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Lição para EBD/Turma dos Jovens Ano: 2019

SOLTEIRO PARA A GLÓRIA DE DEUS


Porque quereria que todos os homens fossem como eu mesmo; mas cada um tem de Deus o
seu próprio dom, um de uma maneira e outro de outra.Digo, porém, aos solteiros e às
viúvas, que lhes é bom se ficarem como eu.Mas, se não podem conter-se, casem-se. Porque
é melhor casar do que abrasar-se (1 Coríntios 7.7-9).

Objectivos

1. Conhecer o que a Bíblia ensina sobre o ser solteiro;


2. Entender que ser solteiro é vantajoso e Deus pode ser glorificado por isso;
3. Preparar-se para enfrentar e contornar a pressão da moda do casamento;

Introdução: os solteiros já saídos da adolescência são, provavelmente, o grupo social mais


negligenciado da igreja ocidental contemporânea. Embora igrejas maiores costumem ter
ministérios para universitários e jovens profissionais, o solteirismo raras vezes tem sido
tema de abordagem de um capítulo, ainda que curto, em livros sobre casamento e família
ou em matéria de Escola Bíblica. Em sua maior parte, os solteiros têm sido marginalizados
dentro da igreja moderna. Para a maioria dos cristãos ocidentais, parece óbvio que o
casamento é o estado normal. Quando há um solteiro já saído da adolescência no Corpo de
Cristo, muitos membros bem-intencionados consideram seu “dever cristão” encontrar um
cônjuge adequado para esse indivíduo.

Ademais, quando alguém com mais de vinte ou trinta anos permanece solteiro, quer por
opção ou circunstâncias, muitos começam a tentar diagnosticar o problema (orientação
sexual, aparência física, capacidade intelectual, inaptidão social, padrões excessivamente
elevados, ou outros fatores) que condenou a pessoa àquele estado civil “não natural e
indesejável” de solteiro. Provavelmente não é exagero dizer que muitas pessoas em nossas
igrejas hoje sequer consideraram a possibilidade de que seja aceitável permanecer solteiro.
E parece que o único chamado de Deus que os cristãos ocidentais temem mais do que a
vocação para missões é a vocação para uma vida de celibato.

I – O SOLTEIRISMO NO ANTIGO TESTAMENTO

No tempo do Antigo Testamento, era raro encontrar solteiros entre os indivíduos com idade
suficiente para casar, ou seja, de 12 a 13 para as moças e 15 a 16 anos para os rapazes. Na
verdade, devido, em grande parte, à ordem de Deus para procriar (Gn 1.28), não havia na
cultura do Antigo Testamento nada equivalente ao conceito actual de adolescência ou que
fosse correspondente ao período extenso de maturidade adulta sem cônjuge e filhos. A

Por Erycson Dilangue, Bacharel em Teologia


Lição para EBD/Turma dos Jovens Ano: 2019

maior parte das pessoas considerava que permanecer solteiro era viver de modo contrário à
natureza. No período veterotestamentário, os solteiros geralmente se encaixavam em uma
das seguintes categorias.

1. Viúvas: Em resumo, como hoje, a viuvez não era um estado desejável na


antiguidade. As viúvas muitas vezes enfrentavam grandes dificuldades financeiras
(cf. 2Rs 4.1) e, sem dúvida, estavam entre os membros mais desamparados da
sociedade antiga (Dt 10.18. Is 54.4)7 A história revela que, pelo facto de o
solteirismo ser considerado tão contrário à natureza, a maioria das viúvas procurava
se casar novamente o mais rápido possível e muitas conseguiam (p. ex., Rute 3—4)
Não obstante, no Antigo Testamento a viuvez era uma situação nada invejável,
considerada por muitos como uma desonra (Is 4.1). Em alguns momentos, o Senhor
chega a usar o conceito de viuvez como ameaça de castigo para Israel por sua
desobediência espiritual (Is 47.8-9).

2. Eunucos: Como as viúvas, os eunucos não ocupavam uma posição desejável na


antiguidade. Embora os eunucos fizessem parte de várias cortes reais e actuassem
em funções como guardas das virgens ou concubinas (Et 2.3,14-15), servos da
rainha (Et 4.5), confidentes (Et 1.12), chefes dos oficiais (Dn 1.7), e até mesmo
líderes da comunidade militar (2Rs 25.19; Jr 52.25), para os judeus antigos, ser
eunuco era uma situação detestável, pois excluía o indivíduo da congregação dos
adoradores do Senhor (Dt 23.1), bem como da participação no sacerdócio (Lv
21.20). Tornar-se eunuco fazia parte de algumas ameaças de castigo por afastar-se
do Senhor (2 Rs 20.18; Is 39.7) e Isaías observa que o Senhor sanará a situação não
natural dos eunucos no fim dos tempos (Is 56.3-5).

3. Os que não podiam se casar:em decorrência de enfermidades (p. ex., lepra) ou


sérias dificuldades econômicas.

4. Os que não se casavam devido a um chamado divino: talvez o maior exemplo de


alguém que permaneceu solteiro, pelo menos por algum tempo, por causa de um
chamado divino seja o profeta Jeremias, embora a ordem para permanecer solteiro
talvez se devesse à falta de mulheres adequadas “no lugar onde ele se encontrava”.
(Jr 16.1-4). Um chamado divino ou mesmo a escolha consciente de passar a vida
solteiro era, contudo, algo raro na antiguidade, uma vez que esse é o único exemplo
de um chamado divino para permanecer solteiro registrado no Antigo Testamento.

5. Os divorciados: a iniciativa do divórcio era quase sempre da parte do marido (Dt


24.1-4; cf., porém, Jz 19.1-2). A legislação deuteronómica procurava proteger as
mulheres divorciadas ao exigir que o marido emitisse um certificado de divórcio
como prova legal da dissolução do casamento. Assim como a morte do cônjuge, o

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divórcio muitas vezes colocava a mulher em uma situação econômica extremamente


vulnerável. Como a viúva ou o órfão, a mulher divorciada perdia a provisão e
proteção masculina. Caso não conseguisse se casar outra vez, corria o sério risco de
ficar economicamente desamparada e necessitada da ajuda de outros.

6. Rapazes e moças que ainda não haviam se casado: em geral, o pai era
responsável por arranjar o casamento dos filhos com cônjuges adequados (Gênesis
24; Juizes 14). Ele esforçava-se para proteger as filhas de aproveitadores do sexo
oposto e garantir que ela se casaria virgem (cf. Êx 22.16-17; Dt 22.13-21) e provia
um dote que era devolvido para a filha se o casamento não desse certo.

II – A REALIDADE DO NOVO TESTAMENTO

Como na época do Antigo Testamento, no Novo Testamento o solteirismo não era um


conceito definido de modo tão claro quanto no mundo ocidental de hoje. Na verdade, no
tempo de Cristo, a pessoa “solteira” provavelmente se encontrava em uma “fase de
transição” por ser jovem demais para se casar, ter ficado viúva ou por algum outro motivo.
Em resumo, no período do Novo Testamento, o solteirismo como estado permanente e
escolha consciente de estilo de vida era incomum e o casamento era a norma.

Não obstante, João Batista, Jesus e o apóstolo Paulo eram solteiros e, apesar de haver
comparativamente poucas informações sobre o solteirismo no Novo Testamento, tanto
Jesus quanto Paulo mencionam que determinada forma de celibato é um “dom da parte de
Deus” (lCo 7.7),19 ou, como Jesus disse, há “eunucos por causa do reino dos céus” (Mt
19.12). Tanto Jesus quanto Paulo indicam que esse chamado para o solteirismo permite
que as pessoas não casadas dediquem atenção maior e exclusiva ao serviço religioso.
(lCo 7.32-35).

III – VANTAGENS DE SER SOLTEIRO

Um levantamento dos comentários de Jesus e Paulo sobre o solteirismo leva a fazer duas
observações. Primeiro, em contraste com a interpretação judaica tradicional do Antigo
Testamento (porém não necessariamente com o próprio Antigo Testamento), nos ensinos de
Jesus e Paulo o solteirismo é um conceito positivo. Enquanto no período
veterotestamentário o estado solteiro costumava ser considerado sob uma óptica negativa
(senão totalmente contrário à natureza), tanto Jesus quanto Paulo asseveram e também
exemplificam que, apesar de não ser a norma, o solteirismo é aceitável (1Co 7.8; lTm 4.1-
3). Segundo, o solteirismo é considerado um dom concedido por Deus. É provável que esse
fosse um ensinamento revolucionário para os ouvintes do primeiro século, envoltos nas
tradições do Antigo Testamento, todavia benéfico e vantajoso.

Por Erycson Dilangue, Bacharel em Teologia


Lição para EBD/Turma dos Jovens Ano: 2019

Aplicado ao contexto contemporâneo, o solteirismo deve ser visto como um dom concedido
a uns poucos escolhidos que apresenta vantagens consideráveis para o ministério, mas que
não é intrinsecamente superior nem inferior à instituição do casamento. Embora Paulo
pressuponha que os oficiais da igreja sejam, em regra, casados (lTm 3.2,12; Tt 1.6) e
considere o casamento e a família o campo de treinamento e prova para os candidatos à
liderança na igreja (lTm 3.4-5; 3.15), suas considerações não devem ser interpretadas como
requisitos. A igreja precisa de membros solteiros e casados.

Ainda que, na maioria das igrejas, os casais com filhos constituam a parte mais substancial
da congregação, os casados devem tratar os solteiros como membros plenos e legítimos da
congregação.Trata-se de algo ainda mais imperativo pelo facto de os solteiros terem o
privilégio de se dedicar de modo mais completo ao serviço do reino, inclusive ao estudo das
Escrituras, à oração pelas necessidades de outros e à atuação em várias funções estratégicas
(inclusive como missionários).

CONCLUSÃO

Infelizmente, respeitante ao tratamento dado aos casados e solteiros, temos visto no seio
cristão, duas visões antagônicas: em primeiro lugar, os casados são tratados como
privilegiados por poderem desfrutar do sexo (chegando até a idolatrá-lo), como mais
crescidos, responsáveis e até, preparados para o ministério, como se o casamento fosse o
único e mais importante requisito. Daí os solteiros olharem para o casamento como o maior
alvo a atingir, chegando até a desejar que Jesus não volte ainda, porque ele quer provar o
sexo e chegar a ministro, chegando muitas vezes a casar sem uma formação académica ou
técnico-profissional, sem emprego e sem preparação adequada para a vida conjugal; por
outro lado, encontramos os que são casados a olharempara o celibato como uma marca de
imaturidade, irresponsabilidade, incompetência, vida clandestina de promiscuidade ou
atémesmo, de homossexualidade. Daí a pressão de casar mais cedo e rápido.

Mas o que estou tentando esclarecer é que tanto o estado de solteiro ou de casado devem
servir para a glória de Deus (1 Co 10.31).

Portanto, amado irmão solteiro: de que adianta apressar-se para casar, quando não houve
preparação suficiente e adequada para tal? De que adianta viver atormentado pela ideia do
casamento, se como solteiro posso ser um instrumento útil nas mãos de Deus? Que adianta
pensar que casamento é a glória da terra para os jovens, sem estar preparado para as
responsabilidades que implicam o estado de casado? Se há vantagens em ser solteiro, por
que não desfrutar deste momento e servir de bênção como obreiro na igreja, para a glória de
Deus? Todavia, se não conseguires conter as emoções, é melhor casar do que abrasar, desde
que seja no Senhor.

Por Erycson Dilangue, Bacharel em Teologia


Lição para EBD/Turma dos Jovens Ano: 2019

BIBLIOGRAFIA

Bíblia de Estudo Plenitude, Almeida Revista e Corrigida. SBB, São Paulo,


2001

Dicionário eletrónico Houaiss da Língua Portuguesa, versão 3.0

PIPER, John. Preparando-se para o Casamento – Auxílio para casais cristãos.


1ª edição, Editora Fiel, São Paulo, 2013

KÒSTENBERGER, Andreas; JONES, David W. Deus, casamento e família:


reconstruindo o fundamento bíblico, 2ª edição,Vida Nova, São Paulo, 2015

Por Erycson Dilangue, Bacharel em Teologia

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