Sei sulla pagina 1di 4

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

ESCOLA DE COMUNICAÇÕES DE ARTES

DEPARTAMENTO DE ARTES CÊNICAS

Planejamento de oficina

DANILO ARRABAL DA SILVA

São Paulo

2018
Planejamento de oficina de aproximação ao texto através do jogo teatral.
Número de encontros: 1.

Conteúdo trabalhado: vozes da narrativa, ação em cena, esboço do


papel/personagem.

Número esperado de participantes: 15.

Etapas:

1. Leitura do texto

Os participantes formam uma roda onde cada integrante está virado


para fora do círculo. Uma folha com o texto impresso é colocado em
frente a cada um. Neste momento, é pedido que alguém inicie a leitura
em voz alta e, após ler um trecho relativamente curto do texto, a leitura é
passada para a pessoa ao lado, repetindo o processo. Aqui, a leitura em
voz alta e a compreensão das palavras emitidas se dão sem a
preocupação de um direcionamento claro a qualquer interlocutor.

Após a leitura de todo o texto, é pedido aos integrantes para que se


virem ao centro da roda. Agora, um dos integrantes iniciará uma nova
rodada de leitura do texto. Uma nova regra é posta: a leitura somente
poderá ocorrer quando houver a conexão com o olhar de algum outro
integrante da roda.

Antes da leitura, um breve pedido de atenção é feito aqui pelo condutor


da oficina: quais são as ações apontadas no texto e o que elas podem
revelar?

2. Narração dos elementos do texto

Após a segunda rodada de leitura do texto, é pedido aos integrantes que


deixem os textos fora da roda. Uma nova etapa é iniciada:
voluntariamente, algum integrante adentra o centro da roda e começa a
narrar os elementos fixados em sua memória sobre o texto. Aqui, a
narrativa pode ocorrer através da descrição somente das ações das
personagens do texto, da retomada literal do texto em primeira pessoa
(tal qual está no papel) ou da mudança para a terceira pessoa (podendo
conter comentários mais detalhados sobre a situação). Um a um, todos
os integrantes experimentam esta etapa do processo. A conexão com o
olhar de um interlocutor dentro da roda continua sendo regra.

Após a rodada, perguntas são lançadas: quais foram as ações


narradas? Diferenças ressoaram a partir das diferentes vozes de
narração (seja em primeira ou terceira pessoa)? Quais?

3. Experimentação das ações contidas no texto


Após o levantamento das ações contidas nas narrações da etapa
anterior e das diferentes vozes, é proposto aos participantes que
experimentem agir nas ações levantadas anteriormente. Alguns
exemplos: contorcer-se de impaciência, fazer um empenho simulado na
mordida pra mostrar os dentes fortes como os de um cavalo, abrir as
cortinas do centro da casa, cortar e comer um tomate, etc. Depois de um
breve período de experimentação, propõe-se que a narração (em
primeira ou terceira pessoa) de algum trecho do texto seja retomada
juntamente às ações experimentadas neste momento. Todos narram ao
mesmo tempo.

É importante ressaltar aos participantes o questionamento sobre o modo


como as ações interferem no modo de narrar, assim como o conteúdo
narrado pode afetar as ações exercidas naquele momento. De que
modo os momentos de tensão, de raiva, de constrangimento contidos no
texto poderiam interferir na experimentação? Isso se refletiria na
velocidade, na veemência, na repetição das ações?

4. Fotografias da narrativa
Divididos em dois grupos, é proposto a cada grupo que eleja momentos
cruciais do texto e que pensem em imagens estáticas que fixem tais
instantes em fotografias. Cada grupo, então, apresenta três fotografias.
O outro grupo, agora na posição de plateia, comenta a que se refere
cada foto montada frente a eles.

5. Criação de cenas
Formados dois novos grupos (havendo mudança dos integrantes dos
grupos da etapa anterior), pede-se que os participantes elaborem uma
cena sobre o texto utilizado na oficina. As cenas deverão conter:

 Até três fotografias (imagens estáticas relativas ao conteúdo do


texto) contemplando inicio, meio e fim do texto;
 Um narrador que escolha expor o conteúdo do texto em primeira
ou terceira pessoa (podendo também escolher, caso opte pela
primeira pessoa, entre os personagens ali presentes, o que
acarretaria em tomar uma posição de perspectiva da situação);
 Desenrolar das ações pelos demais integrantes do grupo em
consonância com a narração executada (de modo a deixar-se
afetar pelo que é narrado pelo outro);

6. Discussão sobre as cenas apresentadas e sobre o encontro


Sentados em roda, os participantes são sugeridos a esboçar
comentários sobre o encontro que viveram na oficina. Impressões,
sentimentos, incômodos. Após alguns minutos de primeiras impressões,
os questionamentos presentes ao longo dos exercícios são trazidos à
tona de modo mais lúcido: As ações encontradas no texto lançaram luz
ao conteúdo ali presente? O conteúdo narrado, em contrapartida,
modificou a execução das ações? Quais exemplos poderiam ser dados?
Ao optar-se por uma das diferentes vozes da narração, quais mudanças
podemos notar? As respostas levantadas aqui podem nos sugerir
mudanças para as cenas apresentadas? Quais poderiam ser?

Potrebbero piacerti anche