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Problema do Livre - arbítrio

Como compatibilizar a crença de que todos os


acontecimentos, incluindo as ações, são
causalmente determinados, segundo as leis da
natureza, com a crença de que o homem é livre e
responsável pelas suas ações?

Este problema levanta algumas questões:


- Poderemos ser realmente livres num universo
determinista?
- Ou será que temos de aceitar que a liberdade é uma
ilusão porque tudo está determinado?
- E se o universo não estiver inteiramente determinado?

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Respostas ao problema:
Teorias Há livre- Tudo está
arbítrio? determina
do?

Incompatibilismo Determinismo Não Sim


radical
Libertismo Sim Não
Compatibilismo (determinismo Sim Sim
moderado)

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O que é o Determinismo?
O Determinismo é a tese de que todos os acontecimentos
estão causalmente determinados pelos acontecimentos
anteriores e pelas leis da natureza.

Explicação: Quando um vulcão entra em erupção, dá-se


um acontecimento que não poderia deixar de ocorrer sem
violar as leis da natureza e sem ter origem nos
acontecimentos que o antecederam (causas).

Estas afirmações são feitas pela ciência. Se as aplicarmos


às ações obtemos o seguinte argumento:

1. Todos os acontecimentos estão determinados.

2. As ações são acontecimentos.

3. Logo, as ações estão determinadas.


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Determinismo radical - Não temos livre-
arbítrio e todos os acontecimentos estão
determinados. O livre-arbítrio é incompatível com
um mundo regido por leis. A liberdade é uma
ilusão.
Esta posição é incompatibilista.

Argumento dos deterministas radicais:

Premissa 1: Se o determinismo é verdadeiro, não


há livre-arbítrio.
Premissa 2: O determinismo é verdadeiro.
Conclusão: Logo, não há livre-arbítrio.

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Argumentos a favor do determinismo

Argumento 1: Argumento da
previsibilidade das ações:

(1) Um número considerável de ações são previsíveis


(2) Se algo é previsível, então tem uma causa.
(3) Logo, um número considerável de ações têm uma
causa.
(4) Se um número considerável de ações são previsíveis,
podemos estimar que todas são previsíveis.
(5) Logo, podemos estimar que todas as ações têm uma
causa.
Avaliar este argumento:

Este argumento faz uma generalização: do facto de


muitas ações serem previsíveis, conclui que todas o são.

Possíveis objeções:

Sendo uma generalização, nada garante que a conclusão


seja verdadeira: mesmo que muitas ações sejam
previsíveis, pode haver algumas que não são.

Resposta do determinista:

Se ainda não conseguimos prever todas as ações, isso


deve-se à sua complexidade e às nossas limitações
cognitivas. Também não conseguimos prever exatamente
o estado do tempo, mas os fenómenos meteorológicos
têm na mesma causas que os determinam.
Argumento 2: Argumento da causalidade
(1)Se um agente pratica livremente uma ação, o
agente é responsável por ela.
(2)Os agentes não são responsáveis por ações
causadas por fatores fora do seu controlo.
(3)Qualquer ação que um agente pratica é causada
por fatores fora do seu controlo (genética e
meio ambiente)
(4)Logo, não há ações livres.

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Argumento 2: Argumento da causalidade
Como avaliar este argumento?

A premissa fundamental para o determinista radical é a


(3), pois afirma que todas as nossas ações são causadas
por fatores que não controlamos como, por exemplo, a
genética e o meio que nos rodeia.

Será que somos apenas um produto da genética e do


nosso meio? Parece que em muitos casos vamos contra
essas influências.
No entanto, o determinista radical pode responder que
até quando parece que agimos contra essas influências
estamos a submeter-nos a causas que desconhecemos
(por exemplo: desejos inconscientes).

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3º argumento : argumento
da inevitabilidade

(1) Todas as nossas ações são a consequência de


acontecimentos e leis da natureza que remontam a um
passado distante.
(2) Não podemos controlar esses acontecimentos e
essas leis da natureza.
(3) Logo, não podemos controlar as consequências
desses acontecimentos e dessas leis da natureza
(incluindo as nossas ações).
(4) Logo, as nossas ações são inevitáveis.

Maria Clara Gomes | ESAS


2011-2012 9
3º argumento : argumento
da inevitabilidade
(continuação)

(1) Se um agente pratica livremente uma ação, então


ele poderia ter agido de modo diferente.
(2) As pessoas não podem praticar ações diferentes
daquelas que de facto praticam, porque as ações
são inevitáveis.
(3) Logo, nunca agimos livremente.

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Objeções ao determinismo
Objeção 1: Objeção da responsabilidade moral
(1) Se o determinismo for verdadeiro, não seríamos
moralmente responsáveis pelas nossas ações.
(2) No entanto, somos moralmente responsáveis pelas nossas
ações.
(3) Logo, o determinismo é falso.

Objeção 2: Objeção fenomenológica


Sentimo-nos livres e ter essa sensação é fundamental para
sermos o que nós somos. Muito dificilmente o livre-arbítrio é só
uma ilusão. Esta sensação perdura ao longo da vida e é comum
a toda a humanidade.
As nossas ações derivam do nosso raciocínio e este não está
condicionado pela ordem causal: usamos a razão e a
imaginação para agir. Logo, ao agir, quebramos a lei da
necessidade para entrar no domínio do racional.

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