola nas mãos;

4o – Os contatos pessoais serão proibidos e penalizados;

5o – O cesto de pequena dimensão será colocado fixo e numa posição


horizontal (a uma determinada altura do solo), de modo a fazer apelo mais à
habilidade que à força.

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O Primeiro Regulamento do jogo

Após esta pesquisa teórica, Naismith elaborou o primeiro regulamento do jogo


na base dos princípios anteriormente referidos. Assim, o primeiro regulamento do
jogo continha treze artigos:

1o – A bola pode ser lançada em qualquer direção, com uma ou as duas mãos.
2o – A bola pode ser batida em qualquer direção, com uma ou as duas mãos (nunca
com o punho fechado)
3o – O jogador não pode correr com a bola na mão. O jogador deve atirá-la do lugar
em que a agarrar. Deve haver benevolência para o jogador que agarra a bola
quando corre com grande velocidade.
4o – A bola deve ser agarrada nas mãos ou entre as mãos. Os braços e o corpo não
podem ser usados para agarrar a bola.
5o – Não é permitido agarrar, empurrar, puxar, rasteirar ou bater de qualquer modo
na pessoa do adversário:
- A primeira infração a esta regra, por qualquer jogador, é contada como falta;
- Uma Segunda falta desqualifica o jogador que deve abandonar a quadra até ser
feito novo ponto. Se houver intenção de machucar o adversário a desqualificação
será para o resto do jogo e não pode ser substituído.
6o – Bater a bola com o punho fechado é falta por violação às regras 2 o, 4o e deve
ser punida tal como se descreve na regra de número 5o.
7o – Se em qualquer das duas equipes os jogadores fizerem três faltas seguidas e
consecutivas (sem que os adversários tenham feito uma) será contado um ponto
para o adversário.
8o – Conta-se um ponto sempre que a bola seja atirada ou batida de dentro da
quadra para dentro do cesto e fique lá dentro. Aqueles que defendem não podem
tocar no cesto ou deslocá-lo:
- Se a bola ficar na borda do cesto e os adversários mexerem no cesto, conta-se
golos como se a bola entrasse.
9o – Quando a bola sai da quadra pode ser posta em jogo pelo primeiro jogador que
lhe toque e que deve atirá-la para dentro da quadra:
- Para este arremesso concedem-se cinco segundos. Se a bola for agarrada mais
tempo, a bola pertence ao adversário;

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- Se uma das equipes demorar o jogo e teimar na demora o árbitro deve marcar uma
falta.
10o – O árbitro auxiliar será juiz dos jogadores e deve apontar as faltas avisando
quando forem cometidas três faltas consecutivas. Tem poderes para desqualificar os
jogadores de acordo com a regra número 5o.
11o – O árbitro será o juiz da bola, devendo decidir quando se encontra em jogo,
quando sai da quadra, a quem pertence tomar conta do tempo. O árbitro decidirá
quando é ponto, tomará conta dos pontos marcados e tem todos os deveres que se
coloquem sob a sua responsabilidade.
12o – O tempo de jogo é de 30 minutos, divididos em duas partes de 15 minutos com
um intervalo de 5 minutos.
13o – A equipe que fizer mais golos nesse tempo será declarada vencedora.
No caso de empate o jogo deve continuar até que se faça outro ponto, desde que os
capitães concordem.

Evolução do Basquete

Naismith não poderia conceber e extensão do sucesso alcançado pelo


esporte que ele idealizou. O reconhecimento veio quando o basquete foi incluído nos
Jogos Olímpicos de Berlim, em 1936, ele lançou ao alto a bola que iniciou o primeiro
jogo de basquete nas Olimpíadas.

Como podemos perceber o basquete evoluiu bastante desde 1891 até os


anos atuais, tanto nas regras que foram sendo adaptadas como nos recursos para o
próprio jogo, isso ocorreu porque com o passar do tempo o basquete foi ganhando
espaço no meio dos esportes e mais aceitação. Consequentemente isso causou
uma evolução, pois foram fazendo mudanças e tornando o esporte mais complexo
em termos de regras acrescentadas e também mais investimentos em função da
procura e propagação desse mesmo.

Atualmente, o esporte é praticado por mais de 300 milhões de pessoas


no mundo inteiro, nos mais de 170 países filiados à FIBA.

Em qualquer tipo de jogo, as regras representam à estrutura sobre a qual se


elaboram ou constroem as estruturas técnicas e táticas.

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No âmbito regulamentar

Relativamente ao primeiro regulamento do jogo, Naismith fez as seguintes


alterações:

a) Número de jogadores

Quando fez o primeiro jogo, Naismith dividiu a turma, constituída por 18


estudantes, em duas equipes de 9 elementos. No entanto, este número foi
sofrendo alterações ao longo do tempo como demonstra o quadro seguinte:

ANO No de Jogadores/Equipe

1891 9 3........................40

1893 5 ou 9

1894 5,7 ou 9

1896 5 (no ideal) ou mais

1897 5

1932 5 + 2 suplentes

1937 5 + 5 suplentes

1948 5 + 7 suplentes

1973 5 + 5 suplentes

b) Falta dos jogadores


As primeiras regras estabeleciam que, com duas faltas o jogador era
suspenso, sem poder ser substituído até que a adversária fizesse ponto.
Quando tal acontecesse, o jogador suspenso podia regressar ao jogo e
continuar a jogar.

Evolução desta Regra:

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ANO REGRA

- A 2a falta implica a desqualificação para o resto do jogo, mas o


1894/95
jogador desqualificado podia ser substituído por outro jogador.

- Nesta regra, o jogador só podia ser banido do jogo quando a falta

1905/06 fosse flagrante (quando os universitários codificaram as suas próprias


regras).

- O jogador que acumulasse (5) faltas era imediatamente


1908/09
desqualificado.

- O no de faltas que ditava a desqualificação foi reduzido a (4), mas em

1910/11 caso de prolongamento concedia-se ao jogador a possibilidade de dar


mais uma falta.

- O jogador não desqualificado por faltas podia entrar no jogo duas


1920/21
vezes.

1933/34 - O jogador não desqualificado por faltas podia entrar no jogo uma vez.

- Jogador não desqualificado por faltas pode entrar no jogo “nº” vezes.

1944/45 Cinco faltas implica a desqualificação do jogador, seja qual for a


duração do jogo.

Valor das cestas/Marcação de pontos

Nos primeiros jogos, a única maneira de marcar pontos era pela introdução da
bola na cesta, através de arremesso de quadra. A equipe que cometesse três faltas
consecutivas, sem que o adversário fizesse alguma, seria penalizada com a perda
de um ponto a favor do adversário. Esta disposição revelou-se imediatamente
desajustada ao comportamento dos jogadores que constantemente cometiam faltas.
Evolução desta regra:

ANO REGRA
- As equipes passam a marcar um ponto por cada falta do adversário e
1893/94
três pontos por arremesso de quadra.
- A equipe que sofre falta tem direito a lançar a cesta sem oposição, a
1894/95
uma distância de 20 pés (lance livre) e marcar um ponto quando a bola

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entra;
- O arremesso de quadra retoma o valor de um ponto.
- A distância para o lance livre é diminuída para 15 pés e marcar-se um
1895/96
corredor até à parede onde a cesta se fixa.
- O arremesso de quadra passa a valer 2 pontos e o lance livre 1
1896/97
ponto.

1896/97 - Criação da área de lance livre.


- Introduzido um tempo limite de 10 segundos para a execução do
1912/13
arremesso.
- Até à data, os arremessos livres são executados por um jogador
especialista; a partir desta época é o jogador que sofreu a falta que tem

1924/25 de executar este arremesso;


- Nesta altura, torna-se usual o duelo de “gigantes estacionados”
debaixo da cesta, tornando o jogo menos espetacular;
- Torna-se interdito, a qualquer jogador da equipe atacante,
permanecer dentro do corredor de lance livre, mais de 3 segundos;
1935/36
- Este corredor passa a ser denominado por “área restrita”, tendo por
objetivo evitar as cestas fáceis de baixo da cesta.
- A área de lances livres é alargada de 6 para 12 pés, para evitar a
vantagem dos jogadores altos, que rodavam a lançavam debaixo da
cesta.
1955/56
- Por esta medida se ter revelado insuficiente, a forma da área de lance
livre foi alterada, passando a zona restritiva a ter forma de trapézio com
o objetivo de aumentar a sua área.

Dimensão da quadra

Nos primeiros jogos realizados em salas ou ginásios pequenos, as paredes


funcionavam como linha limite da quadra. Eram frequentes os jogadores fazerem
uso das paredes e de outros objetos, como elementos de estratégia. O jogo
realizado nestas condições provoca frequentes contatos físicos entre os jogadores.
As primeiras regras determinavam que, quando a bola saia da quadra, ela pertencia
à equipe que a agarrasse em primeiro lugar. Assim, quando a bola saía todos os
jogadores corriam e “mergulhavam” na sua direção, tentando tocar-lhe em primeiro
lugar. Percebe-se facilmente, que esta regra provocava constantes e intensos
contatos físicos entre os jogadores, o que ia contra o espírito inicial do jogo.

24
Deste modo, no seguimento a evolução da qualidade do jogo, Naismith
determinou que doravante (significa a partir de agora ou de agora em diante) a bola
pertencesse à equipe contrária.
Evolução:

ANO ALTERAÇÕES NAS DIMENSÕES DA QUADRA

- As linhas de quadra são, pela primeira vez, marcadas a uma distância de


1894/95
0.9 metros das paredes e contornando àquela distância todos os obstáculos;

- As dimensões da quadra são estabelecidas segundo uma área de 1050


metros quadrados;

1896/97 - Para eliminar a saída da bola aparecem, em muitas quadras, vedações em


rede tornando-se, por isso, o basquete conhecido por cage-game (jogo da
gaiola) quando assim era jogado;

- A bola é dada a um adversário da equipe que provoca sua saída e a


1902/03
reposição é feita no ponto em que ela sai;

1903/04 - A quadra de jogo passa a ser delimitado por linhas retas;

- As medidas da quadra são condicionadas, segundo as regras dos


1906/07 universitários, a dimensões máxima de 27 metros por 16,5 metros e mínimas
de 21 metros por 10,5 metros;

1915/16 - A largura da quadra, nas dimensões máximas, é reduzida a 15m;

- As paredes das extremidades da quadra são consideradas fora da área de


jogo, o que põe fim as cestas marcadas fora da área de jogo, o que põe fim
1916/17
as cestas marcados em corrida e subida da parede (vistos que a cesta
estava fixa na parede);

- É autorizada a marcação de uma zona final de 0,6 metros por baixo e atrás
1917/18
da cesta;

1918/19 - A marcação da zona final estende-se a toda a largura da quadra.

1923/24 - A zona da linha final, por baixo e atrás da zona da cesta, é incluída na área

25
de jogo;

1929/30 - Deixa-se de utilizar vedações em rede à volta da quadra;

- Surge, como opção, uma zona de 1,2 metros de largura, para além do
1938/39
plano da tabela;

Evolução da configuração da área restritiva

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Dimensões atuais:

27
Duração do jogo

ANO ALTERAÇÃO DA DURAÇÃO DO JOGO


Cada jogo tem duas partes de 20 minutos, sendo o intervalo entre elas de
1893/94
10 minutos.
A prorrogação passa a Ter um tempo fixo de 5 minutos, acabando com a
1907/08
disposição anterior em que o empate era desfeito com a primeira cesta.

1935/36 Nas regras dos “universitários” o intervalo é de 15 minutos de duração.

Árbitros

O Basquete teve quase sempre dois árbitros à semelhança do futebol


americano: Um árbitro principal que controlava o jogador de posse de bola e um
árbitro auxiliar que observava as ações dos jogadores em relação aos
adversários.

ANO AÇÕES DOS ÁRBITROS

O árbitro principal é autorizado a assinalar as faltas, o que até então só


1895/86
competia ao árbitro auxiliar.

1906/07 Os universitários decidem que o jogo somente deve ter um árbitro.

1910/11 O jogo volta a ter dos árbitros devido à dificuldade de controle.

1917/18 Definição do vestiário do árbitro.

Início do jogo

Na origem do jogo e tendo por base a solução do Rugby, o árbitro principal


dava início ao jogo arremessando a bola ao ar, da linha lateral na direção do
centro da quadra. De modo a ser disputada pelos dois jogadores do centro.

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ANO CARACTERÍSTICAS DO JOGO

O inicio do jogo era feito no meio da quadra, sendo a bola lançada ao ar


1893/94
entre dois jogadores das duas equipes no centro.

18978/98 - É definido um circulo (±0,6m de raio) para os saltadores da bola ao ar.

- Cria-se outro circulo (1,8m de raio) que separa os saltadores dos


1936/37
restantes dos jogadores.

A bola ao ar, que era obrigatória depois de cada cesta, eliminada. A bola
1937/38 passa a ser posta em jogo pela linha final, visando aumentar a velocidade
(ritmo) do jogo.

Drible

O drible é um dos elementos mais espetaculares do jogo. Foi inicialmente


utilizado como medida defensiva, na intenção de proteger a bola. Quando um
jogador na posse da bola era estritamente marcado, o que ele podia fazer era perder
o contato com a bola voluntariamente, de maneira a poder recuperá-la de novo. Para
tal, fazia rebolar ou ressaltar a bola no solo e voltava a agarrá-la, mudando de
posição. Esta foi à ação que deu origem à técnica do drible.

Rapidamente os jogadores se aperceberam que batendo a bola contra o solo


e agarrando-a de novo após o rebote, podiam controlar a posse de bola ao mesmo
tempo em que se deslocavam na quadra.

ANO EVOLUÇÃO DAS REGRAS TÉCNICAS

- Violação da regra dos “dois dribles”: durante o jogo, o jogador não


1898/99
podia tocar na bola com as mãos mais do que uma vez.

- É permitido o emprego alternado de uma das mãos, na execução do


1899/1990
drible, desde que este seja contínuo.

- É proibido driblar e lançar a cesta de seguida drible aéreo: é


considerado quando o jogador conduz a bola às palmadas, mantendo-a
no ar, ao nível da cabeça e ao mesmo tempo em que se encaminha
1901/1902
para a cesta. Este tipo de ação é considerado como “correr com a bola
na mão”, surgindo à regra que determina que o drible seja efetuado ao
nível da cintura.

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Introdução do Basquete no Brasil

O Brasil foi um dos primeiros países a conhecer a novidade. Augusto Shaw,


um norte-americano nascido na cidade de Clayville, região de Nova York, completou
seus estudos na Universidade de Yale, onde Shaw tomou contato pela primeira vez
com o basquete.

Dois anos depois, recebeu um convite para lecionar no tradicional Mackenzie


College, em São Paulo. Na bagagem, trouxe mais do que livros sobre história da
arte, havia também uma bola de basquete. No entanto, demorou um pouco até que
o professor pudesse concretizar o desejo de ver o esporte criado por James
Naismith, adotado no Brasil.

A nova modalidade foi apresentada e aprovada imediatamente pelas


mulheres. Isso atrapalhou a exposição do basquete entre os rapazes, movidos pelo
forte machismo da época. Para piorar, havia a forte concorrência do futebol, trazido
em 1894 por Charles Miller, e que se tornou a grande epidemia da época entre os
homens.

Aos poucos o persistente Augusto Shaw foi convencendo seus estudantes de


que o basquete não era um jogo de mulheres. Quebrada a resistência, ele
conseguiu montar a primeira equipe do Mackenzie College, ainda em 1896. Shaw
viveu no Brasil até 1914 e teve a chance de acompanhar a difusão do basquete no
país. Faleceu em 1939, nos Estados Unidos.

A aceitação nacional do novo esporte veio através do Professor Oscar


Thompson, na Escola Nacional de São Paulo e Henry J. Sims, então diretor de
Educação Física da Associação Cristã de Moços (ACM), do Rio de Janeiro. Em 1912,
no ginásio da Rua da Quitanda nº 47, no centro do Rio de Janeiro, aconteceu os
primeiros torneios de basquete. Em 1913, quando da visita da seleção chilena de
futebol a convite do América Futebol Clube, seus integrantes, membros da ACM de
Santiago, passaram a frequentar o ginásio da Rua da Quitanda. Henry Sims
convenceu os dirigentes do América a introduzir o basquete no clube da Rua
Campos Salles, no bairro da Tijuca. Para animá-los, arranjou um jogo contra os

30
chilenos oferecendo uma equipe da ACM, com o uniforme do América que triunfou
pelo curioso score de 5 a 4. O plano vingou e o América foi o primeiro clube carioca
a adotar o basquete.

As primeiras regras em português foram traduzidas em 1915. Nesse ano a


ACM realizou o primeiro torneio da América do Sul, com a participação de seis
equipes. O sucesso foi tão grande que a Liga Metropolitana de Sports Athléticos,
responsável pelos esportes terrestres no Rio de Janeiro, resolveu adotar o basquete
em 1916. O primeiro campeonato oficializado pela Liga foi em 1919, com a vitória do
Flamengo.

Em 1922 foi convocada pela primeira vez a seleção brasileira, quando da


comemoração do Centenário do Brasil nos Jogos Latino-Americanos, um torneio
continental, em dois turnos, entre as seleções do Brasil, Argentina e Uruguai. O
Brasil consagrou-se campeão, sob a direção de Fred Brown. Em 1930, com a
participação do Brasil, foi realizado em Montevidéu, o primeiro Campeonato Sul-
Americano de Basquete.

Em 1933 houve uma divergência no esporte nacional, quando os clubes que


adotaram o profissionalismo do futebol criaram entidades especializadas dos vários
desportos. Nasceu assim a Federação Brasileira de Basketball, fundada a 25 de
dezembro de 1933, no Rio de Janeiro. Em assembleia aprovada dia 26 de dezembro
de 1941, passou ao nome atual, Confederação Brasileira de Basketball.

Cronologia dos Movimentos Significativos no Basquete


1891 - Invenção do jogo de Basquete
1892 - Realização do 1o jogo oficial
1892 - Publicação das 1as regras do jogo
1893 - Realização do 1o jogo na Europa
1898 - Nascimento da 1a Liga Americana
1904 - Nos jogos Olímpicos de St. Louis o Basquete é modalidade de exibição
1913 - Aparecimento da modalidade em Portugal
1915 - Edição das 1as regras em Português

31
1927 - Nascimento da equipe dos Harlem-Globetrotters
1927 - Fundação da Federação Portuguesa de Basquete
1931 - Realização do 1o Campeonato de Europa Masculino, em Genebra
1932 - Criação da Federação Internacional de Basquete (FIBA) em Genebra
1934 - Uniformização internacional das regras
1935 - Realização do 1o Campeonato de Europa Masculino, em Genebra
1936 - O Basquete passa a modalidade Olímpica nos jogos Olímpicos de Berlim
1938 - Realização do 1o Campeonato de Europa Feminino (Itália)
1940 - 1a Transmissão televisiva de um jogo de Basquete
1950 - Realização do 1o Campeonato do Mundo Masculino, na Argentina
1953 - Realização do 1o Campeonato do Mundo Feminino em Santiago do Chile
1958 - Início das provas europeias de clubes
1976 - Realização da 1a competição Olímpica Feminina, em Montreal, Canadá.

Simbologias do Mundo do Basquete

Técnico

Jogador atacante

X Jogador defensor

Bola

1 2 3 4 5 ou ABCDE Número para identificar os jogadores

12345 Ordem cronológica da ação

Deslocamento de um jogador

Bloqueio

Trajetória do passe

ARREMESSO (arremesso)

Mudança de direção

32
Drible

R Rebote

Ro Rebote Ofensivo

Rd Rebote defensivo

Giro

Algumas Terminologias do Basquete

 Ação individual – utilização consciente por parte de um jogador, durante


certa fase do ataque ou da defesa, do complexo de processos técnicos adequados
com o objetivo de realizar uma tarefa parcial (temporária) específica do jogo.
 Assistência – passe que precede a concretização de um arremesso.
 Ataque – “fase do jogo em que a equipe na posse da bola tenta alcançar a
finalidade do jogo, que é marcar pontos, no tempo de 24”.
 Concepção de jogo – particularidades ou características que uma equipe
apresenta na utilização da tática.
 Contra-ataque – fase de jogo na qual a equipe tenta movimentar a bola na
direção da cesta adversária o mais rápido possível aproveitando a inferioridade
numérica de defesa adversária ou pelo menos, uma vantagem posicional.
 Corte – movimento rápido do jogador ofensivo para iludir (liberar-se) um
opositor ou para receber a bola.
 Defesa – fase do jogo em que a equipe que não está de posse da bola tem
como objetivo evitar que o adversário marque a cesta. Também, um padrão
específico de jogo usado pela equipe na defesa.
 Drible – técnica que permite ao jogador de posse de bola progredir com ela
ao longo da quadra de jogo, com finalidade de ir à cesta, desmarcar-se ou abrir
espaços.
 Falta – violação resultante de um contato ilegal com o adversário, com
penalidades.

33
 Fases do jogo – representam as situações ou etapas percorridas no
desenvolvimento tanto do ataque como da defesa, desde o início até a sua completa
consumação.
 Finta – movimento ou gesto realizado para retirar o defensor da sua posição.
 Lado da bola – lado da quadra no qual o jogador tem a pose de bola.
 Linha de passe – trajetória provável da bola, num passe direto entre os dois
atacantes.
 Linha de penetração – caminho direto que leva o jogador com bola até a
cesta.
 Passe e corte – ação ofensiva na qual um jogador passa a bola a um colega
da equipe e movimenta-se (corta) imediatamente na direção do cesto adversário
para tentar receber de novo a bola.
 Passe picado ou de rebote – passe no qual a bola ressalta no chão antes de
ser recebida pelo jogador.
 Rebote – ato de ganhar a posse da bola através de arremesso errado pelo
adversário (rebote defensivo) ou pelo colega de equipe (rebote ofensivo).
 Giro – técnica de pés na qual o jogador mantém um pé em contato com o
solo enquanto movimenta o outro pé em qualquer direção.
 Segundo arremesso – arremesso que resulta de um rebote ofensivo ganho.
 Sistema de jogo – é a forma geral de organização das ações ofensivas ou
defensivas dos jogadores pelo estabelecimento de um dispositivo, concreto e
preciso, de determinadas tarefas, assim como certos princípios de colaboração entre
eles.
 Tática – o conceito de tática refere-se ao conjunto de normas,
comportamentos individuais e coletivos com o objetivo de realizar uma prestação
com sucesso a partir da contribuição ativa do fator consciência, tanto durante o jogo
como no decorrer da preparação desportiva.
 Tática Individual – representa o conjunto das ações individuais utilizadas
conscientemente por um jogador na luta com um ou vários adversários, tanto no
ataque como na defesa.
 Técnica – entende-se o sistema de ações motoras racionais, que realizadas
de forma eficiente, permitem elevados níveis de eficácia na obtenção de um
resultado.
 Trayler – jogador ofensivo que segue o contra-ataque inicial e que toma uma
posição perto do círculo da área restrita adversária para receber a bola.

34
 Triângulo de ajudas – triângulo formado pelos defensores do lado contrário
ao da bola ou “lado da ajuda” e constituído por três vértices: o defensor, o atacante
que ele marca a bola.
 Turnover – perda de posse de bola resultante de um erro técnico ou violação
às regras.

Caracterizações do jogo de basquete

A Estrutura Formal do Basquete

O basquetebol, como todo esporte coletivo tem características básicas o


confronto entre duas equipes que se dispõem pelo terreno de jogo e se movimentam
com o objetivo de vencer, alternando situações de defesa e ataque.

O basquete é caracterizado pelos seguintes elementos intervenientes na sua


estrutura formal:

A quadra de jogo

A quadra de jogo é um espaço retangular, estável e com todas as medidas e


sinalizações perfeitamente estabelecidas e determinadas e no qual se desenvolve a
confrontação entre duas equipes, sendo como tal uma referência fundamental para
os jogadores.

A quadra de basquete tem em termos de dimensões máxima 28m de


comprimento por 15 de largura, podendo ter até menos 2m de comprimento e 1 m
de largura. Possuem ainda, duas áreas restritivas, um círculo central e duas tabelas
com cestas cujas características e medidas estão determinadas pelas regras oficiais
de jogo.

Uma linha a meio da quadra divide o espaço em duas meias quadra: a meia
quadra ofensiva e a meia quadra defensiva.

35
Figura da quadra

A bola

A bola é um objeto esférico em torno da qual se desenrolam as ações


fundamentais de jogo e seu desenvolvimento.

As regras

As regras de jogo determinam as condições prévias para o inicio do jogo e


desenvolvimento do mesmo

Os pontos

Através da introdução da bola na cesta adversária e no impedimento da


mesma ser introduzida no nosso, se tenta alcançar a finalidade do jogo de basquete,
e obter maior número de pontos possíveis por parte da nossa equipe e menos
possível da equipe adversária.
Os jogadores
36
Para integrar e coordenar os seus esforços no ataque e na defesa os
jogadores têm de conhecer as suas posições, relativamente a quadra de jogo e aos
seus colegas de equipe. Deste modo, os jogadores ocupam posições na quadra às
quais estão atribuídas tarefas. Cada posição tem regras claras e bem definidas
ainda que possuam caráter abstrato. Por isso, assim que uma equipe ganhe ou
perca a posse de bola cada jogador deve assumir a posição apropriada no sistema
ofensivo ou defensivo. Cada jogador assume as tarefas correspondentes à posição
que ocupa. Quando um jogador muda de posição, muda de tarefa.

No basquete o quadro de funções de uma equipe é determinado por três


grupos de jogadores: armadores, laterais e pivôs.

Figura – (mostrando as funções espaciais de cada jogador)

Pivô

Armadores

Os jogadores armadores (1 e 2) posicionam-se frontalmente a frente da cesta


e têm como função dirigir o jogo. São responsáveis pela organização do ataque e da
defesa.

O jogo dos armadores é determinado por boas performances relativamente ao


arremesso até o cesto e pela qualidade dos passes efetuados aos extremos e pivôs.
Os jogadores laterais (3 e 4) posicionam-se de uma maneira geral no
prolongamento da linha de lance livre a 6,75M da cesta e possuem como
características principais, o de serem bons lançadores de meia e longa distância,

37
bem como na conclusão do contra-ataque. Atendendo à qualidade de desempenho
nas ações de defesa e de ataque de posições exteriores (exterior da área restritiva),
são cada vez mais designados por jogadores universais.

Os jogadores pivôs (5) posicionam-se em redor das linhas limites da área


restritiva, próximo da cesta. Apresentam como principais características, a de serem
bons ressaltadores (quer defensivo, quer ofensivo) e finalizadores debaixo do cesto.

A Estrutura Funcional do Basquete

O basquete é um exercício que requer força nos ombros e coxas.

O desenvolvimento do jogo de basquete pode ser analisado pelos seguintes


elementos intervenientes na sua estrutura:

A Técnica-Tática

A técnica constitui o fato ou parte essencial do jogo sobre a qual se elabora


uma estrutura que permite um funcionamento coordenada denominado tática. A
partir desta dicotomia (Divisão de um conceito cujas partes, geralmente, são
opostas.) elaboram-se os sistemas e modelos de jogo que determinam a análise
teórica e o desenvolvimento prático do jogo.

Nesta perspectiva, os elementos que constituem o jogo de basquete


agrupam-se em torno das seguintes categorias:

Técnica individual de ataque - Tática individual de defesa


Técnica individual de defesa - Tática individual de ataque
Técnica coletiva de ataque - Tática coletiva de ataque
Técnica coletiva de defesa - Tática coletiva de defesa

Ataque – Defesa (PRINCÍPIOS)


O fator determinante constitui a posse ou não da bola. A partir deste
pressuposto, o jogo de basquete desenrola-se de acordo com os três seguintes
princípios gerais:

38
Ataque

1. Conservar a bola;
2. Progredir com a bola até a cesta adversária;
3. Tentar marcar pontos.

Defesa

1. Tentar recuperar a bola;


2. Impedir a progressão da bola;
3. Impedir que nos marquem pontos.

Cooperação – Oposição

Nesta perspectiva, temos de considerar o jogo de Basquete como o resultado


de um processo de interação na qual intervêm diversos fatores cuja ação resulta no
produto da cooperação realizada perante uma oposição que muda e não como a
soma de ações individuais. Quer a cooperação, quer a oposição verificam-se no
ataque e na defesa, dado que os defensores colaboram entre si para se opuser à
defesa.

Caracterizações das etapas de evolução da qualidade do


jogo

Caracterização dos níveis de jogo

Do jogo que o praticante é capaz de realizar, devemos identificar os principais


problemas e enunciar os fatores de evolução que possibilitam o acesso ao jogo
evoluído.

Indicadores do jogo de fraco nível

 Todos juntos da bola (aglutinação);


 Querer a bola só para si (individualismo);
39
 Não procurar espaços para facilitar o passe do colega que tem a bola;
 Não defender;
 Estar sempre a falar para pedir a bola ou criticar os colegas;
 Não respeitar as decisões do árbitro.

Fatores de desenvolvimento do bom jogo

 Fazer movimentar a bola (passar);


 Afastar-se do colega que tem a bola;
 Dirigir-se do colega que tem a bola;
 Intencionalidade: receber a bola e observar o jogo (ler o jogo);
 Ação após passe: movimentar para criar linha de passe;
 Não esquecer o objetivo do jogo (cesto).

Dos momentos iniciais (fase anárquica) até ao mais elevado nível da


prestação desportiva (fase de elaboração) é possível reconhecer várias fases em
função das características reveladas pelos praticantes, relativamente a três
indicadores: (i) estruturação do espaço de jogo; (ii) utilização dos aspectos de
comunicação na ação; (iii) relação com a bola (GARGANTA, 1994) (fig.1).

Quadro Nº___

Estruturação do
Fases Comunicação na Ação Relação com a Bola
Espaço
Jogo Pedagógico
- Centralização na
- Abuso da verbalização,
bola - Aglutinação em torno - Elevada utilização da
sobretudo para pedir a
- Problemas na da bola. visão central.
bola.
compreensão do
Jogo
Descentralização
- Ocupação do espaço
- A função não - Prevalência da - Da visão central para
em função dos
depende apenas da verbalização. a periférica.
elementos do jogo.
posição da bola
Estruturação
- Ocupação racional
- Consciencialização - Verbalização e - Do controle visual
do espaço (tática
da coordenação das comunicação gestual. para o proprioceptivo.
individual e de grupo)
funções
Elaboração - Polivalência
- Otimização das
- Ações inseridas na - Prevalência da funcional.
capacidades
estratégica da comunicação motora. - Coordenação das
proprioceptivas.
equipe ações (tática coletiva)
Fig. 1 – Fases dos diferentes níveis de jogo nos JDC (GARGANTA, 1994)

40
Observação da situação de abordagem do basquete

Como, ponto de partida, é necessário observar o comportamento individual e


coletivo dos participantes durante as primeiras experiências na modalidade.

O fato dominante que caracteriza o jogo nesta fase é o da Atração pela Bola,
materialização do desejo de cada um se apossar da bola, o que produz o fenômeno
da Aglomeração em torno da Bola.

Assim, as principais característica que se observam são:

1º – Muitas situações confusas, contatos físicos frequentes, insuficiência no


domínio dos deslocamentos, do corpo e da bola.
2º – O objetivo dos jogos poucas vezes é alcançado (poucas cestas
convertidas). Os gestos técnicos mais executados são os passes com duas
mãos de peito e por cima da cabeça.
3º – Os participantes correm muitas vezes com a bola nas mãos (dão passos).
4º – A maioria dos participantes corre na direção do portador da bola,
agrupando-se à sua volta. Trata-se do fenômeno denominado ATRAÇÃO DA
BOLA.
5º – A pressão (defensiva) adversária sobre o portador da bola e as
deslocações dos jogadores sem bola na sua direção, criam simultaneamente
com a atração da bola uma SITUAÇÃO DE ALINHAMENTO. Esta torna os
passes difíceis de fazer e favorece as intercepções.

O agrupamento em redor da bola (fenômeno da atração da bola) e o


alinhamento são características dos grupos de praticantes sem preparação anterior.
Assim, todos procuram apoderar-se da bola movimentando-se de acordo com o
avanço e recuo da mesma. Como consequência desta situação é a não existência
de ataque nem de defesa.

Etapas do jogo dos principiantes

No jogo dos principiantes podemos distinguir duas etapas na evolução da


qualidade de jogo, que se pode caracterizar.
41
1ª etapa:

 Descongestionamento em relação à bola;


 Libertação do jogo com bola;
 Deslocamentos, desmarcação, aproveitando os espaços da quadra;
 Algum sentido ofensivo, e movimentação dos jogadores afastando-se da bola
na direção da cesta;
 Avanço da bola no sentido da cesta adversária;
 Arremessos perto da cesta.

2ª etapa:

 Ligação das duas fases de organização ofensiva: transição defesa-ataque e


ataque propriamente dito;
 Conquista e definição das posições adequadas no ataque;
 Desenvolvimento de ação no ataque com cortes e aclaramento ao passe e ao
drible;
 Compromisso da comunicação com os companheiros;
 Reposição das posições ofensivas;
 Aproveitamento das situações de 1x1.

Defesa

A ação defensiva limita-se a acompanhar as ações do adversário, até


alcançar a 2ª etapa e consolidá-la.

O que devem fazer os defensores?

 Estar onde estão os atacantes que marcam;


 Colocar-se entre o adversário e a cesta;
 Recuperar essa posição de imediato quando a perdem.

42
FUNDAMENTOS DO
BASQUETE NO AMBIENTE
ESCOLAR

2
Conhecimentos

Compreender os principais aspectos que envolvem a organização ofensiva no


Basquete.

Habilidades

Aplicar os fundamentos do Basquete, utilizando-os como conteúdos de ensino do


Basquete nas aulas de Educação Física na escola.

Atitudes

Saber posicionar-se criticamente, despertando valores como a cooperação, diante


das dificuldades e desafios encontrados na aplicabilidade do Basquete como
conteúdo da cultura corporal de movimento na escola.

43
O basquete na escola

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (Brasil, 1998) compreendem a


Educação Física como uma área de conhecimento da cultura corporal de movimento
e a Educação Física escolar como uma disciplina que integra o estudante na cultura
corporal de movimento, formando o cidadão que vai produzi-la, reproduzí-la e
transformá-la, instrumentalizando-o para usufruir dos jogos, dos esportes, das
danças, e outras manifestações, em benefício do exercício crítico da cidadania e da
melhoria da qualidade de vida (BRASIL, 1998, p.29).

Dessa forma a Educação Física escolar através de seus meios e fins será o
espaço/tempo destinado ao ensino-aprendizagem das práticas corporais produzidas
pela humanidade ao longo do tempo, dentre elas o esporte e particularmente o
basquete.

Ensinar essa manifestação esportiva não é tarefa simples. Ao professor da


escola é indispensável ter conhecimentos técnicos (conhecer minimamente o
esporte, a dinâmica do jogo, suas regras, os movimentos mais característicos), além
de dispor de conhecimentos didático-pedagógicos (como organizar a aula,
selecionar os conteúdos, avaliar os estudantes, solucionar problemas de
aprendizagens, resolver conflitos, entre outros exemplos).

As aulas de Basquete na escola, na maioria dos casos, estão focalizadas


exclusivamente no ensino dos fundamentos básicos do esporte e na vivência do
jogo. Aprender a jogar é um dos aspectos fundamentais perseguidos pelas aulas de
Educação Física, mas restringir-se a esses conhecimentos pode limitar uma
compreensão mais abrangente do Basquete. Nesse sentido consideramos essencial
que o estudante aprenda a jogar Basquete, mas também aprenda sobre o esporte e
como se relacionar no âmbito de sua prática.

Assim, um novo olhar para a prática pedagógica em Educação Física deverá


estar atento aos relacionamentos e conhecimentos no âmbito das manifestações da
cultura corporal de movimento e não apenas à vivência dos movimentos. A partir
dessa reflexão, vale ressaltar que as vivências do Basquete na escola devem ir para
além da dimensão procedimental, ou seja, deve alcançar uma prática pedagógica,
conceitual e atitudinal.

Dessa maneira a dimensão conceitual dos conteúdos referente ao ensino do


basquete, corresponde aos conhecimentos e informações que possibilitam ao
44
praticante uma visão ampliada desse fenômeno, permitindo a compreensão dos
motivos, objetivos e finalidades em praticá-lo, são conhecimentos relativos ao
condicionamento físico, à influência da mídia, às lesões e formas de preveni-las, ao
histórico e evolução da modalidade, às regras, ao basquete norte-americano, ao
basquete de rua, entre outros exemplos que possibilitem ao estudante saber sobre o
basquete.

Já as dimensões atitudinal dos conteúdos, baseadas principalmente, em


normas, valores e atitudes dizem respeito, respectivamente, aos padrões e regras
de comportamento, princípios e ideias que permitem juízo de valor sobre condutas e
tendências, e predisposições para atuar em consenso aos valores universalmente
defendidos. Assim, temas como o uso de anabolizantes, a exclusão dos menos
habilidosos, o espaço reservado às mulheres, a modificação e/ou adequação às
regras, a luta por espaços de prática são importantes na maneira como o estudante
vai conceber e relacionar-se com e no esporte, principalmente no caso do Basquete.

Portanto, o futuro professor de Educação Física deve estar preparado para


realizar suas intervenções com o tema Basquete, sem deixar de lado a participação
de todos, a ludicidade, a brincadeira, à recreação. Isso não significa que se deve
deixar de lado, a técnica, no entanto, não deve deter-se especificamente a esta.

Princípios básicos no jogo dos principiantes

Segundo Paes e Balbino (in DE ROSE JUNIOR E TRICOLI, 2005), o


objetivo principal da iniciação esportiva era o gesto técnico específico. A
preocupação do professor era ensinar fundamentos como o controle do corpo, o
manejo de bola, os passes, o drible, os arremessos e o rebote. Tais fundamentos
eram ensinados por meio de sequências pedagógicas com a finalidade única de que
os estudantes aprendessem os fundamentos da modalidade.

Tanto os atacantes como os defensores são importantes numa equipe


de basquetebol. Os atacantes fazem os pontos necessários para a vitória da
equipe e os defensores impedem que os adversários façam pontos.

45
Vejamos os princípios básicos em um jogo:

 Ocupação racional do espaço de jogo;


 Progressão da bola por drible ou por passe;
 Progressão da bola no sentido da profundidade da quadra;
 Passar e desmarcar-se;

Soluções táticas

A tática é a utilização de recursos para definir situações durante um


jogo. Pode ser resumida como “o que fazer” para resolver uma determinada situação.

Numa fase inicial de abordagem ao jogo é no ataque que se deparam


as maiores dificuldades, encontrando-se a defesa em vantagem pela evidente falta
de soluções do opositor. Deste modo, deveremos incidir a nossa atenção sobre o
ataque, apresentando soluções que permitem aos principiantes conseguirem
alcançar o objetivo do jogo, além de aproximar-se do cesto para lançar.

 A ocupação do espaço do jogo é um aspeto de importância fundamental.


 Assim os jogadores devem distribuir-se na quadra de uma forma equilibrada e
racional.

Para combater os principais fenômenos que se observam no jogo


pedagógico, o da atração da bola e a situação de alinhamento, devem-se ensinar os
praticantes a afastarem-se do possuidor da bola e a movimentarem-se na direção da
cesta adversária.

Se os atacantes se afastarem do possuidor da bola e caso se


mantenha a tendência dos adversários em se aglomerarem em redor da bola, esta
poderá ser passada para um dos atacantes que se movimenta no sentido da cesta
adversária. Daqui resulta um desequilíbrio entre a defesa e o ataque. Para conseguir
repor o equilíbrio torna-se necessário a marcação individual a cada adversário.

Depois de resolvida a questão da ocupação do espaço, torna-se necessário


intervir no objetivo do jogo: a concretização. Esta só é possível aproximado à bola

46
da cesta, resultando daqui a necessidade de definir um objetivo intermédio que é a
progressão da bola. Como deve ser feita? Os meios para realizá-la são: o drible e o
passe.

Assim, a utilização destes meios para a progressão só será eficaz se tiverem


reunidas as condições que o permitam fazer e existir espaços livres através de uma
ocupação do espaço mais racional.

Para combater a atração pela bola e a situação de alinhamento, as primeiras


soluções a introduzir são:

Vejamos os princípios táticos fundamentais do jogo:

1 – Os jogadores atacantes sem bola afastarem-se da bola, movimentando-se


na direção da cesta adversária;
2 – Exploração de espaços livres para a recepção da bola;
3 – Quem recebe a bola deve “virar-se” (orientar-se) no sentido da cesta
adversária;
4 – Após passe, movimentar-se no sentido da cesta adversária, para receber
a bola mais à frente;
5 – Cada jogador deve marcar individualmente um adversário.

Estruturas táticas

Distribuição equilibrada dos jogadores entre si, relativamente ao portador da


bola:
1. Após rebote defensivo;
2. Condução da bola para o ataque;
3. Ações ofensivas junto a cesta da equipe adversária;

 Ação Ofensiva - Atitude Ofensiva

 Posição facial a cesta;


 Proteção da bola;
 Percepção dos dois colegas da equipe mais avançados;

47
 Recuperação da bola - Progressão ofensiva

 Driblar sempre que há espaço para a progressão;


 Passar e desmarcar-se no sentido da cesta procurando receber a
bola mais à frente;
 Sem a bola movimentar-se para abrir linhas de passe.

Na organização ofensiva encontramos todas as ações que se desenvolvem


a partir da conquista de posse de bola até à perda (em ataque) que se traduzem no
jogo pela passagem por duas fases:

1a fase – Transição de defesa para o ataque (TDA) – onde as ações


desenrolam-se, na maioria das vezes, de cesta a cesta.

2a fase – Ataque propriamente dito (APD) – ocorre no meio da quadra


ofensiva, à volta da cesta que ataca.

A Transição Defesa-Ataque (TDA)

A transição de defesa para o ataque é considerada a 1a fase da organização


ofensiva, e na qual as ações desenrolam-se, na maioria das vezes, de cesta a cesta.

A TDA acontece sempre que a equipe recupera a posse de bola, no meio da


quadra defensiva, resultando daí a necessidade de ligar as posições defensivas com
as ofensivas.

Se a passagem da defesa para o ataque for realizada de forma rápida e daí


resultar superioridade numérica de atacantes sobre as defesas, podemos considerar
a TDA como contra-ataque.

Objetivos de defesa-ataque

 Disciplinar as iniciativas dos jogadores;


 Coordenar as ações de jogo relativamente ao objetivo tático (transposição da
defesa para o ataque);

48
 Contra-ataque;
 Criar condições facilitadoras do ataque planeado;
 Estabelecer as convenções de suporte ao processo de comunicação entre os
jogadores;

Princípios táticos da fase de transição defesa-ataque

1. Abertura e ocupação das “estações de recepção”


2. Ocupação do corredor central
3. Condução da bola pelo corredor central
4. Ocupação equilibrada dos corredores de jogo
5. Posição facial a cesta

Na fase da transição defesa-ataque pode considerar três subfases:

1a – INÍCIO – relativa ao momento da recuperação da posse da bola;


2a – DESENVOLVIMENTO – relativa à progressão (condução) da bola na quadra;
3a – FINALIZAÇÃO – relativa às situações de concretização

 Subfase – Início

O início da TDA ocorre após a equipe ganhar a posse da bola, o que


pode resultar das seguintes situações:

 Intercepção
 Cesto sofrido
 Rebote defensivo
 Desarme

Objetivos:

 Ocupação equilibrada do espaço de jogo;


 Distribuição equilibrada dos jogadores entre si;
 Ocupação das áreas facilitadoras de saída da bola ;
49
 Criar melhores condições de percepção: ao jogador que capta e recebe a
bola em jogo;
 Criar o maior número possível de linhas de passe em condições em que
facilitam a leitura do jogo: criando condições a uma participação consciente,
e facilitando a utilização do equipamento técnico.

 Subfase - Desenvolvimento

Após ganhar a posse de bola, a equipe deve organizar-se rapidamente


de modo a proceder à condução da bola para o meio da quadra adversária de forma
eficaz.

Ocupação do corredor central

Objetivos:

Garantir duas linhas de passe seja qual for:

 A saída da bola pelo corredor central


 Saída da bola pela 1a “estação de recepção”
 Saída da bola pela 2a “estação de recepção”

50
Condução da bola pelo corredor central

Objetivos:

 Garantir pelo menos duas linhas de passe no desenrolar da ação ofensiva;


 Garantir a organização e a ofensividade no ataque planeado;

51
 Sub-fase da Finalização

O êxito da ação estará dependente da leitura que o jogador, responsável pela


finalização, fizer da situação para decidir a escolher a melhor solução:

 Passar?
 Driblar?
 Lançar?

Princípios a respeitar:

O condutor da bola pelo corredor central é o responsável pela


finalização do “c” para o “a” ao alcançar a linha de lance deve parar (para passar ou
lançar), a não ser que tenha vantagem na progressão para finalizar debaixo da cesta.

Finalização em vantagem numérica

 Objetivo do possuidor da bola: fixar o defensor;


 Objetivo do atacante sem bola: abrir linhas de passe, tentando receber a bola
perto da cesta;
 Objetivo do defensor: retardar a progressão da bola e evitar os arremessos
debaixo da cesta

a) 2x1

Conceito fundamental: passada a linha de meio da quadra o jogador com


posse de bola deve penetrar por um dos corredores laterais, evitando a permanência
da bola no corredor central.

01 Com bola é conduzida pelo corredor lateral para a cesta e lança na


passada ou passa, consoante a posição e oposição do defensor.

02 Sem bola consoante posição do defensor:

1. Para na linha de lance livre, caso defensor acompanhe 01;


52
2. Penetra nas costas do defensor, caso este marque 01 com a bola fora da
área restritiva.

Princípios (Fig. a, b, c e d)

Ataque:

- Se o possuidor da bola não é marcado, progride em drible;


- Se o possuidor da bola é marcado, passa a bola.

53
Defesa:

- Um defensor pressiona o possuidor (na proximidade da área restritiva);


- O outro defensor coloca-se no alinhamento da bola.

Conceito Fundamental
O atacante com bola no corredor central na meia-quadra ofensiva deve
deslocar-se para o lado do não possuidor da bola mais adiantado (Fig.)

Erros mais característicos da transição defesa-ataque

 Não ocupação das “estações de recepção”.


 Movimento para abertura de linha de passe antes que a equipe entre na
posse da bola.

54
 Ocupação das “estações de recepção” descoordenada com o tempo próprio
da ação (atraso); deficiente percepção.
 Ocupação estática das “estações de recepção” sem abrir linhas de passe
 Distribuição desequilibrada dos jogadores no espaço de jogo entre si, sem ter
em conta o seu potencial técnico.

Fundamentos da técnica individual ofensiva

Os fundamentos são as fases usadas para qualquer jogo, que facilitem as


técnicas e a tática durante os jogos. Fundamento significa base, alicerce, fundação,
é o começo de tudo, onde o estudante aprende as técnicas e as aperfeiçoa para
uma melhor utilização dessa e da tática durante os jogos.

A posição base (armador)

Uma posição é função de uma situação. Assim, o jogador deve tomar uma
posição corporal básica de forma a poder responder de imediato a qualquer tipo de
ações desencadeadas durante o jogo.

A posição básica está associada à noção de “tripla ameaça” que é uma


atitude corporal que o jogador deverá aprender antes de avançar para outras
situações do jogo.

A posição base caracteriza-se, não só por uma correta colocação dos


segmentos do corpo, mas principalmente por uma atitude dinâmica, pronta a intervir.
Esta posição básica ajudará o jogador no inicio do movimento a encontrar a
velocidade e o controle corporal correto. A denominada “tripla ameaça” deverá
permitir uma organização funcional dos diferentes segmentos corporais com vista a
uma qualquer ação ofensiva ou defensiva, independentemente da direção desejada.

55
Posição corporal ofensiva

É recomendado que os jogadores sem posse de bola assumam a seguinte


posição básica ofensiva:

 O corpo semi-fletido de forma confortável, dispondo os segmentos dos


membros inferiores (coxa-perna) em ângulo favorável a um trabalho
muscular eficiente, com os joelhos na direção dos pés;

 Em que o tronco fique ligeiramente fletido para frente de modo a


garantir ampla mobilidade dos segmentos dos membros superiores,
com os braços ligeiramente fletidos, antebraços dirigidos para frente e
as palmas das mãos voltadas para o interior;

 Em que a vertical do centro de gravidade caia dentro da base de


sustentação (definindo um grau de estabilidade favorável à rápida
entrada em movimento em várias direções);

 Em que a cabeça fique levantada, assegurando o equilíbrio e a


utilização maximal do ângulo de visão;

 Em que a posição dos pés seja a mais favorável para a entrada em


movimento; pés separados com o peso do corpo repartido por igual.

A Posição de Tripla Ameaça

Os jogadores quando recebem a bola numa zona ofensiva e que constitua


ameaças para lançar, deve assumir de imediato numa posição de tripla-ameaça, e
deve enquadrar-se com cesto e atacar a defesa com passe, drible ou arremesso.

Erros mais comuns

É muito importante para o treinador desenvolver o hábito de saber observar,


detectando erros de postura e intervindo no sentido de corrigir as posições dos
jogadores.

56
Para a posição de armador, os pontos a serem observados serão os
diferentes princípios referidos anteriormente (ponto).

Erros mais frequentes e respectivas correções:

ERROS CORREÇÕES
- Afastar os pés à largura dos ombros.
Pés demasiados juntos; - Alargar a base de sustentação.
Membros inferiores poucos fletidos; - Indicar ao jogador para se colocar em
uma posição mais baixa.
- Repartir o peso do corpo pela parte
Peso do corpo sobre os calcanhares. anterior dos pés, de modo a facilitar o
equilíbrio dinâmico.

Recepção do passe da bola

A recepção da bola é um fundamento importante do jogo, tanto que o domínio


da bola é fundamental em todas as situações de jogo, manifestando-se no agarrar,
no passar, no lançar, no driblar com a bola. Neste sentido, o contato da bola com as
mãos deverá ser amplo e sentido, permitindo uma aderência natural e a
consequente transmissão dos impulsos de ombros, braços e mãos:

Princípios a respeitar:
 Os dedos devem envolver a bola, dedos afastados para sentir bem a bola;
 Contato ativo assegurando o livre jogo articular o pulso e dedos;
 A palma da mão (parte calosa) não deve estar em contato com a bola;
 A bola deve ser sempre segura pelos dedos;
 Cotovelos juntos ao tronco.

Nota: os dedos devem estar em contato com a bola e não a palma da


mão, pois é naquele que o sentido do tato está mais desenvolvido e a
interferência de outras zonas da mão com a bola irá prejudicar esse sentido.
Segurar a bola significa envolvê-la a dominá-la nas melhores condições.

57
Arremessos

O objetivo do jogo de basquete é marcar pontos. Mas marcar pontos


pressupõe saber lançar e dominar as respectivas técnicas de lançamento de tal
modo que a sua utilização seja automática e adequada à situação.

Tipos de Arremesso

1 Arremesso na passada: após drible; após recepção.


2 Arremesso em apoio uma mão.
3 Arremesso em suspensão: após drible; após recepção.
4 Arremesso de gancho: após drible; após recepção.

Princípios na execução:

1 Tomada de uma posição frontal a cesta, equilibrada e cômoda (apontar);


2 Colocação da bola em posição favorável para a execução do arremesso
(forma alavanca).
3 Concentração do lançador no alvo (cesta) olhando-o fixamente enquanto
prepara o arremesso;
4 Desenvolvimento de um movimento desencadeado no sentido da cesta, a
partir dos apoios dos pés no solo e terminado pela extensão total do braço e
dedos da mão impulsionadores da bola (expulsão da bola);
5 Continuação total da ação a empreender, expressa através da necessária
relaxação muscular no ato do arremesso.

Arremesso na passada (BANDEJA)

Na execução deste arremesso devemos considerar os seguintes aspectos:

1. Uso dos apoios: 1o em extensão; 2o em altura (fase de suspensão);


2. Ângulo de aproximação (ideal) a cesta: 45o

58
3. Recepção da bola: a) com as duas mãos, perto do corpo e do lado exterior
(proteção); b) e conduzida para frente da cintura e depois para cima, pelo
lado do arremesso, concentrando-se o executante no alvo.
4. A bola deve tocar na tabela acima da linha da cesta
5. Necessidade de treinar mão direita e mão esquerda.

Execução técnica:

1. Impulsão sobre a perna contraída da mão lançadora;


2. Transformar a velocidade de deslocamento em potência de salto;
3. Controlar o salto;
4. Elevação da perna (joelho) do lado da mão lançadora;
5. Concentrar-se no arremesso;
6. Aproximar o mais possível a mão lançadora do aro da cesta (ou tabela);
7. Colocação da palma da mão lançadora virada para cima (arremesso
direto), ou virada para a tabela (arremesso à tabela).

Erros mais frequentes na execução:

1 Saltar para receber a bola;


2 Impulsão muito perto ou muito longe da cesta;
3 Não elevar o joelho oposto à perna de impulsão;
4 Escolher e trocar as pernas no ar;
5 Não realizar a extensão completa do corpo;
6 Não efetuar a impulsão na vertical;
7 Lançar sem que as costas da mão estejam voltadas para o lançador.

Recomendações:

1 O executante deve recuperar o contato com o solo de modo a manter o


equilíbrio necessário para assegurar a disponibilidade para mover-se
rapidamente em qualquer direção e poder reintegrar-se imediatamente no
jogo;
2 Extensão do braço que realiza o arremesso;
3 Pé de chamada é sempre o contrário ao da mão que lança;
59
4 Palma da mão voltada para a tabela.

Progressão Pedagógica para a sua aprendizagem

Esta progressão desenrola-se em cinco fases:

1. Duas marcas no solo no trajeto a efetuar para o arremesso.


Jogadores sem bola formam uma coluna e correm na direção da cesta,
realizando os dois apoios colocando o pé contrário ao da chamada (impulsão)
entre as duas marcas;
2. Idem, com o professor entre as marcas segurando a bola com as mãos à
altura da cintura. O estudante corre na sua direção, agarra a bola, faz os dois
apoios entre as marcas e lança;
3. Idem, mas sem marcas;
4. Com duas colunas (A e B) de estudantes e 1 bola. Os estudantes da coluna
“A” passam aos da “B”, movimentam-se na sua direção e agarram a bola das
mãos do colega, fazem os dois apoios entre as marcas e executam o
arremesso;
5. Idem, mas sem marcas.
Nota: fazer do lado direito e lado esquerdo.

Arremesso em Apoio

É um arremesso que se realiza com os apoios do jogador no solo.

O arremesso de apoio com uma mão

Posição corporal:

 Pés paralelos – distância à largura dos ombros;


 O pé correspondente à mão lançadora deverá estar ligeiramente adiantado
(meio pé) e “apontado” o aro da cesta;
 Ligeira flexão das pernas;
 Tronco direito;
 Concentração total no aro da cesta
60
Formar alavanca:

 Colocar a bola sobre o ombro;


 Não abandonar a “pega” básica da bola;
 A bola descansa sobre a mão lançadora;
 Não fletir demasiado o pulso;
 Braço fletido em ângulo agudo;
 Cotovelo por debaixo da bola e apontando o aro;
 Pé da frente, joelho, ombro, cotovelo e bola situados num mesmo plano.

Arremesso propriamente dito:

 Extensão da perna da frente, coordenada com a do braço lançador;


 A mão de ajuda, na pega da bola, abandona a bola no momento em que se
situa já em posição incômoda (forçada);
 Extensão do braço lançador e ação do punho e dedos imprimindo à bola um
efeito para “trás”;
 A bola resvala pelos dedos centrais (indicador, médio, anelar) sendo o dedo
médio o de último contato com a bola; o braço fica estendido;
 Os olhos permanecem fixos no aro da cesta.

Arremesso em suspensão

Arremesso relativamente à posição corporal, pega da bola e forma alavanca,


é idêntico à execução do arremesso de apoio.

A diferença situa-se na existência de dois tempos de execução: (1) impulsão;


(2) suspensão.

Assim, na execução deste arremesso o jogador deverá respeitar os seguintes


princípios de execução:
Impulsão:

61
- Flexão de pernas; salto na vertical; equilíbrio;

Suspensão:

- Jogador no ponto mais alto da impulsão deverá ficar “suspenso” no ar (limite


entre a máxima altura e o inicio da descida) para obter tempo de concentração e
desequilibrar a posição defensiva.

Arremesso Final (saída da bola da mão)

No ponto mais alto da suspensão e no momento em que consegue ficar


“suspenso” jogador deve expulsar a bola através de uma chicotada de pulso e dedos.

Queda:

- Após o arremesso o jogador deve “cair” em equilíbrio e próximo do local da


impulsão.

Arremesso de gancho

O arremesso de gancho é geralmente executado perto da cesta perante a


presença de opositores, sendo difícil interceptá-lo quando executado corretamente.
É um tipo de arremesso cuja execução requer uma boa coordenação ao envolver
movimento da bola e do corpo (bom trabalho dos pés) o que torna importante na sua
aprendizagem.

Este arremesso é especialmente apropriado nas seguintes situações:

 Para concretizar situações de 1x1 próximo de cesto e perante a oposição de


jogadores de estatura superior;
 Para concretização de ações ofensivas em zonas próximas da cesta (área
restritiva), por jogadores “armadores”.
 Após drible, recepção e rotação.
 Técnicas de execução

62
 Proteção da bola olhando a cesta por cima do ombro, de forma a enquadrar o
defensor e a cesta;
 Deslocar a perna de impulsão afastando-a do defensor para ganho de
posição ofensiva;
 Colocação do peso do corpo sobre a perna de impulsão;
 Rodar os ombros de forma a “alinhá-los” ao aro da cesta;
 Elevação do joelho contrário assegurando o equilíbrio do arremesso e
facilitando a impulsão vertical;
 Simultaneamente às ações anteriores, elevar a pega da bola pelo lado oposto
da posição do defensor, protegendo-a o melhor possível;
 Quando a bola chega um pouco acima do ombro, a mão contrária à do
arremesso abandona o contato com a bola transformando-se em proteção da
bola;
 Não baixar o braço de proteção;
 A saída forçada da bola na fase total de extensão do corpo com trabalho de
pulso e dedos, completando a rotação dos ombros e ficando em posição
facial a cesta.

Drible

O drible é o ato de lançar a bola no chão com uma mão parado, em corrida ou
passo.
Regulamentamente, um drible tem lugar quando “um jogador, de posse da
bola, a impulsiona, lançando-a, batendo-a, ou fazendo-a rolar, e tocando-a
novamente antes que ela toque em qualquer outro jogador”.
* Num drible a bola deve tocar o solo;
* O jogador termina o drible no momento em que toca a bola simultaneamente
com ambas as mãos ou permite que a bola fique parada em uma ou ambas as mãos;
* Não há limite para o no de passos que um jogador pode dar quando a bola
não está em contato com as mãos;
* É permitido a um jogador executar um drible de cada vez que se apodere da
bola.

63
Momentos que justificam a utilização do drible:

- Para progressão rápida na quadra, sem impedimentos de adversários;


- Para ganhar uma posição de arremesso;
- Em saídas de contra-ataque
- Para abrir linhas de passe;
- Para penetrar para a cesta;

Execução técnica (mecânica) do drible:

- Ação do braço, pulso e dedos;


- Fixação do ombro e relaxamento dos dedos que acompanham suavemente
a bola;
- O braço acompanha o movimento da bola coordenadamente para cima e
para baixo;
- Cabeça levantada;
- Joelhos semi-fletidos;
- A bola deve ser empurrada para o solo e não batida;
- A bola deve ser contatada com os dedos e não com a palma da mão;
- No drible o pulso tem uma ação preponderante para o trabalho de impulsão;

Podemos considerar os seguintes tipos de drible:

- O drible parado;
- O drible de proteção;
- O drible de progressão;
- O drible com mudança de mão;

Caso do drible de proteção

- O braço e a mão contrária ao do drible devem estar em posição de proteção


da bola;
- A bola deve incidir no solo, no espaço determinado pela perna adiantada e
atrasada;
- Peso do corpo distribuído pelas duas pernas;

64
Caso de drible de progressão:

- O batimento da bola é mais alto (entre a cintura e o peito) e a bola é


impulsionada obliquamente para frente (e lado) dos pés;

Erros a corrigir nos principiantes:

- Receber a bola e driblar instintivamente sem nenhum objetivo;


- Driblar a olhar para a bola;
- Bater na bola com as palmas das mãos;

Sugestões:
- Ver antes de driblar;
- Não driblar se o passe é possível;
- Não olhar para a bola;
- Não driblar sistematicamente após cada recepção;

Recomendações para a aprendizagem e treino do drible

- Praticar (exercitar) o drible com variação do ritmo de batimentos da bola no


solo;
- Praticar o drible com arranques e paragens bruscas;
- Alternância do trabalho das mãos, coordenando com a movimentação dos
pés;
- Praticar o drible com a mão e mão esquerda;

Passe

O passe é uma das três técnicas básicas do jogo e que como tal merece um
estudo atento e cuidadoso.

65
O passe é um ato essencial da colaboração entre os jogadores da mesma
equipe para alcançar os seus objetivos (de cesto favorável, de preparação do ataque,
de controle da bola, etc.), e no qual um deles (o passador) transfere o controle da
bola a outro (o recebedor). Esta ação requer uma boa coordenação entre os dois
elementos, pois de contrário a equipe revelará debilidade ofensiva, uma vez que
uma parte significativa do jogo ofensivo desenrola-se através do movimento preciso
da bola de um para outro jogador.

Ao considerarmos a importância do passe ela advém das seguintes razões:

a) Histórica: na origem do jogo o drible não era permitido, pelo que o passe
era o elemento técnico que permitia a progressão da bola;
b) É um elemento de ligação entre os vários componentes de uma equipe, o
que lhe dá um significado coletivo;
c) É o elemento técnico mais vezes exultado durante o jogo (uma equipe
pode fazer mais de 300 passes);
d) É o elemento que melhor permite controlar as ações ofensivas.

O passe dá sentido ao jogo da equipe e é um dos mais importantes


fundamentos ofensivos do basquete. O passe também é a maneira mais rápida de
movimentar a bola no jogo.

Razões que evidenciam a importância do passe:

1. É técnica ofensiva que se executa o maior número de vezes durante o


jogo;
2. É a técnica que estabelece a comunicação entre os jogadores nas ações
ofensivas;
3. Permite dar ritmo adequado às ações ofensivas do ataque posicional;
4. Permite criar ruptura da defesa e chegar ao jogador mais próximo da cesta
para lançar;

66
INTRODUÇÃO AO
HANDEBOL

3
Conhecimentos

Compreender a história, o desenvolvimento e as regras do handebol

Habilidades

Aplicar os conteúdos específicos do Handebol

Atitudes

Desenvolver o Handebol na escola e a sua relevância para o desenvolvimento


integral do educando, percebendo os fundamentos técnicos, como essências para
prática e domínio do handebol.

67
Histórico e evolução do handebol
A bola é considerada um dos instrumentos desportivos mais antigos do
mundo e vem encantando o homem há vários séculos. Nesse sentido, o handebol é
um dos esportes mais remotos de que se tem notícia. Sendo praticado de vários
formatos. A origem do nome handebol (hand significa mão em inglês e Ball, bola) é
um jogo coletivo, disputado entre duas equipes e jogado com uma bola apenas, seu
objetivo é marcar o maior número de gols possível, ao contrário de futebol que é
jogado com pés o handebol se joga com as mãos.

É um jogo cuja origem antiga faz menção aos poemas de Homero citado na
Odisséia quando se praticava na Grécia Antiga um jogo denominado “urânia” jogada
com as mãos, com uma bola do tamanho de uma maçã e sem balizas, cujo objetivo
era ultrapassar o oponente, através de passes (isso está gravado em uma pedra na
cidade de Atenas, que data de 600 a.C.).Também na Roma Antiga registrou-se um
jogo com as mãos o Harpastom.

Em 1848, um professor dinamarquês Holger Nielsen, criou no instituto de


Ortup, um jogo denominado Haaddbold, nessa mesma época os Tchecos
praticavam um jogo chamado hazena, que na Irlanda e no Uruguai era praticado de
maneira bem semelhante (MELHEM, 2004).

O Handebol começa a se ramificar pela europa, onde começou a ser


introduzido em diferentes países como na Suécia em 1910 por meio de por G.
Wallstrom.

Na Alemanha, o Raftball, foi introduzido a partir da ultima década do século


XIX, sendo jogado da maneira como é jogado atualmente, e em 1912, o alemão
Hirschmann, passou a introduzi-lo em campo.

O período da Primeira Grande Guerra (1915–1918) foi decisivo para o


desenvolvimento do jogo, quando um professor de ginástica, berlinense Max Heiser,
criou um jogo ao ar livre para as operárias da Fábrica Siemens, derivado do torball,

68
e, quando os homens começaram a praticá-lo, o campo foi aumentado para as
medidas do futebol.

Alguns consideram que o handebol só é esporte coletivo quando foi dada


essa nomenclatura, em 1919, onde o professor alemão de Educação Física Karl
Scheienz organizou e reformulou as regras dessa modalidade a partir de um jogo
derivado do torball. Após ter as regras publicadas pela Federação Alemã de
Ginástica, o esporte começou a ser praticado de forma competitiva em países como,
por exemplo, Áustria, Suíça e Alemanha. Inicialmente, o Handebol era praticado
apenas por moças e as primeiras partidas foram realizadas nos arredores de Berlim.
Os campos tinham 40x20m. Pouco depois em campos de dimensões maiores, o
esporte passou a ser praticado por homens e logo se espalhou por toda a Europa
(TENROLLER, 2007).

A partir do que foi dito logo acima, o histórico do surgimento do handebol não
é preciso; pois o mesmo se apresenta baseado em interesses de nações que se
balizam em ter reconhecido o seu direito de criação. Embora a Alemanha receba a
preferência dos historiadores como a criadora deste esporte, na realidade, outras
nações se dizem precursoras da modalidade. Uruguaios e dinamarqueses, entre
outros, colocam-se também como paises que fundamentam os seus primeiros
rumos.

Na fase introdutória, o handebol de campo era assim chamado porque era


praticado em um campo de futebol, com onze jogadores em cada lado e bola
reduzida, sendo permitido o manuseio da bola apenas com uma das mãos. O
handebol de campo foi oficializado em 1920, pela Escola de Educação Física da
Alemanha.

Karl Scheienz por ser um professor da Universidade de


Berlim, tinha estudantes de vários países que praticavam o novo
desporto e difundiam suas regras para seus respectivos países.

Logo o handebol difundiu-se por toda Alemanha, Áustria, Suécia, Dinamarca


e Tchecoslováquia, que fizeram as primeiras partidas internacionais.

69
Em 1925, aconteceu a primeira partida internacional de handebol, entre as
equipes da Alemanha e da Áustria. Em que os vencedores foram os austríacos, a
partida terminou de 6 a 3 sob os alemães.
Assim, a federação Internacional de Handebol foi criada em 1927, com 39
países inscritos e em 1934, o Comitê Olímpico Internacional (COI) inseriu o
handebol como esporte Olímpico.

Mas foi nas Olimpíadas de Berlim, em 1936, com a participação de seis


países, que este esporte, estreou nos Jogos Olímpicos, tendo como vencedor a
Alemanha, após derrota sob a Áustria por 10 a 6.

Vale ressaltar, que o primeiro campeonato mundial de handebol, ocorreu em


1938, na Alemanha. Já em 18 de julho de 1946, foi fundada a International Handball
Federation - IHF, atualmente com sede na Suíça. Logo depois, no ano de 1966, os
jogos de handebol em campo gramado foram descontinuados e o esporte passando
ser realizado somente em salão.

Devido ao rigoroso inverno europeu que trazia meses de muito frio e inverno e
por dividir espaço com futebol que crescia muito rapidamente, ocupando os
gramados, o handebol de campo foi substituído pelo handebol de sete jogadores
também chamado de handebol de salão.

O handebol de salão pelas características próprias deve ser jogado em


quadras com dimensões oficiais e com um número de jogadores permitidos
conforme a regra, permitindo muita velocidade às jogadas, tornando o jogo bastante
disputado, dinâmico e com muitas chances de gol.

Em 1972 quando os alemães novamente sediaram uma nova edição dos


Jogos Olímpicos, em Munique o handebol já sem o termo “de salão” esteve mais
uma vez presente nos Jogos, seu sucesso foi tanto que na edição seguinte em
1976, Montreal, o handebol tornou-se esporte olímpico também para as mulheres.

Em nosso país, o Brasil, assim como no processo histórico do esporte em si,


a historia do surgimento também não é muito clara. Entre os boatos e fatos,
aparecem algumas datas, que, de início, não poderiam descartar sua verdade, mas
também não aceitá-las como verdade absoluta.

70
Algumas fontes apontam que o handebol de campo surgiu no Brasil por volta
de 1930 e 1932, introduzido pela colonização alemã em São Paulo. Existem indícios
de que a prática do handebol de salão tenha começado por volta de 1950, mas
curioso é o fato de que a primeira federação registrada surgiu cerca de dez anos
antes: o registro da Federação Paulista aconteceu em 26 de fevereiro de 1940.

O handebol chegou ao Brasil trazido por emigrantes alemães, após a


Segunda Guerra Mundial, mas seu crescimento no Brasil deu-se somente em 1940,
com a fundação da Federação Paulista de Handebol.

Em 1954, seguindo a tendência internacional a Federação Paulista de


Handebol substituiu o handebol de campo pelo handebol de salão, que passou a ser
incluído nos Jogos Estudantis Brasileiros e dos Universitários Brasileiros a partir da
década de 70.

O Handebol passou a ser conhecido e praticado no Brasil todo, quando


passou a ser inserido nos Jogos Universitários Brasileiro em 1971 e nos Jogos
Escolares Brasileiro em 1972.

Em 1º de junho de 1979 foi fundada a atual Confederação Brasileira de


Handebol, (CBHb). A seleção brasileira de handebol masculino disputou apenas 4
Olimpíadas, obtendo a sua melhor colocação em Atenas 2004 quando ficou em 10º
lugar. Já em mundiais a seleção participou de nove edições, sua melhor colocação
foi em 15º lugar em 1958, disputado na República Democrática Alemã.

A seleção feminina esteve presente apenas em três edições de Olimpíadas


(2000, 2004 e 2008) sua melhor colocação foi em sétimo lugar em 2004. Em
mundiais a seleção feminina participou dos mundiais 1995 (18º), 1997 (23º), 1999
(16º), 2001 (12º) e 2003 (20º). Sua melhor colocação foi em 7º lugar em 2005, em
2007 (14º) e em 2009 (15º).

O Handebol e o desenvolvimento do jogo

O Handebol é disputado em uma quadra de 40 x 20 metros, entre duas


equipes de sete elementos: tem um goleiro e seis jogadores de quadra, dos quais
71
um é o capitão; fora, no banco, cinco suplentes, um goleiro e quatro jogadores de
quadra, além do técnico que dirige a equipe.

O goleiro, colocado dentro da área de gol, onde nenhum outro jogador pode
entrar, defende, de qualquer modo, sua baliza de três melros de largura por dois de
altura, quando a bola e endereçada a ele. Pode sair de sua área, mas não lhe e
permitido sair ou retomar a ela, estando de posse da bola.

O jogo é iniciado no centro da quadra. Cada equipe fica dentro do seu campo
de defesa. A equipe que ganhou a sorteio escolhe a saída, enquanto a outra fica
afastada três metros da linha central; depois de se cumprimentarem, mediante a
autorização do árbitro, saem os jogadores da equipe de posse da saída com a bola
em qualquer direção.

Por meio de passes e dribles, os jogadores procuram marcar gol, isto é: fazer
a bola transpor a baliza adversária por dentro, sem cometer falta. Vence a equipe
que conseguir maior número de gols.

O jogo é disputado em dois tempos de trinta minutos (homens), de vinte e


cinco minutos (moças e juvenis), ou de vinte minutos (menores), com um intervalo
de dez minutos, podendo-se diminuir o tempo, se ambas as equipes concordarem. A
partida é dirigida por dois árbitros.

Aos jogadores de quadra é permitido lançar, bater, empurrar, socar, parar e


pegar a bola. Não importa a maneira. Podem servir-se das mãos, dos braços, da
cabeça, do tronco, das coxas e dos joelhos. Mas não devem reter a bola além de
três segundos. É permitido ainda progredir com a bola, driblando, isto é, com batidas
sucessivas. Permitem-se até três passos com a bola na mão para soltá-la ou
arremessá-la em seguida. As infrações serão cobradas conforme a regra.

72
Vale destacar que no jogo de handebol, algumas regras básicas devem ser
esclarecidas como: o quantitativo de substituições é ilimitado; os jogadores podem
invadir a área pelo ar, mas devem arremessar a bola antes de pisar na área. Só
podem pisar na linha durante a cobrança de um lateral; durante um bloqueio; o
ataque deve ser com as mãos esticadas; o goleiro deve a bola com o pé; andar com
a bola na mão até três passos, depois deve passar a bola ou quicá-la no chão.

A seguir, faremos um breve resumo das regras do handebol, com objetivo de


esclarecer algumas dúvidas, para que você possa aplicá-las durante suas aulas.
Vale destacar que por ser um esporte institucionalizado e com regras universais,
isso não impede que o professor nas suas aulas de educação física possa modificar
ou adaptá-la de maneira que atenda as necessidades específicas dos estudantes e
de cada local.

73
Resumo das regras

1- A dimensão da quadra é fixa 40x20 metros, as traves têm 3 metros de largura


por 2 metros de altura.
2- São dois árbitros, um secretário (sumula) e um cronometrista por jogo.
3- O jogo tem dois períodos com duração de 30 minutos e 10 de intervalo.
4- A partida iniciam com 7 jogadores, podendo cada equipe inscrever até doze
atletas na sumula. Não há limite de substituições.
5- O goleiro pode sair de sua área para receber a bola, mas não pode sair ou
retornar para sua área se estiver de posse da bola.
6- Nenhum jogador pode penetrar a área do goleiro, caso aconteça será
cometida uma infração.
7- Os jogadores não podem segurar a bola por mais de três minutos, ou dar
mais de três passos com ela.
8- Só será gol quando a bola ultrapassar completamente a Linha de gol, caso
alguém não esteja jogando impedir o gol, este será validado do mesmo jeito;
9- As infrações às regras são cobradas no local, sendo permitido formar uma
barreira a três metros do local da falta. O tiro de sete metros ocorre quando
um jogador, ao arremessar o gol, é impedido por uma falta.
10- Somente o tiro de 7 metros é cobrado com autorização dos árbitros, as
demais infrações podem ser cobradas sem precisar esperar o apito do árbitro.

Fundamentos técnicos do handebol:

Os fundamentos técnicos de handebol são elementos básicos que compõem


o jogo, sem os quais seria impossível o desenvolvimento do jogo de handebol.

Técnica individual

Segundo Tenroller (2007, p. 63) técnica “é o gesto ou movimento que deverá


ser realizado pelo praticante, atleta ou estudante, cujo objetivo é permitir dar
continuidade e desenvolvimento ao jogo”. Os gestos do handebol são os seguintes:

a) Pegadas e recebimentos da bola;


b) Passes;
c) Progressão ou condução da bola;

74
d) Drible;
e) Arremessos simples e especiais;
f) finta;
g) bloqueio ou corta luz;

Pegadas e recebimentos de bola

É o fundamento inicial do ensino do handebol, pois o estudante necessitará


saber segurar e dominar a bola de qualquer direção que ela venha. Sua técnica
consiste em dominar a bola, amortecendo-a suavemente, sem rebatê-la com uma ou
ambas as mãos, Após o contato, os dedos se fecham, envolvendo a bola e
manejando-a de forma a continuar a jogada ou, se necessário, protege-la do
adversário.
Para o perfeito recebimento as mãos devem ir de encontro à bola, dedos
voltados em direção à mesma e polegares próximos, formando uma concha, isto
permite amortecê-la e segura-la com firmeza.

Posição das mãos nos recebimentos

As pegadas ou recebimentos podem ser assim classificados:

1) Bola alta acima da cabeça:


2) Bola alta muito acima da cabeça, sendo necessário salto;
3) Bola na altura do peito;
4) Bolas altas nas laterais;
5) Bola na altura dos quadris;
6) Bolas baixas nas laterais:
7) Bolas no solo, paradas ou em movimento.

75
Passes

É um fundamento de vital importância. Permitem conduzir a bola rapidamente


através dos companheiros e preparar o ataque.

Sua execução deve ser precisa, indo na medida e direção do companheiro e


sem que o adversário consiga interceptar. Ao executar o passe, o jogador não deve
ficar olhando para o companheiro, denunciando sua intenção, mas ter perfeito
domínio visual da quadra e de quem vai receber o passe.

As equipes de categoria, com muito treino das jogadas preparadas e perfeito


entrosamento entre os jogadores, executam os passes sem olhar, as cegas, pois
existe sincronização de movimentos. A perfeita execução destes detalhes, a
infiltração e o contra-ataque decidem o jogo. Por razões táticas, quem não está com
a bola deve procurar se desmarcar, para poder recebê-la e arremessá-la ao gol.

Os passes podem ser realizados com uma ou duas mãos, conforme a


situação do jogo. O passe com uma só mão é o mais usado, pois favorece maior
mobilidade, rapidez e finta.

A finta tem a finalidade de desnortear o adversário: finge-se atirar a bola a um


jogador e, na realidade, quem a recebe, outro, melhor colocado e sem marcação. O
passe com uma mão só permite maior variedade de execução, cobertura de grande
distância com mais rapidez e não revela a intenção do jogador. Com as duas mãos,
o passe é mais seguro: tem-se maior proteção da bola, mas perde-se em velocidade
e possibilidade de arremesso.

Quanto à trajetória- o passe da bola pode ser direto, picado e parabólico.

 O direto é o mais rápido, pois a bola percorre o caminho mais curto e preciso.
 O picado é utilizado quando se tem um ou dois adversários pela frente e não
se pode ultrapassá-los diretamente. A bola é lançada ao chão, do lado, pouco
a frente ou pouco atrás do adversário, em direção ao companheiro, sem
permitir que seja interceptada.
 O parabólico é utilizado quando se procura vencer um ou mais adversários
por cima. É usado nos contra-ataques em profundidade ou nos passes de
76
longa distância. Deve ser bem executado, pois sua trajetória é lenta,
possibilitando ao adversário perceber e interceptar a bola.

Quanto à situação do jogo - os passes podem ser em progressão quando a equipe


procura ganhar terreno, indo para o gol adversário - ou de preparação, quando se
procura criar situações que vão possibilitar a finalização por meio de infiltrações,
passes em progressão, dribles ou fintas.

Quanto à distância - pode ser curto, médio ou longo, de acordo com a necessidade
de utilização, dependendo do local onde está ou onde vai estar o companheiro que
deverá receber a bola.

Quanto ao movimento de execução - pode ser feito parado, em deslocamento ou em


suspensão, com uma ou duas mãos, de frente, de lado e de costas.

O passe deve ser endereçado ao companheiro de forma a facilitar a ação


seguinte, isto é, se o companheiro está correndo, deverá receber a bola pouco à
frente, na altura do peito, o que permitirá o domínio dela na sequência do
movimento; do contrário, terá de se abaixar ou parar, interrompendo a jogada. Se o
companheiro estiver atacando para penetrar dentro da área, ela deverá vir alta, na
altura do rosto, o que facilita a execução do arremesso imediato. Mas, se estiver
armando o jogo ele deverá receber a bola: alta, na altura do peito, baixa, rasteira, do
lado ou longe do corpo, conforme a situação favorecer o domínio perfeito, sem dar
oportunidade ao adversário de interceptar.
O aprendizado do passe está intimamente ligado ao das pegadas e
recebimento, que devem ser feitos em conjunto, pois, sempre que dois estudantes
estiverem se exercitando em pegadas, também o estarão nos passes.
Progressão ou condução da bola

77
É a forma de reter a bola, estando os jogadores em movimento. Se ganha
terreno e se possibilita a ação individual no ataque, principalmente quando não se
tem para quem passar, ou quando se está pressionado na defesa, tentando sair e
iniciar o contra-ataque. Pode ser feito por meio de batidas sucessivas, com dribles; a
bola é empurrada, por uma só mão (com todos os dedos), para baixo e pouco à
frente, mais ou menos na altura da cintura (conforme a velocidade). Deverá ficar à
frente do corpo, tronco semiflexionado para frente, com outro braço, procurando
protege-la. O olhar deve estar firme no desenrolar do jogo, procurando a melhor
solução para o próximo lance; caso o drible pare, a bola é empurrada verticalmente,
ficando o corpo mais estendido.

A progressão pode ser feita ainda por meio de até três passos com a bola na
mão. É utilizada na preparação de um arremesso, para se ganhar terreno e
velocidade. Salta-se no último passo, tanto em profundidade como em altura,
conforme o interesse. É usada ainda na execução do passe a longa distância, ou
quando se procura fazer uma jogada entre dois adversários.

A regra permite ainda uma terceira forma de progressão: lançar a bola e


pagá-la novamente, não sendo limitado o número de passos executados. Caso
toque em outro jogador ou na baliza, pode ser novamente lançada e apanhada no
chão.

Drible

É o ato de controlar a bola quicando-a várias vezes ao solo, por meio desse
fundamento pode-se progredir com a bola, realizar jogadas de contra ataque
individual e alguns tipos de finta.

78
O drible só deve ser utilizado em caso de necessidade, ou quando se quer
reter a bola, esperando a colocação ou vinda de um companheiro, pois ele retarda
as jogadas de contra-ataque coletivo, permitindo ao adversário recompor sua
defesa.

Arremessos

O arremesso visa à finalização das jogadas, procurando obter o gol, objetivo


primordial do jogo.

Para isto, tudo o que se faz taticamente na preparação do ataque é com o


intuito de poder executar o arremesso em condições ideais.

O arremessador deverá estar desmarcado, com bom ângulo de chute, o mais


próximo possível da baliza e em movimento onde conseguirá maior velocidade,
potência e precisão.

Sendo o handebol um jogo muito rápido, em que se passa da defensiva para


a ofensiva numa fração de segundo, é necessário ter a posse da bola por meio de
passes (pois não e permitido segurar a bola mais de três segundos) e somente
arremessar, quando se tiver grande possibilidade de êxito.

O objetivo é tentar criar situações de finalização, dentro das zonas onde se


tenha um grande ângulo de arremesso, a frente da baliza. Nas laterais direita e
esquerda da baliza, este ângulo diminui, facilitando a defesa; quanto mais os
jogadores se aproximarem da linha de fundo, diminui esta possibilidade, só restando
atrasar ou centrar a bola para outro companheiro, que consiga penetrar ou que se
coloque em situação melhor.

Arremessos simples

Nos arremessos de mais de nove metros da baliza, usam-se os arremessos


simples de frente, com o corpo parado, em movimento, ou em suspensão. Estes
79
arremessos devem ser empregados de preferência na frente da baliza, com muita
velocidade, potência e precisão, obrigando o adversário a sair do bloqueio junto à
área, para oferecer combate ao arremessador.

Arremesso simples de frente por cima

Sua execução se dará pela impulsão da bola para frente (a bola deve ficar
atrás da cabeça, segura pela mão, palma para cima e dedos envolvendo-a para
frente).

Braço de arremesso horizontal para trás, por rotação do tronco, antebraço, e


mãos paralelas à linha do corpo, braço contrário solto na frente, procurando dar
equilíbrio ao arremesso. Perna de apoio, contrária ao braço de arremesso, à frente;
peso do corpo na armação sobre a perna de trás, passando posteriormente, na
execução do arremesso, para frente, enquanto a outra o completa, passo à frente.
Estudo da formação das alavancas e dos grupos musculares que interferem nos
arremessos.

A impulsão se dará pela ação de todo o corpo, iniciando pelo tronco, com
rotação e inclinação à frente, ombro, braço, antebraço e mãos, utilizando a quebra
de pulso na exploração e direção da bola.

A bola passará próxima à cabeça, acima dos ombros. Os dedos prolongam


sua ação para maior segurança na precisão do arremesso, procurando atingir os
locais de difícil defesa para o goleiro.

80
Arremesso de frente por baixo

Movimentação idêntica, com alavanca invertida, pois a bola estará atrás do


corpo, na altura da cintura. O braço balanceia estendido e necessita do trabalho de
quebra de pulso para dirigir a bola.

Arremesso de frente com Inclinação lateral

É empregado na tentativa de fugir de um ou mais adversários que estão na


frente, bloqueando o arremesso. Faz-se uma inclinação do tronco com auxilio do
trabalho das pernas, prolongando lateralmente o centro de gravidade e dando
condição para a execução do arremesso.

O braço é balanceado, quase estendido, entre a ação da quebra de pulso na


explosão e na direção do arremesso.

Arremesso de frente em suspensão

Pode ser executado com simples salto para cima, ou para cima e para frente;
no primeiro caso, tenta-se arremessar por cima do adversário; e no segundo, tenta-
se ganhar terreno, aproximando-se da baliza para o arremesso.

Mas, se for precedido de corrida com drible e, posteriormente, dos três


passos com a bola na mão, sua potência, velocidade e precisão aumentarão muito,
pois, além da velocidade do corpo que viaja no ar, executando o arremesso no ponto
mais alto do salto, fica próximo do goleiro, amortecendo queda na perna de impulso.

81
Arremessos especiais

São utilizáveis em caso de necessidade de um giro no ar, para se endereçar a


bola a outro ponto que não seja o da trajetória do salto. Este giro pode ser do corpo
ou só do braço e mão na finalização do arremesso. Por exemplo, quando a corrida é
feita do centro para a lateral, ou mesmo da lateral para o centro e após o salto, o
jogador gira o corpo, procurando colocar-se de frente para o gol.

A distância de seis a nove metros, nos arremessos próximos a baliza,


devemos utilizar os arremessos especiais, devido ao bloqueio defensivo. Saltos,
giros, quedas, fintas e movimentos acrobáticos visam a furar o bloqueio e penetrar
na área, sem tocar o solo antes de soltar a bola. É necessário que o executante
tenha coragem, agilidade, equilíbrio, força e habilidade, do contrário não conseguirá
êxito, podendo se contundir.

Arremesso com queda para frente

Estando próximo da linha da área do goleiro (seis metros), o arremessador


impulsiona o corpo para frente, por ação da perna de impulso, prolonga o ponto de
apoio para dentro da área e solta a bola com violência e precisão, procurando

82
amortecer o corpo por flexão dos dois braços (primeiro, o braço solto e depois o
braço de arremesso, em apoio, de frente para o solo); movimento de arremesso
igual ao arremesso simples em todos os sentidos.

É o tipo de arremesso utilizado na cobrança de tipo sete metros: manter fixo o


pé de apoio até soltar a bola, enquanto os outros jogadores devem estar atrás da
linha pontilhada. A ação final das mãos é fundamental na explosão e direção a ser
impressa à bola, que se há de colocar nos cantos, e, se possível, com finta para
deslocar o goleiro.

Arremesso com giro e queda de frente

O jogador, de costas para a baliza, pode estar sob marcação de um defensor


por trás; recebe a bola e, apoiando no pé contrário ao braço de arremesso, gira o
corpo, colocando-se de frente, em condições de executar o arremesso, procedendo
na finalização como no arremesso com queda para frente.

Arremesso com queda lateral

Sua utilização se faz necessária na tentativa de fugir de uma barreira


colocada à frente do arremessador. E a intenção é prolongar o ponto de apoio para
83
a lateral, conseguindo quadra livre para execução do arremesso, nas seguintes
condições normais: bola segura por uma só mão colocada atrás da cabeça, braço
acompanhando a linha dos ombros, antebraço e mãos perpendiculares. A bola será
violentamente impulsionada de trás para frente, endereçada pela ação final da mão
contra a baliza a pontos de difícil defesa para o goleiro.

Devemos considerar duas possibilidades neste tipo de arremesso:

1ª - A queda se efetua do lado do braço de arremesso, onde se consegue


maior amplitude na fuga da barreira. Os movimentos dos braços no amortecimento
da queda devem ser rápidos após o arremesso, pois, ao executá-lo, o corpo se
projeta para frente e os braços ficam bem próximos do solo.
2ª - A queda se efetua do lado contrário ao do arremesso. É um arremesso
com o apoio invertido.

Exige muita habilidade para o bom aproveitamento deste arremesso. O


movimento do braço de arremesso é o comum, enquanto o outro vai chegando
adiantado para o amortecimento.

Arremesso com salto e queda de frente

Quando se utiliza o salto para ganhar terreno, o arremessador consegue


colocar-se dentro da área do goleiro, tornando mais fácil a marcação do gol, pois a
bola e levada à frente, só definindo sua trajetória final bem próximo da baliza. Mas

84
requer do arremessador grande impulso, equilíbrio e habilidade na execução do
arremesso e do amortecimento na queda.

O arremesso com duas mãos e queda para frente é pouco utilizado, pois não
consegue imprimir tanta velocidade e variação final na trajetória da bola, como no
arremesso com uma só mão.

Arremesso com reversão

Emprega-se este arremesso, quando o jogador, ao receber a bola, está de


costas para o gol, podendo ter ou não um mercador atrás de si. Caso esteja
marcado, terá de preocupar-se em fugir do bloqueio, incluindo pequena inclinação
ou finta para deslocá-lo.

A bola estará ao nível da cintura, presa por uma só mão, com alavanca
formada de cima para baixo e torcida, pois a bola é levada para o lado contrário ao
do braço de arremesso, com o dorso da mão voltado para trás, para os quadris.
Braço contrário solto ao longo do corpo, ajudando a proteger a bola, enquanto o
peso do corpo se apóia no pé contrário ao lado do arremesso.

O tronco faz pequena rotação contrária ao lado do arremesso, na preparação.


E, posteriormente, o arremesso é executado por um curto e rápido giro do tronco,
seguido do braço de arremesso, com firmeza e definição na trajetória que se obtêm
pela ação da mão na sua articulação do pulso, Neste tipo de arremesso, pode ser

85
incluído uma queda de costas que se amortece com o ombro do braço de arremesso
para se ganhar terreno.

Arremesso de percussão

São os arremessos executados em suspensão, quando a bola é centrada ou


sobra, pingando na área do goleiro. O jogador salta, soca ou empurra a bola em
direção à baliza, procurando colocá-la longe do alcance do goleiro.

Arremesso de encoberta

Ao ter o ângulo de arremesso fechado por saída antecipada do goleiro, o


jogador procura vencê-lo por cima, dando à bola uma trajetória parabólica, de modo
a não permitir que ele consiga tocá-la.

Fintas
É todo o movimento que se executa com o intuito de iludir ou deslocar o
adversário. Pode ser realizado com ou sem bola.

86
Quando não está de posse da bola, o jogador utiliza o olhar, o movimento do
tronco e dos braços e o trabalho das pernas que dão apoio à arrancada do
movimento contrário ao sugerido, desequilibrando o adversário, Quando de posse
da bola, pode fintar no passe, no drible ou no arremesso, parado ou em movimento,
utilizando giros ou mudança de direção, combinando lances acrobáticos, etc.

Serão movimentos rápidos, que obriguem o adversário a entrar em


desequilíbrio. O jogador inicia um deslocamento, do contrário não conseguirá se
recuperar e realizar a finta. As fintas, executadas com bolas envolvendo um ou mais
companheiros, necessitam de perfeita sincronização de movimentos, senão quem
pode sair fintado é o próprio companheiro.

Quando o lance é individual, o jogador necessita de muita habilidade para


tornar eficientes estes movimentos e conseguir finalizar com o melhor arremesso.

Bloqueio ou corta-luz

Consiste em movimento ou parado, com o objetivo de bloquear a ação


defensiva do adversário, sem cometer falta. Pode ser feito pelo jogador de posse da
bola o qual dá as costas para o mercador, enquanto dribla ou bloqueia a ação de um
defensor, sendo a entrada do companheiro que entra e recebe o passe livre.

Quando executado por um jogador sem bola este vai sobre o adversário que
está dando combate ao atacante com bola, fazendo o bloqueio e permitindo ao
atacante continuar sua ação ofensiva. Ou ainda pode ser executada por dois ou
mais jogadores, indo sobre adversários que poderiam dar combate ao que estar de
posse da bola, em progressão para o gol, conseguindo formar um corredor.

87
Avance com foco no seu aprendizado

Estamos disponibilizando neste espaço de aprendizagem as videoaulas,


um recurso tecnológico, com a intenção de contribuir com sua
aprendizagem sobre os temas referente a unidade de estudo da
disciplina. Este espaço lhe proporcionará a possibilidade de ampliar seu
estudo e ou dirimir as dúvidas sobre o tema.

A História do Handebol Passes

I
Sistemas Defensivos Drible

Arbitragem Arremesso

88
OS MÉTODOS DE
APRENDIZAGEM DO
HANDEBOL

4
Conhecimentos

Compreender as características e as funções do processo de ensino - aprendizagem


no handebol, por meio de metodologias do ensino que poderão ser utilizadas nas
aulas de Handebol.

Habilidades

Identificar os domínios dos processos de ensino-aprendizagem no Handebol,


respeitando a faixa etária, desenvolvendo as potencialidades e as limitações dos
educandos.

Atitudes
Reconhecer a importância das metodologias e das etapas do processo de ensino-
aprendizagem para a formação do educando.

89
O Processo de ensino-aprendizagem no handebol

O esporte handebol assim como as danças, a ginástica, os jogos, e as lutas é


um tema clássico da cultura corporal do movimento, por isso torna-se indispensável
às aulas de Educação Física Escolar.

Durante todo o processo histórico, o ensino e aprendizagem da Educação


Física Escolar foi e ainda continua sendo alvo de diversificados estudos, visando
atender o desenvolvimento social e cultural. O tema é elemento de grande
importância na construção e no desenvolvimento de pesquisas, especificamente o
processo de ensino e aprendizagem da modalidade handebol, pois esta é uma
modalidade de destaque nacional. Segundo Nuñes (2007, p.1) “O handebol está
entre os três esportes mais praticados no país conquistando lugar de destaque entre
os esportes de quadra”.

Desse feito, o handebol na escola, como esporte educacional além de


proporcionar o desenvolvimento das capacidades físicas (força, agilidade, equilíbrio,
resistência, coordenação motora), possibilita também uma aprendizagem para além
do ensino dos fundamentos técnicos e táticos, isto é através de suas práticas os
estudantes poderão desenvolver competências pessoais (autoestima,
autoconhecimento, autocuidado), sociais (espírito de equipe, cooperação,
solidariedade), cognitivas (resolução de problemas, didatismo e o autodidatismo) e
produtivas (criatividade e volatilidade). Ou seja: de promover o desenvolvimento
humano. Nesse sentido, o processo ensino-aprendizagem deve acontecer: através
de jogos e exercícios de aprendizagem de forma lúdica e intensa socialização, estes
conceitos devem ser trabalhos concomitantemente, sendo eles: atividades de
oposição, (atividades que tenham oponentes, para assim, aprender com eles),
automatismos inconscientes e jogar para aprender.

O conteúdo handebol ao ser tratado na escola deve considerar seus


fundamentos básicos, seus métodos de treinamento, o seu jogar propriamente dito
até seu enraizamento social e histórico passando pela significação cultural. Nessa
perspectiva, os estudantes não saberão apenas praticar uma modalidade, mas
também praticá-la, como praticá-la, por que e com quem praticá-la.

90
Entende-se que o acréscimo da técnica de desenvolvimento das capacidades
coordenativas se dá entre os 12-14 anos e das habilidades técnicas entre 10-12
anos, concomitantemente, ao desenvolvimento da capacidade de jogar. Os
elementos técnicos são dois: capacidades coordenativas e habilidades técnicas.
Para o desenvolvimento das capacidades coordenativas.

Dessa forma, utiliza-se, durante a prática esportiva escolar, um elemento


como: corda, bola, arco, pneu, colchão, etc., para crianças entre 6-8 anos, dois
elementos para 8-10 anos e três elementos para 10-12 anos. Para a aplicação
desses conteúdos, indicam-se, como referência, faixas etárias aproximadas a serem
atendidas.

De modo geral, essa perspectiva pode ser utilizada para o ensino do


handebol iniciação ou escolar, geralmente, a metodologia utilizada pelo professor
em suas aulas dos ensinamentos básicos do handebol deve ser, um diálogo entre
teoria e prática, a partir da análise estrutural dos jogos coletivos, por meio de
situações de ataque e defesa.

Com isso, os princípios invariantes dos jogos coletivos são: o terreno de jogo,
a bola, os alvos, as regras, os companheiros e os adversários.

Neste sentido, o sujeito é capaz de dar significado à estrutura e modificá-la,


sendo a atitude do sujeito mediante a tarefa, o elemento essencial da teoria.

Do ponto de vista tático-técnico há em comum o confronto direto pela posse


da bola, a invasão do campo adversário e a trajetória predominante da circulação
da bola, ou seja, as situações de ataque e defesa.

A perspectiva do jogo possível elaborada e organizada para o âmbito escolar,


servindo como base para a elaboração de uma sistematização dos conteúdos do
handebol para a Educação Física escolar.

Propõe-se então que, os jogos coletivos possuem uma tática comum que são
os sistemas defensivos e ofensivos, e a passagem de um sistema ao outro, a
transição. Os aspectos técnicos abrangem fundamentos comuns aos jogos

91
coletivos que são a manipulação de bola, o domínio do corpo, o passe, o drible, a
recepção e a finalização.

Logo depois, devem ser incluídos ao jogo, o aspecto socioeducativo, que são
princípios indispensáveis para o desenvolvimento da personalidade do estudante
como convivência, a cooperação, participação, emancipação e coeducação.

Para tanto, é preconizada algumas fases para aprendizagem e os conteúdos


correspondentes a cada uma delas, destacamos a seguir: Na educação infantil
(aquisição de habilidades básicas, desenvolvimento das inteligências, valores e
modos de comportamento). No ensino fundamental os jogos coletivos devem ser
desenvolvidos por temas, sem especificar uma modalidade: nas 1ª e 2ª séries
(fase de pré-aquisição) abordar o domínio do corpo e a manipulação de bola; nas
3ª e 4ª séries (fase de iniciação I) o passe, recepção e drible; nas 5ª e 6ª séries
(fase de iniciação II) as finalizações e os fundamentos específicos; nas 7ª e 8ª
séries (fase de iniciação III) as situações de jogo, transições e sistemas. No
ensino médio, os jogos coletivos podem ser desenvolvidos por modalidades
(garantindo as especificidades).

Nessa perspectiva, segundo Tenroller (2007) o professor deve apropriar-se de


alguns conhecimentos indispensáveis a serem aplicados no ensino do handebol.

Período do desenvolvimento motor e cognitivo – Através da identificação de


algumas características essenciais e específicas de cada faixa etária é possível
planejar e desenvolver uma aula sem correr riscos de intensidade, volume ou
atividades inapropriadas.

Em crianças como menos de 10 anos de idade não são indicadas


atividades que exijam a capacidade de concentração. O professor não
deve prolongar explicações sobre as atividades, pois a capacidade de
atenção e de reter as informações não está desenvolvida, então estas
informações poderão ser perdidas. Este é um dos motivos pelo qual não se
devem ensinar tática ou sistemas para os estudantes desta faixa etária
(TENROLLER, 2008, p. 31).

92
As Metodologias de Ensino

Quanto mais alternativas metodológicas tiverem os professores para abordar


os conteúdos do handebol em suas aulas, mais diversificada será a condução do
processo de ensino, como, também facilitará a aprendizagem dos estudantes. Entre
as alternativas metodológicas podemos citas as seguintes:

Método parcial ou analítico: Consiste em ensinar por parte cada exercício ou


movimento específico para posteriormente uni-los entre si. Este método segundo
Reis (2006) é um dos métodos mais utilizados ainda pelos professores de Educação
Física nas aulas de handebol, não apresentando muitas vantagens, pois se restringe
apenas na obtenção de sinais técnicos e específicos por meio da reprodução de
movimentos até conseguir a sua automação.

Método Global ou complexo: Ao contrário do método parcial ou analítico este


método busca trabalhar em conjunto mais de um fundamento, por exemplo, drible e
arremesso. Segundo Tenroller (2007) através desse método poderá ocorrer um jogo,
em que os fundamentos do handebol poderão se observados de forma global ou
complexa.

Para Xavier (1986 apud TENROLLER, 2007) esse método global é mais
apropriado para crianças entre sete até dezoito anos de idade.

Método Misto: Para Xavier (1986 apud TENROLLER, 2007) este método consiste na
sincronia do global-parcial-global. Primeiro o gesto é executado geral, possibilitando
o professor identificar algum erro de execução; em seguida o estudante através da
intervenção do professor repetirá em partes o movimento com a finalidade de corrigir
os movimentos antes observados; e finalmente a terceira parte onde novamente
será realizado o gesto completo visando a redução ou eliminação dos erros
observados pelo professor no primeiro momento.

Método Global em forma de jogo ou método de confrontação: Parte do princípio de


que se aprende um desporto através do próprio jogo. A utilização deste método
requer uma atenção especial por parte do professor, pois segundo Tenroller (2007)
este método é muito utilizado por professores desestimulados ou que não estejam

93
devidamente preparados, pois se limitam apenas a entregar a bola para os
estudantes jogar praticamente durante toda a aula de Educação Física e isto em
várias aulas sem que haja outra metodologia de ensino empregada. Para o mesmo
autor, esse método não deve ser negado, mas sua adoção repetidamente deve ser
questionada.
Método Recreativo- Nessa metodologia fundamentos técnicos e táticos são
abordados de maneira lúdica e recreativa. Por exemplo, numa atividade em que os
estudantes estão dispostos em colunas, ao sinal do professor deverão correr
conduzindo a bola de handebol até um determinado local e arremessá-la ao gol.
Nessa brincadeira, poderá treinar velocidade, alvo, coordenação motora,
lateralidade, etc.
Método transfert – Segundo Tenrolle (2007) este método foi proposto por Bayer,
esse método trabalha-se mais com uma modalidade esportiva na mesma atividade,
facilitando a aceitação por parte dos estudantes em modalidades menos comuns,
como é o caso do handebol que não tem ainda a mesma aceitação que o futsal e o
futebol.

Método da Cooperação - Deve-se através deste método dar ênfase aos valores de
cooperação entre os praticantes, sendo que neste método os adversários vistos
como um cooperador, onde o jogar “contra” passa a ser substituído pelo joga “com”.
O professor ao adotar esse método em suas aulas além de favorecer a cooperação,
elimina a exclusão advinda da competição.

Saber organizar as aulas e seus objetivos

Isto implica que as aulas devem ser sempre planejadas em conformidade com
os seus objetivos atingidos e os que deverão ser atingidos. Para isso num plano de
aula deverá conter um cabeçalho em que serão informados os objetivos, os
conteúdos, o método, os recursos, a faixa etária ou série dos estudantes, sexo,
tempo de duração da aula (TENROLLER, 2007). O mesmo autor apresenta alguns
elementos essenciais na elaboração do plano de ensino, vejamos:

Sondagem – Neste processo, o professor através de uma investigação ou pesquisa


da realidade, a partir da situação investigada, pensa e prepara uma ação cada vez
mais consciente e real.

94
Objetivos - É uma ação (verbo) projetada pelo professor que deve especificar
aprendizagens esperadas dos estudantes para a aquela aula quanto para as
demais.
Libâneo (1994, p. 119) afirma que os objetivos: “[...] antecipam resultados e
processos esperados do trabalho conjunto do professor e dos estudantes,
expressando conhecimentos, habilidades e hábitos (conteúdos) a serem assimilados
de acordo com as exigências metodológicas [...]”.

Conteúdos - Os conteúdos a serem desenvolvidos numa aula de handebol não se


restringem apenas as habilidades (fundamentos técnicos, passe, arremesso,
recepção, etc) podendo estender-se as informações, conceitos, atitudes, princípios e
processos. Nesta perspectiva, compreendemos a aplicação dos conteúdos não
apenas numa dimensão procedimental (saber fazer) como nas dimensões conceitual
(ao que se deve aprender) e atitudinal (como se de deve ser).

Metodologia – Referem-se aos caminhos, meios e fins de que possa lançar mão o
professor com intuito de facilitar o entendimento ou o desenvolvimento de
habilidades motoras ou cognitivas dos estudantes. Segundo Libâneo (1994, p. 152)
“a escolha e organização dos métodos de ensino devem corresponder à necessária
unidade objetivos-conteúdos-métodos e formas de organização do ensino e às
condições concretas das situações didáticas”.

Vale destacar que não existe um método único de ensino, mais uma
variedade de métodos cuja escola depende dos conteúdos e que cada metodologia
tem suas características positivas e negativas.

No caso do ensino do handebol como vimos anteriormente as metodologias


servem para auxiliar o professor a atingir os objetivos propostos em relação a um
conteúdo específico.

Recursos – Os recursos são importantes, pois facilitam e apóiam em conjunto com


métodos, todos os tipos de ensino-aprendizagem. Podem ser divididos em humanos
(estudantes) e matérias (bolas, quadra e recursos matérias).

95
Avaliação – É um processo contínuo que objetiva por meio de seus instrumentos,
diagnosticar e acompanhar passo a passo o processo de ensino-aprendizagem,
permitindo ao professor aprimorar suas ações ao estudante a sua conscientização
de sua aprendizagem.

O Ensino do handebol nas séries iniciais

O handebol vem ganhando muito destaque nas séries iniciais isso se deve pela
facilidade de ser jogado, combinar habilidades motoras fundamentais – quicar,
correr, saltar – muito empregadas no dia a dia das crianças através de jogos
populares como o carimba ou queimada, ter regras básicas fáceis, ter um alvo
grande que facilita um maior número de tentos, motivo de muita alegria por parte de
quem joga, possuir uma bola pequena que se adapta bem as mãos das crianças.

Recomendações gerais para a iniciação: Segundo Knijnik (2004) a iniciação do


handebol deve ser feita em um clima de absoluta ludicidade - sendo uma fonte
de prazer e de descoberta, além de influenciar na construção do conhecimento da
criança, favorece o clima de alegria e cooperação entre os companheiros.

O processo de ensino-aprendizagem deve estar voltado para o conhecimento


dos aspectos básicos e mais gerais da modalidade – Isso quer dizer evitar
atividades por meio do método analítico, voltado apenas para o desenvolvimento
dos fundamentos específicos, bem como jogos com regras próximas à realidade do
jogo, pois muitas vezes tornam-se incompreensíveis e dificilmente executáveis pelas
crianças.

Trabalhar a modalidade a partir do aprendizado global – para o iniciante o


importante é conhecer a estrutura global do jogo com suas regras básicas,
executando movimentos sem serem levados em conta padrões de excelência, estes
conhecimentos se houver necessidade e interesse por parte dos estudantes devem
ser ampliados desde que seja respeitado o período de desenvolvimento motor e
cognitivo conforme estabelecido acima.

O processo de ensino aprendizagem deve conduzir o conhecimento do estudante


de que ele possa desenvolver a capacidade de pensar, criar, classificar; executar,
compreender e utilizar adequadamente os movimentos corporais; ampliar os
96
conteúdos da educação física; desenvolva valores, atitudes de cooperação e
solidariedade (PCN, 1998).

Segundo Zamberlan (1999), para estudantes do 1º e do 2º ano do ensino


fundamental, desenvolvem-se atividades que utilize o próprio corpo, através de
exercícios individuais e em grupo.

As atividades orientadas, atividades ritmadas, atividades recreativas, atividades


criadas pela própria criança, compreendem a forma de trabalho para esta idade.
E os conteúdos podem ser deslocamentos, adaptação à bola, manejo de bola e
manejo de corpo.

Para estudantes do 3º e 4º ano do ensino fundamental, devem-se desenvolver os


gestos técnicos de fácil compreensão e evitar o aperfeiçoamento precoce da
criança.

Compreendem a forma de trabalho para esta idade, jogos pré-desportivos, jogos


Educativos e exercícios Educativos. Dentre os conteúdos podemos trabalhar:

- Recepção.
- Passe de ombro.
- Passe por baixo com uma das mãos.
- Arremesso de ombro.
- Tiro de 7 metros.
- Noções de defesa e ataque. (ZAMBERLAN, 1999)

Para melhor entendimento do que foi abordado durante todo o nosso


estudo sobre a Prática Pedagógica de Handebol, a seguir, apresentaremos
alguns conteúdos para serem aplicados dentro do âmbito escolar:

97
Atividades para Iniciantes

Os exercícios devem ser praticados inicialmente em posição parada, se


possível cada um com uma bola, ou em dupla; tão logo se tenha dominado os
movimentos introduzem-se a movimentação com a bola.

No caso de cada um com uma bola:

1) jogar para cima, à pequena altura, e pegar a bola, trazendo-a junto ao


corpo;
2) bater no solo e pegá-la, trazendo-a junto ao corpo;
3) jogar na parede e pegá-la, trazendo-a junto ao corpo ou procurando jogá-la
novamente;
4) posteriormente, introduzir a movimentação, lançando-a pouco à frente e
pegando-a;
5) jogar na parede de longe e corre para pegar, procurando segurar a bola.

No caso de dois jogadores com uma bola, tendo-se o objetivo de corrigir


detalhes de apreensão da bola (jogadores parados):

1) passar a bola para o outro, executando os recebimentos simples;


2) passar, variando a altura para executar os diferentes tipos de recebimento;
3) passar e receberem movimento.
No caso de poucas bolas para muitos estudantes:

98
1) utilizar duas fileiras, frente a frente, executando os recebimentos
rapidamente;
2) utilizar três fileiras, formando um triângulo; executar os recebimentos de um
lado e passar para o outro, para o primeiro da outra fileira; trocar de posição na
própria fileira ou seguir a trajetória da bota, colocando-se no fim da outra fileira:
3) com o domínio dos exercícios simples, variar a distância e a força da bola,
além de sua direção, possibilitando a prática de todos os tipos de pegadas e
recebimentos.
Manejo individual com a bola; ensino da adaptação à bola e execução de
movimentos que concorrerão para a melhora do manejo de bola:

1) Lançar para o alto e pegar:


2) Lançar para o alto, saltar e pegar no ar;
3) Lançar para o alto, de uma mão para outra;
4) Lançar para o alto atrás, girar e pegar;
5) Lançar para o alto atrás, girar, saltar e pegar.

Atividades de passes

1) Dois a dois (se o número de bolas permitir, cada dois jogadores com uma
bola), inicialmente parados, executar todos os tipos de passas direto, picado,
parabólico, etc.
2) Cada dois jogadores com duas bolas, inicialmente parados, cada um
executa um tipo de passe. Exemplo: “A” faz passe picado, o outro faz passe de
peito; combinar outros tipos de passe.
3) Introduzir movimentação nos exercícios anteriores, progressão lateral e
troca de passes; progressão de frente com troca de passe à frente, com uma mão.
4) Três a três; parados, executar todos os tipos de passes;

a) Receber de frente e passar de frente;


b) Receber de frente o passar sem olhar;
c) Receber de frente e fintar: ameaçar passar para "A", mas passar para "B";
d) Receber de lado e passar de lado;
e) Introduzir movimento (correr em círculo), executar o passe, recebendo de trás e
passando à frente ou vice-versa;

99
f) Fazer o "8", trocando passe;
g) Progressão para frente, cada um na sua linha, todas as bolas passam pelo
centro;

Progressão para frente com troca de posição: quem recebe a bola vai para a
posição de um dos companheiros; este passa por trás do que está com a bola e vai
para a antiga posição dele.

5 - Quatro a quatro:

a) exercícios com progressão para frente: quatro em linha;


b) progressão em duas linhas;
c) progressão em quatro com troca de posição;
d) troca de passes entre três parados e um tentando pegar a bola; quando pega,
troca de posição;
e) troca de passes entre três em progressão, um tentando pegar a bola; quando
pega, troca de posição.

6) Exercícios em duas ou três colunas, com troca de posição.


7) Exercício com cinco ou mais elementos numerados: em movimento,
receber e passar a bola, segundo a numeração.
8) Exercício em movimento: seis elementos ou mais, correndo em círculo;
receber e passar para trás, girando o corpo naturalmente.
9) Em círculo: colocados em duplas numeradas equidistantes, passar duas ou
três bolas num mesmo sentido; iniciar, recebendo por baixo e passar por baixo em
forma natural; pés afastados, fazendo somente movimento do tronco e,
posteriormente, passe de peito mais rápido, por cima da cabeça com uma ou duas
mãos.

Para correção das equipes que têm o vício de, ao receberem uma bola, já
batê-la no chão ou tentar driblar, pode ser utilizada uma bola murcha ou "medicine-
ball" de um quilo, que não pule, para o exercício de passes. É importante introduzir
treinamento dos passes em movimento, utilizando ida e volta na quadra.

1 - passadas alternadas para frente; passar a bola e voltar três passos atrás
para receber;

100
2 - passadas laterais para frente; passar a bola e voltar três passos atrás para
receber.

Atividades de Drible

1) Prática do drible parado, mantendo um pé à frente, empurrando a bola da


altura da cintura, tronco inclinado para a frente, protegendo a bola com o outro
braço.
2) Introduzir movimentação para frente e para trás.
3) Introduzir giro: fazer para dentro, protegendo a bola sem expô-la ao
adversário.
4) Introduzir troca de mão no drible.
5) Drible entre obstáculos, contornando ida e volta, se possível.
6) Drible em progressão com obstáculo fixo:
A) Introduzir o ensino da finta simples (ir sobre o obstáculo, cortar a bola no
momento exato e passar para a outra mão que continua batendo);
B) Introduzir duas fintas: ameaçar ir para um lado, mas voltar, saindo do
mesmo lado.
7) Prática do drible com perseguição: quem está com a bola deve protege-la
sempre.
8) Introduzir pegada, drible e passe; trabalhar com duas ou três colunas,
frente à frente,
9) Introduzir, após o drible, determinado tipo de passe.
10) Drible em progressão: introduzir arremesso.

Atividades de Fintas

1) Corrida livre: mudança de direção por apoio firme e impulsão numa


passada, lance de corpo à lateral em direção à outra passada, continuando a
corrida.
2) Mesma movimentação, introduzindo um adversário imóvel que deve ser
fintado.
3) Mesma movimentação e finta, driblando com bola.
4) Corrida livre e execução de finta para o lado; volta, continuando a corrida
na mesma direção.

101
5) Mesma movimentação, introduzindo um adversário imóvel que deve ser
fintado,
6) Mesma movimentação e finta, driblando com bola; a finta e executada só
com o corpo, permanecendo a bola na mesma direção da corrida.
7) Corrida livre e duas fintas, com ameaça ir para o outro lado, voltando para
o anterior, mas indo mesmo para o outro lado.
8) Mesma movimentação, introduzindo um a versado imóvel que deve ser
fintado.
9) Mesma movimentação e finta com drible bola.
10) Parado, marcado pelas costas, ameaçar para um lado e voltar para o
outro.
11) Mesma movimentação, utilizando a bola.
12) Parado, marcado pelas costas, ameaçar para um lado, voltar, mas ir pelo
outro Iado mesmo.
13) Mesma movimentação, utilizando a bola.
14) Driblar livremente, procurando fintar movimentos.

Vivências de Arremessos

1) Para o aprendizado dos arremessos simples, arremesso parado, dois a


dois, ou três a três.
2) Arremesso parado contra objeto imóvel, execução de todos os tipos de
arremesso simples.
3) Arremesso parado contra parede desmarcá-la.
4) Arremesso em duas colunas, frente à frente, sob uma corda suspensa a
um metro de altura.
5) Em duas colunas: arremessos em movimento; pegar, dar um passa e
arremessar.
6) Uma coluna de frente para o gol, sem goleiro; drible, um passo com a bola
na mão e arremesso para o gol.
7) Uma coluna de frente para o gol, sem goleiro; drible, três passos com a
bola na mão e arremesso para o gol.
8) Uma coluna de frente para o gol, sem goleiro; drible, três passos com a
bola na mão e arremesso para o gol, colocando duas blusas de agasalho amarradas
aos ângulos superiores da baliza.

102
9) Uma coluna de frente para o gol, sem goleiro; drible, três passos com a
bola na mão e arremesso para o gol, colocando dois agasalhos nos ângulos
inferiores da baliza.
10) Idem, colocando agasalho do goleiro, preso na trave.
11) Idem, variando o ângulo de arremesso, colunas nas laterais.
Para o aprendizado dos arremessos especiais, é necessária a prática de
alguns exercícios sem bola, que incluem quedas, giros, saltos, inclinações e
transferências de peso do corpo de uma perna para a outra.

Estes exercícios sem bola são os seguintes:

1) Aprender a transferir o peso do corpo de uma perna para outra, inclinações


laterais do tronco, ora para a esquerda, ora para a direita.
2) Queda frontal com amortecimento dos braços.
3) Mergulho à frente, com amortecimento dos braços.
4) Queda lateral, com amortecimento dos braços para a esquerda e para a
direita.
5) Giros rápidos para a esquerda e para a direita.
Feita a prática destes exercícios, introduz-se o uso da bola, mas colocam-se
colchões para proteção durante o aprendizado.
6) Posteriormente, tirar os colchões e dar condições reais de jogo.
7) Introduzir o obstáculo imóvel e fazer a prática dos exercícios de arremesso
que visam a fugir da barreira por salto, por inclinação lateral, por queda lateral, por
reversão.
8) Exercício de arremessos que visam a ganhar terreno, incluindo salto,
queda frontal, mergulho.
9) Colocar um obstáculo alto; o jogador vem driblando; em determinado local
marcado, inicia os três passos com bola, saltando em altura no último passo,
colocando-se em condições de arremessar por cima do obstáculo.
10) Executar arremessos, saindo junto da linha da área do goleiro,
procurando ganhar terreno e arremessar de perto.
11) Combinar os fundamentos, receber, progredir, driblando, dar os três
passos e arremessar.
12) Introduzir adversários, dificultar o arremesso.
13) Jogo de voleibol com arremesso: duas equipes de seis jogadores se
defrontam, cada uma em sua quadra, separados por uma rede de dois metros de
103
altura. Sempre que o adversário vai atacar, dois jogadores da frente saltam fazendo
barreira; os outros quatros, espalhados atrás, não deixam cair a bola no chão.
A bola deverá ser sempre arremessada contra a parte de trás do campo,
demarcada por uma linha a cinco metros da linha de fundo. Podem-se estabelecer
dois passes: um defende e passa para o outro, que deverá passar ao jogador a
executar o arremesso. Este dá os três passos com a bola na mão, salta e procura
furar o bloqueio adversário, pode-se contar um ponto cada vez que a bola locar
aquela região do fundo.
14) Variação do jogo anterior, colocando o gol junto à linha de fundo da
quadra de voleibol; estabelece-se que cada gol conseguido valerá dois pontos e
cada bola que toque o chão valerá um ponto.
15) Jogo entre equipes de quatro ou cinco elementos, em uma quadra de
voleibol sem rede, onde os jogadores devem estar colocados dentro da zona que
compõe as zonas de ataque da quadra de voleibol.
Cada equipe procura arremessar a bola contra o campo adversário, tentando
fazer passar sobre a linha de fundo; cada vez que ultrapassar, consegue um ponto.

Vivências de Bloqueio

Dois contra um: A e B são amigos; A está com a bola e é marcado por um
adversário. B corre em auxilio de A, colocando-se próximo dele, enquanto A sai
driblando por trás de B, em direção ao gol. O adversário retarda sua saída pelo
bloqueio de B.

Dois contra dois: A, de posse da bola, e marcado; B, igualmente. A passa


para B e vai sobre o mercador de B; B recebe a bola e vai com ela sobre o mercador
de A, driblando e recebendo o combate do mercador; B devolve para A, que muda
de direção, passa por trás de B, sai livre, recebendo o benefício do corta-luz, pois B
bloqueia os dois adversários.

Dois contra um: A, driblando e recebendo o combate de um adversário; B,


sem bola, coloca-se entre A e o adversário, bloqueando este e permitindo que A
prossiga livre.

Dois contra dois: A, de posse da bola, e marcado e B, ao lado, também é


marcado. A passa para B, indo sobre seu mercador; B recebe e vai sobre o
mercador de A, driblando e recebendo o combate de seu mercador; B devolve a

104
bola, para A que muda de direção, passando por trás de B, saindo livre e recebendo
o beneficio do corta-luz, pois B bloqueou os dois adversários.

Três contra três: A, de posse da bola, é marcado por um adversário (1); B e C


são marcados cada um por um adversário (2 e 3); A, dribla lateralmente seu
adversário (1); B vai sobre o mercador de A, levando seu mercador e conseguindo
bloquear os dois; C passa por trás de A, recebendo o passe de A por cima e à frente
dos adversários, enquanto A, bloqueia o marcador de C.
A, B, C grau e coluna - três contra três: A. de posse da bola dribla sobre o seu
marcador; B e C. a frente e ao lado, são marcados cada um por um adversário C vai
sobre o mercador de B, B passa por trás de C, recebe o passe de A e tem
oportunidade de sair por trás de C, driblando livremente.

105
Avance com foco no seu aprendizado

Estamos disponibilizando neste espaço de aprendizagem as videoaulas,


um recurso tecnológico, com a intenção de contribuir com sua
aprendizagem sobre os temas referente a unidade de estudo da
disciplina. Este espaço lhe proporcionará a possibilidade de ampliar seu
estudo e ou dirimir as dúvidas sobre o tema.

Processo do Ensino e Aprendizagem Handebol na Escola

Sistema Tático Fundamentos Técnicos de Handebol

106
Explicando melhor a pesquisa

Sugerimos a você à leitura do artigo, Caracterização de lesões desportivas


no basquetebol. Este artigo pretende caracterizar e analisar a incidência de lesões
desportivas em atletas de basquete, com comparação entre os sexos. Realizado
com quinze atletas de cada sexo, da categoria sub-23, foram entrevistados com o
inquérito de morbidade referida. Tendo como resultados, a média de idade das
equipes feminina e masculina foi de 18 ± 0,65 e 18,20 ± 1,57 anos, respectivamente.
A equipe masculina apresentou mais lesões que a feminina (2,6 ± 1,45 contra 1,2 ±
1,18 respectivamente, p < 0,05). A lesão articular foi o tipo de lesão mais comum na
equipe masculina, representando 58,97%, e o segundo mais comum na feminina
(33,33%). Os membros inferiores foram a região mais acometida por lesões (80,95%
na feminina e 69,23% na masculina). O mecanismo de lesão mais comum na equipe
masculina foi a aterrissagem (43,59%) e na feminina o salto vertical (28,57%). Em
ambas as equipes, a maior parte das lesões ocorreu durante os treinos (61,9% na
feminina e 71,8% na masculina). Foi necessário o afastamento em 47,62%
(feminina) e 56,41% (masculina). A maioria dos atletas não realizou tratamento
(61,9% e 51,28% feminino e masculino, respectivamente). O retorno às atividades,
na maioria das vezes, foi sintomático, tanto na equipe feminina quanto na masculina
(85,71% e 84,62% respectivamente). Então a partir dos achados do texto, entende-
se que a incidência de lesões no basquete é maior nos membros inferiores. A equipe
masculina mostra-se mais propensa a sofrer lesões, e os principais mecanismos de
lesão foram diferentes entre as equipes masculina e feminina.

Sugerimos também para uma melhor compreensão dessa disciplina, a leitura


da monografia, Basquetebol como instrumento de inclusão e desenvolvimento
social. A monografia começa retratando um pouco da história do basquete no Brasil
e no mundo, desde o surgimento até os dias atuais. Em seguida, são tratados
assuntos relacionados à mídia, educação, esporte e a importância do basquete
como ferramenta social na construção dos valores dos jovens no Brasil e nos
Estados Unidos. O estudo também cita possíveis soluções a partir de alguns
especialistas para que o esporte volte a ocupar um lugar de destaque. E finalmente,
é feita uma análise da cobertura realizada pelo jornal impresso Correio Brasiliense
durante o pré-olímpico de basquete, realizado em Las Vegas, no período de 22 de
agosto a 3 de setembro de 2007.

107
GUIA DE ESTUDO:
Após a leitura do artigo e da monografia, faça uma resenha crítica, apontando
suas ideias e comparando com o que foi lido nos dois materiais.

108
Leitura obrigatória
Convidamos você a ler o livro Pedagogia do Esporte, O
principal objetivo Paes/Montagner | deste livro é contribuir para
o processo de formação continuada daqueles que desejam
entender um pouco mais sobre o basquetebol e atuar
profissionalmente em qualquer nível de aprendizagem ou
aperfeiçoamento. O livro dá ao basquetebol um tratamento
pedagógico, respeitando a diversidade de cenários,
personagens e significados de sua prática.

PAES, Roberto Rodrigues; MONTAGNER, Paulo Cesar; FERREIRA, Henrique


Barcelos. Pedagogia do esporte: iniciação e treinamento em basquetebol. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.

Sugerimos também para uma melhor compreensão do assunto


abordado neste material, a leitura do livro Handebol teoria e
prática. Na primeira parte do livro, o autor aborda o mercado de
trabalho, faz uma síntese histórica do handebol, analisa oito
métodos para o ensino da modalidade, e analisa também cada
fundamento - passe, recepção, arremesso, progressão, drible e
finta. Na segunda parte, faz uma análise técnica com as
valências físicas a serem trabalhadas e jogadas por cada
posição, desde o goleiro, armador central, armadores direito e
esquerdo, pontas e pivô. Aborda os sistemas e as táticas utilizadas na prática do
Handebol, técnica individualismo ofensiva, defensiva, encerrando o livro com
preparação física, e a ficha de controle técnico (scalt).

TENROLLER, Carlos Alberto. Handebol: teoria e prática Porto Alegre: Nova Prata,
2008.

Guia de Estudo:

Analise os dois livros e faça uma síntese fazendo um paralelo nas duas obras
e relacionando com o assunto abordado nessa disciplina.

109
Pesquisando na internet

Atualmente, a atuação do professor de Educação Física apresenta diversas


possibilidades, dentre essas, o contexto escolar, em que os esportes coletivos
ganham espaço de destaque. Assim, o Ensino do Basquete e Handebol, a partir de
orientações e práticas favorecerá a oferta de aulas diferenciadas a partir do que foi
dialogado.

Guia de Estudo:
A partir deste contexto, pesquise na internet sobre as diferentes Metodologias
utilizadas no Ensino do Basquete e Handebol na Escola. Logo após, investigue
a importância do Basquete e Handebol no âmbito escolar. Após a pesquisa,
elabore uma resposta contextualizada, respondendo à pergunta: Por que os
Esportes Basquete e Handebol são conteúdos primordiais nas aulas de
Educação Física escolar e qual metodologia é a mais indicada?

110
Saiba mais

Leia no repositório a entrevista Um papo com a história, com Pedro


Ferrandiz, treinador europeu com mais títulos, recordes e honras no currículo. Foram
12 ligas espanholas, 10 Copas da Espanha e quatro Europeus. Ao lado do francês
Robert Busnel (prata nas Olimpíadas de 1948 com seus screens) e do soviético
AleksandarNikolic (com sua organização), é considerado um dos três revolucionários
do continente por ter implantado o jogo em contra-ataque como arma mortal.

Leia no repositório o artigo “Handebol: uma visão político-crítica do


seu desenvolvimento como desporto” onde o Dr. Robson Olivoto do Laboratório de
Pesquisa Cientifica da Unipar analisa os fundamentos históricos do Handebol, bem
como a sua evolução desportiva, e afirma que, como todos os desportos inseridos e
praticados em uma sociedade capitalista, este também é determinado, em suas
bases, por setores da sociedade que o dominam com o intuito de promover
espetáculo mesmo que ainda seja de uma forma quase que insignificativa em
relação a desportos como o futebol por exemplo.

GUIA DE ESTUDO

Após a leitura da entrevista e do artigo, faça um texto dissertativo argumentativo


sobre o que você entendeu e disponibilize na sala virtual.

111
Vendo com os olhos de ver

Assista a sequência dos vídeos sobre as posições básicas de ataque e


defesa, com as principais características de cada jogador, características dos
jogadores e movimentação básica para os mesmos no jogo de Handebol.

VÍDEO 1 – O Básico do Handebol.

VÍDEO 2: O Básico do Handebol 2.

112
VÍDEO 3: O Básico do Handebol 3.

VÍDEO 4: O Básico do Handebol 4.


)

VÍDEO 5 – O Básico do Handebol 5.

113
VIDEO 6: Regras do Jogo: Basquete

VIDEO 7: Trabalho Iniciação Esportiva do Basquetebol

114
GUIA DE ESTUDO:

Após assistir aos vídeos faça uma autoanálise crítica aos acontecimentos
pontuando com os assuntos estudados. Depois disponibilize no ambiente
virtual.

115
REVISANDO

O Basquete e Handebol são jogos dinâmicos marcado por ações defensivas e


ofensivas, e para facilitar o desenvolvimento dessas ações, apresentamos neste
capítulo alguns tipos de formações tanto da defesa quanto do ataque.

Os fundamentos técnicos apresentados neste material, são essenciais à


prática do Basquete e Handebol, isso porque através deles os educandos estarão
facilitando e melhorando as condições de jogo. Vimos que existem vários
fundamentos, uns mais simples e outros mais complexos de serem executados.
Nossa função enquanto professor é oportunizar aos seus educandos, desde as
séries iniciais a vivência de todos esses fundamentos.

Aprendemos que é fundamental hoje na aplicação do esporte escolar o uso


de metodologias variadas, pois são elas que irão facilitar o trabalho do professor,
que tem o papel primordial na condução do processo de ensino-aprendizagem.
Neste capitulo apresentamos algumas metodologias, que, quando aplicadas
corretamente nas aulas de handebol acabam fazendo de forma positiva a diferença.
Sabemos que para o sucesso do aprendizado não basta só os métodos é preciso
também saber planejar uma aula, pois é partindo desse processo que são traçados
os objetivos, o melhor método a ser utilizado e como será o processo avaliativo da
aula.

116
Autoavaliação
1. Dentro do contexto, cite e defina alguns conceitos imprescindíveis do universo do
Basquete e Handebol.
2. Sobre o Basquete e Handebol, quais são as principais características marcantes
destes dois jogos coletivos.

3. Durante o processo histórico do Basquete e do Handebol, você consegue


caracterizar quais foram as modificações que estes jogos sofreram?

4 . O que você entende por tática em ambos os esportes?

Com esses questionamento esperamos que você possa refletir sobre o que foi
estudado, fazendo bom uso desse conteúdo no futuro durante sua prática
profissional.

117
Bibliografia

ALMEIDA, Marcos Bezerra de. Basquetebol 1000 Exercícios. Editora: Sprint

BARRETO, H e SANTO, A. - “A Balada da Criação do Basquetebol”. O Treinador,


19. 1987.

BRAGA, Felipe de Mendonça; TELLES, Silvio de Cassio Costa; LEITÃO, Gustavo


Lopes. Handebol de areia no Rio de Janeiro: o início de um novo esporte. In:
EHRET, A. et al. Manual de handebol: Treinamento de base para crianças e
adolescentes. São Paulo: Phorte, 2002.

BALBINO, Hermes Ferreira; PAES, Roberto Rodrigues. Pedagogia do Esporte:


contextos e perspectivas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares


nacionais: Educação Física. Brasília: MEC/SEF, 1998.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino de educação física. São


Paulo: Editora Cortez, 1992.

COSTA, M.M. Aprendizagem do handebol. Brasília: Tipogresso,1980

DARIDO, Suraya Cristina; JÚNIOR, Osmar Moreira de Souza. Para ensinar


educação física: possibilidades de intervenção na escola.São Paulo: Papirus, 2007.

DARIDO, Suraya Cristina; JÚNIOR, Osmar Moreira de Souza. Para ensinar


educação física: possibilidades de intervenção na escola.Campinas, SP: Papirus,
2007.

DE ROSE JUNIOR, Dante; TRICOLI, Valmor. Basquetebol. Uma visão integrada


entre ciência e prática. Barueri, SP: Manole, 2005.

DOS SANTOS, Rogério. 1000 Exercícios. São Paulo: Sprint,1999.

EHRET, A.; SPATE, D.; SCHUBERT, R.; ROTH, K. Tradução de GRECO, P. J.


Manual dehandebol: treinamento de base para crianças e adolescentes.São Paulo:
Phote, 2002.

118
FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE BASQUETEBOL (1994). Regras Oficiais de Jogo
- 1994-98

FREITAS, Armando. O que é handebol? Casa da Palavra, 2007.

GARGANTA, J. Para uma teoria dos jogos desportivos coletivos. In: GRAÇA, A. &
OLIVEIRA, J. (orgs.). O ensino dos jogos desportivos: FCDEF-UP: Centro de
Estudos dos Jogos Desportivos, p. 11-25, 1994.

GONÇALVES, C.; LIMA, T; OLÍMPIO, C. “Origem e evolução do Basquetebol”.


Ludens, 2 – 1977.

GRECO, P. J.; BRENDA, R. N. (1998) – Iniciação Esportiva Universal v.1 e v.2 –


Daaprendizagem motora ao treinamento técnico – Metodologia da Iniciação
Esportiva naEscola e no Clube – Ed. UFMG – B. Horizonte.

GUTMAN, B. The Pictorial History of Basketball. Brompton Books, London. 1988.

HERCHER, W. (1983). Basquetebol. Estampa. Lisboa.

KNIJNIK, J. D. Conceitos básicos para a elaboração de estratégias de ensino e


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