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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

Ana Caroline da Silveira Dias

ORIENTAÇÕES PARA APLICAÇÃO DAS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS

Macaé

2018
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ORIENTAÇÕES PARA APLICAÇÃO DAS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS

Ana Caroline da Silveira Dias

Material instrucional associado à dissertação de


Mestrado de Ana Caroline da Silveira Dias apresentada
ao Programa de Pós-Graduação em Ensino de Física do
Campus UFRJ-Macaé, vinculado ao Mestrado
Profissional de Ensino de Física (MNPEF), como parte
dos requisitos necessários à obtenção do título de
Mestre em Ensino de Física.

Orientadores:

Raphael Nunes Púpio Maia


Irina Nasteva

Macaé
2018
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO .............................................................................................................. 03
ESTRUTURA DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA ...................................................................04
O QUE VOCÊ PRECISA SABER PARA TRABAHAR ESTE TEMA EM SALA DE AULA
.............................................................................................................................................05
Aspectos históricos sobre a natureza da luz ........................................................................05
Efeito Fotoelétrico ...............................................................................................................06
Dualidade onda-partícula .....................................................................................................11
O interferômetro de Mach-Zehnder e os pressupostos básicos da física quântica .............12
A Interpretação de Copenhague ..........................................................................................16

SUGESTÃO DE APLICAÇÃO DAS AULAS ...................................................................18

Aula 1: Introdução ao estudo da Natureza da luz e breve recapitulação dos fenômenos


ondulatórios ................................................................................................................18
Aula 2: Efeito fotoelétrico ...................................................................................................19
Aula 3: Dualidade onda-partícula ........................................................................................21
Aula 4: Interpretação de Copenhague e Interpretação dos Muitos Mundos........................22

AVALIAÇÕES APLICADAS ............................................................................................25

Avaliação 1 ................................................................................................................25
Avaliação 2 ................................................................................................................29
Avaliação 3 ................................................................................................................33
Avaliação 4 ................................................................................................................42
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APRESENTAÇÃO

Caro professor,
Este material foi desenvolvido com o intuito de orientá-lo na utilização da História em
Quadrinhos (HQ) que lhe foi apresentada. É importante deixar claro que não temos como meta
oferecer um manual de instruções, afinal somente o próprio professor é capaz de identificar que
estratégia de ensino será melhor aproveitada pela turma. Ao contrário, o que queremos é mostrar
uma possibilidade de aplicação e, caso julgue o método utilizado satisfatório, adote a proposta e
dissemine boas práticas educativas.
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ESTRUTURA DA SEQUÊNCIA DIDÁTICA

Este material foi desenvolvido a fim de atender a proposta curricular do 4° bimestre de


física, do terceiro ano, do ensino médio no estado do Rio de Janeiro e foi pensado numa proposta
mínima de quatro aulas. O quadro a seguir, faz um comparativo entre a proposta do estado e a
sequência didática que desenvolvemos:

Proposta do Estado do Rio de Janeiro


Competências e Sequência didática mínima História em Quadrinhos
Habilidades
1. Compreender as 1. Aula 1: Fenômenos Aula 1: Resgate histórico
propriedades das Ondulatórios sobre aspectos referentes à
ondas e como elas 2. Aula 2: Fenômenos natureza da luz e
explicam fenômenos Ondulatórios fenômenos ondulatórios;
presentes em nosso 3. Aula 3: Efeito Aula 2: Efeito Fotoelétrico;
cotidiano. fotoelétrico e Aula 3: Dualidade Onda-
2. Discutir modelos para Dualidade onda- partícula;
a explicação da partícula Aula 4: Possíveis
natureza luz, interpretações para a
vivenciando a ciência dualidade onda-partícula.
como algo dinâmico
em sua construção.
Quadro: Relação entre História em Quadrinhos desenvolvida e sequência didática mínima
proposta pela Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro. Fonte: Elaborado pela autora

É importante frisar que quatro aulas é um número muito pequeno para se trabalhar os
assuntos propostos com a profundidade que julgamos adequada. Por isso, sugerimos que, caso o
planejamento didático permita um número maior de aulas, assim o faça e incremente as
avaliações aqui apresentadas com outras questões de cunho teórico ou algébrico que possam ser
pertinentes ao tema, afinal, restringimos nossas avaliações a um número pequeno de questões,
para que fosse possível se adequar ao cronograma.

Destacamos que este material não se restringe ao currículo do estado do Rio de Janeiro,
podendo ser adaptado a qualquer escola que esteja trabalhando o tema. No que se refere à maneira
de disponibilizar a HQ, acreditamos que a divulgação impressa pode ser muito proveitosa.
Contudo é mais prática a divulgação por meio eletrônico. Por fim, salientamos que não havendo
possibilidade de divulgação nas maneiras apresentadas, sugerimos uma última estratégia: a
apresentação da HQ em Datashow, para leitura simultânea.
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O QUE VOCÊ PRECISA SABER PARA TRABAHAR ESTE TEMA EM SALA DE


AULA

ASPECTOS HISTÓRICOS SOBRE A NATUREZA DA LUZ

Luz pode ser entendida de diferentes maneiras. Uma criança poderia dizer que luz é tudo o
que ilumina, ou ainda que é aquilo que sai de uma lâmpada quando acionamos o interruptor.
Numa definição mais sofisticada, Bohr (1995, p. 06) trata a luz como “uma transmissão de
energia entre corpos materiais à distância”. Compreender o comportamento da luz é uma tarefa
que desafiou a ciência durante muitos séculos e tem suas origens na Grécia antiga, quando
filósofos como Platão (427 – 347 aC), tentando entender como o ser humano era capaz de
enxergar, propôs que os objetos visíveis emitiam partículas luminosas que podiam ser captadas
pelos olhos. Aristóteles (384 – 322 aC) por outro lado, pensava que para ser capaz de enxergar
era necessário que saísse dos olhos uma onda vibratória, que atingia os objetos e tornava-os
visíveis. Ainda que de maneira muito rudimentar, é possível perceber entre esses filósofos duas
concepções completamente distintas acerca do que é luz: uma apresentando um caráter
corpuscular e outra propondo que a luz seja de natureza ondulatória.
O avanço da ciência possibilitou um estudo mais aprofundado sobre o assunto e à medida
que novas evidências experimentais iam surgindo, essas duas teorias tornavam-se bem mais
elaboradas. Até o final do século XVII, “a óptica geométrica e a fabricação de lentes eram bem
compreendidas, mas a natureza da luz era ainda um mistério” (RIBEIRO et al, 2016, p. 07). Em
1690, Huygens propôs que a luz deveria se comportar como pulsos não periódicos propagados
pelo Éter (MOURA, 2016). Essa ideia, apesar de ainda não tratar da natureza ondulatória tal
como conhecemos hoje, permitiu que Huygens explicasse de maneira satisfatória a reflexão e a
refração.
Na contramão das ideias de Huygens, Newton, em 1704, publica Óptica e neste trabalho
adota uma concepção corpuscular para a luz sem que, no entanto, a defenda abertamente. Apesar
de Huygens e Newton terem feito publicações em datas próximas, a influência do segundo na
comunidade científica da época, garantiu que seus trabalhos tivessem mais notoriedade e,
consequentemente, que a teoria corpuscular fosse aceita por um bom tempo.
Cem anos depois, em 1800 (PIRES, 2011), os trabalhos de Thomas Young colocavam a teoria
ondulatória em evidência. Ele mostrou que quando um feixe de luz atravessava uma fenda, um
padrão de interferência era produzido num anteparo. A partir daí fortes evidências experimentais,
tais como os trabalhos de Fresnel (1826), que em colaboração com Arago permitiram chegar à
conclusão de que “as ondas luminosas eram transversais e a polarização passou a ser explicada
em termos da teoria ondulatória” (PIRES, 2011, p. 265) e Foucault, que em 1862 mostrou que a
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velocidade da luz era menor na água que no ar (PIRES, 2011), corroboravam para a consolidação
da teoria ondulatória. Estas comprovações ratificavam as previsões de Huygens. A partir de 1862,
Maxwell iniciava uma série de publicações sobre o Eletromagnetismo, indicando que a luz
poderia ser explicada através da teoria ondulatória.
Uma grande reviravolta na história levantou questionamentos sobre até que ponto a teoria
ondulatória era suficiente para explicar o comportamento da luz. Em 1888 (NUSSENZVEIG,
1997, p. 02), procurando encontrar uma comprovação física das ondas eletromagnéticas de
Maxwell, Hertz descobriu acidentalmente o efeito fotoelétrico. Na época ele não conseguiu
explicar o que estava acontecendo e, em 1902 Phillipp Lenard estudando raios catódicos
percebeu que

“... aumentada a intensidade da luz – graças, por exemplo, a colocar-se a sua fonte em
posição mais próxima à das placas de metal – não aumentava a energia dos elétrons
ejetados, mas apenas seu número. Do ponto de vista ondulatório, isso era um mistério.”
(BERNSTEIN, 1975, p. 163).

O efeito fotoelétrico poderia ser explicado pela teoria ondulatória se a energia dos elétrons
aumentasse junto com a intensidade da luz. A explicação adequada para este fenômeno foi dada
por Einstein, em 1905 (BERNSTEIN, 1975) a partir do princípio de quantização da energia e lhe
rendeu o prêmio Nobel em 1921. Milikan, em 1916 (BERNSTEIN, 1975) fez os primeiros
estudos quantitativos sobre o assunto comprovando a equação de Einstein para o efeito
fotoelétrico.
Os trabalhos de Hertz, Einstein, Milikan e Lenard vão na contramão da teoria ondulatória.
A ideia de que a luz assume quantidades discretas de energia não se encaixa na tese de luz
enquanto algo contínuo como proposto pela teoria ondulatória. Como afirma Feynman, a luz
“Comporta-se de uma maneira própria e inimitável, que tecnicamente podemos chamar de
maneira quântica, que difere de tudo o que vocês já viram”. (FEYNMAN, 2012, p.134).
Esta maneira quântica a qual Feynman se refere, trata-se do conceito de dualidade onda-partícula,
havendo na literatura diferentes maneiras de se interpretar este termo. Bohr, por exemplo, assume
que a dualidade pressupõe fenômenos complementares, enquanto Heisenberg defende o princípio
da incerteza. Hugh Everett, por outro lado propõe a tese dos estados relativos, que mais tarde De
Witt apelidou de Muitos Mundos.

EFEITO FOTOELÉTRICO

Numa tentativa de encontrar um formalismo que justificasse a catástrofe do ultravioleta,


Max Planck, em 1900, propõe que a troca de energia num corpo negro se dê em quantidades
discretas. Tal afirmativa implicava em romper com a tese de que a energia para um sistema
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clássico poderia assumir qualquer valor entre 0 e infinito. Ao contrário, o que se teria seriam
valores que satisfizessem a relação:
𝐸 = 𝑛ℎ𝜈, (I)

onde n corresponde a um número natural, h é uma constante denominada constante de Planck e


ν é a frequência da oscilação.
Foram as ideias de Planck que permitiram Einstein explicar o efeito fotoelétrico e lhe
renderam o prêmio Nobel em 1921. Tal fenômeno, nada mais é do que a “emissão de elétrons de
uma superfície metálica, devido a incidência de luz sobre ela” (EISBERG, 1979, p 51) tendo sido
descoberto de maneira acidental por Heinrich Hertz, em 1887, quando tentava demonstrar a
validade dos trabalhos de Maxwell.
Para melhor compreender este fenômeno considere um eletroscópio de dupla folha que fora
inicialmente eletrizado negativamente, como mostrado na figura 1.a. A experiência revela que
este será descarregado se uma luz ultravioleta incidir sobre ele (figura 1.b).

a) b)

Figura 1: Esquema representativo de um eletroscópio de dupla folha (a) carregado negativamente; (b) sendo
descarregado por luz ultravioleta. Fonte: Elaborado pela autora.

Do ponto de vista clássico, poderia se supor que aumentada a intensidade (I) do feixe de
luz incidente, ocorreria também um aumento na amplitude do campo elétrico oscilante (Erms),
uma vez que a primeira é diretamente proporcional ao quadrado da segunda, como mostrado na
equação a seguir:

1 2
𝐼= 𝑐𝜀0 𝐸𝑟𝑚𝑠 ,1 (II)
2

onde c é a velocidade da luz no vácuo e ε0 é a permissividade elétrica do vácuo.


Se o campo elétrico do feixe de luz incidente força os elétrons a vibrarem na mesma
frequência que a onda, poderíamos esperar que quando a amplitude fosse suficientemente alta,
os elétrons seriam arrancados do metal e quanto maior o valor da intensidade, maior a energia
com que esses elétrons seriam ejetados.

1
Para mais detalhes ver NUSSENZVEIG – 03 (2007. Seção 12.5)
8

Um experimento mais acurado sobre o efeito fotoelétrico foi feito por Philipp Lenard e lhe
rendeu o Nobel em 1905 (LENARD, 1906). Nele alguns dos elétrons arrancados de uma placa
de alumínio podiam ser detectados numa outra placa, colocada próxima à primeira. Neste caso,
uma diferença de potencial (V) era verificada e consequentemente havia passagem de corrente,
que podia ser aferida com um amperímetro (i). A figura 2, esquematiza esta situação:

Figura 2: Esquema ilustrativo da experiência de Philipp Lenard.


Fonte: NUSSENZVEIG (1997, p. 250)

A primeira conclusão que se pode depreender deste experimento é que quanto maior a
intensidade luminosa, mais elétrons serão arrancados do metal e consequentemente, maior
também será a corrente medida pelo amperímetro.
Se for colocada uma bateria, de modo que a placa onde a luz incide corresponda a um
catodo e a outra, um anodo, àqueles elétrons que estavam sendo arrancados do metal seriam
acelerados em direção a outra placa. Se a diferença de potencial estabelecida for muito grande, a
corrente medida irá saturar para um determinado valor, no qual todos os elétrons arrancados da
primeira placa consigam atingir a segunda.
No entanto, se a polaridade da bateria for invertida, o valor da corrente não cai
imediatamente a zero. Isso sugere que os elétrons são arrancados da placa com uma determinada
energia cinética dada por:

𝐸𝑐 = 𝑞. 𝑉, (III)

onde q corresponde à carga do elétron e V a diferença de potencial estabelecida. De acordo com


o princípio de conservação da energia este valor deve corresponder à diferença entre a energia
fornecida pela luz (E) e o trabalho necessário para arrancar o elétron do metal representado por 𝜙
(também chamado de função trabalho). Assim, para o caso de um único fóton transferindo toda
sua energia a um único elétron, teremos que:

𝐸𝑐 = 𝐸 − 𝜙. (IV)

Na situação descrita os elétrons arrancados do metal seriam freados, porém eventualmente


alguns conseguiriam atingir à placa oposta. Se a diferença de potencial for aumentada um pouco
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mais, ainda com polaridade invertida, haveria um instante para o qual nenhum elétron conseguiria
atingir à placa oposta. Essa diferença de potencial limite é denominada potencial de freamento e
a experiência revela que independente da intensidade da luz incidente, o valor deste potencial
será o mesmo, como mostrado na figura 3 e consequentemente a energia cinética máxima com a
qual os elétrons poderão ser arrancados também será a mesma.

Figura 3: Gráfico que relaciona diferença de potencial aplicada e intensidade de luz incidente. Fonte:
NUSSENZVEIG (1997, p. 250).

Assim, o número de elétrons arrancados aumenta quando há um aumento na intensidade


de luz incidente sem que, no entanto, haja variação na energia cinética com a qual são emitidos.
Tal fato não poderia ser explicado através de uma descrição clássica. Bernstein (1975, p. 163)
para exemplificar como estes resultados eram insatisfatórios, utiliza uma analogia mecânica com
nadadores alinhados em uma praia e expostos a ondas. Segundo ele, era como se “aumentada a
força da onda, o efeito não fosse o de derrubar mais violentamente os nadadores, mas, antes, o
de derrubar maior número deles, com impacto exatamente igual ao causado pela onda menor”.
Outra conclusão que pode ser obtida deste experimento se refere ao tempo de absorção de
energia pelos elétrons. De acordo com a descrição clássica, estes absorvem energia até que
estejam excitados o suficiente a ponto de saltarem do metal. Se a intensidade luminosa é baixa,
então a amplitude do campo elétrico também é, de modo que a transferência de energia para o
elétron deveria acontecer num ritmo menor. Na prática, porém o que se percebe é que este
processo é instantâneo.
Uma terceira conclusão estranha à teoria ondulatória refere-se à faixa de frequência para a
qual o efeito fotoelétrico pode ser observado, pois o mesmo deveria ocorrer para qualquer valor
de frequência uma vez que, em tese, somente a intensidade da luz influencia na emissão ou não
de elétrons do metal. No entanto, mais uma vez a experiência revela o contrário. O efeito
fotoelétrico só é observado a partir de determinada faixa de frequência e isso depende do metal
que está sendo utilizado. Essa frequência mínima é chamada de frequência de corte.
Em resumo, apresentamos três aspectos que não podiam ser explicados pela teoria
ondulatória:
 Tempo de emissão fotoelétrica;
 Energia cinética constante em função do potencial de freamento ser constante;
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 Frequência de corte.

Como já mencionado anteriormente, a explicação que conseguia justificar de maneira


satisfatória o efeito fotoelétrico veio de Einstein, em 1905. Para ele não só as trocas de energia
seriam quantizadas, como proposto por Planck, mas a própria energia assumia quantidades
discretas, ou seja, a luz seria composta por “pacotinhos” de energia denominados quanta que
mais tarde, em 1926, passariam a ser chamados de fótons por Gilbert Newton Lewis
(EBERHARDT, 2017, p. 931).
Assim, quando a luz incide sobre o cátodo na experiência de Lenard, ou sobre o
eletroscópio, os elétrons do metal absorvem fótons com energia proporcional à frequência, de
modo que
𝐸 = ℎ𝜈 (V)

Partindo dessa premissa, todas as evidências experimentais apresentadas acima podem ser
satisfeitas.

Explicação de acordo com a hipótese da quantização de


Problema
energia proposta por Einstein
Basta que um fóton seja absorvido por um elétron para
Tempo de emissão que ocorra a emissão fotoelétrica, não se fazendo necessário
fotoelétrica; aguardar determinado intervalo de tempo para que o
fenômeno ocorra.
Cada elétron receberá energia de um único fóton, de
modo que a energia cinética máxima com a qual eles poderão
ser arrancados do metal será dada pela equação IV, que pode
ser reescrita na forma
𝑞. 𝑉 = ℎ𝜈 − 𝜙 (VI)
Repare que não há nesta maneira de apresentar o
Energia cinética;
problema, nenhuma dependência entre o potencial de
freamento e a intensidade de luz incidente, de modo que este
depende apenas da energia com a qual o fóton incide sobre
ele. Assim, independente da intensidade luminosa o potencial
de corte deverá apresentar sempre o mesmo valor e em
consequência, a energia cinética máxima será constante.
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Se a energia dos fótons for menor que a função trabalho


Frequência de corte. do metal, não haverá emissão fotoelétrica. Caso contrário o
efeito fotoelétrico ocorrerá.
Quadro 2: Comparativo entre os problemas apresentados pela descrição do efeito fotoelétrico pela teoria clássica e
a explicação de acordo com a tese da quantização da energia proposta por Einstein. Fonte: elaborado pela autora.

Para além das experiências de Lenard, Einstein propôs que

“Se a fórmula (equação VI) deduzida é correta, um gráfico de V f, em função da


frequência da luz incidente, deve resultar numa reta, cujo coeficiente angular deve ser
independente da natureza da substância iluminada”. (NUSSENZVEIG, 2010, p. 252)

A confirmação experimental desta hipótese apresentada por Einstein veio em 1926, por
Millikan e está representada na figura 4:

Figura 4: Relação entre o potencial de corte e a frequência de luz incidente.


Fonte: NUSSENZVEIG (1997, p. 253).

Essa sequência de eventos novamente coloca em xeque a natureza da luz, que até então os
fatos experimentais indicavam ser de origem ondulatória. O desenvolvimento da teoria quântica
levou os físicos a reverem suas concepções e outros experimentos corroboraram para que um
novo modelo pudesse colocar um ponto final nesta discussão. Trata-se da dualidade onda-
partícula.

DUALIDADE ONDA-PARTÍCULA

A descoberta da quantização de energia levou a profundas transformações na maneira com


a qual os físicos compreendiam a matéria e a luz. A equação V traz em si uma característica um
tanto inusitada: a de que a energia dos fótons assume quantidades discretas. Isso significa que
uma onda, entidade física contínua, é responsável por uma grandeza discreta, a energia. No
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entanto, algo não pode ser contínuo e discreto ao mesmo tempo. Como afirma Feynman, “é nesse
sentido que a luz pode ser entendida como partícula. Essa unidade mínima de energia, ao qual
chamamos fótons possui propriedades que não podem ser explicadas assumindo apenas as
características discretas” (2012, p. 134).

Osvaldo Pessoa Junior apresenta duas maneiras para definir dualidade onda-partícula, uma a qual
denomina versão fraca:

Para qualquer objeto microscópico, pode-se realizar um experimento tipicamente


ondulatório (como um de interferência), mas a detecção sempre se dá através de uma
troca pontual de um pacote mínimo de energia (PESSOA JR, 2003, p.03)

e outra a qual denomina versão forte e que está arraigada à Interpretação de Copenhague, que
será apresentada mais adiante neste capítulo:

Um sistema quântico ou exibe aspectos corpusculares (seguindo trajetórias bem


definidas), ou aspectos ondulatórios (como a formação de um padrão de interferência),
dependendo do arranjo experimental, mas nunca ambos ao mesmo tempo. (PESSOA
JR, 2003, p.18)

O INTERFERÔMETRO DE MACH-ZEHNDER E OS PRESSUPOSTOS BÁSICOS DA


FÍSICA QUÂNTICA

O IMZ, consiste de um experimento desenvolvido por volta de 1892, de maneira


independente por Ludwig Zehnder e Ludwig Mach. A figura 5 mostra uma representação ideal
de como funciona o aparelho, sendo constituído de dois espelhos semi-refletores, que refletem
50% do feixe incidente e transmitem os 50% restantes, dois espelhos que refletem toda a luz
incidente, uma fonte emissora de luz coerente, como um laser por exemplo e dois detectores, que
emitem um sinal luminoso quando fótons o atingem. O detector A emite um sinal luminoso verde
quando isso ocorre, enquanto o detector B, vermelha.

Figura 5: Representação esquemática e em cores fantasia de um Interferômetro de Mach-Zehnder


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Ao permitir que um feixe de luz adentre no interferômetro, o primeiro divisor de feixes


reflete 50% da luz incidente e transmite os outros 50%, de maneira que o feixe possa descrever
duas trajetórias distintas. No esquema representado pela figura 6, o feixe transmitido descreve a
trajetória 1 enquanto o feixe refletido descreve a trajetória 2.

Figura 6: Representação esquemática de um feixe transmitido e refletido pelo primeiro divisor de feixes e suas
trajetórias no IMZ. Fonte: elaborado pela autora.

No segundo divisor de feixes, toda a luz incidente se recombina, podendo haver detecção
em A ou em B.
Ao realizar esta experiência, apenas o detector A sinaliza a presença de luz e, no regime
clássico, isso pode ser explicado recorrendo-se ao eletromagnetismo, que trata a luz como uma
onda eletromagnética. Isso significa que um feixe de luz laser monocromática, quando incide no
interferômetro, tem um campo elétrico que pode ser descrito através da relação:

𝐸⃗ = ⃗⃗⃗⃗
𝐸0 𝑠𝑒𝑛(𝑘𝑥 − 𝜔𝑡 + 𝜙), (VII)

onde ⃗⃗⃗⃗
𝐸0 corresponde a amplitude do campo elétrico, k é o número de onda, ω é a frequência
angular e  é a fase da onda. Como toda função senoidal, haverá máximos e mínimos de
amplitude para o campo elétrico. É sabido também que quando duas ondas em fase se superpõem
ocorre uma interferência 100% construtiva. Por outro lado, se duas ondas em oposição de fase se
superpõem ocorrerá interferência 100% destrutiva. Para além disso, vale lembrar que para um
espelho 100% refletor a luz nele incidente sofrerá uma defasagem equivalente a π
(NUSSENZVEIG, 1997, p.113), enquanto que em um divisor de feixes, a reflexão resultará numa
defasagem de π/2 (DEGIORGIO, 1980).
Dito isto analisemos novamente o interferômetro: a parte do feixe que segue pela trajetória
1, sofre um deslocamento de fase equivalente a 3π/2 para que seja detectada em A, e π para que
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seja detectada em B, enquanto que a parte do feixe que segue pela trajetória 2, sofre um
deslocamento de fase igual a 3π/2 para que seja detectada em A e 2π para que seja detectada em
B, conforme ilustrado na figura 7:

Figura 7: Esquema representativo e em cores fantasia das trajetórias descritas pelos feixes no IMZ. Fonte:
elaborado pela autora.

Quando os feixes que seguem pelas trajetórias 1 e 2 chegam ao segundo divisor de feixes,
ocorrerá uma superposição construtiva no detector A e destrutiva no detector B, resultando em
detecção apenas em A.
Se o Interferômetro é colocado em regime quântico, ou seja, com os fótons sendo inseridos
individualmente no aparato experimental, deveríamos a priori considerar que metade dos fótons
seriam detectados em A e a outra metade em B, uma vez que são unidades mínimas de luz e,
portanto, indivisíveis, tornando impossível haver interferências no aparato experimental. No
entanto, a experiência revela que apenas o detector A continua acendendo.
Isso significa que de alguma maneira fótons, ainda que incidam um a um no interferômetro
continuam sofrendo interferência. É nesse ponto que se encontra uma das bases da física quântica,
ao qual denominamos dualidade onda-partícula.
Recorrendo ao formalismo da MQ pode-se afirmar que cada trajetória possível para os
fótons descreverem dentro do interferômetro corresponde a um estado, que pode ser representado
por um vetor no espaço de Hilbert. Na notação de Dirac, representamos esse estado por um ket
|𝜓1 ⟩ ou |𝜓2 ⟩. Esses estados evoluem de maneira linear e determinística de acordo com a equação
de Schroedinger:

d
iℏ dt |ψ(t)⟩ = H(t)|ψ(t)⟩ , (VIII)
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onde i é um número complexo, ħ é uma constante, |ψ(t)⟩ é o vetor de estado e H(t) é o observável
associado com a energia total do sistema.
Quando o fóton passa pelo primeiro divisor de feixes, não se sabe que trajetória ele irá
descrever. Assume-se então que o fóton se encontra em uma superposição de todos os estados
possíveis, que matematicamente corresponde à soma dos estados |𝜓1 ⟩ e |𝜓2 ⟩, de modo que |𝜓⟩ =
1 𝑖
|𝜓1 ⟩ + |𝜓2 ⟩.
√2 √2

Se fosse colocado um terceiro detector num dos braços do interferômetro como indicado
na figura 8, teoricamente seria possível prever por qual caminho rumou o fóton, uma vez que, se
houvesse detecção em C, então o fóton teria seguido por 1, caso contrário, 2.

Figura 8: Esquema representativo e em cores fantasia de um IMZ com três detectores e em regime monofotônico.
Fonte: elaborado pela autora.

A experiência, no entanto, revela que após atravessar o primeiro divisor de feixes há uma
superposição de estados que desaparece no instante em que se sabe qual trajetória o fóton
descreveu. Assim o padrão de interferência dá lugar a uma detecção corpuscular, com 50% dos
fótons em A e 50% em B. Dito de outro modo, pode-se afirmar que ao efetuar uma medida sobre
a trajetória do fóton, a superposição de estados será destruída, fazendo com que haja detecção
localizada num auto-estado do Observável em questão, ou seja, “a passagem de uma
superposição de estados para um estado específico é feita por um operador de projeção e, assim,
essa redução de estado (ou redução do pacote de onda) acontece de acordo com o postulado de
projeção”2 (FREITAS; FREIRE JR, 2008, p. 2307-3).

2
Se a medição da grandeza física 𝒜 é realizada no sistema que se encontra no estado |ψ⟩ der o resultado an, o
Pn |ψ⟩
estado do sistema imediatamente após a medição é a projeção normalizada , de |ψ⟩ no subespaço
√⟨ψ|Pn |ψ⟩

associado com an.


16

Diante do exposto nota-se que há duas possibilidades de evolução do estado de um sistema:


a primeira é a evolução de acordo com equação de Schroedinger e a segunda, a redução de estado,
que ocorrerá quando houver uma tentativa de medir a posição do fóton e que será descrita pelo
postulado da projeção.
O que foi apresentado até aqui é o que o formalismo da mecânica quântica pode revelar
sobre a experiência com fótons no IMZ. Mas como entender o significado desta experiência? O
que acontece no momento da detecção para que o fóton sofra uma redução de estado? Estes e
outros questionamentos não pertencem ao escopo do formalismo. São na verdade, questões de
âmbito interpretativo que surgem naturalmente na tentativa de atribuir significado ao que foi
estudado.
Jammer (1974, p.10) salienta que uma teoria física será formada minimamente por dois
componentes: um formalismo abstrato e um conjunto de regras de correspondência, sendo o
primeiro
(...) o esqueleto lógico da teoria, um cálculo dedutivo, geralmente axiomatizado,
desprovido de qualquer significado empírico; contém, além de constantes lógicas e
expressões matemáticas, termos não-lógicos (descritivos), como "partícula" e "função
de estado", que, como seu nome indica, não pertencem ao vocabulário da lógica normal,
mas caracterizam o conteúdo específico do assunto em discussão. Embora os nomes
desses termos não lógicos sejam geralmente altamente sugestivos de significância
física, os termos não têm outro significado além daquele resultante do lugar que ocupam
na no corpo de F (formalismo)” (1974, p.10).

São as regras de correspondência que darão

(...) uma coerência interna entre as características descritivas da teoria, dotando-a,


assim, de poder explicativo e preditivo. A proposta de tal princípio é usualmente
também chamada de "interpretação" (JAMMER, 1974, p.10)
Pessoa Jr (2006, p.05) fala em dezenas de interpretações diferentes da Teoria Quântica.
Nos restringiremos aqui apenas a Interpretação de Copenhague, uma vez que esta é a
interpretação ortodoxa.

A INTERPRETAÇÃO DE COPENHAGUE

Majoritariamente foram as ideias de Bohr que deram origem a esta interpretação, tendo
havido colaboração de diversos físicos, tais com Heisenberg, Einstein, Dirac etc. Baseia-se no
princípio da complementaridade apresentado pela primeira vez em 1927 no Congresso
Internacional de Física realizado em Como na Itália (PESSOA JR, 2006, p.91).
Como destacam Camara e Simon (2015, p.230), Bohr nunca deu uma definição clara do
que significa o termo complementaridade, havendo apenas um vasto material que explica o tema
das mais variadas formas. Pessoa Jr (2006, p.93) fazendo alusão ao trabalho de Weizsäcker
(1955) afirma haver três tipos de complementaridade ao longo da obra de Bohr, sendo a que mais
17

se volta aos propósitos deste trabalho, a complementaridade entre partícula e onda já apresentada
no início deste capítulo como sendo a versão forte para a dualidade onda-partícula. Segundo o
autor

Um experimento pode ser compreendido em um quadro corpuscular, ou em um quadro


ondulatório, mas nunca nos dois ao mesmo tempo. Ou seja, se houver padrões de
interferência, não pode haver inferência sobre trajetórias (retrodição), e vice-versa.
Além desta “exclusão mútua”, essas duas descrições “exaurem” a descrição do objeto
(PESSOA JR, 2006, p. 98).

Esta definição exprime bem o que se observa no IMZ. De acordo com a montagem
experimental é possível verificar um comportamento ondulatório ou corpuscular, mas nunca
ambos ao mesmo tempo.
Aproximadamente na mesma época em que Bohr desenvolveu o princípio de
complementaridade, Heisenberg postulou o princípio de incerteza aplicável a grandezas que não
comutam, como posição e momento por exemplo, de forma que “a precisão de nossa medida está
inerentemente limitada pelo processo de medida em si” (EISBERG, 1979, p.98), de modo que,

ħ
∆𝑃𝑥 . ∆𝑥 ≥ 2, (IX)

onde Px e x são as incertezas do momento e posição, respectivamente.


Como afirma Pessoa Jr (2006, p.77), isto significa que para prever o resultado da medição
de um observável será necessário diminuir a previsibilidade de outro.
No que se refere à medida3 de um observável, a interpretação da complementaridade
prevê que “não se pode analisar um processo de medida, não há nada que possa ir além da
complementaridade dos conceitos clássicos” (NETO, 2010, p.17). Dito de outro modo, não faz
sentido perguntar como era o estado de um sistema antes que seja feita uma medida, uma vez
que é ela quem irá revelar o estado do sistema cabendo ao formalismo realizar as previsões
estatísticas, afinal este é o objetivo básico da física quântica. Sendo assim o postulado da projeção
encerra qualquer discussão sobre as possíveis trajetórias adotadas pelos fótons no IMZ.
Quanto à linguagem própria da mecânica quântica, Pessoa Jr (2006, p.92) ressalta que é
necessário utilizar atributos da física clássica para descrever a aparelhagem experimental e os
resultados das medições de maneira que conceitos próprios da mecânica quântica, tais como
“‘superposição de auto-estados associados a um observável’ não podem ser aplicados aos
aparelhos macroscópicos enquanto eles são usados na medição”. Desta maneira surge o
questionamento de em que ponto se deve separar o clássico e o quântico, que para Bohr pode ser

3
A interpretação dos Estados Relativos desenvolvida por Hugh Everett em 1957 (NETO, p.74) busca explicar o
comportamento quântico a partir da evolução temporal da equação de Schroedinger sem que seja necessário recorrer
à ideia de redução de estado ao se realizar uma medida por um observador externo. Esta interpretação, mais tarde
(1973) foi apelidada de Muitos Mundos por Bryce DeWitt,
18

respondido assumindo que este corte deverá ser feito a partir do momento em que se fizer
necessário utilizar a complementaridade.

SUGESTÃO DE APLICAÇÃO DAS AULAS

Disciplina: Física
Modalidade: Ensino Médio – Ano de escolaridade: 3º ano
Número de aulas: duas aulas de 50 minutos

AULA 1: Introdução ao estudo da Natureza da luz e breve recapitulação dos fenômenos


ondulatórios

1. Objetivos

1.1. Objetivos gerais

Nesta aula os alunos deverão ser inseridos no debate sobre a natureza da luz revisitando
alguns conceitos de ondulatória trabalhados no bimestre anterior.

1.2. Objetivos específicos

 Rever os conceitos de reflexão recorrendo à noção de fase de uma onda;


 Rever os conceitos de difração e interferência bem como o experimento da fenda
dupla de Young utilizando o princípio de Huygens;
 Rever o conceito de polarização da luz;
 Fomentar o debate sobre a natureza da luz fazendo um breve resgate histórico
sobre as primeiras ideias referentes ao tema;

2. Pré-requisitos

 Ter frequentado às aulas do terceiro bimestre referentes à ondulatória sabendo,


portanto o que é uma onda eletromagnética bem como suas características
fundamentais, tais como período, frequência, amplitude, fase e velocidade;

3. Organização do conteúdo
19

4. Recursos utilizados

 Parte 1 da História em quadrinhos;

5. Aplicação do conhecimento

Inicialmente os alunos farão a leitura da parte 1 da história em quadrinhos (HQ) e ao final


da página 2, o professor irá instigar os alunos perguntando o que eles acham que a luz deva ser.
As teses apresentadas pelos alunos serão anotadas na lousa, para discussão posterior.
A leitura da HQ será retomada e, ao término da primeira parte o professor fará uma
explanação no quadro dos dois modelos rudimentares sobre a natureza da luz apresentados no
texto, relacionando-o às concepções prévias apresentadas pelos alunos. Ao final desta parte, o
professor dando continuidade à explanação dos conteúdos irá revisitar os fenômenos ondulatórios
estudados no bimestre anterior, sempre que possível, fazendo alusão à HQ.

6. Avaliação

Num primeiro momento a avaliação será individual e ocorrerá após a explanação do


professor, onde os alunos responderão as perguntas sobre fenômenos ondulatórios, que se
encontram na avaliação 1. Ao término desta atividade, os mesmos se organizarão em duplas e
responderão a uma palavra-cruzada que envolve tanto os aspectos da leitura que fizeram da HQ,
quanto dos tópicos trabalhados no bimestre anterior.

7. Referências Bibliográficas

BONJORNO, J. R.; RAMOS, C. M.; PRADO, E. P.; BONJORNO, V.; BONJORNO, M. A.;
CASEMIRO, R. Física. V. 02, 3 ed. São Paulo: FTD, 2016.

PIETROCOLA, M.; POGIBIN, A.; ANDRADE, R.; ROMERO, T. R. Física em Contextos.


Vol. 03, 1 ed. São Paulo: Editora do Brasil, 2016.

AULA 2: Efeito fotoelétrico

1. Objetivos
20

1.1. Objetivos gerais

Nesta aula os alunos deverão ser apresentados ao efeito fotoelétrico a partir da análise se
um experimento com o eletroscópio de dupla folha.

1.2. Objetivos específicos

 Compreender a ideia de quantização de energia e o conceito de fóton;


 Compreender a equação de quantização da energia, sendo capazes de perceber a
dependência entre a frequência de luz emitida e a energia dos fótons individuais;
 Compreender o conceito de função trabalho;
 Aplicar a equação de quantização de energia a problemas pertinentes ao tema.
 Perceber a relevância deste fenômeno na discussão sobre a natureza da luz.

2. Pré-requisitos

 Conhecer as características básicas de uma onda, tais como, frequência,


amplitude, comprimento de onda e velocidade;
 Serem capazes de utilizar fórmulas matemáticas na resolução de exercícios.

3. Organização do conteúdo

4. Recursos utilizados

 Parte 2 da História em quadrinhos;


 Vídeo de demonstração qualitativa do efeito fotoelétrico (Professor Thomas Braun);
 Simulação computacional;
 Datashow;
 Computador.

5. Aplicação do conhecimento
21

1º - Inicialmente os alunos assistirão ao vídeo demonstrativo do efeito fotoelétrico4.


2º - Os alunos serão orientados a ler a parte dois da História em quadrinhos.
3º - O professor fará uma explanação do efeito fotoelétrico e apresentará a simulação
computacional onde poderá mostrar a independência do fenômeno com a
intensidade da luz, bem como a dependência da emissão fotoelétrica com a
frequência de luz incidente apresentando a equação de quantização da energia.
4º - Os alunos responderão as questões de cunho teórico contidas na avaliação 2.
5º - O professor discutirá a equação de conservação da energia e orientará os alunos a
responderem às questões numéricas que se encontram na avaliação 2.

6. Avaliação

Os alunos responderão as questões que se encontram na avaliação 2, de acordo com a


descrição apresentada no tópico anterior.

7. Referências Bibliográficas

PIETROCOLA, M.; POGIBIN, A.; ANDRADE, R.; ROMERO, T. R. Física em Contextos.


Vol. 03, 1 ed. São Paulo: Editora do Brasil, 2016.
Demonstração qualitativa do efeito fotoelétrico, utilizando um eletroscópio. Produção de
Thomas Braun. Disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=G6YfSsrOewI> Acesso
em 15 jan. 2017;

Simulação computacional do efeito fotoelétrico. Disponível em


<https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/legacy/photoelectric> Acesso em 15 jan. 2017;

AULA 3: Dualidade onda-partícula

1. Objetivos

1.1. Objetivos gerais

Nesta aula os alunos deverão ser apresentados ao conceito de dualidade onda-partícula sob
à luz da Interpretação de Copenhague.

1.2. Objetivos específicos

 Conhecer a Interpretação de Copenhague para a dualidade onda-partícula.


 Compreender o princípio da indistinguibilidade de trajetórias analisando o
Interferômetro de Mach-Zehnder;

2. Pré-requisitos

 Conhecimentos básicos de ondulatória;


 Compreender o conceito e fóton.

3. Organização do conteúdo

4
Se possível seria interessante o professor reproduzir este experimento em sala de aula.
22

4. Recursos utilizados

 Partes 3 e 4 da História em quadrinhos;

5. Aplicação do conhecimento

1º - O professor fará uma leitura dinâmica das partes 3 e 4 (até o final da página 34
somente) da História em quadrinhos;
2º - O professor fará uma explanação breve, sobre o que acabaram de ler e responder a
eventuais dúvidas que podem ter surgido nos alunos.
3º - Os alunos responderão a avaliação 3.

6. Avaliação

Os alunos responderão as questões que se encontram na avaliação 3, onde serão


apresentados problemas diversificados com o interferômetro de Mach-Zehnder. Tais atividades
poderão ser respondidas em dupla ou individualmente.

7. Referências Bibliográficas

PESSOA JR, O. Conceitos de Física Quântica. 1 ed. São Paulo: Editora Livraria da Física,
2003.

PESSOA JR, O. Interferometria, Interpretação e Intuição: Uma Introdução Conceitual à Física


Quântica. Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 19, n. 1, p. 27 – 48, 1997.

PIETROCOLA, M.; POGIBIN, A.; ANDRADE, R.; ROMERO, T. R. Física em Contextos. v.


3, 1 ed. São Paulo: Editora do Brasil, 2016.

AULA 4: Interpretação de Copenhague e Interpretação dos Muitos Mundos

1. Objetivos

1.1. Objetivos gerais


23

Apresentar a Interpretação de Copenhague fazendo com que os alunos entendam que esta
não é única, havendo na literatura interpretações alternativas, como por exemplo a Interpretação
dos Muitos Mundos.

1.2. Objetivos específicos

 Fomentar o debate sobre a natureza da luz fazendo um resgate histórico sobre as


primeiras ideias referentes ao tema;
 Resgatar o conceito de dualidade onda-partícula;
 Apresentar os principais aspectos da Interpretação de Copenhague;
 Apresentar a Interpretação dos muitos mundos;

2. Pré-requisitos

 Conhecer os fenômenos ondulatórios.


 Compreender o conceito de fóton;
 Compreender o conceito de dualidade onda-partícula.

3. Organização do conteúdo

4. Recursos utilizados

 Final da Parte 4 da História em quadrinhos (Pág. 35 a 37);

5. Aplicação do conhecimento

1º - O professor fará um resgate de tudo o que foi apresentado nas aulas anteriores:
modelo corpuscular e ondulatório, apresentando as principais ideias sobre o
assunto, seguindo com uma recapitulação do efeito fotoelétrico e o conceito de
fóton, enfatizando de que maneira essa descoberta trazia à tona o debate sobre a
24

natureza da luz. Ao final desta etapa, o professor falará do conceito de dualidade


onda-partícula, destacando a Interpretação de Copenhague e os princípios de
complementaridade e incerteza;
2º - Leitura do final da HQ (pág 35 a 37);
3º - O professor deverá argumentar que a interpretação de Copenhague, apesar de ser
a mais usual, não é a única que tenta dar significado aos resultados experimentais
obtidos com o Interferômetro de Mach-Zehnder, por exemplo e que é possível
encontrar diversas outras explicações para tal, dentre elas a interpretação dos muitos
mundos, explicando de modo breve o que seria a ideia de universos paralelos que
aparece frequentemente em filmes de ficção científica;
4º - Ao final, os alunos deverão responder o questionário 4.

6. Avaliação

Os alunos responderão as questões que se encontram na avaliação 4 e consistem de


perguntas abertas sobre os principais tópicos trabalhados nas 4 aulas.

7. Referências Bibliográficas

PESSOA JR, O. Conceitos de Física Quântica. 1 ed. São Paulo: Editora Livraria da Física,
2003.

PESSOA JR, O. Interferometria, Interpretação e Intuição: Uma Introdução Conceitual à Física


Quântica. Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 19, n. 1, p. 27 – 48, 1997.

PIETROCOLA, M.; POGIBIN, A.; ANDRADE, R.; ROMERO, T. R. Física em Contextos. v.


3, 1 ed. São Paulo: Editora do Brasil, 2016.
25

AVALIAÇÕES APLICADAS

AVALIAÇÃO 1

Olá! Já que revisitamos


alguns fenômenos
ondulatórios, que tal
resolver uns exercícios
sobre o assunto? Mão a
obra!

1. (UFMG) Marília e Dirceu estão em uma praça iluminada por uma única lâmpada.
Assinale a alternativa em que estão CORRETAMENTE representados os feixes de luz que
permitem a Dirceu ver Marília.

2. (BONJORNO - Adaptado) Com relação aos fenômenos ondulatórios e seus efeitos, julgue
a veracidade dos itens a seguir:
(1) A difração só ocorre em ondas transversais.
(2) Polarização é um fenômeno que ocorre com diversos tipos de onda.
(3) A difração por uma única abertura, no tratamento de Huygens, é equivalente a uma
interferência de muitas fontes puntiformes distribuídas sobre a abertura.
(4) Dois movimentos ondulatórios ficam, em dado instante, em oposição quando a diferença
de fase entre eles corresponde a um número inteiro de meio comprimento de onda.
(5) O efeito de difração de ondas é mais acentuado quando estas passam através de aberturas
de tamanho menor ou comparável ao comprimento de onda.

3. (UFV) Um aparelho de rádio R recebe simultaneamente os sinais direto e refletido em


uma camada atmosférica, provenientes de uma emissora E. Quando a camada está a uma altura
H, o sinal é forte; à medida que a camada se desloca verticalmente a partir dessa posição, o sinal
enfraquece gradualmente, passa por um mínimo e recupera gradativamente o valor inicial.
26

Esse fenômeno se deve à


(A) Difração, pois a facilidade para o sinal contornar a camada é função da altura.
(B) Variação do índice de refração da camada, que depende de sua altura em relação ao nível
da terra.
(C) Interferência entre os sinais direto e refletido, construtiva, quando o sinal for máximo, e
destrutiva, quando o sinal for mínimo.
(D) Absorção do sinal pela camada, que depende de sua altura em relação à terra.
(E) Variação do índice de reflexão da camada, o qual é uma função da altura.

4. (UFG) As ondas eletromagnéticas geradas pela fonte de um forno de micro-ondas têm


uma frequência bem característica, e, ao serem refletidas pelas paredes internas do forno, criam
um ambiente de ondas estacionárias. O cozimento (ou esquentamento) ocorre devido ao fato de
as moléculas constituintes do alimento, sendo a de água a principal delas, absorverem energia
dessas ondas e passarem a vibrar com a mesma frequência das ondas emitidas pelo tubo gerador
do forno. O fenômeno físico que explica o funcionamento do forno de micro-ondas é a
(A) Ressonância.
(B) Interferência.
(C) Difração.
(D) Polarização.
(E) Absorção.

5. (PUC) A figura a seguir representa um feixe de luz propagando-se da esquerda para a


direita, incidindo em dois anteparos: o primeiro com dois pequenos orifícios e o segundo, opaco.
Neste, forma-se uma série de franjas claras e escuras.

Os fenômenos responsáveis pelo aparecimento das franjas são, sucessivamente:


(A) Refração e interferência.
(B) Polarização e interferência.
(C) Reflexão e difração.
27

(D) Difração e Polarização.


(E) Difração e Interferência.

6. Baseado na história em quadrinhos, encontre as palavras que preenchem as lacunas a


seguir:

1. Concepção de luz segundo Aristóteles;


2. Fez um estudo da luz numa perspectiva corpuscular;
3. Fenômeno ondulatório responsável pelo bloqueio e amplificação de sinais
eletromagnéticos;
4. Fenômeno ondulatório que justifica o fato de uma pessoa conseguir ouvir outra, mesmo
que ambas estejam separadas por um muro.
5. Estudo das ondas sonoras;
6. Primeira concepção sobre a natureza da luz;
7. Quando uma onda passa por um polaroide dizemos que ela está ______________;
8. Quando ondas sofrem reflexão num anteparo fixo há mudança de ___________;
9. Fenômeno em que um sistema físico recebe energia por meio de excitações de
frequência igual a uma de suas frequências naturais de vibração;
10. Característica de uma onda que é alterada quando há refração;
11. Ondas mecânicas e eletromagnéticas transportam _________________;
12. Tipo de interferência onde ocorre um aumento na amplitude da onda;
13. Propôs que a luz poderia ser uma espécie de onda;
14. Cientista que unificou eletricidade e magnetismo e conseguiu estimar o valor da
velocidade da luz;
15. Ondas eletromagnéticas podem se propagar no ____________.
28

GABARITO
1. A
2.
(1) F
(2) F
(3) V
(4) V
(5) V
3. C
4. A
5. E
6.
29

AVALIAÇÃO 2

Olá pessoal! Nessa aula estudamos o


efeito fotoelétrico e por isso, separei
algumas atividades que o ajudarão a
elucidar o tema. Divirta-se!

1. Baseado no que você aprendeu sobre efeito fotoelétrico, responda:


a) Porque a luz ultravioleta descarregou o eletroscópio?

____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

b) Se fosse utilizada luz branca, ao invés de utilizar a luz ultravioleta, o eletroscópio seria
descarregado de igual maneira? Justifique sua resposta:

____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

c) Se o eletroscópio fosse carregado positivamente, a lâmpada ultravioleta seria capaz de


descarregá-lo? Justifique:

____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

2. (UFRGS) Considere as seguintes afirmações sobre o efeito fotoelétrico.


I. O efeito fotoelétrico consiste na emissão de elétrons por uma superfície metálica atingida
por radiação eletromagnética.
II. O efeito fotoelétrico pode ser explicado satisfatoriamente com a adoção de um modelo
corpuscular para a luz.
III. Uma superfície metálica fotossensível somente emite fotoelétrons quando a frequência
da luz incidente excede um certo valor mínimo, que depende do metal.

Quais estão corretas?

a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e II.
d) Apenas I e III.
e) I, II e III. (correta)
30

3. (UFSC) Dispõe-se de uma placa metálica M e de uma esferinha metálica P, muito leve,
suspensa por um fio isolante, ambas inicialmente neutras e isoladas. Um feixe de luz violeta
incide sobre a placa, e, logo em seguida, a bolinha é atraída. Repetindo-se a operação com a luz
vermelha, isso não ocorre.

Sobre esses fenômenos é correto afirmar que:


01) A intensidade da luz vermelha foi menor que aquela da luz violeta.
02) A placa M, ao ser iluminada pelo feixe de luz violeta, ficou eletrizada.
04) A placa M estava pintada com tinta violeta.
08) A massa das partículas luminosas do feixe violeta é maior do que a do feixe vermelho.
16) O fóton de luz violeta tem maior energia que o fóton de luz vermelha.
32) Aumentando-se o tempo de iluminação da placa M com luz vermelha, ela passaria a atrair a
esferinha P.
4. (PIETROCOLA) Um elétron, ao retornar de uma órbita mais afastada do núcleo para uma
órbita mais próxima dele, emite uma luz visível de frequência igual a 4,0.10 14 Hz. Qual o valor
da energia dessa luz emitida?

5. (UFC) A função trabalho de um dado metal é 2,5 eV.


a) Verifique se ocorre emissão fotoelétrica quando sobre esse metal incide luz de
comprimento de onda λ = 6,0.10-7m. A constante de Planck é h = 4,2.10-15 eVs e a velocidade da
luz no vácuo é c = 3.108 m/s.

b) Qual é a frequência mais baixa da luz incidente capaz de arrancar elétrons do metal?
31

GABARITO
1.
(A) Os fótons da luz ultravioleta possuem alta energia e a absorção dos fótons pelos elétrons do
eletroscópio, faz com que esses elétrons adquiram energia cinética suficiente para que saltem
do metal descarregando o eletroscópio.

(B) Não. A luz branca possui uma frequência menor do que a ultravioleta e, como
consequência sua energia é menor. Se um elétron absorve um fóton da luz branca, não
conseguirá energia cinética suficiente para que ocorra emissão fotoelétrica
(C) Não. Pois o efeito fotoelétrico ocorre a partir da emissão de elétrons do metal. Se o
eletroscópio está carregado positivamente então há falta de elétrons no material, impedindo que
o fenômeno ocorra.
3.
(1)F
(2) F
(4) F
(8) F
(16) V
(32) F
4.
Dados:
h = 6,62.10-34 J.s
ν = 4.1014 Hz
𝐸 = ℎ. 𝜈
𝐸 = 6,62. 10−34 . 4. 1014
𝐸 = 26,48. 10−20
𝐸 = 2,65. 10−19 𝐽

5.
(A)
Dados:
 = 2,5 eV
λ = 6,0.10-7m
h = 4,2.10-15 eVs
c = 3.108 m/s

sabendo que

𝑐 = 𝜆. 𝜈
𝑐
𝜈=
𝜆
32

3. 108
𝜈=
6. 10−7
𝜈 = 0,5. 1015
𝜈 = 5. 1014 𝐻𝑧

𝐸𝑐 = 𝐸− 𝜙
𝐸𝑐 = ℎ. 𝜈 − 𝜙
𝐸𝑐 = 4,2. 10−15 . 5. 1014 − 2,5
𝐸𝑐 = 21. 10−1 − 2,5
𝐸𝑐 = 2,1 − 2,5
𝐸𝑐 = − 0,4 𝑒𝑉

O valor encontrado para a energia cinética não é válido. Isto significa que não ocorrerá emissão
fotoelétrica.

(B)
Se a função trabalho do metal é 2,5 eV, isso significa que seria necessário que a energia que
os elétrons precisam absorver tem que ser maior que este valor, portanto:

𝐸 = 2,5 𝑒𝑉
Mas,

𝐸 = ℎ. 𝜈
2,5 = 4,2. 10−15 . 𝜈
2,5
𝜈=
4,2. 10−15
𝜈 = 0,59. 1015
𝜈 = 5,9. 1014 𝐻𝑧

A luz deveria possuir frequência maior que 5,9. 1014 𝐻𝑧


33

AVALIAÇÃO 3

Agora que já estudamos a dualidade


onda-partícula e o interferômetro de
Mach-Zehnder, tente identificar o
comportamento do fóton para os casos
apresentados a seguir e lembre-se que o
interferômetro está em regime quântico.

1. É possível saber a trajetória do fóton e verificar uma figura de interferência nos anteparos
do Interferômetro de Mach-Zehnder? Justifique:

____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

2. No esquema a seguir um único fóton atinge um detector que acende luz verde:

a) Nessa situação há dúvida sobre a trajetória que o fóton descreveu até atingir o detector?
( ) Sim
( ) Não

b) Verificamos qual comportamento para o fóton?


( ) Partícula
( ) Onda

Explique porque isso acontece:


____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________

3. O aparato experimental consiste de fótons incidindo um a um num divisor de feixes,


havendo no final dois detectores: um que acende luz verde e outro, vermelha.
34

Detector B

Detector A

O que vamos observar?


Nesse experimento os fótons serão detectados tanto em A como em B, mas nunca ao mesmo
tempo.

a) Nessa situação o fóton se comporta b) Por qual caminho rumou o fóton?


como:
( ) Trajetória A
( ) Partícula ( ) Trajetória B
( ) Onda ( ) Não é possível saber a trajetória do
fóton
Explique porque isso acontece: Explique porque isso acontece:
_____________________________________ _____________________________________
_____________________________________ _____________________________________
_____________________________________ _____________________________________
_____________________________________ _________________________________
________________________________

4. Nesse experimento há dois divisores de feixes, permitindo aos fótons rumarem, um a um


por duas trajetórias distintas e, em consequência, serem detectados em A ou B.

Detector A

Detector B

O que vamos observar?


Apenas o detector que emite luz verde acenderá.
35

a) Nessa situação o fóton se comporta b) Por qual caminho rumou o fóton?


como:
( ) Trajetória A
( ) Partícula ( ) Trajetória B
( ) Onda ( ) Não é possível saber a trajetória do
Explique porque isso acontece: fóton
___________________________________
___________________________________ Explique porque isso acontece:
___________________________________ ___________________________________
___________________________________ ___________________________________
______________________________ ___________________________________
_______________________________

5. Agora temos três divisores de feixes permitindo aos fótons rumarem um a um, por
quatro trajetórias diferentes e, em consequência, serem detectados em A, B, C ou D.

Detector A

Detector B

Detector C

Detector D

O que vamos observar?


Nesse experimento os fótons serão detectados em qualquer um dos quatro detectores, mas
nunca haverá detecção em mais de um ao mesmo tempo.

a) Nessa situação o fóton se comporta


como: b) Por qual caminho rumou o fóton?

( ) Partícula ( ) Trajetória A
( ) Onda ( ) Trajetória B
( ) Trajetória C
Explique porque isso acontece: ( ) Trajetória D
( ) Não é possível saber a trajetória do
_____________________________________ fóton
_____________________________________
_____________________________________ Explique porque isso acontece:
_____________________________________ _____________________________________
_____________________________________ _____________________________________
_____________________________________ _____________________________________
_____________________________________ _____________________________________
_____________________________ ________________________________
36

6. Este experimento possui três detectores. Um deles é colocado ao longo da primeira


trajetória. Assim, quando a luz azul se acende é possível saber que o fóton passou por este
caminho.

Detector C

Detector A

Detector B

O que vamos observar?


Verifica-se que tanto o detector A, quanto o B se acendem, mas nunca ao mesmo tempo.

a) Nessa situação o fóton se comporta


como: b) Por qual caminho rumou o fóton?

( ) Partícula ( ) Trajetória A
( ) Onda ( ) Trajetória B
( ) Não é possível saber a trajetória do
Explique porque isso acontece: fóton
_____________________________________ Explique porque isso acontece:
_____________________________________ _____________________________________
_____________________________________ _____________________________________
_____________________________________ _____________________________________
_____________________________________ _____________________________________
_______________________________ ________________________________

7. Nesse experimento um conjunto de espelhos aumenta o tamanho do percurso B, fazendo


com que as trajetórias A e B tenham comprimentos diferentes.
37

Detector A

Detector B

O que vamos observar?


Apenas o detector que emite luz vermelha acende.

a) Nessa situação o fóton se comporta b) Por qual caminho rumou o fóton?


como:
( ) Trajetória A
( ) Partícula ( ) Trajetória B
( ) Onda ( ) Não é possível saber a trajetória do
fóton
Explique porque isso acontece:
Explique porque isso acontece:
_____________________________________
_____________________________________ _____________________________________
_____________________________________ _____________________________________
_________________________________ __________________________________

8. Este experimento é parecido com o que foi apresentado no item 2. No entanto, assim que
o fóton passa pelo primeiro divisor de feixes o segundo divisor é retirado como mostrado na
figura:

Detector A

Detector B
38

O que vamos observar?


Verifica-se que tanto o detector A, quanto o B se acendem, mas nunca ao mesmo tempo.

a) Nessa situação o fóton se comporta b) Por qual caminho rumou o fóton?


como:
( ) Trajetória A
( ) Partícula ( ) Trajetória B
( ) Onda ( ) Não é possível saber a trajetória do
fóton
Explique porque isso acontece:
_____________________________________ Explique porque isso acontece:
_____________________________________ _____________________________________
_____________________________________ _____________________________________
_____________________________________ _____________________________________
________________________________ _________________________________
39

GABARITO
1. Não. Pelo princípio da indistinguibilidade de trajetórias, só se pode identificar um
comportamento ondulatório, como a interferência por exemplo, se não for possível
determinar a trajetória do fóton.
2.
(A) Não
(B) Partícula
Explique por que isso acontece: Se é possível descrever a trajetória do fóton, então ele
está se comportando como partícula.
3.
(A)
Partícula

Explique porque isso acontece: Se é possível descrever a trajetória do fóton, então ele
está se comportando como partícula.

(B)
Trajetória A
Trajetória B

Explique porque isso acontece: Quando a luz vermelha acende, sabemos que o fóton
seguiu pela trajetória A. Por outro lado, quando a luz verde acende, sabemos que ele
seguiu por B.
4.
(A)
Onda

Explique porque isso acontece: Não é possível descrever a trajetória do fóton


(B)
Não é possível descrever a trajetória do fóton
Explique porque isso acontece: Se o fóton seguir pela trajetória A ou B poderá atingir o
detector A.
5.
(A)
Partícula
Explique porque isso acontece: Se é possível descrever a trajetória do fóton, então ele
está se comportando como partícula.
40

(B)
Trajetória A
Trajetória B
Trajetória C
Trajetória D

Explique porque isso acontece: Se o detector A acende, significa que o fóton


desenvolveu a trajetória A. Se o detector B acende, então o fóton foi por B. O mesmo
vale para as trajetórias C e D.

6.
(A)
Partícula

Explique porque isso acontece: Se é possível descrever a trajetória do fóton, então ele
está se comportando como partícula.
(B)
Trajetória A
Trajetória B
Explique porque isso acontece: Quando o detector C acende sabemos que o fóton seguiu
pela trajetória A. Caso o mesmo detector não acenda, o fóton terá seguido pela trajetória
B.
7.
(A)
Onda
Explique porque isso acontece: Não é possível saber qual trajetória o fóton desenvolveu
(B)
Não é possível saber a trajetória do fóton
Explique porque isso acontece: Tanto o caminho A, como o caminho B, levam o fóton
ao detector B, não sendo possível identificar sua trajetória.

8.
(A)
Partícula
Explique porque isso acontece: Se é possível descrever a trajetória do fóton, então ele
está se comportando como partícula.
(B)

Trajetória A
Trajetória B
41

Explique porque isso acontece: Se o detector A acende, significa que o fóton


desenvolveu a trajetória A. Se o detector B acende, então o fóton foi por B.
42

AVALIAÇÃO 4

1. É possível saber qual a trajetória do fóton e ao mesmo tempo verificar um


fenômeno ondulatório? Justifique:
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

2. O que é luz?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

3. Como você entende a dualidade onda-partícula?

______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

4. Explique com suas palavras a Interpretação de Copenhague:

______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

5. Explique com suas palavras a Interpretação dos Muitos Mundos:


______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________

6. Qual das intepretações para a


dualidade onda-partícula você julga mais
satisfatória a fim de explicar o
comportamento dos fótons?
__________________________________
__________________________________
__________________________________
__________________________________
43

GABARITO
1. Não. Pelo princípio da indistinguibilidade de trajetórias, só se pode identificar
um comportamento ondulatório se não for possível determinar a trajetória do
fóton.
2. Espera-se que os alunos apresentem respostas que relacionem luz ao conceito de
fóton, de radiação eletromagnética, ou ainda em termos de dualidade onda-
partícula.
3. A luz pode apresentar tanto características ondulatórias como interferência,
difração e polarização, por exemplo, quanto corpusculares, como no caso do efeito
fotoelétrico. No entanto, nunca será possível verificar os dois aspectos
simultaneamente.
4. Espera-se que os alunos falem do princípio de complementaridade e/ou do
princípio de incerteza
5. Espera-se que os alunos falem desta interpretação sob a óptica do fenômeno
acontecer simultaneamente em vários “Universos”, sendo cada Universo uma das
possibilidades de ocorrência do evento.

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