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DIREITO PROCESSUAL PENAL
Princípios Constitucionais do Direito Processual Penal
Prof. Douglas de Araújo Vargas
SUMÁRIO
Princípios...................................................................................................3
Sobre o Professor........................................................................................3
1. Sobre o Curso.........................................................................................4
2. Introdução..............................................................................................5
3. Princípios do Direito Processual Penal.........................................................8
3.1. Princípio do devido processo legal ou due process of law............................9
6.1. Princípio da presunção de inocência ou da não culpabilidade..................... 10
7.3. Princípio do juiz natural....................................................................... 17
7.4. Princípio da ampla defesa..................................................................... 19
7.5. Princípio do favor rei, favor libertatis ou in dubio pro reo.......................... 22
7.6. Princípio da duração razoável do processo.............................................. 22
7.7. Princípio da intranscendência................................................................ 24
7.8. Princípio da autoritariedade.................................................................. 24
7.9. Princípio do duplo grau de jurisdição...................................................... 25
7.10. Princípio da vedação da dupla punição ou ne bis in idem......................... 28
7.11. Princípio da publicidade...................................................................... 29
7.12. Princípio da vedação das provas ilícitas................................................ 31
7.13. Princípio da plenitude de defesa.......................................................... 33
7.14. Princípio da paridade de armas ou igualdade processual......................... 34
7.15. Princípio do contraditório.................................................................... 35
7.16. Princípio da demanda ou da iniciativa das partes................................... 36
7.17. Princípio da não autoincriminação ou nemo tenetur se detegere.............. 37
7.18. Princípios da Oficiosidade e Oficialidade................................................ 38
Resumo.................................................................................................... 40
Questões de Concurso................................................................................ 43
Questões Comentadas................................................................................ 51
Gabarito................................................................................................... 69
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PRINCÍPIOS
Sobre o Professor
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Digo isso porque o primeiro concurso para o qual realmente me dediquei foi o de
Agente da Polícia Federal, em 2012. Naquela prova, organizada pelo CESPE, meu
resultado foi praticamente negativo, errei quase tantas questões quanto acertei....
Então, não sou aquele concurseiro “que estudou duas semanas e passou”. Também
não sou um gênio desses que passa em 1º lugar para Juiz Federal estudando seis meses.
Meus resultados são fruto apenas de esforço e foco nos estudos, que me leva-
ram ao sonho de ser nomeado, empossado e de atuar na área com a qual eu tanto
sonhei. E é isso que eu desejo para vocês.
“Nunca deixe o medo decidir seu futuro. ”
1. Sobre o Curso
nal, assim como o Direito Penal, é uma matéria cobrada tanto em cargos privativos
Digo isso pois nossas aulas serão estruturadas para atender a todos os tipos de
alunos:
alizados;
• Bacharéis em Direito que já estão com um ótimo ritmo de estudo, mas preci-
disciplina, seja qual for o nível de estudo e área de formação de cada um!
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2. Introdução
É claro que o foco do curso estará no CPP. Afinal de contas, nossa disciplina é o
Direito Processual Penal. Entretanto, antes que possamos iniciar o nosso estudo, é
fundamental entender por qual motivo a legislação está dividida nesses dois códi-
gos.
direito adjetivo.
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norma mais famosa do Direito Penal é, de longe, o art. 121 do Código Penal:
Homicídio simples
Art. 121. Matar alguém:
Pena – reclusão, de seis a vinte anos.
e informa que uma pena será aplicada caso o indivíduo o pratique. Se você matar
É fácil notar que o art. 121 do Código Penal Brasileiro tem um caráter clara-
Veja que o legislador define apenas que o autor de um homicídio simples será
O texto da norma não explica como se dará a aplicação da pena. Não trata de
terial. Não cabe a ele tratar de como fazer as coisas: isso é assunto de Direito
adjetivo!
Agora, sim, podemos começar a falar da disciplina. Para iniciar, vejamos dois
a composição das lides penais, por meio da aplicação do Direito Penal objetivo. ”
(Fernando Capez).
execução do que está previsto no Código Penal e em demais leis de natureza penal.
direito de punir (jus puniendi) estatal, ao passo que garante que o Estado respeite
Princípios
Agora que já possuímos esse conhecimento inicial, podemos passar para o es-
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Caro aluno, antes de mais nada: você sabe dizer o que é um princípio?
Para Guilherme Nucci, “o princípio é um postulado que irradia por todo o siste-
ma de normas”.
de um sistema”.
Por mais detalhista que seja o legislador, não conseguirá escrever normas para
todos os casos que demandem a atuação estatal e a aplicação da lei. Nesse sentido,
que regem uma orquestra de normas. Eles cuidam do conjunto, garantido a har-
dúvidas.
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tucionais do Direito Processual Penal, visto que está inscrito em nossa CF/1988:
CF/1988
Art. 5º. LIV – ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido pro-
cesso legal;
que, infelizmente, era algo relativamente comum em nosso país antes da vigência
alizada pela venezuelana Lilian Tintori no programa brasileiro Roda Viva. A cidadã
entrevistadores que seu marido foi condenado a 14 anos de prisão em “um julga-
pena de 14 anos de prisão sem direito a um julgamento que siga os ditames pre-
Note que esse é um princípio com um alcance bastante amplo, pois para que
deral:
CF/1988
Art. 5º. LVII – ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de senten-
ça penal condenatória;
Com certeza você já ouviu a seguinte frase: “somos todos inocentes, até que se
prove o contrário”.
Também por força desse princípio, temos três características básicas em nosso
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Embora essa afirmação pareça ser repetitiva, tem uma razão de ser. Deixe-me
mostrar um exemplo para vocês:
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No caso da reportagem acima, temos uma situação diferente. O réu não alegou
ser inocente, alegou que realmente matou a vítima, porém, em legítima defesa.
Quando isso ocorre, tudo muda. O acusado não está mais se baseando em sua
presunção de inocência para ser absolvido e sim em uma outra alegação. E adivi-
Professor, eu ouvi dizer que o STF agora autoriza que um indivíduo seja preso
após a condenação em segunda instância. O que significa isso? Essa decisão não
guém será considerado culpado até o trânsito em julgado da sentença penal con-
denatória.
dizer que transitou em julgado uma determinada sentença, dizemos que chegou a
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Seguindo essa linha de raciocínio, o fluxo processual penal para um réu comum
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Até aí tudo certo. Entretanto, como os Ministros do STF não tem pena alguma
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Veja que situação peculiar: a decisão ainda não transitou em julgado. Em tese,
o réu ainda possui a sua presunção de inocência, mas já pode ser preso!
A decisão acima não deixa dúvidas: o STF entende que, mesmo que ainda não
exista trânsito em julgado, se houver um acórdão em 2º Grau (ou seja, uma de-
forma. A explicação mais elaborada para essa pergunta é matéria para uma outra
sobre princípios.
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Por hora, o essencial é que você absorva o seguinte conceito: não fere o prin-
da por um Tribunal.
desde já, mesmo que esta seja uma aula com conceitos introdutórios da disciplina.
Você já ouviu falar nos tribunais de exceção? Tribunais de exceção são aque-
les criados temporariamente para julgar um caso (ou alguns casos) após a prática
de um determinado delito.
Tribunal de Nuremberg
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remberg, que foi o tribunal criado pelos aliados para julgar os nazistas por seus
crimes de guerra.
pública, de acordo com o interesse político de uma determinada época? Seria uma
Para se contrapor a esse tipo de ameaça é que surge o princípio do juiz natu-
Como consequência do princípio do juiz natural é que temos o direito de ser jul-
gados por autoridades determinadas pela lei e não de forma arbitrária, o que busca
Essa garantia tem tamanha importância que também está expressa na Consti-
tuição Federal:
CF/1988
Art. 5º. LIII – ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade
competente;
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STF, que está diretamente relacionada com as garantias do princípio do juiz natural.
Súmula 704/STF
“Não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido processo legal a
atração por continência ou conexão do processo do corréu ao foro por prerrogativa de
função de um dos denunciados.”
utiliza a literalidade de seu conteúdo. De toda forma, cabe esclarecer que a Súmula
quer dizer é o seguinte: nos casos em que um réu comum (que não possui foro por
prerrogativa de função) for julgado em conjunto com uma autoridade que tem tal
prerrogativa (portanto seu processo será remetido para o tribunal competente para
CF/1988
Art. 5º. LV – aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em
geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela
inerentes;
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que o acusado disponha de todos os meios lícitos para defender seus direitos. É
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Você sabe o que é a revisão criminal? A revisão criminal é uma espécie de ação
judicial na qual um condenado, cuja sentença inclusive já transitou em julgado,
requer ao tribunal que o condenou a revisão de sua sentença, sob alegação de que
houve um erro, por exemplo.
Súmula 523/STF
No processo penal, a falta da defesa constitui nulidade absoluta, mas a sua deficiência
só o anulará se houver prova de prejuízo para o réu.
Com certeza você já sabe qual a garantia proposta por esse princípio: havendo
Aqui se torna interessante retomar a situação do réu que alega ter matado al-
assumir que matou e alegar que o fez para se defender (de forma legítima), deverá
A resposta, você já sabe: por força do princípio do favor rei, o réu deverá ser
absolvido.
Além disso, existe uma outra consequência interessante desse princípio. Imagine
que um juiz, ao interpretar a lei, chegue a duas respostas distintas, ou seja, houve
dúvida na interpretação da lei, e ele deverá escolher entre duas hipóteses diferen-
tes. Nesse caso, a escolha é simples: o juiz deverá utilizar a interpretação que
Temos aqui mais um princípio para o qual o constituinte deu grande importân-
CF/1988
Art. 5º. LXXVIII – a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a ra-
zoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação.
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nal contra pessoa que não seja a que praticou a conduta criminosa.
Seria absurdo, por exemplo, que um processo penal fosse instaurado para punir
o filho por um crime praticado por seu pai e é esse o tipo de abuso que o princípio
autoridade pública.
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Quanto à ação penal privada, não iremos aprofundar muito, pois essa é uma
matéria que também deve ser abordada em um outro contexto e não na aula de
princípios. Por hora, confie em mim: basta que você saiba que existe essa exceção.
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seja, em nosso país, está acima das leis ordinárias e abaixo da Constituição
Federal.
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Por força desse princípio, não há que se falar em um julgamento único, todo
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Também previsto no Pacto de San José da Costa Rica, este é um princípio tão
bis in idem. A autora já havia sido julgada pelo fato perante a Justiça Militar e es-
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dupla punição:
• Segundo o STF, caso duas ações penais sobre o mesmo fato estejam trami-
absolvição.
contexto democrático como o estruturado pela CF/1988, tem o direito de ser comu-
terminado procedimento pode ser considerado sigiloso, como é o caso, por exem-
Mesmo assim, a justificativa deve ser sólida o suficiente para justificar a nega-
tiva de informações por parte do Estado a seu povo. No caso do inquérito policial,
de contas, ele pode ser inocente e a mera divulgação de que está sendo alvo de um
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de é o interesse social.
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fechadas e sob forte esquema de segurança, ato que busca a preservação da ordem
Este princípio é um dos que despenca em provas de concursos, seja nas ques-
tões objetivas ou nas discursivas. Assim como alguns outros princípios do Direito
Mas, professor, o que acontece quando o juiz identifica que há uma prova ilícita
no processo? Essa é uma questão muito pertinente. Via de regra, a solução é sim-
Caso uma prova ilícita não senha desentranhada do processo, mas o juiz não a
utilize para fundamentar sua decisão de condenar o réu, essa prova não irá con-
Ou seja: se a prova não for utilizada, não há problema, pois não haverá prejuízo
Art. 157. § 1º São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando
não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas
puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras.
Aqui temos as chamadas provas ilícitas por derivação, cujo conteúdo é objeto
de estudo da aula de provas. Em uma abordagem inicial, basta saber que provas
É claro que existem condições que devem ser avaliadas para determinar se uma
determinada prova foi contaminada pela ilicitude de outra, mas isso é assunto para
pronto!
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acusação se torna mais pesado do que seria diante de um magistrado, que é espe-
cialista em Direito e que deve analisar o conjunto probatório de uma maneira mais
formal.
Diante desse cenário, surge a pergunta: Como fazer para tornar o procedi-
âmbito do tribunal do júri, a utilização de argumentos que não seriam válidos pe-
rante um juiz singular, tais como justificativas de cunho moral, social e até mesmo
sentimentais.
lizar uma argumentação mais ampla para assegurar seu direito a liberdade do que
do júri.
Por fim, é importante notar que esse princípio está previsto expressamente
em nossa CF:
CF/1988
Art. 5º. XXXVIII – é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der
a lei, assegurados:
a) a plenitude de defesa;
É fato que o Estado possui uma estrutura jurídica para amparar suas atividades,
por meio de órgãos como o Ministério Público, Advocacia Geral da União, seus tri-
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Além disso, via de regra, cabe a este mesmo Estado, como todo o seu aparato
jurídico, iniciar a persecução penal para punir aqueles que venham a transgredir a
Lei Penal.
Deste ponto de vista, veja que um cidadão comum, que muitas vezes sequer
possui um advogado, ao ter um processo penal instaurado contra si, fica numa si-
tuação de desigualdade perante o Estado, que possui muito mais recursos para
que visa assegurar que ambas as partes do processo (seja o acusador, na figura
• Direito à defesa técnica ao acusado que não possuir dinheiro para pagar um
público.
cia do contraditório, ou seja, de ouvir a outra parte sobre os fatos e provas apre-
em juízo. Ou seja: o réu deve ser intimado da prova apresentada contra ele e tam-
bém deve ter a oportunidade de se manifestar sobre ela. Só então haverá validade
te na Constituição Federal:
CF/1988
Art. 5º. LV – Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em
geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela
inerentes;
pelo oferecimento de uma denúncia, atos que são realizados respectivamente pelo
Um juiz não pode, ele próprio, investigar, oferecer a denúncia e condenar. Essa
atitude é própria de sistemas inquisitórios e que obviamente não são nada impar-
ciais. Afinal de contas, quão justo pode ser um julgamento proferido pela mesma
mente do chamado princípio da demanda, que impede que o juiz inicie a perse-
gistrado, que só pode julgar o caso nos limites da denúncia, não podendo
Esse eu aposto que você conhece. Afinal de contas, falar desse princípio virou
moda por causa do etilômetro (vulgo bafômetro), objeto que tanto aterroriza os
Toda vez que um agente de trânsito aparece com o aparelho, já está pronto
para ouvir do condutor do veículo a velha alegação: “não vou assoprar – não sou
Deixando a lei seca e suas implicações de lado, eu tenho que admitir que o
exemplo nos atende muito bem, pois demonstra justamente uma aplicação prática
âmbito dos delitos de trânsito. Este foi apenas um exemplo para contextualização.
mesmo a participar de qualquer ato que possa incriminá-lo (tal como uma reprodu-
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ato, por exemplo, um indivíduo que aceita fazer o teste do etilômetro, não poderá
mais voltar atrás para anular a prova que produziu contra si, ela será perfeitamente
válida.
homicídio, por exemplo, quando uma viatura se depara com um corpo no chão,
ferido por três disparos de arma de fogo, se omita e não faça nada para apurar o
E quem garante que os órgãos estatais não possam se omitir e tenham o dever
princípio da oficiosidade!
Em segundo lugar, temos o princípio da oficialidade, que por sua vez, está
procuradores), a persecução penal também deve ser exercida por órgãos oficiais
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“Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência não é um ato – é um hábito. ” (Aris-
tóteles)
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RESUMO
Caro aluno, chegamos ao fim de nossa aula. Mas, antes que possamos seguir
Direito substantivo:
Direito adjetivo:
Princípios
Conceitos:
a ele inerentes;
• Favor rei: mandamento que garante que no caso de dúvida entre a tese da
sempre ser reavaliada ao menos perante uma instância além da que original-
• Ne bis in idem: veda que o acusado seja julgado e punido duas vezes pelo
mesmo fato;
• Vedação das provas ilícitas: princípio que determina que provas ilícitas
a condenação do réu;
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atuação perante jurados que podem decidir por meio da íntima convicção;
• Paridade de armas: princípio que preza pelo equilíbrio entre as partes, que
pessoas distintas;
penal;
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QUESTÕES DE CONCURSO
flagrante delito, ainda que pela prática de crime inafiançável e hediondo, é razão,
estupro que recorrer da sentença penal condenatória não poderá ser considerado
forçado a produzir prova contra si mesmo. Por outro lado, a recusa em fazê-lo pode
pio da ampla defesa e da plenitude de defesa são sinônimos, visto que ambos têm
exercício da defesa.
acusado de não ser privado de sua liberdade em um processo que seguiu a forma
formalidade pelo juiz ensejar a nulidade absoluta do processo, por ofensa a esse
princípio.
advogado de defesa não pode pedir, em alegações finais, a qualquer título, a con-
ampla defesa.
princípio
a) da oficialidade.
b) da publicidade.
c) do juiz natural.
d) da verdade real.
e) do contraditório.
da ampla defesa:
a) a indisponibilidade do processo.
b) a imediatidade.
c) a isonomia processual.
penal incluem
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a) indisponibilidade.
b) verdade real.
e) favor rei.
a) do juiz natural.
b) do estado de inocência.
c) da verdade real.
d) da obrigatoriedade.
e) do contraditório.
d) natos.
a) do contraditório.
c) do Promotor natural.
d) da ampla defesa.
e) da presunção de inocência.
do princípio processual
a) da paridade de armas.
b) do contraditório.
c) da ampla defesa.
e) do estado de inocência.
blica Federativa do Brasil que “Não haverá juízo ou Tribunal de exceção; inciso LIII?
a) da presunção de inocência.
b) da ampla defesa.
d) da dignidade.
e) do juiz natural.
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c) da presunção de inocência.
d) do juiz natural.
e) da intervenção mínima.
Direitos do Homem, proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em Pa-
ris, aos 10 de dezembro de 1948, consagra que toda pessoa tem direito, em condi-
ções de plena igualdade, de ser ouvida publicamente e com justiça por um tribunal
a) do juiz natural.
b) da ampla defesa.
c) do contraditório.
e) da publicidade.
acima expostas?
e) Presunção de inocência
cionais do processo penal a seguir enumerados, assinale o que admite que a legis-
a) Princípio do contraditório.
b) Princípio da publicidade.
Direitos Humanos
c) não é previsto expressamente nem pela CR/88 nem pela Convenção Americana
de Direitos Humanos.
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QUESTÕES COMENTADAS
tar essa exceção. O IP, ao contrário da ação penal que este poderá embasar, é um
procedimento inquisitório (e não acusatório), caso em que não está submetido aos
princípios do contraditório e ampla defesa. Veja que tal característica é uma exceção
à regra em nosso processo penal – que desde já você precisa conhecer – mas que
flagrante delito, ainda que pela prática de crime inafiançável e hediondo, é razão,
É exatamente isso. Embora essa situação, via de regra, cause revolta na sociedade,
visto que as pessoas em geral não conhecem o princípio do processo penal, a liber-
CF/1988, até que isso ocorra, deve ser considerado inocente, por mais absurdo que
estupro que recorrer da sentença penal condenatória não poderá ser considerado
Assim como observado na questão anterior, por mais que já exista uma conde-
nação, se essa ainda não tiver transitado em julgado, ainda não cessa o efeito do
forçado a produzir prova contra si mesmo. Por outro lado, a recusa em fazê-lo pode
nemo tenetur se detegere. Nesse sentido, a utilização desse direito não pode ser
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Questão bem fácil, sequer elaborou muito sobre os princípios, o examinador sim-
Se você errou essa questão, não fique chateado(a). O texto ficou bem capcioso.
ampla defesa (que por sua vez se aplica a todo procedimento criminal).
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processo (vedação das provas ilícitas). Entretanto, existe uma exceção: a utilização
pio da ampla defesa e da plenitude de defesa são sinônimos, visto que ambos têm
exercício da defesa.
Veja como os examinadores adoram essa comparação entre ampla defesa e pleni-
tude de defesa, para induzir o candidato em erro. Mas você não vai cair nessa! Ple-
acusado de não ser privado de sua liberdade em um processo que seguiu a forma
formalidade pelo juiz ensejar a nulidade absoluta do processo, por ofensa a esse
princípio.
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comprovação de que houve prejuízo para o acusado. Nesse sentido, não é qual-
da presença de prova ilícita que não foi desentranhada do processo. Se ela não for
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Nossa... “de forma absoluta, expressa e enfática”. Até quem não estudou essa aula
ficaria desconfiado depois de tanta ênfase. E de fato, como você já está cansado de
saber, provas ilícitas podem ser utilizadas na defesa de réu inocente, para compro-
var sua inocência, de modo que existe exceção ao princípio da vedação das provas
ilícitas.
Questão que parece ser muito complexa, mas não se assuste. Analisando deva-
gar veremos que, na verdade, não tem segredo nenhum nessa questão! O que a
um acusado para seu interrogatório (ou seja, mandar que a polícia ou o oficial de
justiça conduza o réu à força para a audiência), se este tem o direito de nada di-
zer? Se ele pode ficar calado, deveria também ter a opção de simplesmente não
comparecer ao seu interrogatório, haja vista que não faz sentido conduzir alguém
coercitivamente para que este meramente fique calado. Embora, é claro, na prática
o juiz possa mandar conduzir coercitivamente o réu nesses casos, a doutrina apon-
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advogado de defesa não pode pedir, em alegações finais, a qualquer título, a con-
ampla defesa.
Essa questão extrapola um pouco o estudo dos princípios, mas é muito interessante
para que possamos treinar nosso raciocínio e evoluir nos estudos. Veja que o advo-
gado de defesa tem que trabalhar no intuito de garantir a melhor defesa possível
para o acusado. Entretanto, isso não significa que ele não possa pedir a condenação
por uma estratégia que não envolva pedir a absolvição de seu cliente e sim uma
condenação mais branda (como, por exemplo, argumentar pela condenação do réu
por homicídio simples, e não por homicídio qualificado). Ao traçar uma estratégia
tará a ampla defesa só por não pedir que o acusado seja inocentado.
princípio
a) da oficialidade.
b) da publicidade.
c) do juiz natural.
d) da verdade real.
e) do contraditório.
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Essa questão não ficou – na humilde opinião de seu professor – muito bem ela-
borada. Pois a condenação do réu sem defensor viola o direito a defesa técnica
(diretamente relacionado ao princípio da ampla defesa e não ao do contraditório).
Entretanto, de forma indireta, tal condenação também viola o contraditório. E como
nenhuma das outras opções faz sentido, essa é a alternativa correta.
(igualdade) processual.
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penal incluem
a) indisponibilidade.
b) verdade real.
e) favor rei.
Veja que não é à toa que eu costumo observar quando um princípio está expressa-
outro lugar (como o Pacto de San José ou na legislação ordinária). Algumas vezes
a) do juiz natural.
b) do estado de inocência.
c) da verdade real.
d) da obrigatoriedade.
e) do contraditório.
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De novo essa mania feia do examinador de misturar a ampla defesa com o con-
traditório. Mas é importante que tenhamos contato com esse modo de explorar o
assunto, pois ele pode ser utilizado na sua prova. A ampla defesa é um princípio por
si só. Mas do modo como foi cobrado, novamente o examinador buscou a ligação
indireta que existe entre a ampla defesa e o contraditório (voltada à isonomia entre
acusação e defesa).
d) natos.
nável. Entretanto, eu sempre repito aos meus alunos: não estamos aqui para dis-
putar uma queda de braço com as bancas, estamos aqui para entender como elas
Nesse sentido, embora essa questão envolva também um pouco de Direito Constitu-
Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviola-
bilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos
termos seguintes
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Veja que essa questão não trata de princípio da ampla defesa propriamente, e sim
do caput do art. 5º, com o qual o examinador fez um jogo de palavras. Não gosto
de questões assim. Mas temos que vencê-las também. Com base no enunciado
(que determina que você responda de acordo com a CF/1988), a única resposta
art. 5º, não apenas para esse princípio, mas para todas as garantias fundamentais
a) do contraditório.
c) do Promotor natural.
d) da ampla defesa.
e) da presunção de inocência.
Essa questão é bem mais fácil que as anteriores. Conforme estudamos, lembre-se
o que faz com que caiba a acusação reverter essa nossa condição original. Logo,
acusação.
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do princípio processual
a) da paridade de armas.
b) do contraditório.
c) da ampla defesa.
e) do estado de inocência.
Essa é muito fácil! Conforme estudamos, o princípio que vela pela igualdade de
blica Federativa do Brasil que “Não haverá juízo ou Tribunal de exceção; inciso LIII?
a) da presunção de inocência.
b) da ampla defesa.
d) da dignidade.
e) do juiz natural.
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tando ao assunto da questão, o princípio que determina que devemos ser julgados
com imparcialidade, por um julgador determinado por lei – e não constituído es-
c) da presunção de inocência.
d) do juiz natural.
e) da intervenção mínima.
processo legal, que no caso da questão, foi totalmente desrespeitado pelo juiz, que
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Direitos do Homem, proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em Pa-
ris, aos 10 de dezembro de 1948, consagra que toda pessoa tem direito, em condi-
ções de plena igualdade, de ser ouvida publicamente e com justiça por um tribunal
a) do juiz natural.
b) da ampla defesa.
c) do contraditório.
e) da publicidade.
Veja como os examinadores adoram esse assunto! Ao dizer que as pessoas têm
revela-se a preocupação da norma com evitar tribunais criados para julgar causas
a) a liberdade provisória.
c) a publicidade restrita.
delito.
Esse tipo de questão mostra o motivo pelo qual eu sempre cito onde está previs-
outro tipo de norma. Os examinadores adoram cobrar esse tipo de coisa, o que eu
considero injusto, porque não basta o candidato saber o conteúdo, tem também
que dominar a fonte de cada conhecimento adquirido. Entretanto, como não pode-
mos controlar as bancas, temos que nos adaptar, certo? Nesse sentido, lembre-se
jurídico, não está previsto diretamente na CF/1988, e sim no Pacto de San José da
Costa Rica!
incluem
a) a publicidade.
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Essa questão, mesmo sendo para juiz, é relativamente fácil. Perceba que as as-
matérias específicas como princípios relacionados com a ação penal, por exemplo.
publicidade.
conteúdos responda.
2) “Basta ao corpo social que os culpados sejam geralmente punidos, pois é seu
maior interesse que todos os inocentes sem exceção sejam protegidos” (Lau-
zé di Peret).
tem por missão proteger dos abusos e dos erros da autoridade todos os cida-
acima expostas?
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e) Presunção de inocência
difícil. Mas basta ler com calma para responder sem erro! Veja que as três premis-
Nesse sentido, o princípio que melhor se relaciona com tais ideias é, sem dúvidas,
o da presunção de inocência.
cionais do processo penal a seguir enumerados, assinale o que admite que a legis-
a) Princípio do contraditório.
b) Princípio da publicidade.
social e a garantia da ordem pública) pode ser mitigado por legislação infraconsti-
tucional, que poderá lhe estabelecer exceções sem que isso seja considerado ilícito
ou que tal medida invalidade o processo penal para o qual a medida for decretada.
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Direitos Humanos
c) não é previsto expressamente nem pela CR/88 nem pela Convenção Americana
de Direitos Humanos.
não apenas que sabe o conteúdo, mas que também sabe a fonte da qual emana
quase todo princípio e conceito. Infelizmente, só nos cabe saber dessa prática e
Conforme observamos em nossa aula, o duplo grau de jurisdição não está previsto
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GABARITO
1. C 27. A
2. C 28. E
3. C 29. B
4. E 30. B
5. E
6. C
7. C
8. E
9. E
10. E
11. E
12. C
13. E
14. C
15. E
16. E
17. C
18. C
19. E
20. E
21. E
22. A
23. E
24. A
25. A
26. E
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