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Gestão de Riscos

Responsável pelo Conteúdo:


Prof.ª Me. Májida Farid Barakat

Revisão Textual:
Prof. Me. Luciano Vieira Francisco
Gestão de Riscos

Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos:


• Termos e Conceitos;
• Origem e Evolução da Gestão de Riscos;
• Gerenciamento de Riscos.

Fonte: Getty Images


Objetivos
• Conhecer e discutir os conceitos de perigo, probabilidade, severidade e riscos, assim
como o gerenciamento destes;
• Conhecer o histórico do gerenciamento de riscos;
• Entender os benefícios do gerenciamento de riscos.

Caro Aluno(a)!

Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o úl-
timo momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material
trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.

Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você
poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns
dias e determinar como o seu “momento do estudo”.

No material de cada Unidade, há videoaulas e leituras indicadas, assim como sugestões


de materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua interpretação e
auxiliarão o pleno entendimento dos temas abordados.

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de
troca de ideias e aprendizagem.

Bons Estudos!
UNIDADE
Gestão de Riscos

Contextualização
O gerenciamento de riscos para o profissional engenheiro de segurança do trabalho
se apresenta como uma ferramenta facilitadora e de melhoria continuada na condução
da gestão de segurança com foco na prevenção – e não na reatividade.

Ademais, o domínio do gerenciamento de riscos promove a cultura de antecipação


dos problemas em relação à segurança, possibilitando a você, profissional, um com-
portamento proativo. Significa gerenciar efetivamente o risco, sem que os indicadores
reativos de segurança do trabalho sejam exclusivos orientadores das ações de prevenção
e adoção de indicadores de risco como instrumentos de orientação estratégica da abor-
dagem de prevenção de acidentes e doenças ocupacionais.

Nesta Unidade, você aprenderá os principais conceitos do gerenciamento de riscos e a


sua aplicação na área da segurança do trabalho, com destaque aos termos perigo e risco.

Ademais, existe uma diferença fundamental entre risco e perigo. A distinção entre as
duas é importante para a implementação de ações de proteção e prevenção. Essa dis-
tinção é essencial principalmente para que a análise de risco seja realizada devidamente.

Quando bem estabelecidos os riscos e perigos, a análise tende a ser mais assertiva e,
como consequência, protetora e preventiva.

Nos casos em que não são bem estabelecidos, a prevenção é restringida a uma norma
de segurança. Assim, as atitudes são voltadas aos acidentes e deixa-se de lado as cau-
sas mais profundas que desencadeiam os demais perigos e os seus controles, evitando
a reincidência.

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Termos e Conceitos
Caro(a) aluno(a),

Durante toda esta Unidade, conheceremos a técnica de gerenciamento de riscos


aplicada à segurança do trabalho; mas para isso você precisa ter clareza sobre os ter-
mos e conceitos utilizados em tal prática.

Você sabe explicar a diferença entre perigo e risco? Ou para você esses termos
são sinônimos?

A definição e o conceito de risco e perigo são controversos. A literatura não tem


homogeneidade no uso dessas expressões – e mesmo sobre análise de risco. Por
exemplo, se você fizer uma simples busca no Dicionário do Aurélio (2013) já será su-
ficiente para observar que as definições de risco e perigo apresentam certa confusão
de conceitos; por isso, veremos essas expressões aplicadas ao seu interesse de estudo,
ou seja, no âmbito da Segurança do Trabalho.

Perigo
Conforme a Norma ISO 45001:2018, perigo se refere à fonte ou situação com
potencial para causar danos e deteriorar a saúde, ou seja, o efeito adverso à condição
física, mental e/ou cognitiva de uma pessoa.

Já o Guia BS 8800:1996 define perigo como uma fonte ou situação com potencial
de provocar danos em termos de ferimentos humanos ou problemas de saúde, à pro-
priedade, ao ambiente, ou uma combinação disto. Nesta definição, problema de saúde
é entendido como a saúde deteriorada, o que é julgado como causado, ou piorado,
pela atividade ou ambiente de trabalho de uma pessoa.

Em termos mais simples, perigo refere-se à fonte geradora do problema. O seu


conceito fica mais próximo ao da iminência da ocorrência do evento denominado
acidente ou doença.

Um perigo deve ser reconhecido e entendido de forma a gerir o risco relacionado.


Compreender um perigo inclui a sua natureza, magnitude e as consequências poten-
ciais, assim como os mecanismos de sua manifestação e o dano residual (ANGLO
AMERICAN, 2011).

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UNIDADE
Gestão de Riscos

Veja alguns exemplos de perigo:

A carga e descarga de materiais As longas escadas na rotina diária de um pintor

Vazamento de benzeno Nível de ruído acima dos padrões estabelecidos


Figura 1 – Exemplos de perigo
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images

Adotaremos o conceito de perigo como sendo qualquer fonte, elemento ou situação poten-
cialmente capaz de causar perdas, em termos de danos à saúde, ou provocar uma lesão qual-
quer decorrente do trabalho e de seu ambiente, ou ainda uma combinação entre os quais.

Probabilidade
Quando se possui um histórico de acontecimentos de determinado evento indeseja-
do, torna-se possível estabelecer uma frequência de ocorrências. Nesse contexto, a fre-
quência seria bem definida por um número, ou seja, quantas vezes um evento indesejado
ocorreu em determinado intervalo de tempo.

Diferentemente da frequência, probabilidade é a possibilidade que existe entre várias,


na qual um fato ou condição pode acontecer.

Se você lançar um dado, qual é a probabilidade de a face com quatro pontos ficar voltada
para cima?

Se respondeu que a probabilidade é de um para seis, você acertou!

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Nesse caso, fica fácil você entender a definição de probabilidade, pois se o dado tem
seis faces diferentes – número de possibilidades – e você espera obter uma condição
específica – a face com quatro pontos voltados para cima –, a razão entre esses valores
resulta na probabilidade.

Logo, com base em informações de probabilidade de ocorrência de perigos, você


pode determinar riscos.

É justamente por isso que a classificação resultante das análises de riscos estabelece
uma relação entre o parâmetro probabilidade e o parâmetro severidade, ou seja, a
chance de determinado evento indesejado ocorrer, com dada severidade.

Severidade
A Australian and New Zealand Standard AZ/NZS 4360 (STANDARDS
AUSTRALIA, 1999) define a severidade como a magnitude de danos provocados pelo
evento indesejado.

Uma análise de riscos pressupõe que determinado evento indesejado tem o potencial
de ocorrer, baseado na percepção das pessoas e nos registros históricos – o que você
aprendeu como probabilidade.

Somente se o evento indesejado vier a ocorrer é que serão sofridas as suas conse-
quências. E os efeitos dessas consequências podem ser mais ou menos graves. É justa-
mente essa medida de gravidade da consequência que podemos chamar de severidade.

Nesse contexto, severidade não deixa de ser tanto a medida da eventual consequência,
quanto a magnitude de eventuais danos.

Riscos

Que uma das origens do termo risco mais aceitas na literatura é a que se trata de um
conceito náutico em espanhol e que significa correr o perigo, ou ir contra a rocha, que
no século XVII encontrou o seu caminho para o inglês? (GIDDENS, 1991). A outra origem
encontrada na literatura é que risco é proveniente da palavra risicu, ou riscu, que em latim
significa ousar (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2018).

Segundo a ISO 45001:2018, risco é a combinação da probabilidade de um evento


ou uma exposição perigosa e a gravidade dos danos, ou a deterioração de saúde que
pode fazer com que o evento ou a exposição ocorra.

De acordo com a definição da Australian and New Zealand Standard AZ/NZS


4360 (STANDARDS AUSTRALIA, 1999), risco representa a chance de algo causar
impacto nos objetivos mensurados em consequências e probabilidades.

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UNIDADE
Gestão de Riscos

Muitas vezes o risco é expresso na combinação das consequências, severidade da


lesão, ou ainda danos à saúde das pessoas, condição causada por um evento perigoso
– incluindo mudanças nas circunstâncias – e a probabilidade associada ao que acontece.

Ademais, o grupo de especialistas da Society for Risk Analysis (SRA, 2015) apre-
sentam as seguintes definições gerais qualitativas de risco:
• A possibilidade de uma infeliz ocorrência;
• O potencial para a realização de consequências negativas/indesejadas de um evento;
• Exposição a uma proposição – por exemplo, a ocorrência de uma perda –, sendo
esta incerta;
• As consequências da atividade e as incertezas associadas;
• Incerteza sobre uma atividade e a severidade das consequências desta, mais as in-
certezas associadas; e
• O desvio de um valor de referência e as incertezas associadas.

Risco corresponde à combinação da probabilidade e severidade da ocorrência de uma situa-


ção específica de perigo.

Em linhas gerais, podemos entender o risco como os efeitos da fonte geradora.


Ademais, utilizando-se de alguns dos exemplos citados no item perigo, fica mais fácil
compreender o que significa risco.

Se o andaime é o perigo, a queda do colaborador desse espaço seria classificada


como o risco.

No caso do ruído, se o seu nível acima dos padrões estabelecidos é o perigo, o dano
à audição do colaborador seria denominado risco.

Portanto, o perigo é a fonte, situação ou ato; enquanto o risco é a probabilidade


versus a severidade.

Assista ao vídeo disponível em: https://youtu.be/yHnj7TLauzc para reforçar e esclarecer as


diferenças entre perigo e risco.

O risco avaliado a partir de qualquer atividade controlável deve ser menor do que o
risco das causas, de modo a ser definido como aceitável. Na impossibilidade de eliminar
o perigo ou reduzir a zero a chance de se expor ao qual, colocam-se barreiras – ou con-
troles –, reduzindo a chance de se expor a alguma condição perigosa.

Na mesma medida em que o risco pode diminuir na proporção do acréscimo de


novos controles, o risco não será zero, mas pode ser pequeno dependendo justamente
dos controles existentes. Ademais, o controle dos riscos é possível apenas a partir do
conhecimento que se tem sobre os quais, ou seja, de um estudo de riscos.

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Já a avaliação de riscos representa o processo global para estimar a magnitude do
risco e decidir se é tolerável ou aceitável.

Tipos de Riscos em Segurança do Trabalho


Os riscos no ambiente laboral podem ser classificados em cinco tipos:
1. Físicos: consideram-se agentes de risco físico as diversas formas de energia a
que possam estar expostos os trabalhadores, tais como ruído, calor, frio, pres-
são, umidade, radiações ionizantes e não ionizantes, vibração etc.;
2. Químicos: consideram-se agentes de risco químico as substâncias, os com-
postos ou produtos que possam penetrar no organismo do trabalhador pela via
respiratória, nas formas de poeiras, fumos, gases, neblinas, névoas ou vapores;
ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou serem
absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão;
3. Biológicos: consideram-se como agentes de risco biológico as bactérias, os
vírus, fungos, parasitos, entre outros;
4. Ergonômicos: qualquer fator que possa interferir nas características psicofi-
siológicas do trabalhador, causando desconforto ou afetando a sua saúde. São
exemplos de riscos ergonômicos o levantamento de peso, ritmo excessivo de
trabalho, a monotonia, repetitividade, postura inadequada de trabalho etc.;
5. Acidentes: qualquer fator que coloque o trabalhador em situação vulnerável,
afetando a sua integridade e o seu bem-estar físico e psíquico. São exemplos
de riscos de acidente as máquinas e os equipamentos sem proteção, a proba-
bilidade de incêndio e explosão, o arranjo físico inadequado, armazenamento
impróprio etc.

O seguinte Quadro resume e identifica os cinco tipos de riscos:

Quadro 1
Grupo Riscos Cor de identificação Descrição
Ruído, calor, frio, pressões, umidade, radiações ionizantes
1 Físicos Verde
e não ionizantes e vibrações.
Poeiras, fumos, gases, vapores, névoas, neblinas
2 Químicos Vermelho
e substâncias compostas ou produtos químicos em geral.
3 Biológicos Marrom Fungos, vírus, parasitas, bactérias, protozoários e bacilos.
Esforço físico intenso, levantamento e transporte manual
de peso, exigência de postura inadequada, controle rígido
de produtividade, imposição de ritmos excessivos, trabalho
4 Ergonômicos Amarelo
em turno e noturno, jornadas prolongadas de trabalho,
monotonia e repetitividade e outras situações causadoras
de estresse físico e/ou psíquico.
Arranjo físico inadequado, iluminação imprópria,
probabilidade de incêndio e explosão, eletricidade,
5 Acidentes Azul
máquinas e equipamentos sem proteção, armazenamento
inadequado, quedas e animais peçonhentos.
Fonte: Acervo do Conteudista

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UNIDADE
Gestão de Riscos

Origem e Evolução da Gestão de Riscos


As aplicações de riscos são antigas, provavelmente tendo surgido em torno de 3200
a.C., no vale dos rios Tigre e Eufrates, quando um grupo denominado Asipu serviu
como consultor para traduzir os sinais dos deuses para as pesso-
as que trabalhavam com riscos, incertezas e/ou dificuldades de
decisões (OLIVEIRA, 2012).

Mas as discussões relativas ao risco tinham cunho filosófico


ou religioso como, por exemplo, a probabilidade sobre a exis-
tência de Deus ou a vida após a morte.

A gerência de riscos surgiu como técnica nos Estados Unidos,


no ano de 1963, com a publicação do livro Risk management
in the business enterprise, de Robert Mehr e Bob Hedges. Se-
guramente, uma das fontes de consulta ou de inspiração dos
autores foi um trabalho de Henry Fayol, divulgado na França,
em 1916. Ademais, a origem da gerência de riscos é a mesma
Figura 2
da administração de empresas, a qual conduziu aos processos de Fonte: iStock/Getty Images
qualidade e produtividade.

Para conhecer mais a história do risco, leia o livro Desafio aos deuses – a fascinante
história do risco, de Peter L. Bernstein (2018).

Há não mais de quarenta anos, reconheceu-se as primeiras revistas científicas, artigos


e conferências que abordam ideias fundamentais e princípios sobre como avaliar ade-
quadamente e gerenciar riscos (AVEN, 2016).

Segundo Iacob (2013), a prerrogativa da gestão de riscos que se desenvolveu rapida-


mente nos últimos anos, tanto em nível conceitual, quanto teórico e prático, corresponde
ao estabelecimento da execução de medidas para identificar fontes de risco e procedimen-
tos que permitam mantê-los sob controle, apesar de não poder eliminá-los totalmente.

Por ser uma técnica relativamente nova, a sua divulgação e adaptação pelos países
variaram de acordo com as necessidades de momento, das experiências dos técnicos
que a difundiram, da fase de desenvolvimento pela qual estava passando o país e outros
motivos mais. No Brasil, o seu ingresso se deu na segunda metade da década de 1970,
com a aplicação voltada especificamente para a área de seguros, com vistas à prevenção
de riscos em bens patrimoniais, segurados pelas empresas do setor.

Dessa forma, os seus conceitos começaram a se propagar juntamente com os senti-


dos prevencionistas do mercado segurador brasileiro, principalmente no que diz respeito
ao risco de incêndio. Todavia, com o intercâmbio entre os países e a melhor compreen-
são da técnica, vislumbrou-se melhor futuro para a qual.

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Com o surgimento das primeiras indústrias, os acidentes de trabalho e as doenças
profissionais se alastraram, tomando grandes proporções, sendo, então, comumente
provocados por substâncias e ambientes inadequados devido às condições em que as
atividades fabris se desenvolviam (RUPPENTHAL, 2013).
No Brasil, especificamente no Município de Cubatão, situado na baixada santista,
Estado de São Paulo, com o Plano de Controle da Poluição de Cubatão, em 1983,
desencadeou-se uma série de exigências para garantir a boa operação e manutenção
de processos, tubulações e terminais de petróleo e produtos químicos das 111 unidades
industriais locais, dando início ao uso institucional desse tipo de estudo (HSO, 2015).

Assista à reportagem disponível em: https://goo.gl/zCmYSx e conheça mais sobre a história


de recuperação do Município de Cubatão, SP.

Certamente, não como um processo estruturado, mas a gestão de riscos, ao menos


relativa aos riscos ocupacionais, já podia ser identificada na indústria brasileira desde o
Decreto Legislativo (DL) n.º 3.724, de 15 de janeiro de 1919, que introduziu o con-
ceito de risco profissional e determinou o pagamento de indenização ao segurado ou
à família desse, proporcional à gravidade das sequelas do acidente. Após esse período,
mantendo a concepção do risco profissional e ampliando a abrangência do sentido de
doença profissional, foi promulgado o Decreto n.º 24.637, de 10 de julho de 1934, ao
qual seguiram-se outras importantes leis consideradas conquistas dos trabalhadores por
prever melhores condições de salário, segurança e/ou saúde.
Com o passar dos anos, as leis concernentes à saúde e segurança do trabalhador têm
se tornado cada vez mais rigorosas. Nesse sentido, implantar o gerenciamento de pe-
rigos e riscos visando a proteção do colaborador tornou-se obrigação das organizações
que queiram se manter corretamente diante da legislação e que também compartilhem,
em seus estatutos, valores ligados à saúde e segurança de sua equipe.

Que um dos requisitos mais relevantes da ISO 45001:2018 é o gerenciamento de perigos


e riscos, criado para evitar acidentes – ou causas de acidentes – durante a rotina dos co-
laboradores ou em ocasiões excepcionais? A realização desse item de maneira satisfatória
contribui ao futuro seguro tanto da empresa, quanto da equipe de funcionários.

Gerenciamento de Riscos
O gerenciamento de riscos tem aplicação sistemática de políticas, procedimentos
e práticas de gestão para as atividades de comunicação, consulta, estabelecimento do
contexto; assim como na identificação, análise, avaliação, tratamento, monitoramento e
análise crítica dos riscos. A gestão do risco é determinada pelas atividades coordenadas
para dirigir e controlar uma organização – no que se refere ao risco.

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UNIDADE
Gestão de Riscos

Em seu processo, há incorpo-


Processo de gerenciamento de riscos
ração da avaliação de riscos, cujo
item fundamental é a análise de Processo de avaliação de riscos
riscos, então estabelecida em um
processo de identificação dos pe- Análise de riscos
rigos e da classificação dos riscos,
de forma integrada, conforme se Figura 3 – Análise no gerenciamento de riscos
vê na Figura 3: Fonte: Adaptado de Leinfelder, 2013

Para gerenciar os riscos é necessário conhecer as condições perigosas e promover


uma classificação desses riscos para, em um segundo momento, gerenciá-los por meio
de controles efetivos, em um fluxo de processos tal como este modelo:

Figura 4 – Fluxo do gerenciamento de riscos


Fonte: Desarrollo Sostenible y Salud Ambiental

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Segundo Aven (2016), essa prática consiste em equilibrar preocupações diferentes,
tais como lucros, segurança, reputação, entre outras. Em geral, considera-se um con-
junto de alternativas, avalia-se os seus prós e contras e toma-se uma decisão que melhor
atenda aos valores e às prioridades dos decisores.

Gerenciamento do sucesso de eventos incertos.

Tomando essas ideias, Iacob (2013) apresenta como uma abordagem estruturada e
formal, focada nas etapas e ações necessárias e planejadas para determinar e controlar
os riscos, mantendo-os em um nível aceitável.
O gerenciamento dos riscos inclui os processos de planejamento, identificação, aná-
lise, programação de respostas e controle de riscos.
A seguinte Figura fornece uma visão geral dos processos de gerenciamento dos riscos
– ao longo desta Disciplina você estudará com detalhes cada um dos quais:

Figura 5 – Visão geral de um típico processo de gestão de riscos


Fonte: Adaptado de ICH Q9, 2005

O gerenciamento de risco fornece apoio à decisão na escolha entre alternativas, acei-


tação de atividades e produtos, implementação de medidas de redução de risco, entre
outros fatores (AVEN, 2016).
Como um processo contínuo de planejamento, o gerenciamento de risco permite su-
perar os eventos adversos e maximizar os positivos. Observe as etapas do planejamento
de gerenciamento dos riscos:

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UNIDADE
Gestão de Riscos

Figura 6 – Planejamento do gerenciamento dos riscos


Fonte: Adaptado de Project Management Institute, 2013

Segundo o Practice Standard for Project Risk Management (PROJECT


MANAGEMENT INSTITUTE, 2009), há três fatores críticos de sucesso ao planeja-
mento do gerenciamento dos riscos:

Figura 7 – Fatores críticos de sucesso ao planejamento do gerenciamento dos riscos


Fonte: Adaptado de Project Management Institute, 2009

O gerenciamento de riscos é um contínuo processo de busca de falhas, ou de falhas


potenciais, com vistas à sua prevenção.

Com as informações obtidas por intermédio da aplicação das várias técnicas adotadas
no gerenciamento de riscos e o emprego de metodologias específicas, pode-se também
qualificar e quantificar riscos, obtendo a real magnitude dos quais.

A função do gerenciamento de riscos é reduzir perdas e minimizar os seus efeitos.


Significa assumir a existência de perdas em todos os processos como um fato perfeita-
mente natural. Entretanto, por meio de técnicas – basicamente de inspeções e análises
–, procura-se evitar que tais perdas venham a ocorrer com certa frequência, ou reduzir
os efeitos dessas mesmas perdas, limitando-as a valores aceitáveis.

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Benefícios do Gerenciamento de Riscos
Finalidades
O gerenciamento de riscos, quando realizado da maneira correta, reduz significativa-
mente as perdas. Planejar e prever possíveis dificuldades trazem mais segurança e capaci-
dade para lidar com as adversidades dos eventos, as quais os colaboradores estão expostos.

Saber dominar os riscos é fundamental para o controle das operações.

Alinhamento de Estratégias e Objetivos


Ao estabelecer metas, o gestor analisa os prós e contras de cada ação, desenvolvendo
estratégias para se chegar ao resultado final no tempo previsto. Isso precisa estar direta-
mente relacionado a possíveis contratempos.

Redução de Prejuízos e Imprevistos


Os custos devem ser levados em conta se tratamos do gerenciamento de riscos.
Ao se considerar as incertezas de um processo, há mais controle dos imprevistos e con-
sequente redução de prejuízos.

Tomada de Decisões
O gerenciamento de risco possibilita a tomada de decisões de modo coerente com
um embasamento técnico robusto, não tendencioso, proporcionando maior segurança
da ação adotada de modo preventivo.

Rapidez nas Decisões


Os riscos demandam soluções rápidas para que as suas consequências não prejudi-
quem o ambiente de trabalho. Por isso, a indecisão não é uma boa alternativa, pois os
direcionamentos devem ser tomados com sabedoria e agilidade.

Aproveitamento de Oportunidades
Um bom gerenciamento de riscos considera tudo o que acontece no dia a dia da organi-
zação, sejam os fatos bons ou ruins. Cada um dos quais, mesmo um infortúnio, pode ofe-
recer oportunidades de crescimento imperdíveis, além de aprendizado e análise de erros.

Identificação de Riscos Plurais


Cada departamento de uma organização traz um ou mais riscos diferentes e às vezes
esses acontecem ao mesmo tempo. Com o gerenciamento de risco é possível identificá-
-los e estabelecer uma relação para que sejam interpretados pelos responsáveis pela
adequação dos processos e atividades.

Dada a importância do gerenciamento de riscos, fica claro o quão necessário é o es-


tudo de cada etapa desse processo desde o seu planejamento, a fim de que a execução
atinja o sucesso esperado e atenda aos requisitos estabelecidos de qualidade e segurança.

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UNIDADE
Gestão de Riscos

Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Livros
Um método proativo para gerenciamento da segurança em instalações nucleares
GRECCO, C. H. et al. Um método proativo para gerenciamento da segurança em insta-
lações nucleares. Braz. J. Rad. Sci., v. 03-1A, p. 1-16, 2015.

Knowledge security risk management in contemporary companies – toward a proactive approach


ILVONEN, I. et al. Knowledge security risk management in contemporary companies
– toward a proactive approach. In: HAWAII INTERNATIONAL CONFERENCE ON
SYSTEM SCIENCES (HICSS), 48., 5-8 jan. 2015, Hawaii, USA. Proceedings...
Piscataway, NJ, USA: IEEE Communications Society, 2015. p. 3.941-3.950.

Gerenciamento de riscos e segurança no trabalho em unidades de saúde da família


MEDEIROS, A. L. et al. Gerenciamento de riscos e segurança no trabalho em unidades
de saúde da família. R. Bras. Ci. Saúde, v. 17, n. 4, p. 341-348, 2013.

Identificação dos riscos ocupacionais em uma unidade de produção de derivados de carne


RODRIGUES, L. et al. Identificação dos riscos ocupacionais em uma unidade de produção
de derivados de carne. Cient. Ciênc. Biol. Saúde, v. 14, n. 2, p. 115-119, 2012.

Identificação dos riscos ocupacionais em uma unidade de produção de derivados de carne


SILVA, R. P. et al. O gerenciamento de riscos ocupacionais e as interferências na saúde
do trabalhador: revisão integrativa. J. Res. Fundam. Care, v. 8, n. 2, p. 4.168-4.185,
abr./jun. 2016.

Riscos no ambiente de trabalho no setor de panificação: um estudo de caso em duas indústrias


de biscoitos
VASCONCELOS, F. et al. Riscos no ambiente de trabalho no setor de panificação: um
estudo de caso em duas indústrias de biscoitos. Gest. Prod., São Carlos, SP, v. 22, n. 3,
p. 565-589, set. 2015.

Workplace road safety risk management: an investigation into australian practices


WARMERDAM, A. Workplace road safety risk management: an investigation into
australian practices. Accident Analysis and Prevention, v. 98, p. 64-73, jan. 2017.

18
Referências
ANGLO AMERICAN. Anglo American safety way. London, 2011.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 31000:2018: ges-


tão de riscos – princípios e diretrizes. Rio de Janeiro, 2018a.

________. NBR ISO 45001:2018: sistemas de gestão de saúde e segurança ocupacio-


nal – requisitos com orientação para uso. Rio de Janeiro, 2018b.

AVEN, T. Risk assessment and risk management: review of recent advances on their
foundation. European Journal of Operational Research, v. 253, p. 1-13, 2016.

BERNSTEIN, P. L. Desafio aos deuses: a fascinante história do risco. Rio de Janeiro:


Alta Books, 2018.

BIBLIOTECA VIRTUAL DE DESARROLLO SOSTENIBLE Y SALUD AMBIENTAL.


Gerenciamento de risco em segurança. [20--]. Disponível em: <http://www.bvsde.
paho.org/cursode/p/images/modulo2-2_image02.gif>. Acesso em: mar. 2013.

BRASIL. Portaria n.º 3.214, de 8 de junho de 1978 e alterações posteriores.


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IACOB, V. S. Project manager skills, risk management tools. Studies and Scientific
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LEINFELDER, R. R. Contribuições para a ferramenta de análise de riscos Wrac –


Workplace Risk Assessment Control. 2013. Monografia (Especialização em Engenha-
ria de Segurança do Trabalho)-Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São
Paulo, 2013.

MEHR, R. I.; HEGDES, B. A. Risk management in business enterprise. Homewood,


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OLIVEIRA, P. R. A. Gerência de riscos: apostila do Curso de Especialização em En-


genharia de Segurança do Trabalho. Brasília, 2012. Disponível em: <https://pt.scribd.
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UNIDADE
Gestão de Riscos

PROJECT MANAGEMENT INSTITUTE. A guide to the Project Management


Body of Knowledge (PMBoK Guide). 5th ed. Newtown Square, USA, 2013.

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Q9: quality risk management. ICH harmonised tripartite guideline. In: INTERNATIONAL
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Disponível em: <http://rogaine.asn.au/aradocs/file_download/14/AS%20NZS%20
4360-1999%20Risk%20management.pdf>. Acesso em: 2 dez. 2018.

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