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Objectivos
1. Conhecer melhor o vasto campo da Ética e suas vertentes;
2. Identificar e saber se posicionar diante dos conflitos éticos.
Introdução: Vivemos num tempo (o famoso século XXI) em que a Igreja de Cristo vem
sendo desafiada em sua ética e virtudes cristãs. Leis são propostas todos os dias, teorias são
desenvolvidas pelo actual sistema mundano, que pressionam cada vez mais os crentes,
ameaçando a Igreja a que esteja confinada aos lares de seus membros. Para esse sistema, a
Ética Cristã é tolerada desde que não incomode o status quo de uma sociedade, que se acha
humanista e progressista. Na visão dessa sociedade, os cristãos são “desumanos” e
“atrasados”. Nesse aspecto, os Dez Mandamentos, os Escritos Proféticos, os Evangelhos, o
Sermão do Monte, as Cartas Paulinas e Gerais mostram-se fundamentais para a ética
dosque seguem a Jesus. Ensinar aos crentes a respeito da fundamentação ética que
represente e transpareça as virtudes do Reino de Deus é o propósito desta lição.
Cada um de nós tem uma ética. Cada um de nós, por mais influenciado que seja pelo
relativismo e pelo pluralismo de nossos dias, tem um sistema de valores interno que
consulta no processo de fazer escolhas. Nem sempre estamos conscientes dos valores que
compõem esse sistema, mas eles estão lá, influenciando decisivamente nossas opções.
1. Conceito de Ética: a nossa palavra "ética" vem do grego eqikh, que significa um
hábito, costume ou rito. Com o tempo, passou a designar qualquer conjunto de
princípios ideais da conduta humana, as normas a que devem ajustar-se as relações
entre os diversos membros de uma sociedade. Por definição, Ética é o conjunto de
valores ou padrão pelo qual uma pessoa entende o que seja certo ou errado e toma
decisões.
2.1. Ética Natural: sistema ético que toma como base o processo e as leis da natureza.
O certo é o natural — a natureza nos dá o padrão a ser seguido. A natureza, numa
primeira observação, ensina que somente os mais aptos sobrevivem e que os fracos,
doentes, velhos e debilitados tendem a cair e a desaparecer à medida que a natureza
evolui. Logo, tudo que contribuir para a selecção do mais forte e a sobrevivência do
mais apto, é certo e bom; e tudo o que dificultar é errado e mau. A ética naturalística
tem alguns pressupostos acerca do homem e da natureza baseados na teoria da
evolução, tais como: (1) a natureza e o homem são produtos da evolução; (2) a
selecção natural é boa e certa. Os cristãos entendem que uma ética baseada na
natureza jamais poderá ser legítima, visto que a natureza e o homem se encontram
hoje radicalmente desvirtuados como resultado do afastamento da humanidade do
seu Criador. A natureza como a temos hoje se afasta do estado original em que foi
criada. Não pode servir como um sistema de valores para a conduta dos homens.
2.2. Ética Humanística: sistema ético que toma o ser humano como a medida de todas
as coisas, seguindo o conhecido axioma do antigo pensador sofista Protágoras (485-
410 AC), “o homem é a medida de todas as coisas”. Ou seja, na ética humanística
favorece-se as escolhas e decisões voltadas para o homem, como seu valor maior.
Dentro deste sistema podemos encontrar diversas correntes, como por exemplo:
a) O Hedonismo - ensina que o certo é aquilo que é agradável, baseado na máxima
famosa de Epicuro, “comamos e bebamos, porque amanhã morreremos. Para os
hedonistas, rejeitar o casamento ou a família não é problema, pois o que
interessa é o prazer e a felicidade individual.
b) O Utilitarismo- tem como valor máximo o que considera o bem maior para o
maior número de pessoas. Em outras palavras, "o certo é o que for útil". Nesta
corrente as decisões são julgadas não em termos de motivações ou princípios
morais envolvidos, mas dos resultados que produzem. Infelizmente, para ela “o
fim justifica os meios”.
c) O Existencialismo - ensina que o certo e o errado são relativos na perspectiva
do indivíduo e que não existem valores morais ou espirituais absolutos. Para os
existencialistas, o certo é ter uma experiência, é agir, independentemente das
consequências. Por exemplo, um homem que não é feliz em seu casamento e
tem um romance com outra mulher, com quem se sente bem, recebe a
compreensão e a tolerância da sociedade.
2.3. Ética Religiosa: corresponde aos sistemas de valores que procuram na divindade
(Deus ou deuses) o motivo maior de suas acções e decisões. Nesses sistemas existe
uma relação inseparável entre ética e religião. O juiz maior das questões éticas é o
que a divindade diz sobre o assunto. Evidentemente, o conceito sobre a divindade
que cada um desses sistemas mantém, acabará por influenciar decisivamente o
código ético e o comportamento a ser seguido. É deste grupo que surge a Ética
Cristã.
a) Ética Cristã: é o sistema de valores morais associado ao Cristianismo histórico
e que retira dele a sustentação teológica e filosófica de seus preceitos. Como as
demais correntes éticas já mencionadas acima, a ética cristã opera a partir de
diversos pressupostos e conceitos que foram revelados nas Escrituras Sagradas,
pelo único Deus verdadeiro.
Há numerosas áreas de complexidade moral que confrontam o cristão. Embora a ética cristã
básica seja bastante simples (tendo em conta a prática do amor e a preocupação em fazer o
nome de Deus ser glorificado), muitas vezes é bem difícil de ser aplicada. Veremos abaixo
alguns exemplos de situações com que o crente se depara e tem dúvidas, sobre a sua
postura.
2. Cirurgia Plástica:mulher crente pode colocar silicone nos seios? Eu não me sinto
bem em relação ao meu corpo, seria condenável fazer uma correcção? Posso retocar
meu nariz e eliminar os “pneus”? Estas e outras perguntas são feitas por muitas
pessoas movidas pela beleza ou outro motivo, inclusive crentes. Responder de
forma seca, com “sim” ou “não”, sem uma explicação adequada ou convincente,
pode gerar polémica e deixar as pessoas mais confusas. É preciso avaliar todos os
impasses com os quais nos deparamos em termos de “certo ou errado”, à luz
dos princípios bíblicos. Diante desta inquietação, julga-se necessário aplicar o
princípio da discrição cristã. A discrição cristã consiste em que o nosso carácter
deve brilhar mais que o nosso exterior. Mas isto não quer dizer que devemos relaxar
com o nosso visual. Mas preste atenção: se o objectivo é colocar silicone nos seios
para se tornar mais atraente, colocar decotes ousados e seduzir os homens/irmãos,
neste caso a irmã não obedece o princípio da discrição cristã e causa escândalo.
Outro aspecto importante é considerar que o cristão não é apenas alguém modesto
no vestir e no cuidado com seu próprio corpo, mas é alguém feliz consigo mesmo e
com seu corpo, cuja auto-estima resultado máximo sacrifício que Cristo fez por ele.
Se Cristo me ama como sou, não há porque eu também não me amar!
Mas imagine que um problema qualquer faz com que os cabelos de uma cristã
comecem a cair, está errado ela buscar um tratamento para reverter isso? Se um
problema qualquer estraga a pele de um cristão, está errado ele buscar o tratamento
para mudar isso? A resposta óbvia é SIM/NÃO (Para Debate).
Contudo, diante de tudo isso o conselho que se impõe é o que foi dado pelo
Apóstolo Paulo aos coríntios e aos filipenses (1 Co 6.12;10.23; Fp 4.8-9)
3. Planeamento Familiar: esta é uma questão que tem levantado muita controvérsia.
Por um lado, existem os que defendem a sua prática através de “métodos seguros”,
por não se encontrar nas Escrituras um mandamento explícito que proíbe. Por outro
lado, existem os que advogam que Planeamento Familiar “é pecado”, pois se
constitui em desobediência ao mandamento “…frutificai e multiplicai-vos e enchei
terra…”. Para o primeiro grupo, pode se questionar sobre a eficiência e
implicâncias éticas dos chamados, “métodos seguros”.Ao segundo grupo
questionar-se-á sobre se o sexo tem apenas uma função ou mais no casamento e se o
papel da mulher é apenas procriar?
Diferente do “controle de natalidade” (que consiste em evitar o nascimento dos
filhos por meio do controlo estatal), a proposta do planeamento familiar é a
deinstituir a paternidade-maternidade responsável. Trata-se de uma decisão
voluntária e sensata por parte dos pais quanto ao número de filhos que possam ter
com dignidade. No planeamento familiar vários factores são analisados, tais como a
saúde dos pais, o espaço entre uma e outra gestação, as condições da família
(alimentação, rendimento, aluguer ou não de residência, número de quartos, etc.), a
formação académica. No contexto cristão, quanto ao número de filhos, o casal deve
buscar orientação divina por meio da oração, submeter-se à direcção do Espírito
Santo e ter bom senso (Rm 14.21-23).
Enquanto o “controlo da natalidade” visa fins utilitaristas e económico-sociais,
configurando intervenção directa e violação da vontade do casal, o Planeamento
Familiar não interfere na decisão do casal. Apenas orienta quanto à natalidade.
Portanto, o planeamento familiar, desdeque não seja feito por meio de abortoe
meios abortivos, não contraria aPalavra de Deus.
CONCLUSÃO
A Igreja de Cristo não deve temer o tempo presente. Da mesma forma, os cristãos do
passado eram perseguidos, afrontados e muitas vezes humilhados por causa da fé.
Diferentemente daquele tempo – em que a perseguição aos cristãos era física e pública –,
hoje a perseguição é ideológico-intelectual. Por isso, não podemos desistir de ser sal da
terra e luz do mundo.
BIBLIOGRAFIA
Bíblia de Estudo Plenitude, Almeida Revista e Corrigida. SBB, São Paulo, 2001
HENRY, Carl F. H. (org.); Dicionário de Ética Cristã. Ed. Cultura Cristã, São Paulo, 2007
http://bereianosagrado.com.br/implante-de-silicone-a-luz-da-biblia/
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/inseminacao-artificial.htm
http://cidadaniaevangelica.blogspot.com/2010/10/o-perigo-dos-anabolizantes.html
https://clinicagera.com.br/tratamentos/inseminacao-artificial/
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/quimica/composicao-efeitos-dos-esteroides-
anabolizantes.htm
LIMA, ElinaldoR De. Ética Cristã: Confrontandoas questões morais do nosso tempo. 1ª
Edição, CPAD, Rio de Janeiro, 2002,