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Cálculo Mental e
Operações com
Números Naturais
4
"A Matemática é a honra do espírito humano"
(SÓ MATEMÁTICA, 2011).
1. OBJETIVOS
• Analisar e elaborar propostas de trabalho que tenham
como finalidade facilitar o trabalho do professor e do alu-
no com relação às operações de adição, subtração, multi-
plicação e divisão.
• Compreender e identificar a importância do Cálculo Mental.
• Identificar a importância de diversificar as atividades pro-
postas para o ensino das crianças.
• Reconhecer a importância do raciocínio lógico da criança
e como ela faz seus registros.
2. CONTEÚDOS
• Cálculo mental
• Soma e subtração.
• Multiplicação e divisão.
104 © Fundamentos e Métodos do Ensino da Matemática I
a
multiplicação e o sinal ÷ para a divisão. As formas ou
b
a/b, indicando divisão, são de origem árabe. Foi também
no século XVII que apareceu a notação a ÷ b" (TOLEDO;
TOLEDO, 1997, p. 100).
5) No decorrer de nossos estudos, veremos a importância
da subtração; portanto, é interessante que você saiba
que a subtração surgiu no século 9º. Por volta do ano 820
d.C., foi fundada, em Bagdá, a casa da sabedoria, onde
se reunia um grande número de sábios vindos do mundo
todo. Entre eles, encontrava-se o grande matemático e
astrônomo Mohamned ibu Musa al-Khowarizmi, um dos
responsáveis pela divulgação na Europa do sistema de
numeração hindu-arábico (de seu nome derivam os ter-
mos "algarismo" e "algoritmo").
6) A seguir, você conhecerá um pouco da biografia do es-
tudioso cujo pensamento norteia o estudo desta obra.
Para saber mais, acesse o site indicado.
Jean Piaget
Sir Jean William Fritz Piaget (Neuchâtel, 9 de agosto de
1896 – Genebra, 16 de setembro de 1980) foi um episte-
mólogo suíço, considerado o maior expoente do estudo
do desenvolvimento cognitivo. Estudou inicialmente Bio-
logia, na Suíça, e posteriormente se dedicou à área de
Psicologia, Epistemologia e Educação. Foi professor de
psicologia na Universidade de Genebra de 1929 a 1954;
tornando-se mundialmente reconhecido pela sua revolu-
ção epistemológica. Durante sua vida, Piaget escreveu mais de cinqüenta livros
e diversas centenas de artigos.
Jean Piaget nasceu em 1896 em Neuchâtel, Suíça. Seu pai, Arthur Piaget, foi um
professor de literatura medieval na Universidade de Neuchâtel. Piaget foi uma
criança precoce, tendo publicado seu primeiro artigo sobre um pombo albino aos
11 anos de idade.
Piaget se tornou Doutor em ciências naturais pela Universidade de Neuchâtel e
após estudou brevemente na Universidade de Zürich. No início de sua carreira
acadêmica, Piaget se interessou pela psicanálise. Mudou-se para Paris, França,
onde lecionou no colégio Grange-Aux-Belle para garotos, dirigido por Alfred Bi-
net, que desenvolveu o teste de inteligência de Binet. Foi durante seu trabalho
com os resultados destes testes que Piaget percebeu regularidades nas respos-
tas erradas das crianças de mesma faixa etária. Esses dados permitiram o lan-
çamento da hipótese de que o pensamento infantil é qualitativamente diferente
do pensamento adulto. Em 1921, Piaget retornou à Suíça a convite do diretor do
Instituto Rousseau em Genebra.
O material Cuisenaire
O Material Cuisenaire tem mais
de 50 anos de utilização em todo
o mundo. Foi criado pelo profes-
sor belga Georges Cuisenaire
Hottelet (1891-1980) depois de
ter observado o desespero de
um aluno, numa das suas aulas.
Decidiu criar um material que aju-
dasse no ensino dos conceitos
básicos da Matemática. Então
cortou algumas réguas de ma-
deira em 10 tamanhos diferentes
e pintou cada peça de uma cor,
tendo assim surgido a Escala de
Cuisenaire. Durante 23 anos, Cuisenaire estudou e experimentou o material que
criara na aldeia belga de Thuin. Só 23 anos depois da sua criação (a partir de um
encontro com outro professor – o egípcio Caleb Gattegno), é que o seu uso se
difundiu com enorme êxito. O egípcio, radicado na Inglaterra, passou a divulgar
o trabalho de Cuisenaire – a quem chamava de Senhor Barrinhas. Levou apenas
13 anos para passar a ser conhecido nas escolas de quase todo o mundo. Feito
originalmente de madeira, o Cuisenaire é constituído por modelos de prismas
quadrangulares com alturas múltiplas da do cubo – representante do número
1 – em 10 cores diferentes e 10 alturas proporcionais:
© U4 – Cálculo Mental e Operações com Números Naturais 107
NÚMERO
COR
REPRESENTADO
Branco (ou cor de madeira) 1
Vermelho 2
Verde-claro 3
Rosa (ou lilás) 4
Amarelo 5
Verde-escuro 6
Preto 7
Castanho 8
Azul 9
Cor de laranja (ou cor de madeira 10
(imagem e texto disponíveis em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.
html?aula=3570>. Acesso em: 22 mar. 2011).
4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
Tivemos a oportunidade de estudar na unidade anterior o
que os Parâmetros Curriculares Nacionais propõem para o Ensino
Fundamental ao se tratar de números. Compreendemos os con-
teúdos atitudinais, procedimentais e conceituais da Matemática,
além de várias atividades que podem ser utilizadas para trabalhar
esses conteúdos com os alunos.
Nesta unidade, vamos conhecer quais são os conteúdos de
operações com Números Naturais, seguindo as orientações dos
Parâmetros Curriculares de Matemática. Refletiremos sobre o cál-
culo mental e conheceremos algumas atividades práticas que po-
dem ser utilizadas nas aulas de Matemática.
O estudo de cálculo é considerado tanto pelos professores
quanto pelos alunos como o aspecto matemático de maior rele-
vância no Ensino Fundamental.
Isso se justifica especialmente pela utilidade dos cálculos
para a resolução de problemas da vida real.
6. ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO
Quando falamos em operações, é importante concentrar a
atenção na compreensão dos diferentes significados assumidos
por cada uma delas e nas relações que estabelecem, bem como
refletir sobre o cálculo mental e o escrito, o exato e o aproximado.
Para trabalhar com as operações nas duas primeiras séries
do Ciclo I, o professor deve se concentrar nos problemas aditivos e
subtrativos simultaneamente à construção do significado dos nú-
meros.
Atividades práticas––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Atividade 1
A atividade 1 foi adaptada do livro: DANTE, Luiz Roberto. Didática da resolução
de problemas de Matemática. São Paulo: Ática, 2005.
Atividade 2
Um dos jogos proposto por Dante (2005, p. 83) é o Fazen-
do somas. Esse jogo pode ser realizado por duas crian-
ças. Nele, realizam-se as seguintes fases:
- Tire par ou ímpar para ver quem começa.
- Escolha dois objetos.
- Determine o custo dos dois.
- Localize a soma no cartão e marque-a com um X.
Atividade 3
Um dos jogos propostos por Dante (2005, p. 83) recebe o nome de Estimando
a soma.
Atividade 4
Dois amigos estão numa competição. Um fez 32 pontos e o outro, 25. Se eles
formarem uma dupla, qual será o total de pontos? (TOLEDO; TOLEDO, 1997, p.
107).
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Atividade 1
Para as atividades de escrita aditiva, pode-se utilizar o material Cuisenaire.
Por exemplo, a partir de um "murinho" com sete tijolos, os alunos constroem
outros "murinhos", do mesmo tamanho daquele, cada um formado de dois novos
"murinhos". Depois, representam com a escrita o "murinho" que fizeram.
Atividade 2
Para trabalhar subtração com os alunos, você pode apresentar os problemas a
seguir e pedir para que cada criança resolva individualmente os problemas como
eles acham, sem orientá-los na resolução.
Você pode observar exatamente os procedimentos que cada uma utilizará para
resolver um dos problemas e também poderá perguntar como fizeram para resol-
ver o problema, registrando as respostas.
Vejamos, a seguir, alguns exemplos desses problemas.
Paula tem 15 figurinhas, e Bete tem 8 figurinhas a menos. Quantas figurinhas
tem Bete?
Eu tenho 18 revistas. Descobri que tenho 6 a mais do que meu irmão Rafael.
Quantas revistas tem Rafael?
Luísa tinha 15 dados. Ela deu 7 deles para sua irmãzinha. Quantos dados ela
tem agora?
Maíra tinha 6 lápis de cor e André lhe deu alguns lápis. Agora, Maíra tem 14 lápis.
Quantos foram os lápis que André deu a ela?
Atividade 3
Vejamos, a seguir, alguns exemplos de atividades com as barras Cuisenaire,
segundo Toledo; Toledo, (1995, p. 114).
Se tirarmos da barra marrom um pedaço do tamanho da barra verde, que tama-
nho de barra eu terei? Vamos representar com uma sentença matemática?
Que barra devemos juntar à verde para ficar com uma do tamanho da marrom?
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© U4 – Cálculo Mental e Operações com Números Naturais 119
Cálculo mental
Como já mencionamos anteriormente, o uso do cálculo
mental constantemente nas aulas de Matemática ajuda o desen-
volvimento do raciocínio lógico e mental do aluno, além de torná-
-lo rápido em suas resoluções.
Segundo Grasseschi (1995, p. 204):
A capacidade de resolver contas mentalmente é duplamente de-
sejável. Por um lado, é extremamente prático do ponto de vista do
desempenho cotidiano da criança. Por outro lado, o cálculo mental
em geral se vale de relações percebidas ou construídas pela crian-
ça, que resultam em recursos práticos. Assim, se bem conduzidas
através de uma boa motivação, logo a criança estará desenvolven-
do recursos para o cálculo mental do tipo:
8 + 5 = (8 + 2) + 3 = 10 + 3 = 13
8 + 9 = 8 + (10 - 1) = (8 + 10) – 1 = 18 – 1 = 17
13 – 9 = 13 – 10 + 1 = 3 + 1 = 4
Sugestões de atividades––––––––––––––––––––––––––––––––
3) "Calculando mentalmente"
Segundo Wey (2000, p. 47), você pode facilitar o cálculo se descobrir por
onde começar a completar os esquemas.
a) 24 + 9 = 33. Mentalmente, veja este esquema:
b) 296 – 134
1ª estimativa: 200 – 100 = 100
A diferença é maior do que 100
2ª estimativa: 290 – 130 = 160
A diferença é maior do que 160
Determinação da diferença, num trabalho apoiado no cálculo mental:
290 – 134 = 160 + 2 ou 162.
© U4 – Cálculo Mental e Operações com Números Naturais 121
Material dourado
Atividade retirada do livro Registrando Descobertas, de Maria Apparecida Barro-
so de Lima (1997, p. 24).
Material: material dourado.
a) Apresentar uma situação-problema que envolva cálculos de adição ou de
subtração.
b) Pedir aos alunos que representem os termos da operação com o material
dourado.
c) Pedir aos alunos que resolvam a operação com o auxílio do material dou-
rado.
d) Apresentar outras situações-problema.
Salute
Organizado por Kátia Cristina Stocco Smole.
Idade recomendada: jogo para crianças a partir de 6 anos.
Organização da classe: grupos de 3 alunos.
Material: 40 cartas (quatro de cada) de "ás" a "dez".
Objetivo: "Salute!" auxilia os alunos a perceberem a relação entre adição e sub-
tração; realizarem cálculo mental e resolver problemas de adição e subtração.
Objetivo: As cartas são distribuídas entre dois dos três jogadores, que devem
sentar-se frente a frente, com seus montes de cartas viradas para baixo. Ao
mesmo tempo, os dois retiram a carta de cima de seus montes dizendo: "Salute!"
e segurando-as perto de seus rostos, de modo que possam ver apenas a carta
do adversário, mas não a própria. O terceiro jogador, nesse momento, anuncia a
soma das cartas, e aqueles, entre os dois, que primeiro descobrir o correto valor
de sua própria carta (subtraindo o total da carta de seu companheiro) leva o par
para si.
Ganha aquele que conseguir o maior número de cartas.
Como variação, o "Salute!" pode ser jogado com multiplicação a partir da 3ª série
(MATHEMA, 2010).
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8. MULTIPLICAÇÃO E DIVISÃO
No caso da multiplicação, o importante, inicialmente, é que
o aluno entenda essa operação como uma adição de parcelas
iguais. Isso significa que a multiplicação é um caso particular da
adição. Mas é fundamental que o professor saiba que ela também
resolve muitos problemas de contagem.
Para que o aluno aprenda multiplicação, é essencial traba-
lhar com as tarefas do cotidiano da sala da aula, como, por exem-
plo: preciso montar cinco equipes, com três alunos cada uma. Será
que vamos usar todos os alunos?
Esse problema nos remete à importância de explorar situa-
ções escolares nas quais formamos grupos com o mesmo número
de elementos.
Para isso, é importante que o professor dê oportunidade
aos alunos de desenvolverem familiaridade com a multiplicação.
No entanto, isso não acontece, pois o professor realiza sozinho a
maioria das tarefas de sala de aula, em virtude da preocupação
com o conteúdo a cumprir.
Para Toledo; Toledo, (1997, p. 122):
[...] o que não se aceita, no entanto, é que as crianças decorem lis-
tas e listas de fatos fundamentais da multiplicação, sem saber para
que servem ou como foram encontrados. É conveniente que, em
primeiro lugar, os alunos possam construir os resultados de algu-
mas multiplicações, dentro de certos contextos.
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Didática na Matemática–––––––––––––––––––––––––––––––––
Atividade 1
Uma borracha custa R$ 0,15. Quanto pagarei por 30 borrachas iguais a essa?
Em um pequeno auditório, as cadeiras estão arrumadas em 6 fileiras. Cada fileira
tem 8 cadeiras. Quantas cadeiras há no auditório?
Marta foi viajar e levou na mala 3 saias e 2 blusas. De quantas maneiras ela pode
se vestir?
Comprei 8 cadernos por R$ 64,00. Quanto custou cada caderno?
Em uma sala de reuniões, há 240 cadeiras organizadas em 12 colunas. Quantas
cadeiras há em cada coluna?
Atividade 2
Este problema sugere a idéia de repartir igualmente.
Carlos tem 27 bolinhas de gude e quer reparti-las igualmente entre seus seis
amigos. Como poderá fazer isso?
Atividade 3
Agora vamos trabalhar a idéia de medir. Nesse problema, sabemos quantos ele-
mentos há em cada grupo, mas não sabemos quantos grupos serão formados.
Uma florista tem 23 rosas para fazer arranjos. Como quer colocar 5 rosas em
cada arranjo, quantos ela conseguirá fazer? (TOLEDO; TOLEDO, 1997, p. 145).
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Cálculo mental
Vejamos algumas sugestões de atividades para ensinar mul-
tiplicação e divisão:
1) O prédio de uma papelaria tem 8 andares e 4 escritórios
por andar. O prédio vizinho tem 4 andares e 8 escritórios
por andar. Em qual dos dois prédios há mais escritórios?
2) Em 32, há quantos grupos de 8? E quantos grupos de 4?
3) Descubra a regra deste jogo:
• Toninho falou "75" e Júlia respondeu "750".
• Toninho falou "12" e Júlia respondeu "120".
• Que operação Júlia fez? Que número Júlia responderá
quando Toninho falar:
a) 36 b) 122
Invente uma regra, escolha um colega e jogue esse mesmo
jogo.
No Quadro 1, você verá como desenvolver cálculos mentais
com a divisão e a multiplicação.
A equipe que, na sua vez, efetuar um cálculo errado perde sua vez
de jogar.
Cada equipe deverá obter um resto que a faça chegar exatamente
à casa marcada com FIM sem ultrapassá-la, mas se isso não for
possível, ela perde a vez de jogar e fica no mesmo lugar.
Vence a equipe que chegar em primeiro lugar ao espaço com a pa-
lavra FIM.
Depois de jogar algumas vezes com a classe, você pode propor pro-
blemas para explorar melhor a Matemática envolvida no jogo.
Quais são os possíveis valores para os restos das divisões pelos
números que aparecem nos dados?
O que acontece quando no dado sai o número 1?
Por que na casa com o número 0 está a palavra "tchau"?
O que é melhor: estar na casa com o número 51 ou na casa 96?
Se a sua ficha estiver na casa com o número 80, quais são os núme-
ros que devem sair no dado para que você ganhe o jogo?
Faça uma lista dos números que são divisíveis por 2, observando
que são números que apresentam resto 0 ao serem divididos por 2.
A seguir, observe outros números que sejam divisíveis por 2, e
questione:
- Como é possível saber se o número é divisível por 2 sem efetuar a
divisão por 2?
Em outro momento, a partir deste jogo, repita essa discussão para
a divisibilidade e múltiplos de 3, 4, 5 ou 6.
Questões para
Pinte, por exemplo, de vermelho os números (do tabuleiro) que são
discussão
múltiplos de 2 (ou não divisíveis por 2) e de amarelo aqueles que
são múltiplos de 3 (ou são divisíveis por 3) e questione:
- Por que alguns dos números foram pintados com as duas cores?
- Que números são esses?
- Eles são múltiplos de que número?
Repita esta atividade escolhendo os números que são múltiplos de
3 e de 4, ou de 2 e de 5, ou de 2 e de 6, etc., para que numerosos
alunos possam concluir que os números múltiplos de dois números
são múltiplos do produto desses números.
Crie um jogo semelhante a este. Para isso temos várias possibilida-
des:
- modificar os números do tabuleiro;
- usar fichas numeradas de 1 a 9;
- incluir outros números que possam ser, como a casa 0, que elimi
na o jogador da brincadeira.
- usar dois dados para compor um número de dois algarismos para
ser o divisor.
Fonte: Borin (2004, p. 100).
© U4 – Cálculo Mental e Operações com Números Naturais 127
Material dourado––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
1. Para começar esse exercício, pegue 1 centena, 4 dezenas e duas unidades
usando as peças do material dourado. Vamos repartir igualmente, entre 3
pessoas, este conjunto de peças.
a) Que número representa este conjunto?
b) Observe que não temos placas para dar uma para cada pessoa, então
trocamos a placa por barras e ficaremos com quantas barras ao todo?
c) Reparta as 14 barras em 3 partes iguais e desenhe.
d) Sobraram peças? Quais?
e) O que podemos fazer para repartir igualmente as peças que sobraram
entre três pessoas?
f) Desenhe o total de peças que recebeu cada uma das 3 pessoas.
g) Sobraram cubinhos? Quantos?
h) Quanto cada pessoa recebeu ao todo?
i) Escreva uma expressão matemática usando operações que represente
essa situação.
2. Propor uma situação-problema em cuja resolução ocorra uma multiplicação
com multiplicador formado por dezenas exatas. Por exemplo: em cada paco-
te de cadernos há 5 cadernos. Quantos cadernos há em 10 pacotes?
a) Organização da situação com material dourado.
10 x 5 =
= 50
f) Interpretar a situação.
20 x 5 = 2 x 10 x 5 = 2 x 50 = 100 cadernos ou 1 centena de cadernos.
g) Analisar com os alunos a possibilidade de sempre trocar 10 barras por
uma placa (LIMA, 1997, p. 54).
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10. CONSIDERAÇÕES
Vimos, nesta unidade, a importância do cálculo mental e,
também, das quatro operações fundamentais (adição, subtração,
multiplicação e divisão).
Compreendemos que é importante o professor apresentar
sempre situações diversificadas e material concreto para que os
alunos possam realizar as atividades com mais prazer, pois sabe-
mos que eles têm mais sucesso com atividades práticas que fazem
parte do seu cotidiano.
© U4 – Cálculo Mental e Operações com Números Naturais 129
Monstromática––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Às folhas tantas do livro de Matemática, um quociente apaixonou-se um dia doi-
damente por uma incógnita.
Olhou-a com seu olhar inumerável e viu-a, do ápice à base.
Uma figura ímpar olhos rombóides, boca trapezóide, corpo ortogonal, seios es-
feróides.
Fez da sua uma vida paralela a dela até que se encontraram no infinito.
"Quem és tu?" – indagou ele com ânsia radical.
"Eu sou a soma dos quadrados dos catetos, mas pode me chamar de hipotenu-
sa".
E de falarem descobriram que eram o que, em aritmética, corresponde a almas
irmãs, primos entre si.
E assim se amaram ao quadrado da velocidade da luz numa sexta potenciação
traçando ao sabor do momento e da paixão retas, curvas, círculos e linhas se-
noidais.
Nos jardins da quarta dimensão, escandalizaram os ortodoxos das fórmulas eu-
clidianas e os exegetas do universo finito.
Romperam convenções Newtonianas e Pitagóricas e, enfim, resolveram se ca-
sar, constituir um lar mais que um lar, uma perpendicular.
Convidaram os padrinhos: o poliedro e a bissetriz, e fizeram os planos, equações
e diagramas para o futuro, sonhando com uma felicidade integral e diferencial.
E se casaram e tiveram uma secante e três cones muito engraçadinhos e foram
felizes até aquele dia em que tudo, afinal, vira monotonia.
Foi então que surgiu o máximo divisor comum, freqüentador de círculos con-
cêntricos viciosos, ofereceu-lhe, a ela, uma grandeza absoluta e reduziu-a a um
denominador comum.
Ele, quociente, percebeu que com ela não formava mais um todo, uma unidade.
Era o triângulo tanto chamado amoroso desse problema, ele era a fração mais
ordinária.
Mas foi então que Einstein descobriu a relatividade e tudo que era espúrio passou
a ser moralidade, como, aliás, em qualquer Sociedade... (FERNANDES, 2007).
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13. E-REFERÊNCIA
Figura 1 Cálculo mental. Disponível em: <http://cant.mat.googlepages.com/penarnu
meros.jpg/penarnumeros-custom;size:136,136.jpg>. Acesso em: 11 jul. 2007.
Sites pesquisados
EDUCAR. Calculando mentalmente. Disponível em: <http://educar.sc.usp.br/matematica/
m2p1t3.htm>. Acesso em: 11 jun. 2007.
FERNANDES, M. Poesia matemática. Disponível em: <http://www.releituras.com/millor_
poesia.asp>. Acesso em: 12 jul. 2007.
MATHEMA. Salute. Disponível em: <http://www.mathema.com.br/>. Acesso em: 24 jul.
2010.
© U4 – Cálculo Mental e Operações com Números Naturais 131