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Tabatinga – AM
Novembro de 2018
ALINE GABRIELE CAMPOS DOS SANTOS
Tabatinga - AM
Novembro de 2018
Ficha Catalográfica
Ficha catalográfica elaborada automaticamente de acordo com os dados fornecidos pelo(a) autor(a).
Sistema Integrado de Bibliotecas da Universidade do Estado do Amazonas.
por
Banca Examinadora:
Agradeço primeiramente à Deus, por ter me concedido o dom da vida, por sempre me
sustentar, me fortalecer e pela oportunidade concedida de chegar até aqui.
Agradeço à minha família, em especial meu pai Antonio Bezerra dos Santos e meu irmão
Antonio Gabriel Campos dos Santos, por sempre estimularem meus estudos, por terem feito
o melhor para que chegasse até aqui. Ao meu companheiro agradeço por não permitir que
desistisse e por sempre me estimular.
Agradeço aos colegas de turma, em especial Alessandra Caldas da Silva, Brenda de Araújo
Barbosa e Jeane Ramos Batalha que certamente contribuíram e me ajudaram no decorrer desta
caminhada, juntos persistimos em um companheirismo recíproco.
Resumo: Com base na necessidade de verificar uma aplicação do cálculo, em especial das integrais
definidas, o trabalho propõe o cálculo do volume de um vaso circular. Para isso, foi necessário escolher o
vaso e fazer a medição do mesmo, onde com o Interpolador de Lagrange e os pontos obtidos descrevemos
explicitamente a função que descreve o contorno do vaso. Após obter as funções de acordo com o contorno
do vaso, foi possível aplicar o conceito de integral definida para calcular o volume do sólido de revolução,
obtendo assim o objetivo desejado.
Palavras-chave: Interpolador de Lagrange; Integral Definida; Volume.
Resumen: Con base en la necesidad de verificar una aplicación del cálculo, en especial de las integrales
definidas, el trabajo propone el cálculo del volumen de un vaso circular. Para eso, fue necesario escoger el
vaso y hacer las mediciones del mismo, donde con el interpolador de Lagrange y los puntos obtenidos
extraemos explícitamente la función que describe el contorno del vaso. Después de obtener la función
de acuerdo con el contorno del vaso, fue posible aplicar el concepto de integral definida para calcular el
volumen del sólido de revolución, obtenendo así el objetivo deseado.
Palavras-chave: Interpolador de Lagrange; Integral Definida; Volumen.
1 Universidade do Estado do Amazonas-UEA, mataline23@gmail.com
2 Universidade do Estado do Amazonas-UEA, erpereira@uea.edu.br
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Sumário
1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2 Fundamentação Teórica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.1 Modelagem Matemática . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.2 Interpolador de Lagrange . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.3 Integral Definida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
3 Metodologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
4 Formulação e Solução do Problema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
5 Considerações finais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
Referências Bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
11
1 INTRODUÇÃO
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
no nosso dia, nesse sentido, a modelagem, é um processo que emerge da própria razão e participa
da nossa vida como forma de constituição e de expressão de conhecimento (Biembengut, 2003).
BASSANEZZI (2002, p.19) também ressalta,
Interpolar uma função f (x) quer dizer encontrar uma outra função p(x) tal que p(x)
coincida com f (x) nos pontos dados, no nosso caso p(x) será igual a um polinômio, já que
estamos trabalhando com interpolação polinomial.
Para esta parte ARENALES e DAREZZO (2008, p.127 e 128) determinam:
Considere uma função f (x) definida em x0 , x1 , . . . , xn , (n + 1) pontos distintos de um
intervalo [a, b], e denotamos yi = f (x1 ), i = 0, 1, . . . , n, conforme Figura 1.
Teorema 2.1. Seja f (x) definida em x0 , x1 , . . . , xn , (n + 1) pontos distintos de um intervalo [a, b],
então existe um único polinômio P(x) de grau menor ou igual a n tal que P(xi ) = f (xi ) = yi , i =
0, 1, . . . , n.
Embora o polinômio interpolador P(x) coincida com a função nos pontos de interpolação
x0 , x1 , . . . , xn , espera-se que P(x) ∼
= f (x) para x 6= xi , i = 0, 1, . . . , n, ou seja, estimamos f (x) pelo
polinômio interpolador e cometemos um erro nesta aproximação, dada por:
A resolução do sistema (1) nos fornece uma maneira de determinar o polinômio interpola-
dor de uma função, no entanto, neste trabalho utilizaremos para isto o método de interpolação de
Lagrange, descrito em ARENALES e DAREZZO (2008, p.132 e 133).
Seja f (x) definida em x0 , x1 , . . . , xn , (n + 1) pontos distintos de um intervalo [a, b] e yi =
f (xi ), i = 0, 1, . . . , n.
Considere o polinômio na forma:
n
P(x) = y0 l0 (x) + y1 l1 (x) + . . . + yn ln (x) = ∑ yk lk (x) (2)
k=0
temos que
(
lk (xi ) = 0 para i 6= k
lk (xi ) = 1 para i = k
15
P(xi ) = yi , i = 0, 1, . . . , n.
como queríamos.
Outra noção importante para solução do nosso problema é o de integral definida, aqui
usada para cálculo de volume de sólido.
De acordo com STEWART (2013, p.389 e 390) para realizar esta atividade para um dado
sólido S devemos realizar os seguintes procedimentos:
Começamos interceptando S com um plano Px perpendicular ao eixo x e passando pelo
ponto x, onde a ≤ x ≤ b, obtemos uma região plana cuja área é A(x) (conforme Figura 4).
Notemos que a área da secção transversal irá mudar na medida que x varia de a para b.
Esta aproximação parece ser melhor quando n −→ ∞. Assim, temos a seguinte definição.
16
Figura 5 – Fatia Si
Fonte: STEWART (2013, p. 390)
Definição 2.2. Seja S um sólido que está entre x = a e x = b. Se a área da secção transversal de
S no plano Px , passando por x e perpendicular ao eixo x, é A(x), onde A é uma função contínua,
então o volume de S é
n Z b
V = lim
n→∞
∑ A(xi∗)∆x = a
A(x)dx (3)
i=1
3 METODOLOGIA
Para o desenvolvimento desta pesquisa foi realizado uma pesquisa bibliográfica, em busca
de autores que tratam de assuntos pertinentes a modelagem matemática, cálculo numérico e
cálculo integral.
A pesquisa foi desenvolvida através de modelagem matemática, aplicada com o intuito de
obter o volume de um vaso decorativo, objeto de pesquisa do presente artigo, onde para isso foi
necessário buscar a função que descrevesse fisicamente o vaso. Para tal modelagem foi realizado
um trabalho de campo para obter as medidas do vaso com o auxílio de duas trenas. Com uma
das trenas foi possível medir o eixo de simetria do vaso, que no caso é o eixo das abscissas,
conforme a Figura 6:
Desse modo, foi necessário destacar os pontos mais relevantes para se obter a função que
os interpola. O eixo das abscissas representa o eixo de simetria do vaso enquanto que o eixo das
ordenadas representa a altura ou raio dos círculos, por se tratar de um vaso circular, nos pontos
destacados.
Foram destacados 10 pontos considerados relevantes para descrever o contorno do vaso,
conforme a Tabela 1 a seguir:
Esses pontos foram identificados e nomeados da seguinte forma: A(0, 17), B(23, 9),
C(32, 15), D(41, 17), E(52, 19), F(66, 27), G(32, 13), H(41, 15), I(52, 17) e J(66, 25). Foram
transplantados para o plano cartesiano no Software Geogebra (Figura 7), em que foi utilizada
uma das trenas para medir o eixo de simetria, enquanto a outra era usada para medir o raio ou
altura no determinando ponto do contorno, em outras palavras, os pontos são conjuntos de pares
ordenados cujas coordenadas representam os centímetros no eixo de simetria e os centímetros de
altura ou raio, respectivamente.
Após obter os pontos, fez-se uso do interpolador de Lagrange para que pudéssemos extrair
a função que passa por esses pontos. Para o cálculo tornar-se mais simples, foi necessário dividir
a região do vaso em quatro partes, dessa forma os cálculos tornaram-se simples e precisos com
18
uma margem de erro reduzida se caso fossemos extrair a função que passa pelo contorno inteiro.
A Figura 8 a seguir mostra como foi feita essa divisão.
Sob a reta f1 ligada pelos pontos A e B está a primeira parte, denominada Parte 1, em
seguida temos uma parábola f2 formada do ponto B, C e D, representando a parte externa do
vaso e a reta f3 ligada pelos pontos G e H, representando a parte interna do vaso, onde a parábola
f2 e a reta f3 formam a Parte 2. A área sob a reta que vai do ponto D ao ponto E denominada f4
somada com a área sob a reta que vai do ponto H ao ponto I chamada de f5 compõem a Parte 3.
E por fim, a Parte 4 está compreendida sob as retas f6 que vai do ponto E ao ponto F e f7 que
vai do ponto I ao J.
Se fez necessário encontrar a equação das retas f1 , f3 , f4 , f5 , f6 , f7 e da parábola f2 , na
qual foi possível aplicando o interpolador de Lagrange. Obtendo as funções, foi possível aplicar
a integral como cálculo do volume do sólido de revolução, nesse caso o vaso. Dessa forma,
chegamos ao resultado buscado no decorrer desta pesquisa.
O sólido que vamos calcular o volume é obtido a partir da revolução das curvas f1 a f7 em
torno do eixo da abscissas, esta revolução formará círculos que terão o eixo x perpendicular aos
mesmos. Assim, da equação (3) obtemos:
Z b Z b Z b
A(x)dx = π( f (x))2 dx = π ( f (x))2 dx
a a a
x − x1 x − 23 −x + 23
L0 (x) = = =
x0 − x1 0 − 23 23
x − x0 x−0 x
L1 (x) = = =
x1 − x0 23 − 0 23
−x + 23 x 8
f1 (x) = 17 +9 = − x + 17
23 23 23
Z 23 Z 23 2 Z 23
2 8 64 2 272
π ( f1 (x)) dx = π − x + 17 dx = π x − x + 289 dx
0 0 23 0 529 23
64 272 23 1472
=π x3 − x2 + 289x =π − 3128 + 6647
1587 46 0 3
12029
= π
3
Z 23
12029
Assim, o volume da Parte 1 é VP1 = π ( f1 (x))2 dx = π cm3 .
0 3
Para o cálculo do volume da Parte 2 que é dado pela revolução em torno do eixo x da curva
f2 que liga os pontos B(23, 9), C(32, 15) e D(41, 17) e da reta f3 que liga os pontos G(32, 13) e
H(41, 15), temos:
• Calculamos a equação da função f2 e f3 , conforme equação (2) do interpolador de
Lagrange.
f2 (x) = y0 L0 (x) + y1 L1 (x) + y2 L2 (x)
x − x1 x − 41 −x + 41
L0 (x) = = =
x0 − x1 32 − 41 9
20
x − x0 x − 32 x − 32
L1 (x) = = =
x1 − x0 41 − 32 9
−x + 41 x − 32 2 53
f3 (x) = 13 + 15 = x+
9 9 9 9
Z 41 Z 41
2 2 2 164 1985 2
π ( f2 (x)) dx = π x + − dx
23 23 81 81 81
Z 41
4 4 656 3 34836 2 651080 3940225
=π x − x + x − x+ dx
23 6561 6561 6561 6561 6561
4 656 4 34836 3 651080 2 3940225 41
=π x5 − x + x − x + x
32805 26244 19683 13122 6561 23
61110184 39436602
=π − +
1215 729
19002
= π
5
Z 41 Z 41 Z 41
2 2 53 2 8 2 212 2809
π ( f3 (x)) dx = π x+ dx = π x + x+ dx
32 32 9 9 32 81 81 81
4 212 2 2809 41 13094 25281
=π x3 + x + x =π +
243 162 81 32 9 81
= 1767π
O volume da Parte 2 é
Z 41 Z 41 19002 10167
VP2 = π ( f2 (x))2 dx − π ( f3 (x))2 dx = − 1767 π = π cm3
23 32 5 5
.
Para o cálculo do volume da Parte 3 que é dado pela revolução em torno do eixo x da reta
f4 que liga os pontos D(41, 17) e E(52, 19) e da reta f5 que liga os pontos H(41, 15) e I(52, 17),
temos:
• Calculamos a equação da função f4 e f5 , conforme equação (2) do interpolador de
Lagrange.
f4 (x) = y0 L0 (x) + y1 L1 (x)
x − x1 x − 52 −x + 52
L0 (x) = = =
x0 − x1 41 − 52 11
x − x0 x − 41 x − 41
L1 (x) = = =
x1 − x0 52 − 41 11
−x + 52 x − 41 2 515
f4 (x) = 17 + 19 = x+
11 11 11 11
21
x − x1 x − 52 −x + 52
L0 (x) = = =
x0 − x1 41 − 52 11
x − x0 x − 41 x − 41
L1 (x) = = =
x1 − x0 52 − 41 11
−x + 52 x − 41 2 83
f5 (x) = 15 + 17 = x+
11 11 11 11
• Calculamos a integral da função f4 , quando x ∈ [41, 52], e a integral da função f5 , quando
x ∈ [41, 52].
Z 52 Z 52
2 2
π ( f4 (x)) dx − ( f5 (x)) dx =
41 41
Z 52 2 515 2
Z 52
2 83 2
=π x+ dx − x+ dx
41 11 11 41 11 11
Z 52
4 2 2060 265225 4 2 332 6889
=π x + x+ − x + x+ dx
41 121 121 121 121 121 121
1728
2 258336 52 1767744 2841696
=π x + x =π +
242 121 41 242 121
338688
= π
11
O volume da Parte 3 é
Z 52 Z 52
2 338688
VP3 = ( f4 (x)) dx − ( f5 (x))2 dx = π
41 41 11
.
Para o cálculo do volume da Parte 4 que é dado pela revolução em torno do eixo x da reta
f6 que liga os pontos E(52, 19) e F(66, 27) e da reta f7 que liga os pontos I(52, 17) e J(66, 25),
temos:
• Calculamos a equação da função f6 e f7 , conforme equação (2) do interpolador de
Lagrange.
f6 (x) = y0 L0 (x) + y1 L1 (x)
x − x1 x − 66 −x + 66
L0 (x) = = =
x0 − x1 52 − 66 14
x − x0 x − 52 x − 52
L1 (x) = = =
x1 − x0 66 − 52 14
−x + 66 x − 52 4 75
f6 (x) = 19 + 27 = x−
14 14 7 7
x − x1 x − 66 −x + 66
L0 (x) = = =
x0 − x1 52 − 66 14
22
x − x0 x − 52 x − 52
L1 (x) = = =
x1 − x0 66 − 52 14
−x + 66 x − 52 4 89
f7 (x) = 17 + 25 = x−
14 14 7 7
Z 66 Z 66
2
π ( f6 (x)) dx − ( f7 (x))2 dx =
52 52
Z 66 Z 66
4 75 2 4 89 2
=π x− dx − π x− dx
52 7 7 52 7 7
Z 66
16 2 600 5625 16 2 712 7921
=π x − x+ − x − x+ dx
52 49 49 49 49 49 49
112
2 2296 66 185024 32144
=π x − x =π −
98 49 52 98 49
= 1232π
O volume da Parte 4 é
Z 66 Z 66
2
VP4 = ( f6 (x)) dx − ( f7 (x))2 dx = 1232π
52 52
.
Portanto, o volume do sólido é
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Levando em conta a necessidade de levar o estudo teórico do cálculo para fora da sala de
aula, através de aplicações que justifiquem o estudo do mesmo, assim como despertem o prazer
pela sua utilização, nota-se o quão necessário são metodologias e pesquisas que contemplem
essa ideia. Nesse sentido uma aplicação prática pode contribuir para que tenhamos um estudo
mais eficaz e interessante na área do cálculo.
No decorrer desta pesquisa, foi possível refletir sobre as dificuldades, as facilidades e suas
causas. Tendo em vista que os acadêmicos de licenciatura em matemática deparam com diversos
cálculos sem se perguntar para que serve ou até mesmo onde pode ser usado, este artigo dispõe
de aplicações que sem dúvidas, pode ser um exemplo de como colocar em prática alguns dos
cálculos que aprendemos no decorrer da graduação.
23
Foram utilizados recursos computacionais como Softwares que puderam auxiliar para
chegar ao objetivo desta pesquisa, recursos esses que crescem cada vez mais e podem ser nossos
aliados com os cálculos mais extensos e sofisticados.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARENALES, S.; DAREZZO, A. Cálculo Numérico: aprendizagem com apoio de software. São
Paulo: Thomson Learning, 2008.
BASSANEZI, R. C., Ensino aprendizagem com modelagem matemática: uma nova estratégia,
São Paulo: Contexto, 2002.
STEWART, James. Cálculo, v. 1; tradução EZ2 Translate. São Paulo: Cengage Learning, 2013.