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Habilidade s Mé dicas V II |1

Isabela Alves

SEPSE e CHOQUE SÉPTICO


A sepse é uma grande preocupação de saúde pública, com elevado
custo ao Estado.
A morbimortalidade associada à doença chega a 50% dos casos no ETIOLOGIA
Brasil. Os agentes patogênicos mais comuns que causam choque séptico são
A incidência relatada de sepse está aumentando, provavelmente bactérias Gram-negativas, Gram-positivas e microorganismos bacterianos
refletindo o envelhecimento populacional com mais comorbidades, maior mistos.
reconhecimento Infecção bacteriana:
Sepse é um conjunto de manifestações graves em todo o organismo  Gram negativos (62%): Escherichia coli, Pseudomonas
produzidas por uma infecção. Suas manifestações clínicas incluem aquelas aeruginosa e Klebsiella sp.
associadas ao foco infeccioso em questão.  Gram positivos (47%): Staphylococcus aureus e Steptococcus
A partir do último guidelines de 2016, não se considera mais os pneu-moniae.
critérios de Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica no Principais focos: respiratório, urinário e abdominal.
diagnóstico de sepse.
O termo sepse grave não existe mais, correspondendo a sepse.
Choque séptico é sepse refratária a reposição volêmica.
Foi introduzido um novo conceito de infecção sem disfunção, PACOTES DE SEPSE
considerado todo paciente tendo ou não critério de SIRS que possui um Um pacote é um conjunto selecionado de elementos de cuidado que,
foco suspeito ou confirmado de infecção (bacteriana, viral ou fúngica) e quando implementados como um grupo, afetam os desfechos clínicos,
que não apresenta disfunção orgânica. O paciente que apresentar infecção simplificando os processos complexos de atendimento de pacientes com
sem disfunção não possui sepse. sepse.
Os critérios para disfunção orgânica são:
 Hipotensão: PAS < 90 mmHg OU PAM < 65 mmHg OU SURVIVING SEPSIS 2018
queda de PA > 40 mmHg). A mudança mais importante na revisão é que os pacotes de 3h e 6h
 Oligúria ≤ 0,5 mL/Kg/h OU elevação da creatinina > 2 foram combinados em um único de “1 hora” com a intenção clara de iniciar
mg/dL. as etapas da abordagem o mais rápido possível. Isso reflete a realidade
 Relação de PaO2/FiO2 < 300 OU necessidade de O2 para clínica à beira do leito dos pacientes mais graves, em que os médicos
manter SatO2 > 90%. iniciam o tratamento imediatamente, especialmente em pacientes com
 Plaquetas < 100.000/mm3 OU redução de 50% no número hipotensão, em vez de esperar ou prolongar as medidas de ressuscitação
de plaquetas em relação ao maior valor nos últimos 3 dias. por um período mais longo.
 Acidose metabólica inexplicável: déficit de bases ≤ 5,0 Pode ser necessário mais de 1h para que a reanimação seja concluída,
mEq/L E lactato acima do valor de referência. mas o início da reanimação e tratamento, como a obtenção de sangue para
 Rebaixamento do nível de consciência, agitação, delirium. medir lactato e hemoculturas, administração de fluidos e antibióticos e, no
 Aumento significativo de bilirrubinas > 2x o valor de caso de hipotensão com risco de vida, início de droga vasopressora, devem
referência. ser iniciados imediatamente.
A Surviving Sepsis Campaign, em 2016, lançou as novas diretrizes que
aproximaram o diagnóstico da sepse da clínica, diminuindo o valor dos Surviving Sepsis 2018:
exames complementares e a abordagem por metas.
Abaixo seguem as definições mais atuais (Sepsis-3) e a comparação
com as definições antigas (Sepsis-2):

 Medir o nível de lactato:


Recomendação fraca e baixa qualidade de evidência.
O nível de lactato é um indicador sensível, embora não específico,
autônomo de estresse celular ou metabólico
Aumentos no nível sérico de lactato podem refletir a hipóxia tecidual,
aceleração da glicólise aeróbica causada pelo excesso de estimulação beta-
adrenérgica ou outras causas associadas a piores desfechos.
Se o lactato inicial estiver elevado (> 2 mmol/L), ele deve ser medido
novamente dentro de 2 a 4 horas para guiar a ressuscitação para normalizar
o lactato em pacientes com níveis elevados de lactato como um marcador
de hipoperfusão tecidual.
 Obter hemoculturas antes dos antibióticos:
Boa prática.
A coleta de hemoculturas é um passo chave na abordagem da sepse.
Deve ser feita antes da administração dos antibióticos, tendo em vista que
a esterilização de culturas pode ocorrer em poucos minutos da primeira
dose de um antimicrobiano apropriado. Devem ser colhidos pelo menos
dois conjuntos (aeróbico e anaeróbico). É importante ressaltar que a
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administração de antibioticoterapia adequada não deve ser retardada para Como era...
obter hemoculturas.
 Administrar antibióticos de amplo espectro:
Recomendação forte e moderada qualidade de evidência.
Deve-se iniciar terapia empírica de amplo espectro com um ou mais
antimicrobianos intravenosos para cobrir todos os patógenos prováveis
deve ser iniciada imediatamente. Após a identificação da sensibilidade dos
patógenos, os antibióticos podem ser descalonados (por isso, a
hemocultura é passo chave).
Se a terapia combinada for usada inicialmente para choque séptico,
recomenda-se a redução com a descontinuação da terapia combinada nos
primeiros dias em resposta à melhora clínica e/ou evidência de resolução
da infecção. Isso se aplica tanto às terapias direcionadas (para infecções
positivas à cultura) quanto à terapia combinada empírica (para infecções
negativas à cultura).
Não se recomenda a terapia combinada para o tratamento rotineiro de
sepse neutropênica/bacteremia (recomendação forte, qualidade moderada
de evidência). Isso não exclui o uso de terapia com vários medicamentos
para ampliar a atividade antimicrobiana.
Não é recomendado a profilaxia antimicrobiana sistêmica sustentada
em pacientes com estados inflamatórios graves de origem não infecciosa
(por exemplo, pancreatite grave, queimadura).
 Administrar fluido intravenoso: INSTITUTO LATINO AMERICANO DA SEPSE (ILAS)
Recomendação forte e baixa qualidade de evidência. A Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica, embora não utilizada
A hipoperfusão induzida por sepse pode se manifestar por disfunção para a definição de sepse, continua sendo importante para a triagem de
orgânica aguda e/ou ± diminuição da pressão arterial e aumento do lactato pacientes com suspeita de sepse.
sérico. Não mudou os critérios para definir disfunção orgânica e choque
A ressuscitação volêmica precoce e eficaz é crucial para a estabilização séptico.
da hipoperfusão tecidual induzida pela sepse ou choque séptico. Deve-se Na presença de qualquer disfunção orgânica, independente da presença
começar imediatamente após o reconhecimento de um paciente com sepse dos critérios de SIRS, sem outra causa plausível, o diagnóstico de sepse
e/ou hipotensão e lactato elevado, e completado dentro de 3 horas de presumida é feito e o tratamento deve ser prontamente instituído.
reconhecimento. A terapia de escolha a princípio é com solução cristaloide, O qSOFA por ter baixa sensibilidade não deve ser utilizado para
tendo em vista ausência de qualquer benefício claro após a administração triagem dos pacientes. Porém, tem boa acurácia prognóstica, devendo ser
de coloide comparado com soluções cristaloides nos subgrupos utilizado em todo paciente com suspeita de sepse para avaliar a gravidade.
combinados de sepse (sem contar que albumina é muito cara). Contraindicação de aplicação do protocolo de sepse:
Esse volume fixo de fluido permite que os clínicos iniciem  Paciente sem disfunção orgânica aparente com quadro típico de
ressuscitação ao obter informações mais específicas sobre o paciente e infecção de via área alta e amidalite (evoluírem para sepse.
enquanto aguardam medidas mais precisas do estado hemodinâmico.  Pacientes com quadros sugestivos de dengue e malária (seguem
A história de insuficiência cardíaca, insuficiência hepática ou protocolo próprio).
insuficiência renal é não uma contra-indicação para a reanimação com  Paciente em cuidados paliativos.
líquidos. Esses pacientes podem precisar de menos líquido total ou bolus Recomendações adicionais:
menores, com reavaliação mais frequente do estado do volume  Registrar em prontuário o diagnóstico/suspeita (dá-se início ao
intravascular. pacote de 1 hora).
 Aplique vasopressores:  Iniciar imediatamente pacote de 1 hora*. Todo paciente com
Recomendação forte e moderada qualidade de evidência. sepse deve ser priorizado.
Se a pressão arterial não for restabelecida após a ressuscitação fluídica  Anamnese e exame físico dirigidos, com atenção para sinais de
inicial, os vasopressores devem ser iniciados dentro da primeira hora para disfunção orgânica.
atingir a pressão arterial média (PAM) de ≥ 65 mmHg. Esta é uma das  Disfunção orgânica grave ou choque é indicação de terapia
principais mudanças nos pacotes, pois anteriormente os vasopressores intensiva.
entravam apenas no pacote de 6h. Porém, a restauração urgente de uma  A ficha do protocolo deve acompanhá-lo durante todo o
pressão de perfusão adequada para os órgãos vitais é uma parte atendimento por todos os membros da equipe multiprofissional.
fundamental da ressuscitação. Isso não deve ser atrasado.
Indicado em todos os pacientes com hipotensão ou outros sinais
hipoperfusão tecidual que não responderam ou responderam parcialmente
à ressuscitação volêmica.
OUTRAS MEDIDAS
Noradrenalina (1ª escolha): a noradrenalina (norepinefrina) é tão forte  Controle do foco infeccioso:
como primeira escolha, que estudo retrospectivo demonstrou um aumento Além da antibioticoterapia de amplo espectro precoce, a diretriz
na mortalidade geral por sepse durante período de escassez da medicação preconiza o controle do foco infeccioso, que pode ser definido como “todas
nos Estados Unidos. as medidas físicas necessárias para eliminar o foco de uma infecção,
Diante do choque séptico, é permitido iniciar o vasopressor em veia controlar a contaminação e restabelecer os marcos anatômicos e funcionais
periférica, provisoriamente, enquanto se providencia acesso central. normais”, o que inclui a drenagem de coleções ou abscessos,
Vasopressina: considerar em associação a noradrenalina (até 0,03 desbridamento de tecidos infectados e/ou necrosados, retirada de corpo
U/min). estranho (seja externo ou uma prótese infectada) e/ou correções de lesões
Dobutamina: considerar quando evidência de baixo débito cardíaco, ou anatômicas que estejam contaminando o organismo, como cólon
seja, em pacientes que apresentam evidência de hipoperfusão persistente, perfurado; bem como retirar/trocar um acesso venoso profundo possível
apesar do uso adequado de fluido e do uso de agentes vasopressores. foco de infecção.
Corticoide venoso: indicado no choque séptico refratário a aminas  Medir níveis de procalcitonina sérica:
vasoativas. A procalcitonina é um biomarcador que auxilia no diagnóstico e
manejo de infecções agudas e para ajudar a definir a duração da terapia
antimicrobiana.
É importante notar que a procalcitonina e todos os outros
biomarcadores podem fornecer apenas dados de apoio e complementares à
avaliação clínica. As decisões sobre iniciar, alterar ou interromper a terapia
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antimicrobiana nunca devem ser feitas apenas com base em mudanças em de Órgãos (SOFA), associada a uma mortalidade intra-hospitalar maior
qualquer biomarcador, incluindo a procalcitonina. que 10%.
 Administrar hidrocortisona IV: A presença de disfunção orgânica na ausência dos critérios de SRIS
Não é recomendado o uso de hidrocortisona intravenosa para tratar pode representar diagnóstico de sepse. Assim, na presença de uma dessas
pacientes de choque séptico se a ressuscitação e a terapia vasopressora disfunções, sem outra explicação plausível e com foco infeccioso
adequadas forem capazes de restaurar a estabilidade hemodinâmica. Se presumível, o diagnóstico de sepse deve ser feito, e o pacote de tratamento
isso não for possível, sugerimos hidrocortisona intravenosa a uma dose de iniciado, imediatamente após a identificação.
200 mg por dia (recomendação fraca, baixa qualidade de evidência).
SEPSE = SIRS + INFECÇÃO documentada ou presumida
 Transfusão de hemoderivados:
Recomendação forte, alta qualidade de evidência. OBS.: O termo sepse grave não é mais utilizado, sendo englobado ao
Recomenda-se que a transfusão de RBC ocorra apenas quando a conceito de sepse.
concentração de hemoglobina diminui para < 7,0 g/dL em adultos na
ausência de circunstâncias atenuantes, como isquemia miocárdica, QUADRO CLÍNICO
hipoxemia grave ou hemorragia aguda. É bem diverso, variando com gravidade, foco infeccioso, idade do
paciente e comorbidades.
 Transfusão de plaquetas: Achados gerais: febre, hipotensão, taquicadia, aumento do tempo de
Recomendação fraca, qualidade de evidência muito baixa. enchimento capilar, taquipneia, dispneia, agitação, confusão mental,
Recomenda-se a transfusão de plaquetas profiláticas quando as oligúria, desconforto abdominal, icterícia e outros.
contagens são < 10.000/mm³ (10 × 109 /l) na ausência de hemorragia
aparente e quando as contagens são < 20.000/mm³ (20 × 109 /l) se o
paciente tiver um risco significativo de sangramento. Maiores contagens
de plaquetas (≥ 50.000/mm³ [50 × 109 /l]) são aconselhadas para
sangramento, cirurgia ou procedimentos invasivos ativos.
 Administrar anticoagulantes:
Recomendação forte, qualidade moderada da evidência.
Recomenda-se a profilaxia farmacológica (heparina não fracionada
[UFH] ou heparina de baixo peso molecular [LMWH]) contra o
tromboembolismo venoso (VTE) na ausência de contraindicações para o
uso desses agentes.
Recomenda-se LMWH em vez de UFH para profilaxia de VTE na
ausência de contraindicações para o uso de LMWH (recomendação forte,
qualidade moderada de evidência).
 Realizar profilaxia da úlcera por estresse: DIAGNÓSTICO
Recomendação forte, baixa qualidade de evidência Suspeita clinica pela história e exame OU ter 2 de 3 critérios do Quick
Indicada para pacientes com sepse ou choque séptico que tenham SOFA.
fatores de risco para sangramento gastrointestinal. Tendo suspeita, aplica-se o SOFA.
Sugere-se o uso de inibidores da bomba de prótons (PPIs) ou Sepse será um aumento de pelo menos 2 pontos em relação ao SOFA
antagonistas dos receptores de histamina-2 (H2RAs). basal do paciente.
 Iniciar nutrição enteral o mais breve:
Recomendação fraca, baixa qualidade de evidência. Quick SOFA
A administração precoce de nutrição enteral em pacientes com sepse e ► FR ≥ 22rpm ► Alteração mental ► PAS ≤ 100 mmHg
choque séptico tem potenciais vantagens fisiológicas relacionadas à
manutenção da integridade intestinal e prevenção da permeabilidade O qSOFA fornece critérios de cabeceira simples para identificar
intestinal, amortecimento da resposta inflamatória e modulação de pacientes adultos com suspeita de infecção susceptíveis.
respostas metabólicas que podem reduzir a resistência à insulina Os critérios de qSOFA sejam usados para induzir os clínicos a
investigarem mais a disfunção de órgãos, a iniciar ou intensificar a terapia,
conforme apropriado, e a considerar encaminhamento para cuidados
SÍNDROME DA RESPOSTA INFLAMATÓRIA críticos ou aumentar a freqüência de monitoramento se tais ações ainda não
tiverem sido realizadas.
SISTÊMICA – SIRS
Definida por 2 ou mais dos 4 critérios abaixo:
 Temperatura > 38,3°C ou < 36,0°C (Temperatura central);
 FC > 90 bpm;
 FR > 20ipm ou PaCO2 < 32 mmHg ou necessidade de ventilação
mecânica;
 Leucócitos > 12.000/mm ou < 4.000/mm ou > 10% de formas
imaturas.
A SRIS não faz mais parte dos critérios para definição da presença de
sepse mas continua tendo valor como instrumento de triagem para a
identificação de pacientes com infecção e, potencialmente, sob risco de A pontuação SOFA de base deve ser considerada zero, a menos que o
apresentar sepse ou choque séptico. doente tenha uma disfunção preexistente (aguda ou crónica) antes do início
da infecção.
O escore SOFA não se destina a ser usado como uma ferramenta para
a gestão do paciente, mas como um meio para caracterizar clinicamente
SEPSE um paciente séptico.
A sepse agora é definida como uma disfunção orgânica potencialmente O Organ Failure Assessment Score (SOFA) mensura a gravidade da
fatal causada por uma resposta de hospedeiro desregulada à infecção. disfunção orgânica, avaliando os seguintes parâmetros:
Resposta sistêmica a uma doença infecciosa ou uma resposta  Sistema respiratório: pO2.
desregulada a infecção levando a disfunção orgânica.  Sistema hematológico: plaquetas.
A disfunção orgânica pode ser representada por um aumento da  Sistema gastrointestinal: bilirrubina.
pontuação de 2 pontos ou mais na Avaliação Seqüencial de Insuficiência  Sistema circulatório: pressão.
 Sistema neurológico: escala de Glasgow.
 Sistema geniturinário: creatinina/diurese.
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valor de referência institucional (hiperlactatemia inicial), deve ser iniciada
CHOQUE SÉPTICO ressuscitação volêmica com infusão imediata de 30 mL/kg de
cristaloides dentro da 1ª hora do diagnóstico da detecçaõ dos sinais de
É um subconjunto de sepse com disfunção circulatória e hipoperfusão.
celular/metabólica associada a maior risco de mortalidade.
6. Uso de vasopressores para pacientes que permaneçam com
Sepse refratária à reposição volêmica.
pressão arterial média (PAM) abaixo de 65 (após a infusão de volume
inicial), sendo a noradrenalina a droga de primeira escolha. Não se deve
PAM < 65 mmHg + DROGA VASOATIVA + ↑ LACTATO tolerar pressões abaixo de 65 mmHg por períodos superiores a 30-40
minutos.
REAVALIAÇÃO DAS 6 HORAS
1. Ressuscitação volêmica:
EXAMES COMPLEMENTARES  Mensuração de pressão venosa central
Gerais:  Variação de pressão de pulso
 Hemograma completo;  Variação de distensibilidade de veia cava
 Ureia e Creatinina e Eletrólitos;  Elevação passiva de membros inferiores
 Glicemia;  Qualquer outra forma de avaliação de responsividade a
 TP, TTPa. Caso suspeite de CIVD, incluir fibrinogênio e d- fluídos (melhora da pressão arterial após infusão de fluidos,
dímero o bilirrubina; por exemplo)
 Gasometria arterial e Lactato;  Mensuração de saturação venosa central
 Proteína C reativa;  Tempo de enchimento capilar
 Urina Rotina;  Presença de livedo
 Raio X de tórax.  Sinais indiretos (por exemplo, melhora do nível de
Culturas: consciência ou presença de diurese)
 Colher pelo menos 2 Hemoculturas antes do início de 2. Pacientes com sinais de hipoperfusão e com níveis de
antibioticoterapia (caso a coleta possa atrasar o antibiótico, hemoglobina abaixo de 7 mg/dL devem receber transfusão o mais
dar preferência para a medicação); rapidamente possível.
 Outras culturas podem ser colhidas a depender da suspeita 3. Pacientes com choque séptico devem ser monitorados com
clínica. pressão arterial invasiva, enquanto estiverem em uso de vasopressor.
4. Pacientes sépticos podem se apresentar hipertensos, senod
necesspario a redução da pós-carga para o restabelecimento da adequada
TRATAMENTO oferta de oxigênio. Os vasodilatadores endovenosos, como nitroglicerina
ou nitroprussiatos são as drogas de escolha.
A ressuscitação permanece como pilar no tratamento da sepse.
Recomendações atuais: OUTRAS RECOMENDAÇÕES
 Início precoce (reduz mortalidade). A utilização de coriticóides é recomendada para pacientes com choque
 Reposição volêmica indicada em pacientes hipotensos (PAS < séptico refratário. A droga recomendada é a hidrocortisona na dose de 50
90 mmHg, PAM < 65 mmHg ou queda ≥ 40 mmHg na PAS mg a cada 6 horas.
basal); ou em pacientes com sinais de hipoperfusão (inclusive Realizar o controle glicêmico, visando uma meta abaixo de 180
lactato > 2x LSN). mg/dL, evitando-se episódios de hipoglicemia e variações abruptas da
 Volume: 30 mL/Kg de cristaloide; o mais rápido possível, dentro mesma.
da 1ª hora. Considerar menor velocidade em cardiopatas.
OBS.: Estudos em andamento.
PILAR NO TRATAMENTO DA SEPSE: Manter o balanço hídrico negativo: ainda não é uma recomendação do
► Antibioticoterapia precoce. Surviving Sepsis Campaign, mas tem sido foco de estudo a estratégia de
► Corrigir hipovolemia. manter um balanço hídrico negativo na evolução do paciente com sepse.
► Restaurar pressão de perfusão tecidual. Isso porque evidências recentes demonstraram o malefício de um balanço
hídrico positivo em diversos contextos clínicos, inclusive na sepse. A
congestão tecidual provocada pela hipervolemia intensifica a lesão
PACOTE DE 1 HORA
endotelial provocada pela sepse, aumentando a permeabilidade capilar, e
1. Coleta de exames laboratoriais para a pesquisa de disfunções provocando a disfunção microcirculatória de leitos nobres, como rim,
orgânicas: gasometria e lactato arterial, hemograma completo, creatinina,
fígado e pulmão.
bilirrubina e coagulograma.
Importante destacar que estes estudos não contradizem a ressuscitação
2. Coleta de lactato arterial o mais rapidamente possível mas volêmica inicial, a estratégia de balanço hídrico negativo deve ser realizada
dentro da primeira hora, que deve ser imediatamente encaminhado ao após estabilização inicial do quadro, geralmente a partir do 3º dia de
laboratório, afim de se evitar resultado falsos positivos. O objetivo é ter doença.
resultado deste exame em 30 minutos. Vitamina C: estudo unicêntrico e de pequena amostra demonstrou
3. Coleta de duas hemoculturas de sítios distintos em até uma potencial benefício do uso de vitamina C no paciente com sepse. A
hora, conforme rotina específica do hospital, e culturas de todos os outros estratégia ainda carece de evidências científicas mais fortes para virar
sítios pertinentes (aspirado traqueal, líquor, urocultura) antes da recomendação.
administração do antimicrobiano. Caso não seja possível a coleta destes Mortalidade por sepse em transplantados X não transplantados:
exames antes da primeira dose, a administração de antimicrobianos não contrariando o senso comum, estudo recente indicou que a
deverá ser postergada. imunossupressão associada ao transplante de órgãos resultou em uma
4. Prescrição e administração de antimicrobianos de amplo maior sobrevida para esses pacientes através da modulação da resposta
espectro para a situação clínica, por via endovenosa, visando o foco inflamatória à sepse.
suspeito, dentro da primeira hora da identificação da sepse. A utilização de
antimicrobianos deve seguir a orientação do serviço de controle de
infecção hospitalar da instituição, que deverá definir com o corpo clínico
local as recomendações para o tratamento empírico conforme o foco de
infecção identificado e a característica da infecção, comunitária ou
associada a assistência à saúde.
5. Para pacientes hipotensos (PAS< 90mmHg, PAM <65mmHg ou,
eventualmente, redução da PAS em 40mmHg da pressão habitual) ou com
sinais de hipoperfusão, entre eles niveis de lactato acima de duas vezes o

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