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DIREITO AGRÁRIO

Possui como conteúdo 3 grande temas: a atividade agrária; a estrutura agrária e o "fundus'
(imóvel rural). Todavia há institutos que não são pertencentes ao direito agrário, mas
possuem conteúdo agrário, como o ITR; Terras Devolutas e Desapropriação. Seriam,
assim, institutos conexos ao direito agrário.

Competência Legislativa: Art. 221, 4 É competência privativa da União legislar


sobre o Direito Agrário, admitindo, contudo, que os Estados venham a legislar sobre
questõesespecificas (art. 22, § único).

Alguns autores fazem distinção entre o CONTEÚDO (a atividade agrária; a estrutura


agrária eu"fundus", além dos institutos conexos) e o OBJETO (a atividade agrária; a
estrutura agrária e o"fundus") do dir. agrário, sendo que o primeiro seria mais amplo que o
segundo.

1) FUNDUS - Imóvel Rural:

1) Conceito: No direito agrário predomina o estabelecido no Estatuto da Terra, que para os


fins de execução da Reforma Agrária e promoção da PolíticaAgrícola, define-se imóvel
rural conforme a sua DESTINACÃO (efetivo exercício da atividadeagrária). Para os
demais efeitos, predominará o critério da localização - para determinar se o imóvel é
urbano ou rural, de acordo com a CF. Segundo o art. 4°, I, do Estatuto da Terra,
ratificado pela lei  Imóvel Rural é o prédio rústico, de área contínua, qualquer
queseja a sua localização, que se destine à exploração extrativa, agrícola, pecuária ou
agroindustrial, quer através de planos públicos de valorização, quer através de iniciativa
privada. No direito agrário predomina o estabelecido no Estatuto da Terra, que para os fins
de execução da Reforma Agrária e promoção da Política Agrícola, define-se imóvel rural
conforme a sua DESTINAÇÃO (efetivo exercício da atividade agrária). Para os demais
efeitospredominará o critério da localização para determinar se o imóvel é urbano ou rural,
de acordocom a CF. Prédio = porção de terra. Rústico = tudo aquilo que está no campo, e
se destina aexploração econômica. Não apenas as construções, mas também todas as
propriedades territoriais rurais ou quaisquer outros terrenos. Área continua = Deve haver
continuidade na utilização do imóvel. Área total do prédio rústico, pertencente a um só
dono, mesmo que fisicamente dividida por ruas, estradas, rodovias, ferrovias ou por canais
ou cursos de água (relativamente dividida). Essa continuidade tem importância jurídica,
pois caso considerarmos cada divisão um imóvel rural, se um deles tiver apenas 60% de
área utilizada, ele está passivo de desapropriação; no entanto se do outro lado do rio as
terras do mesmo dono tem 100% deutilização, na média ele terá 80% de utilização, não
estando passível de desapropriação. Se destine ou possa se destinar = será imóvel rural
aquele que esteja destinado a fins agrícolas, ou que estiver potencialmente destinado a este
fim.
OBS: MÓDULO RURAL: Devido à importância social da utilização do imóvel rural,
estudo foram realizados sobre o tema que possibilitou fosse definido um tamanho mínimo
para a propriedade agrária que lhe permitisse cumprir sua função social, tal como prescrito
no artigo 65 do Estatuto da Terra, que criou o módulo rural. Módulo rural, de acordo com
a legislação agrária brasileira, é a unidade de medida que serve para definir a quantidade
mínima de terra admitida no imóvel rural, capaz de propiciar a uma família de porte médio
condições de vida e de progresso social e econômico, não caindo no vício do minifúndio.
O módulo rural representa um grau de potencialidade econômica. É o Incra quem define o
tamanho do módulo rural a depender da região, clima, solo, hidrografia, relevo,
exploração.
n) CLASSIFICAÇÃO PELO ESTATUTO DA TERRA (São imóveis rurais: propriedade
familiar, minifúndio, latifúndio ou empresa rural).
OÊ 
 tem sido o diploma legal bastante exaltado, especialmente pelo
critério e detalhamento com que trata diversos aspectos do Direito Agrário. Em relação
ao imóvel rural, tanto o Ê  quanto o Decreto 55.891/1964, bem como o 84.685/80,
todos sob a égide das Constituições de 1946 e 67/69, assim classificam o imóvel rural:

PROPRIEDADE FAMILIAR: o imóvel rural que, direta e pessoalmente explorado pelo


agricultor e sua família, lhes absorva toda a força de trabalho, garantindo-lhes a
subsistência e o progresso social e econômico, com área máxima fixada para cada região
e tipo de exploração, e      

    A área fixada
constitui MÓDULO RURAL e será determinada de acordo com o tipo de exploração e a
região, pelo INCRA. Não há emprego permanente de mão-de-obra de terceiros, é o
próprio agricultor no seu conjunto familiar que labora a terra, diz-se por família qualquer
pessoa que more com o agricultor e que viva a suas expensas, contanto que não tenha
vínculo empregatício. É uma propriedade capaz de propiciar o desenvolvimento
econômico e social de todos os integrantes da família.

MINIFÚNDIO: é o imóvel rural que possui/menos de 1 módulo rural e que não garante a
subsistência do agricultor e de sua família, por que a extensão de área é tão pequena que
não atinge o grau de subsistência familiar, mesmo que se trabalhe intensamente, a produção
não garante a subsistência mínima. É área de possibilidade inferiores às da propriedade
familiar.  
    

  
   

 
    
     
 

  
    


LATIFÚNDIO: No latifúndio a exploração não atinge os graus de aproveitamento e nem é


capaz de propiciar o necessário desenvolvimento econômico e social dos que nele
trabalham, apesar de ter mais de um modulo rural. Pode ser:
a) LATIFÚNDIO POR DIMENSÃO OU EXTENSÃO: É o imóvel rural que 
  

  
 excede 600 MÓDULOS rurais; devido ao princípio da justiça
social distributiva, a propriedade produtiva independentemente de seu tamanho, não
poderá ser desapropriada, assim se o latifúndio for produtivo, não sofrerá desapropriação;

b) LATIFÚNDIO POR EXPLORAÇÃO: é o imóvel de dimensões entre1e600 módulos


rurais que não é explorado em relação às possibilidadefísicas, econômicas e sociais do
meio, com fins especulativos, ou seja, explorado de forma deficiente
ouinadequadamente,_ de modo a vedar-lhe a inclusão no conceito de empresa rural.

EMPRESA RURAL:É o empreendimento de pessoa física ou jurídica pública ou privada,


que explore ECONÔMICA E RACIONALMENTE imóvel rural, dentro de condições de
rendimento econômico da região em que se situe e que explore área mínima agricultável
do imóvel, segundo padrões fixados, pública e previamente, pelo Poder Executivo. Para
esse fim, equiparam-se a áreas cultivadas, as pastagens, as matas naturais e artificiais e as
áreas ocupadas com benfeitorias. A empresa rural tem que ser produtiva, ou seja,  


  
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3 -CLASSIFICAÇÃO PELA CONSTITUIÇÃO E A LEI 8629/93: Ao teor do art. 185,


extrai-se DUAS CLASSIFICAÇÕES:

PELA DIMENSÃO:a) PEQUENA PROPRIEDADE RURAL: O imóvel rural de área


compreendida entre 1 e 4 
   'b) MÉDIA PROPRIEDADE: De área superior
a 4 e até 15 módulos fiscais; (Obs: Módulo rural é diferente de módulo fiscal. MÓDULO
FISCAL como elemento constitutivo de fixação do Imposto Territorial Rural (ITR),
representando aqui a sua função precípua;

PELO RESULTADO DA EXPLORAÇÃO: a) PROPRIEDADE PRODUTIVA: é aquele


que, explorado econômica racionalmente, atinge, simultaneamente, graus de utilização da
terra (GUT) e de eficiência na exploração (GEE) segundo índices fixados pelo órgão
federal competente. O Grau de Utilização da Terra(GUT), deverá ser igualou superior a
80% (oitenta por cento) e o Grau de Eficiência na Exploração da terra (GET), deverá ser
igualou superior a 100% (cem por cento). b) PROPRIEDADE IMPRODUTIVA: não
atinge os índices da propriedade produtiva.

2) ATIVIDADE AGRÁRIA: Corresponde a atividade produtiva do homem que toma a


terracomo um bem de produção e um fator de geração de riqueza. Corresponde a
tratarmos dePOLÍTICA AGRÍCULA (Art. 187 CF/88: "A política agrícola seráplanejada
e executada na forma da lei {8171/91}, com a participação efetiva do setor de produção,
envolvendo produtores e trabalhadores rurais, bem como dos setores de comercialização,
de armazenamento e de transportes, levando em conta, especialmente:
1.os instrumentos creditícios e fiscais;
2. ospreços compatíveis com os custos de produção e a garantia ele comercialização;
3. o incentivo à pesquisa e à tecnologia;
4.a assistência técnica e extensão rural;
5. o seguro agrícola;
6.o cooperativismo;
7.a eletrificação rural e irrigação;
8. a habitação para o trabalhador rural.
§ 10 - Incluem-se no planejamento agrícola as atividades agro-industriais, agropecuárias,
pesqueiras e florestais.
§ 20 - Serão compatibilizadas as ações política agrícola e de reforma agrária.´)

3) ESTRUTURA AGRÁRIA: Corresponde ao conjunto de relações econômicas,agrárias,


jurídicas e sociais que são frutos da atividade agrícola.
POSSEIRO: é a pessoa que detém de fato a posse de terras públicas, mas não é o dono de
direito, não possuindo assim documentação e registro em cartório, como por exemplo,
quem ocupa terras devolutas. A posse de terras públicas ocupadas por posseiros,
relaciona-secom o instituto ela regularização fundiária, uma das formas existentes de se
por em pratica a reforma agrária.
ITR: O fato gerador do ITR é a posse, o domínio útil sobre a terra. O CTN utiliza o
critério da localização para os imóveis rurais e não o da destinação, sendo então rural
aquele imóvel localizado na zona rural. O ITR relaciona-se com o direito agrário com o
seu vinculo com a reforma agrária, demonstrada pelo instituto da progressividade do
ITR, a depender da pregressa produtividade do imóvel rural, tendo a sua alíquota
aumentada ele forma progressiva para desestimular a manutenção de propriedades
improdutivas e das que não se adéqüem a função social da propriedade - art. 186 da CF.

DESAPROPRIAÇÃO POR INTERESSE SOCIAL PARA FINS DE REFORMA.


AGRÁRIA (art. 184 da CF): Instituto englobado com a temática da Política Agrária,
vinculando-se com o tópico da atividade agrária. p 184. 4  (

         


  
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  § 2° - O

  
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   § *)- O       

 



    
     
 


  
   § 5º -   
  
  
  
    
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 . Estados e Municípios também podem desapropriar, mas não para
interesse social (reforma agrária) e sim de utilidade pública.

TERRAS DEVOLUTAS: Antes de definir terras devolutas, deve-se observar a existência


de terras publicas em sentido amplo, espécie de bens públicos. As terras públicas, por seu
termo, teriam duas subespécies: as terras devolutas e as terras públicas em sentido estrito.
As terrasdevolutas seriam aquelas que não pertencem ao domínio de particulares, bem
como não estilo afetadas a alguma finalidade pública. São terras que o Estado não sabe que
existe, vez que não realizou ainda sobre elas o processo de "discriminação" (com este
processo as terras devoluta se tornam terras públicas em sentido estrito). O estudo das
terras devo lutas incide especificamente no campo da reforma agrária c da atividade
agrária, vez que o procedimento de regularização fundiária ocorre sobre as terras devo lutas
ocupadas pelos posseiros.

PRINCÍPIOS DO DIREITO AGRÁRIO:


a) Princípio da Função Social da Propriedade Agrária:
O caput do art.5° da CF/88, abre a possibilidade de qualquer pessoa, seja física ou jurídica,
nacional ou estrangeira, ter o direito a propriedade, incluindo a rural. Contudo esse direito à
propriedade individual é mais intangível, havendo sempre uma grande condição: que a
propriedade venha a cumprir a sua função social (ali. 186 CF: p   


  

   
    

    
 


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b) Princípio daJustiça Social: Sua grandefinalidade é a reforma agrária. Vemos que há forte
interligação entre a justiça social (que deve ser distributiva) e o princípio da função social
da propriedade rural. No art. 170 da 4 adota-se claramente o modelo econômico
capitalista, prevendo o direito à propriedade e a livre iniciativa.

Contudo houve a preocupação de que não seja um capitalismo selvagem, devendo ser
oportunizado o lado social. A justiça social encontra-se prevista no art. 2° do Estatuto da
Terra, ao determinar que fica garantido a todos o acesso a propriedade da terra, sendo que o
grande instrumento disto vem a ser a reforma agrária. c) Princípio do fortalecimento da
economia nacional: Se dá pelo aumento da produtividade do setor primário, o que passa
pela necessidade de uma reforma agrária, extinguindo as terras improdutivas, sejam elas
latifúndios os minifúndios, c pela necessidade de uma política agrícola que aumente a
capacidade econômica e produtiva do agricultor. d) Princípio do progresso econômico e
social do rurícola: é uma das bases da política agrícola, prevista pelo art. 87 da CF/88. É
muito importante também para se determinar o modulo rural, que deve ser a quantidade
suficiente de terras para garantir uma vida digna para o rurícola e sua família, assegurando-
lhe, ainda, o desenvolvimento social e econômico. e) Princípio da reformulação da estrutura
fundiária: tanto quanto nas terras particulares quanto nas terras públicas, sendo esta
reformulação o grande desafio da reforma agrária.

REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA EM TERRAS DEVOLUT AS:

1-Y INTRODUÇÃO
Regularização fundiária é a regularização sobre terras devo lutas.

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§ 4ºp    
      
 
  

  

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Quem trata da regularização das terras devolutas é o ente federado a qual pertence às
terras. Se por exemplo as terras devolutas são do estado da Bahia, eaberá a Bahia
regularizar as suas terras.
óY 0 que são terras devolutas? Terras devolutas são terrenos públicos, ou seja,
propriedades públicas que nunca pertenceram a um particular mesmo estando
ocupadas. O termo "devolutas" relaciona-se com a decisão de devolução desta terra
para o domínio público ou não, dependendode ações denominadas discriminatórias.
A discriminação de terras devolutas tem a grande finalidade de separar as terras que seriam
de dominialidade pública das de dominialidade privada. Atualmente tal processo ocorre
aplicando-se a lei 6383/76. Com esse procedimento, vindo o Poder Público (União,
Estados, DF e Municípios) arrecadar e fazer o registro dessas terras, passarão elas a
receberem uma destinação(afetação) deixando de ser terras devolutas e passando a serem
terras em sentido estrito.

A Constituição da Bahia deter que as terras que sofreram processo de discriminação, virão
a ser destinadas preferencialmente a reforma agrária ou para reservas ambientais.
A Constituição Brasileira de 1988 cita no seu artigo 20, II, as terras devolutas como sendo
bens da União, desde que sejam indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e
construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental,
definidas em lei. Já o art. 26, IV, determina que as demais pertencem ao Estado, desde que
não sejam compreendidas entre as da União.
Há momentos em que a lei permite a ALIENAÇÃO das terras do Estado, transmitindo a
propriedade da terra ao particular. Através da DOAÇÃO o estado também transmite a
dominialidade da terra para o particular. A PERMISSÃO DE USO e CONCESSÃO DE
DIREITO REAL DE USO, também são meios de conceder ao particular o uso da terra, mas
na propriedade continua sendo do Estado.

2- PRINCÍPIOS -- art. 171 da constituição estadual:


Art. 171.São princípios e objetivos fundamentais da política agrícola e fundiária:
1 - a dignidade da pessoa humana;
2 - a valorização e proteção do trabalho, manifestadas pelo cultivo e pela exploração
econômica e racional da terra, reconhecendo-se ao trabalhador e à sua família os frutos de
seu trabalho;
3 - a garantia do acesso à propriedade da terra a trabalhadores que dela dependem para a
sua existência ou subsistência e de suas famílias, como exigência da realização da ordem
social;
4 - a modernização da estrutura fundiária, em busca da solução pacífica dos conflitos, do
equilíbrio econômico-social e da estabilidade do regime democrático, com a erradicação
das desigualdades;
5 - a função social da propriedade.

3- FORMAS DE REGUJ.JARIZACÃO FUNDIÁRIA:


-Permissão de uso
-Concessão de direito real de uso
-Alienação (simples e excepcional)
-Doação

PERMISSÃO DE USO: art. 175, § único da Constituição Estadual:

Irá aparecer como um contrato pelo qual o poder público irá conceder ao particular o uso
de terras devolutas. Sempre terá um caráter precário, sendo que o poder público poderá vim
requerer a devolução das terras a qualquer tempo e independentemente do pagamento de
indenização. A permissão de uso somente poderá ser requerida pelo possuidor, ou seja, o
detentor da posse daquelas terras devolutas que esteja sendo efetivamente exploradas. O
máximo de terras devolutas que o particular poderá vim a ocupar com a finalidade de
explorá-las são de no máximo,500 hectarcs. Quem ocupar área superior será visto como
mero detentor dessas terras.

CONCESSÃO DE DIREITO REAL DE USO:

A concessão de direto real de uso, assim como a permissão de uso, será realizada
mediante contrato administrativo por tempo determinado, constituindo um direto real
resolúvel, pois é obrigatório que as terras devolutas venham um dia a retomar ao
patrimônio direto do poder público Estadual. Pode se dar entre um particular e o poder
público, visando terras devolutas, como também pode ser dar entre particulares, visando
bens particulares. O art. 178 da Constituição Estadual determina que o Estado poderá vir
a se valer da concessão do direito real de uso toda vez que achar conveniente, sendo o
instrumento de regularização fundiária mais utilizada pelo poder público. O caput desse
artigo dispõe ainda que caberá ao Estado determina qual será a destinação dada aquelas
terras devolutas, bem como o prazo para sua concessão e estipulação de outros requisitos.
A concessão pode ser transmitida intervivos ou mortis causa.A concessão de direito real
de uso apenas poderá incidir em áreas devolutas de até 100 hectares desde que sejam elas
exploradas e cultivadas pelo regime familiar, bem como que o possuidor tenha ali a sua
residência. Art. 179 da Constituição Estadual: determina que todas as terras públicas e
devolutas destinadas a irrigação apenas poderão vir a sofrer a regularização fundiária
através do instituto da concessão do direito real de uso, não podendo o Estado vendê-las,
doá-las ou fazer permissão de uso.

DOAÇÃO:
É espécie de contrato utilizado pelo poder público para vim a realizar a regularização
fundiária, estando prevista pelo art. 12, § único, da lei 3038/72, que dispõe que a
concessão gratuita de terras públicas dependeria de lei especial, bem como apenas será
realizada se em seu contrato, houver a previsão de c1ausula de reversão em beneficio de
pessoa jurídica de fins não lucrativos, empenhada em iniciativa de interesse social. Pela
lei 3442/75, que seria a lei especial que o art. 12, § único, da lei 3038/72, faz menção,
observa-se que a doação apenas poderá vim a ocorrer se: (1) a área não ultrapassar 100
hectares; (2) que o ocupante não seja proprietário de um outroimóvel rural; (3) que tenha
a posse mansa e pacifica daquelas terras; (4) que tenha tornado aquelas terras cultivadas
pelo seu trabalho ou pelo trabalho do conjunto de sua família; (5) que o'cultivo daquela
terra ocorra a pelo menos 5 anos; (6) tenha ele capacidade para desenvolver a área
ocupada; (7) que ele tenha nas terras a serem doadas a sua moradia. Outro caso de doação
é o previsto pelo art. 30,II, da lei 3442/75, é o caso de áreas continuas a ocupação de
pequeno produtor que esteja sendo beneficiado por projeto ou beneficiamento da
secretaria daagricultura, sendo que este tipo de doação é o que prepondera em nosso
Estado.
ALIENACÃO:
Obs.: Interpretação do artigo 18 da Constituição Estadual: Esse artigo diz que todos os
bens do estado dependem para serem alienado de: Autorização legislativa e Licitação
pública. Ás terrasdevolutas não precisam dessas duas exigências para serem alienadas.
Quem autoriza a alienação de terras devo lutas para a reforma fundiária é a CF no art 188,
através de autorização genérica.
Ao contrário dos demais bens públicos, a regularização fundiária das terras devolutas,
não tem por objetivo o enriquecimento do Estado. E na verdade seu maior objetivo é
concretizar os princípios do art. 171 da CE.
Com exceção das terras devolutas, no caso dos bens dominicais, todos os outros bens
dominicais ao serem alienados têm como objetivo principal o lucro do Estado; na
licitação desses bens, vencerá aquele que der mais dinheiro pelo bem.
O valor da alienação de terras devolutas por posseiros ou ocupantes de terra é uníssono
estabelecido por decreto, e seu valor equivale ao valor da terra "nua".
As terras devolutas discriminadas e arrecadadas também podem ser afetadas para fins de
reforma agrária (art. 187 CE). O objetivo principal dessa discriminação e arrecadação é
o assentamento de trabalhadores rurais.
ALIENAÇÃO:Éa venda que o estado faz das terras devolutas segundo as regras legais.
Os Arts.174, 177 e 187 da constituição estadual e a lei 3030/72, prevê a alienação em
duas modalidades: Alienação simples e alienação excepcional.
O art.. 174 prevê limite da ocupação de terras devo lutas, que é de 500 hectares. Esse
limite podeser maior se for para instalação de algo para o desenvolvimento econômico do
estado.
A ALIENAÇÃO SIMPLES necessita da ocupação de área devoluta. Essa ocupação
(posse) deve ser caracterizada pelo cultivo e beneficiamento da terra. Estes requisitos
vão ser confirmados pelo órgão executor do estado (Secretaria de agricultura, irrigação e
reforma agrária). É necessário o documento de cadastramento da terra no INCRA, para
depois disso, o órgão do estado vai fazer a medição da terra e comunicar o ocupante da
terra para se manifestar sobre essa ocupação. Além da medição, faz-se também a
vistoria da área para saber se a terra está sendo cultivada e beneficiada. Se a terra, por
exemplo, é de 400 hectares, pelo menos metade da terra deve estar sendo cultivada e
beneficiada (art. 20, parag. 1° da Lei 3038/72). Depois da vistoria, vai para o setor
técnico elaborar a planta dessa terra. Se encaminha para o setor jurídico, para o PGE se
manifestar sobre a alienação. Por ultimo, é necessária a sentença administrativa
definindo essa alienação.
Pelo art. 187, o Estado só poderia fazer alienação de terras devolutas depois que tivesse
feito adiscriminação dessa terra devoluta. Dessa forma, o Estado presume que a terra é
devoluta e ai começa o processo de alienação. Todavia, essa presunção não é absoluta.
O particular (3º interessado) pode entrar com um recurso provando que a terra é
particular.
A administração pode cancelar o título dado ao posseiro, quando comprovada que a terra
não é devoluta. Esse título será nulo de pleno direito.
A ALIENAÇÃO EXCEPCIONAL é a alienação de terra devoluta quando a área for maior
de 500 hectares (art. 15 da lei 3038/72 e o art. 177 da CE) sua característica principal é que
ela requer a ocupação da terra, mas não exige o cultivo prévio da área. Ao invés de ter
cultivo, deve o posseiro apresentar projeto de interesse para o desenvolvimento econômico
do Estado (projeto de exploração do imóvel rural).
Esse projeto é recebido na secretaria de agricultura e será encaminhado para a secretaria de
Planejamento.
O posseiro deve demonstrar que com a implantação do projeto poderá desenvolver o
Estado ou q o projeto é totalmente rentável.
A secretaria de Planejamento emite parecer aprovando ou não o projeto e devolve pra a
secretaria de agricultura. Se for aprovado seguirá para a medição de terra, mas não precisa
de vistoria, pois não é necessário o cultivo e beneficiamento dessa terra.
Se o projeto não for cumprido no prazo estabelecido pelo estado, após tornar-
seproprietário, essa terra volta para o Estado.
A alienação maior de 2.500 hectares é necessária autorização do Congresso nacional.
Limite mínimos e máximos da área alienável: O módulo rural é indivisível. Assim, para
fins de transmissão a qualquer tipo, nenhuma área poderá ser divida por porção menor que
o módulo rural ou fração mínima de parcelamento.
Não pode ocorrer a legalização de posseiro em terras menores que o módulo rural ou
fração de mínima de parcelamento. Assim, esse é o limite mínimo de área alienável.
O limite Máximo da área alienável na alienação simples é o dobro da área efetivamente
beneficiada. A medida de 500 hectares é só parâmetro para diferenciar a alienação simples
da extraordinária.
O limite máximo de área alienável na alienação excepcional é a área contemplada no
projeto.
pde 2.500 hectares é, na verdade, o limite para ocupação de terra devoluta sem a
autorização do congresso nacional.

Impedimentos para a aquisição de terras devolutas: o artigo 2° do decreto 26.401 estabelece


que: "não serão alienados terras devolutas públicas: a servidores vinculados diretamente ao
órgãoexecutor; os cônjuges e descendentes desses servidores; exceções: sucessões
hereditárias e ocupações secundárias anteriores a vigência do decreto (o que se pretende
evitar é o trafico de inf1uencia); os estrangeiros sem prévia audiência no Incra.
O processo de regulamentação fundiária tem que passar 1ºpelo !NCRA, por que este órgão
tem que assegurar se o estrangeiro está preenchendo o que a lei federal requer.
Segundo a lei 5709/71: nenhuma pessoa física estrangeira poderá adquirir área rural
superior a 50 hectares. A pessoa jurídica estrangeira só pode adquirir ou arrecadar até 100
módulos rurais.
Acima disso, precisa de autorização do congresso nacional.
Ainda, não podem comprar terras no Brasil os estrangeiros que estejam
respondendoprocesso criminal e os incapazes em geral, exceto estes últimos se os
receberem por sucessão ³mortis causa´.
OBS.: O artigo 13 da lei 3038/72, limita as pessoas físicas e jurídicas a compra de 500
hectares de terras devolutas, assim quem comprou 300 hectares e vendeu 200 hectares, só
poderá comprar mais200, pois seu limite é 500 hectares. A lei prevê ainda sanções para os
tabeliães que descumprirem seus dispositivos.
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