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Tributo a Avraham Avínu

AS 7 LEIS DO
SUCESSO ESPIRITUAL

Rabino Avraham Chachamovits

Foto: A gruta de Machpelah, onde o patriarca Avraham está enterrado.

© Copyright 2009 – Todos Direitos Reservados


INTRODUÇÃO

O patriarca Avraham não foi apenas o primeiro judeu, mas


um protótipo histórico do povo judeu. Ele é um modelo ético e
espiritual, tendo ele questionado toda uma sociedade na sua
busca por D-us. Ele se ligou à santidade abandonando seu local
de nascimento e costumes errados, e veio a se identificar
posteriormente com a terra santa. Avraham muito vagou, foi um
professor nato, um iconoclasta solitário, um mestre do
sacrifício, um cavaleiro da fé e um estranho em sua sociedade
que o hospedava. Ele foi Avraham ha-Ivrí – o judeu que ficava de
um lado do rio, enquanto o mundo todo de outro. Em seu exílio
profundo ele conheceu a D-us e buscou ensinar a todos sobre
Ele. De fato ele era muito conhecido por sua bondade. E sobre
isso, afirmou o grande Rav Yosef Soloveitchik: “Conhecer a D-us
também significa ter um desejo de repartir o conhecimento do
indivíduo com outros, de ter uma vontade de ensinar as
pessoas, de trazer a mensagem ao ignorante e insensível ou
para aqueles desafortunados que não tiveram a oportunidade
de aprender e estudar. Um homem que é feliz e não deseja
ensinar os outros não é necessariamente cruel e egoísta. Mas ele
não é um estudioso e erudito da Torá. Um verdadeiro estudioso
da Torá não pode conter o que ele conhece dentro dele mesmo;
ele explode. Conhecimento implica em um elemento dinâmico;
o conhecedor se torna irrequieto, a verdade chora para fora das
entranhas de sua personalidade, ele simplesmente precisa
contar para os outros”.

E é inspirado neste grandioso paradigma que eu busco viver


minha vida, a cada momento precioso que D-us me permite.

12 de Tishrêi, 5771

Rabino Avraham Chachamovits


LEI ESPIRITUAL 1

O Povo Judeu está acima das Mazalót

No Gênesis 15:5, Hashem faz Avraham “sair para


fora”. Nossos Sábios explicam que Hashem aqui
ensinou a Avraham que para se tornar um judeu, ele
precisava renunciar completamente às suas práticas
de Astrologia. Pela Cabalá, até mesmo a palavra
astrologia é muito negativa, não devendo ser
pronunciada (usa-se o termo mazalót) ou jamais
usada quando se referindo à origem dos conceitos
semelhantes como ensinados no livro santo de Cabalá
de Avraham Avínu (“nosso pai”), o Sêfer Ietsirah. O
mestre maior da Cabalá, o Ari"zal explica no Etz
Chayim que a astrologia não-judaica somente alcança
o nível baixo das doze constelações ou signos
astrológicos, mas que existem muitos outros níveis
acima deste. O nível mais alto de todos os níveis de
influência na criação são as doze permutações do
Shem Havayah (“Nome de D-us”). Entretanto,
somente o Povo Judeu é conectado a este grau tão
sublime. E ser conectado a este nível implica no
poder intrínseco do Povo Judeu de “re-criação”, pois
o Nome Havayah significa “criação contínua”.
LEI ESPIRITUAL 2
A bondade acelera a evolução espiritual

Através do pensamento científico, aprendemos


que salvo nas equações teóricas avançadas, o tempo
se adianta sempre, e nada pode afetá-lo ou controlá-
lo. Entretanto, a Cabalá explica as possibilidades de
controle da dimensão do tempo há milênios. Como é
trazido pelo Ari"zal, existem de um modo geral,
quatro mundos (ou dimensões) espirituais: Atsilut,
Beriyah, Ietsirah, e o nosso mais baixo e físico
chamado de Asiyah. Os grandes mestres cabalistas
conhecem bem as possibilidades de saltos espaços-
temporais (através de "dobras" no espaço) como
descritos na Torá como Kefitzat Hadérech
("encurtamento do caminho"), quando viagens muito
longas e em grandes distâncias foram realizadas em
frações do tempo necessário (Rashi no Gênesis 24:42,
Ramban no Gênesis 28:17, Números 10:33, Bereshit
Rabah 68:8, Talmud – Sanhedrin 95a-b, etc.). Ou da
possibilidade de visionar os avanços nos eventos
futuros, o assunto das profecias e seus inúmeros
graus. Cada um destes “controles”, entre outros não
mencionados, implica na conexão com um mundo
espiritual distinto, e cada uma destas dimensões tem
o seu tempo relativo. No nosso grau de realidade, o
mundo de Asiyah, também é possível obter um
controle da dimensão do tempo, trazendo resultados
verdadeiramente significativos.

Agora, um mestre deste controle do tempo foi


Avraham Avínu. Afinal, como pôde Avraham Avínu
avançar tanto em conhecimento espiritual? Veja que,
para educar membros de sua geração, Avraham
escreveu um livro de 400 capítulos a fim de ensinar a
todos sobre os parâmetros da espiritualidade cashér.
Organizado mais tarde pelo grande Rabi Akíva, o que
restou deste livro é hoje em dia conhecido como Sêfer
Ietsirah. Apesar de que este livro é considerado uma
obra prima da literatura cabalística, o seu propósito
original foi o de ensinar não-judeus como vivenciar
D-us. Este livro extraordinário em todos os sentidos
ensinava como cada um individualmente pode e
deve se ligar a D-us em kedusha (“santidade”),
quebrando assim a força primitiva, imatura, e
impura das idolatrias. Avraham conhecia todos estes
segredos e muito mais! Seu conhecimento avançado
obteve grande sucesso, pois junto com sua esposa
Sara, eles fizeram muitos guêrim (“convertidos”), as
“almas que haviam adquirido em Harán” (Gênesis
12:5). E tudo isso por amor a Hashem e desejo que as
Suas criaturas pudessem conhecê-Lo. Portanto, ainda
que com uma sabedoria gigantesca sobre a
espiritualidade, a força que o movia era sua bondade
única. E por isso nossos Sábios ensinaram que, “O
atributo da Bondade no mundo foi diante de D-us
para reclamar que, desde que Avraham estava no
mundo, ele [a Bondade] não tinha o que fazer, pois
Avraham era o canal completo deste atributo” (Sêfer
HaBahír).

Assim, de Avraham Avinu aprendemos que existe


uma relação entre a bondade e o conhecimento
espiritual. De fato, o Ba'al HaTanya ensina que
através de atos materiais ou espirituais de bondade
para outros, a mente e coração da pessoa se refinam
1.000 vezes! Atos de bondade constantes controlam o
tempo no mundo de Asiyah, fazendo com que a
pessoa verdadeiramente acelere muitas vezes o seu
crescimento e entendimento espiritual!

Podemos entender isso do seguinte verso: “A menor


tribo crescerá 1.000 vezes mais, e a mais jovem se
tornará uma nação forte. Eu, o Eterno, farei isto a seu
tempo, ou o apressarei [se o merecerem]” (Isaías
60:22). No meio do processo natural do tempo (“a
seu tempo”), entrará o elemento milagroso de “o
apressarei”, possibilitando com que qualquer um,
mesmo “A menor tribo crescerá 1.000 vezes mais, e a
mais jovem se tornará uma nação forte”. E assim
como este é um processo cósmico da bondade
infinita de Hashem para o mundo, quando a pessoa O
emula com a bondade, ela, por menor que seja,
acelera o seu crescimento, e fortifica suas
compreensões das verdades espirituais, literalmente
causando sua própria redenção, amém.
LEI ESPIRITUAL 3

Cuide do próximo assim como Hashem


cuida de você

Quando D-us visitou Avraham Avinu depois de sua


circuncisão (Gênesis 18:1), a Torá usa a palavra vayerá,
que significa “aparecer”, de guemátria 217. Se
adicionamos as 4 letras do próprio termo (de acordo
com a regra de guemátria chamada de Im Ha'otiót) e
depois adicionamos 1 (de acordo com a regra de
guemátria chamada de Im Ha'kolel) temos então o
valor numérico de 222, que é a guemátria de Berách,
“abençoar”. O aparecer de D-us foi uma bênção para
Avraham, certamente necessária para o seu processo
de cura após o brit milah (“circuncisão”). Isto nos
ensina uma importante lição sobre visitar os doentes,
a mitsvá de bikúr cholím. Assim como D-s visitou
Avraham, nós devemos visitar os doentes, pois isto
remove parte da doença, literalmente 1/60 dela!
(Talmud, Nedarim 39b).

Cuidar de um doente tem também um efeito


espiritual em sua condição. Nossos Sábios explicam
que, ao realizarmos guemilút chassadim (“atos de
bondade”), nós nos ligamos a Shechiná (“Presença
Divina” no mundo). Isto é assim, pois deste modo
nós emulamos os caminhos de D-us, que afinal,
constantemente oferece Sua benevolência para as
Suas criaturas (Talmud, Sotah 14a). Misticamente,
despertado por nossas ações generosas, o aspecto da
bondade Divina vem a existir dentro de nós mesmos.
E este fluxo de benevolência alivia a doença daquele
que cuidamos, pois como a doença é um aspecto de
din, “julgamento”, a infusão de nossa ação bondosa
mitiga e assim, “adoça” este julgamento!

O santo Zohar explica que “o mal [em qualquer


espécie] adoenta a luz” (49b, Tazria). Por isso, é
preciso ter cuidado com os nossos pensamentos,
falas, e ações, pois mesmo que inadvertidamente
negativas, elas destroem mundos espirituais inteiros!
No grau físico, esta é a dor que uma pessoa sente
quando ela é machucada por outra, pois seus
sentimentos foram ignorados, etc. Portanto, o
segredo é buscar refinar o caráter e tratar a todos
sempre de forma doce e agradável. E assim como é
uma grande mitsvá ajudar a outros a se recuperaram
de suas doenças, também é uma grande mitsvá não
causar mal algum ao próximo! Faça isso
“reconhecendo que o Nome Havayah [YKVK] está
verdadeiramente inscrito na face de cada pessoa. Ou
seja, quando você olha para um judeu, veja a letra
Hei em um de seus olhos, o outro Hei de Havayah no
outro olho, o Yud no seu nariz, e a letra Vav na sua
boca. Veja a sua néfesh elokít [‘alma santa’] assim se
revelando em sua face” (R' Chachamovits, Etz
L'Shliach, Chesed).
LEI ESPIRITUAL 4

A recompensa da humildade é a conexão


com D-us

Está escrito: Ve-anochi afar va-efer, “E eu sou pó e


cinza” (Gênesis 18:27). Sobre isso explicam os mestres
que, como resultado deste pronunciamento, os
descendentes de Avraham Avínu mereceram as duas
mitsvót envolvendo as cinzas da parah adumah (“vaca
vermelha”, Números 19:2) e o pó (ou seja, “a terra”)
usada para a sotah [a mulher acusada de adultério,
Números 5:12]. Mais ainda, a guemátria das palavras
afar va-efer também alude as estas mitsvót, pois a
guemátria de afar (“pó”) é 350, e é igual a le’sotah
(“para a mulher acusada”), e a guemátria de va-efer
(“e cinza”) é 287, é igual à palavra ba’parah (“sobe a
vaca”).

Avraham Avínu ensina aqui que através do extremo


refinar do caráter, em particular, no desenvolver da
humildade e assim, da aceitação dos desígnios de
Hashem, a pessoa merece uma elevação espiritual tão
grande, que como recompensa ela se conecta ainda
mais a D-us! Por isso nossos mestres ensinaram: “A
recompensa por uma mitsvá é uma outra mitsvá”
(Pirkê Avót 4:2). Crescer em compreensão sobre as
verdades espirituais implica em crescer mais ainda,
pois quando a pessoa percebe a que exatamente ela
estava ligada neste mundo antes de sua ascensão, a
saber, às ilusões efêmeras, ela entende realmente que
tudo é “pó e cinza”. Ou nas palavras do Rei Salomão:
Havel havalim hakol hevel, “Tudo é vão e fútil”, e hevel
é uma palavra sempre usada para descrever algo
inconseqüente, um vento, e assim a vaidade e a
tolice. É por esta razão que os sábios ensinaram que,
“Este mundo é como uma antecâmara do Mundo
Vindouro; prepara-te na antecâmara para que possas
entrar no salão”. Se prepare com as mitsvót e os atos
bondosos, pois a Cabalá (Zohar 211b, Vayak'hel) ensina
que no mundo vindouro, somente elas “vestem” a
pessoa para entrarem no “salão”.
LEI ESPIRITUAL 5
Correndo para cima!

Está escrito, “Depois destas coisas, a palavra do


Eterno manifestou-se a Avram, numa visão” (Gênesis
15:1). E a Cabalá explica que, “Esta é a visão através
da qual todas as aparências celestiais são vistas,
assim como um espelho de vidro no qual imagens
são refletidas. A Torá usa o termo visão [mareh] e
aparências [machazeh], um em Aramaico, e o outro
em Hebraico. Para Avram, a palavra usada é em
Aramaico... Por que Hashem falou em Aramaico com
Avraham? A razão é que esta língua não é
compreendida pelos anjos, e isto era necessário uma
vez que ele ainda não tinha se circuncidado [e seu
nome ainda era Avram e não Avraham]. Assim, os
anjos não poderiam reclamar que Hashem veio falar a
um incircunciso, um que é ligado à impureza... E
quando então que Hashem se revelou abertamente
[em Hebraico] para Avraham? Somente quando ele
fez o brit milah, assim como está escrito: “’E Elokim
lhe falou, dizendo’, e Elokim é um nome santo... e
revelado” (Zohar 88b, Lech Lechá).

Assim como explicado (na segunda lei espiritual), a


bondade de Avraham permitiu com que ele
“acelerasse” o seu conhecimento espiritual. Isto
significa que dentro da fase que ele se encontrava,
com o uso da bondade, ele pôde sim ir mais a frente
de seu tempo, ganhando novos insights espirituais.
Agora, ainda que ele avançasse deste modo em sua
ligação com D-us, a fase que ele se encontrava era
limitada pela falta de cumprimento das mitsvót
físicas, que conectam a pessoa ‘diretamente’ com o
desejo de D-us, e têm uma original espiritual sublime
e incompreensível. Por isso que neste estágio
espiritual de Avraham, Hashem ainda falava com ele
em Aramaico, uma língua mais “baixa”, por assim
dizer, que protegia Avraham de acusações celestiais,
evitando também as reclamações angelicais para com
D-us. Entretanto, Hashem desejou que Avraham
ganhasse mais mérito e pudesse ir para a próxima
fase de sua evolução espiritual. Para isso, Avraham
cumpriu a única mitsvá física que ele podia (uma vez
que a Torá ainda não havia sido outorgada no
mundo): o pacto sagrado em sua carne. Agora,
através desta mitsvá, Avraham muito se elevou
espiritualmente, mudando de nome e se
comunicando com Hashem na língua santa, o
Hebraico.

Os atos de bondade funcionam como uma nave


espacial que percorre as dimensões físicas do vasto
universo em uma velocidade extraordinária,
ganhando assim muito terreno. Certamente, esta é
uma maneira de viajar no universo. Mas, as mitsvót
são como túneis no espaço-tempo, que permitem
viajar diretamente para outros universos, para as
dimensões mais elevadas acima da nossa. O judeu
precisa destas duas ferramentas vitais para que ele
tenha o mérito de receber a ‘visão’ multidimensional
do seu real papel neste mundo que urge em ser
revelado.
LEI ESPIRITUAL 6
A paz é o recipiente das bênçãos

Para poder enterrar sua querida esposa Sara Imênu


(“Nossa Mãe”) em um lugar ideal, na caverna de
Machpelah, Avraham Avínu aceitou até mesmo o preço
exorbitante que Efrón o maldoso Hitita havia
determinado. A guemátria de Efrón (que é soletrado
na Torá sem o Vav, um sinal de defeito) é 400, a
mesma de rá áin, traduzido como avaro, ou
literalmente como “olho ruim”. E de fato, 400 é o
número de shekalim (moedas de prata) que Efrón
recebeu de Avraham. Cada moeda serviu para anular
a raiz deste mal, que mais tarde se expressou
novamente. Veja que, o reshit tavót (o “acróstico”) do
verso Vayakam sede Efrón, “E confirmou-se o campo
de Efrón” (Gênesis 23:17) soletra o nome Esáv, o
ministro do mal (literalmente o representante maior
do mal no mundo), e quem trouxe seus 400 homens
para prejudicar Ya'cov Avínu (Gênesis 32:7)!

Assim, Avraham muito se preocupou em “adoçar” ao


máximo este mal que estava diante dele, e deste
modo pagou um preço muito alto para garantir que
as gerações futuras pudessem ter paz também. De
fato, tudo dentro da Lei Divina vale para a paz. E
Avraham conhecia bem o segredo místico deste
princípio que devemos muito emular e que mais
tarde os nossos sábios ensinaram: “Hashem não
encontrou recipiente algum que poderia conter a
bênção para Israel salvo a paz” (Mishná, Uktzim 3:12).
E “Paz é algo realmente precioso, uma vez que de
todas as ações e atos meritórios que Avraham Avínu
realizou a única recompensa dada a ele foi a paz”
(Bamidbar Rabá 11:7).
LEI ESPIRITUAL 7
O fim é ligado ao início

O Midrash pergunta: “Qual a razão que está escrito


lech lechá érets ha-moriyah [‘Saia para a terra de
Moriah’], assim como tinha sido escrito lech lechá
meartsecha [‘Saia da sua terra’]”. E o próprio Midrash
responde sobre o significado da repetição da famosa
expressão lech lechá: “Isto nos ensina que o teste final
é relacionado como o primeiro teste. Imediatamente
após estas palavras, Avraham despertou cedo para
cumprir o desejo de Hashem” (Tanchuma, Gênesis
22:1).

O Sêfer Ietsirah (1:7), obra extraordinária de Avraham


Avinu, declara exatamente que: “O fim é ligado ao
início, e o início é ligado ao fim”. Existem inúmeras
lições sobre este conceito metafísico fundamental. De
modo simples e direto, isto significa que, aquilo
encontrado no fim de uma “estrada”, já está lá no seu
início. Muitos querem estudar as coisas profundas da
Torá e ignoram as partes reveladas e simples. Este é
um grande erro! De fato, os ensinamentos mais
profundos de toda a Torá são encontrados nas suas
seções mais simples e fáceis de entender. Por esta
razão que o maior e mais profundo “livro” de Cabalá
é o Chumash, a própria Torá! Isto significa que uma
pessoa pode conhecer os maiores segredos da Cabalá
sem nunca ter estudado um livro de Cabalá. A base
da Torá são as lições dos profetas. O nosso Templo
Sagrado foi destruído, pois o povo não ouviu a
mensagem dos profetas. Veja, as lições dos profetas
são as palavras do D-us Vivo, literalmente
preservadas para nós para nos instruir moralmente.
As palavras dos profetas não são filosóficas e
passíveis de debate sem fim. Elas são reais e diretas,
sempre aplicáveis. Estas mensagens são direcionadas
ao coração, não a mente.

De fato, existem muitos que se intoxicam pela


profundidade da Cabalá, pelo desafio intelectual, mas
que se esquecem que a Cabalá não existe em um
vácuo fora do Judaísmo. É absolutamente impossível
estudar Cabalá sem conhecimento de toda a Torá, o
que inclui o Tanach, Halachá, e Talmud. Somente com
equilíbrio apropriado, qualquer estudo de Cabalá
pode ser de fato entendido. Toda a Torá, com todas
as suas partes de níveis de compreensão diferentes
nos foi oferecida com a razão específica de promover
a união entre o Céu e a Terra, ou na linguagem da
Cabalá, a unificação do Sagrado, abençoado seja Ele, e
Sua Shechiná (“Presença Divina”). Quando os
cabalistas verdadeiros falam sobre a retificação dos
mundos superiores, eles estão de fato falando sobre
os domínios profundos da psique humana. A Cabalá
existe para ajudar o homem no árduo e vital trabalho
de retificar o seu caráter. E quando falamos de
domínios espirituais na Cabalá, estamos falando da
mente, que é afinal, o plano aonde a alma se une com
D-us. Todo estudo de Torá e assim, de Cabalá, aponta
para o objetivo do fim, que é a retificação do caráter.
O fim se liga ao início, pois ao iniciar no caminho da
Torá a pessoa termina ela mesma mais refinada e
preciosa. E assim como disse o profeta: “Tornarei os
homens mais raros que o ouro mais fino” (Isaías
13:12) e a Cabalá ensina que o protótipo desta
preciosidade “Foi Avraham, quem Hashem ergueu e
apreciou mais do que qualquer outra pessoa no
mundo” (Zohar 107b, Vayerá).

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