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: CESÁREA EM PEQUENOS ANIMAIS

em maio 30, 2017


INDICAÇÃO:

A cesariana na cadela e na gata é geralmente um procedimento de emergência, pois a


distocia prolongada coloca em risco as vidas da mãe e/ou neonato.
A cirurgia pode ser planejada e realizada antes do início do trabalho de parto, se
houver a ocorrência de distocias devido a presença de lesões ou anormalidades
preexistentes que comprometam o canal do nascimento.
A cirurgia é indicada quando a distocia resulta de uma inércia uterina primária, ou
inércia uterina secundária decorrente de distocia de mais de 24 horas, distocia obstrutiva
(feto muito grande).

ANATOMIA CIRÚRGICA:

O útero gravídico repousa no assoalho abdominal durante a última metade da


prenhez. Os cornos uterinos pesadamente gravídicos encontram-se paralelos e em
contato entre si, ao contrário dos cornos divergentes no animal não –prenhe.
Ao se fazer a incisão abdominal durante uma cirurgia cesariana, o cirurgião deve
estar ciente de que o útero se encontra próximo a parede abdominal fina e distendida.
O útero é composto de três camadas: túnica serosa (perimétrio), túnica
muscular(miométrio) e túnica mucosa (endométrio). A túnica serosa é uma camada de
peritônio que recobre todo o útero.
A camada muscular é composta de uma camada externa longitudinal fina e uma camada
interna grossa. O miométrio mais profundo contém vasos sangüíneos, nervos e fibras
musculares circulares e oblíquas. A túnica muscular é a camada de maior força tensil. A
túnica mucosa é a mais grossa das três camadas.
TÉCNICA CIRÚRGICA:
Realiza-se tricotomia na fêmea desde a cartilagem xifóide até o púbis, e prepara-se
inicialmente o abdome com uma limpeza cirúrgica antes da indução da anestesia para
reduzir o tempo de anestesia total.
Realizam-se a indução e a intubação em mesa de operação. Geralmente a fêmea não
está em jejum antes da anestesia, portanto, deve-se intubá-la rapidamente para
minimizar o risco de aspiração, pois ela deve vomitar durante a indução.
A velocidade da operação também é importante nas cirurgias cesarianas, pois o longo
período “incisão – retirada” se associa com um aumento da asfixia e depressão fetais.
Após a indução da anestesia, amarram-se os membros da paciente para baixo e
completa-se rapidamente a preparação cirúrgica final do abdome.
Colocam-se panos e toalhas em quatro quadrantes no abdome, desde a cartilagem
xifóide até a borda pélvica, para abrir espaço para a extensão da incisão abdominal se
necessário.
Faz-se uma incisão na linha média ventral começando-se no umbigo. A extensão da
incisão é determinada pelo tamanho estimado do útero. As glândulas mamárias ficam
freqüentemente hipertrofiadas, e o cirurgião não deve invadir o tecido mamário quando
fizer a incisão cutânea.
O cirurgião deve também lembrar de que o útero se encontra aumentado e não deve ser
lacerado ao se entrar na cavidade abdominal.
Uma vez terminada a incisão abdominal de extensão adequada, protegem-se as bordas
do ferimento com tampões de laparotomia umedecidos com solução salina estéril.
Exterioriza-se o primeiro corno uterino e depois o segundo por meio de uma elevação
cuidadosa através da incisão.

Envolvem-se as vísceras circundantes e subjacentes com tampões de laparotomia


umedecidos adicionais , para impedir a contaminação abdominal com fluído fetal.
Faz-se então uma pequena incisão com um bisturi em uma área relativamente
avascular na face ventral ou dorsal do corpo uterino, deve-se ter cuidado em não lacerar
inadivertidamente um feto com bisturi. Estende-se então a incisão uterina com uma
tesoura até um comprimento suficiente para remoção dos fetos.

No caso de uma distocia deve-se remover primeiro o feto que encontra-se parado no
corpo uterino. Traz-se cada feto a incisão através de uma compressão suave do corno
uterino. Isso é feito espremendo-se o corno cranialmente ao aumento de volume. Uma
vez que o feto encontre-se perto da incisão pode-se segurá-lo e aplicar uma tração suave
para facilitar uma remoção rápida a partir do útero. Á medida que se remove cada feto,
rompe-se o saco aminiótico para permitir que se inicie a respiração.
Deve-se remover os fluídos fetais do campo operatório por meio de sucção para
minimizar a contaminação. Pinçam-se então os vasos umbilicais e rompem-se os
mesmos aproximadamente 2 a 3 cm da parede abdominal fetal.
Remove-se então lentamente a placenta associada a partir do endométrio por meio de
uma tração suave para minimizar a hemorragia.
Repete-se esse procedimento até a retirada de todos os fetos. Caso encontre dificuldade
em mobilizar os fetos para baixo, pode-se realizar incisões adicionais nos cornos
uterinos.
Antes do fechamento palpa-se o útero a partir do canal pélvico até os ovários para se
certificar de que todos os fetos e placentas tenham sido removidos.

Uma vez que se tenham removido todos os fetos, o útero começa a se contrair
rapidamente, essa contração é importante no cessamento da hemorragia. Se o útero não
iniciar a contração no momento do fechamento, pode-se administrar ocitocina (1a 2
unidades / Kg IM ou EV) ou maleato de ergonovina (0,02 a 0,1 mg/Kg IM).
O útero pode ser suturado com fio absorvível, utilizando-se agulhas sem corte.
Aproximam-se cuidadosamente as bordas da incisão uterina com padrão de Cushing
contínuo, inversor e de camada dupla, seguido por uma sobressutura de Lembert
contínua.
Antes de retornar o útero ao abdome, deve-se inspecionar o fechamento e lavar o útero
com uma solução salina estéril amornada. Se ocorrer uma contaminação abdominal
durante a manipulação cirúrgica, deve-se lavar o abdome com solução salina estéril
amornada.
Recoloca-se o omento sobre o útero e as outras vísceras abdominais antes do
fechamento abdminal.
Fecha-se a linha Alba com suturas interrompidas simples de um material de sutura
absorvível de tamanho apropriado. Também pode se utilizar material de sutura não
absorvível para fechar a linha Alba. Fecha-se o tecido subcutâneo com fio de sutura
absorvível 3-0 ou 2-0, e a pele com fio não absorvível.

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Créditos: Maria Carolina Guido


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