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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E TECNOLOGIAS


CAMPUS XVIII
LICENCIATURA EM HISTÓRIA

LAVÍNIA ALVES OLIVEIRA


WHITE PEREIRA COSTA JUNIOR

ANALISE FILMÍCA: O PRINCÍPE DO EGITO

Eunápolis – BA
2018
LAVÍNIA ALVES OLIVEIRA
WHITE PEREIRA COSTA JUNIOR

ANÁLISE FILMÍCA: O PRINCÍPE DO EGITO


Trabalho apresentado como requisito
parcial de avaliação da disciplina Ásia:
Aspectos da Antiguidade, coordenada pela
professora Jacquelyne Queiroz.

Eunápolis – BA
2018
O Príncipe do Egito
The Prince of Egypt (Original) foi produzido no ano de 1998 nos Estados
Unidos, dirigido por Brenda Chapman, Simon Wells e Steve Hickner. Sua classificação
é livre para todos os públicos, com o gênero de animação, aventura, drama, família,
história e musical.
O filme é passada a representação do Egito antigo, no período em que os
hebreus lá viviam como escravos, o faraó Seth temendo o constante nascimento de
crianças hebreias, pois no futuro poderiam se tornar uma força que ameaçasse seu
poder, ordena que todos os bebês hebreus do sexo masculino sejam afogados. Uma
hebreia se desespera ao ver que seu filho poderá ser morto e, para salvá-lo, o coloca
em uma cesta no rio. A criança acaba sendo encontrada pela rainha, assim Moisés é
criado como irmão de Ramsés, o herdeiro do trono de Seth. Os dois crescem e se
tornam grande amigos. Atormentado por matar um egípcio, Moisés foge e vai morar
em outro lugar. Após um longo período de tempo retorna ao seu antigo lar, porém não
era para colocar o papo em dia com seu irmão Ramsés, no momento já se tornará o
faraó, e sim para libertar seu povo das mão dele, segundo Deus lhe havia ordenado.
Ramsés nega o pedido, e logo várias pragas tomam conta do Egito. Ele só volta com
sua palavra quando seu filho é morto por uma dessas pragas. Com a autorização do
faraó, Moisés consegue finalmente levar seu povo para a terra na qual para eles era
de direito. Essa introdução é baseada na bíblia, onde o filme O Príncipe do Egito é
baseado.
O filme apresenta a história de Moisés, abandonado nas águas do Nilo por
sua mãe para escapar da morte imposta pelo faraó e que logo após é encontrado por
uma das filhas do faraó Seth. Crescendo no palácio ele começa a perceber o povo de
sua família original estava passando por duros trabalhos, sendo maltratados pelos
egípcios. Essa produção baseada em trechos bíblicos e trazendo um enredo com
cenas que possam ser vendíveis, causa uma discrepância com estudos feitos por
estudiosos da história antiga, até mesmo no que se refere à o trabalho compulsório
apresentado no filme. Flamarion (1984), apresenta um escravo do Egito com
particularidades diferentes das mostradas no filme, esse escravizado que sofre duras
penas em trabalho é o mesmo que tem direito a terras e posição, cultivando a terra do
mestre (sem remuneração) e a sua, o chamado corveia real, ou seja, entregar tributos
com o força de trabalho ou in natura, essa corveia real poderia ser paga por pessoas
livres, com variadas profissões; trabalhando em diques, canais, irrigação, tarefas
agrícolas, construções, trabalhava-se durante dia e noite, recebiam alimentação, em
caso de fuga seus descendentes eram escravizados, por ter fugido da corveia real .
Segundo Flamarion (1984), a situação dos cativos mudavam de acordo
com o tipo de atividade, os cativos domésticos como artesãos e artistas tinham
melhores condições, ao contrário dos que trabalhavam nas minas, pedreiras e zona
desértica. Havia ainda, os escravizados, que eram maioria, pertencentes ao Estado e
aos templos. Estes viviam encerrados em estabelecimentos de trabalho (shenau), de
onde só saíam quando eram requisitados para trabalhos a serviço do governo, dos
deuses e, eventualmente, de particulares privilegiados. No filme O Príncipe do Egito
mostra apenas a força de trabalho braçal, e os escravizados eram somente os
hebreus, segundo a narrativa fílmica, a causa na qual fez Moisés ter piedade daqueles
homens sendo apanhados, comete o ato de matar um egípcio, e abandona o lar.
O enredo do filme O Príncipe do Egito vem de uma narrativa mítica judaica,
pregada por vários do oriente, e principalmente no ocidente, onde tem base bíblica,
mostrando os primeiros povos hebreus chegando e se estabelecendo no Egito,
iniciado por José (Gênesis 37), essa narrativa mostra que obteve cargo alto no Egito
e logo após a sua família (Gênesis 46). O tempo do filme de acordo a narrativa bíblica
é iniciada de Êxodo e encerrada em Deuteronômio
Todos os escravizados mostrado no filme apresenta a mesma fisionomia,
quando no texto diz que havia escravos estrangeiros, podiam ser líbios, núbios e
asiáticos, esses três se distinguem em característica. Outro ponto é a questão do
castigo do modo da escravidão do ocidente, onde há feitores com chicotes, pronto
para punir qualquer “mal feito” dos escravizados, Flamarion não nos diz nada sobre a
forma de castigo físico ser praticado como se ver no filme.
Segundo Flamarion “os escravos eram frequentemente marcadas a ferro
em brasa” (FLAMARIO, 18984, p.27), no filme não é exibido essa característica.
De acordo com Flamarion, a terra prometida aos hebreus está relacionado
a divindade lahweh, que em português pode-se ser chamado de Jeová, essa
divindade é apresentada aos hebreus através de Moisés. Esse deus hebraico se difere
das outras divindades da antiguidade, uma delas é a questão do monoteísmo, os
hebreus acreditam em um único deus. Mas também há semelhanças, Cardoso nos
revela
[...] apesar de apresentar diferenças entre si, também manifestam um
parentesco indubitável. Eram religiões não-reveladas, construídas a
partir de cultos locais, firmemente ancoradas na noção da
continuidade e homogeneidade (unidade substância) entre as esferas
do humano, do natural e do divino. (CARDOSO, 1997, p. 67)

Porém, o javanismo se difere das outras religiões

[...] o javanismo foge radicalmente de tal modelo de religião, baseia-


se na crença de uma revelação direta, pessoal, de Deus aos homens
de uma nação – Israel. Mas a divindade que se revela, embora
pessoal, não pode ser representada nem descrita. Ela se manifesta na
sua própria existência e em seus atos, mas não tem atributos
conhecidos que possam ser reunidos numa efígie – coisa que, aliás,
proíbe em forma expressa. (CARDOSO, 1997, p. 67)

Ainda de acordo com Cardoso, os textos bíblicos são profusos em míticos,


contrário ao que acontecia no Egito e mesopotâmia. Nos relatos bíblicos esse Deus
único é onisciente e onipotente, nada é impossível para ele, algumas descrições
bíblicas não são considerados pela história, pelo fato de não ser encontradas provas
da existência de personagens bíblicos ou acontecimentos, um exemplo é o caso de
Abraão, Isac e Jacó, não são mencionados em qualquer documento fora do Gênesis,
sendo, essas narrativas bíblicas se fixaram apenas no século X ou IX a.C.
Voltando ao filme O Príncipe do Egito, segundo a mitologia cristã hebraica,
mostra a gênesis da aparição do Deus único, quando Moisés foge do Egito por
cometer um assassinato, logo após recebe o chamado dele. Podemos observar que
o irmão de Moisés no filme, acredita em deuses, comenta que irá construir uma
estátua do Deus Anubis, um outro olhar ocidentalizado é a questão da escravidão, o
modelo semelhante da Europa, os escravizados são apenas hebreus, ou seja, apenas
um povo. É possível observar o orientalismo na música melancólica, como se aquela
realidade mostrada de escravidão do filme fosse apenas um modo especifico do
oriente, por ser um roteiro estadunidense, é claro como há influência do Ocidente.
Narrativas fílmicas, bíblicas e a historiografia se divergem, por vezes mais
presentes, o historiador trabalha com fontes, a bíblia sofreu influencias e mudanças
ao longo dos tempos, e há narrativas sem fontes encontradas, e os filmes
influenciados pelos seu países produtores. Diante disso, é importante se utilizar o bom
senso, provas, e respeito as diferentes crenças.
Referências
CARDOSO, Ciro Flamarion S. Cardoso. Trabalho Compulsório na
Antiguidade. Rio de Janeiro: Graal, 1984, p.18-61.
CARDOSO, Ciro Flamarion S. Cardoso. Das Tribos de Iahweh do Reino
de Israel, In: ______. Antiguidade Oriental: Política e Religião. São Paulo: Contexto,
1997, p. 60-72.
O Príncipe do Egito. Produção de Penny Finkelman Cox. Estados Unidos
da América: DreamWorks Animation, 1998.
SAID, Edward W. Introdução. In: _______. Orientalismo: O Oriente como
invenção do Ocidente. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 13-39.

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