Sei sulla pagina 1di 14

EDUCAÇÃO NO ENSINO FUNDAMENTAL E A UTILIZAÇÃO DE RECURSOS

AUDIOVISUAIS

1
Érico Aurélio A. Cardozo

Ricardo Silveira da Paixão 2

RESUMO

Apresenta uma reflexão sobre a utilização de recursos audiovisuais e o ensino da


matemática no ensino fundamental observando as diferentes formas de aplicação em sala
de aula. Os educandos ao chegar à idade escolar, já passaram por processos de educação
importantes: o familiar e o da mídia. Os meios de comunicação sensorial, emocional e
racional. O papel do educador tem sido entendido de diferentes formas na história da
educação brasileira. Dos jesuítas, preocupados em evangelizar e educar para as primeiras
letras, passando pela imagem do educador autocrático, do transmissor, orientador,
facilitador ou de reprodutor da cultura dominante. Os recursos tecnológicos de comunicação
passam a fazer parte do cotidiano das pessoas, obrigando-as a uma adaptação brusca e
inevitável a esses meios de informação que vão ocupando todos os setores da sociedade.

Palavras-Chaves: matemática; recursos audiovisuais; educador.

1 INTRODUÇÃO

A educação em seu âmbito geral necessita de auto-avaliações e de estar em constantes


mutações para que possa alcançar a evolução da sociedade e dos participantes dela, por
isso, ao longo das décadas muitos estudiosos da área conduziram idéias e propostas com o
principal objetivo na criação de praticas metodológicas que possam consolidar os conteúdos
curriculares associados ao cotidiano dos educandos. Ao longo das décadas muitas praticas

1 Mestre em administração na Universidade Federal do Espírito Santo. Bacharel em Administração pela FAPA –
Faculdade Porto Alegrense. Contato: erico.cardozo@gmail.com

2 Mestre em Economia e Bacharel em Ciências Econômicas pela UFES – Universidade Federal do Espírito Santo.
Atualmente é Professor no Centro de Ensino Superior FABRA e na Faculdade de Ensino Superior de Linhares.
Contato: rsdpaixao@yahoo.com.br

Conhecimento em Destaque, Serra, ES, v. 03, n. 02, fev./jun. 2014. 1


foram observadas e envolvidas no contexto escolar, uma delas atualmente, consiste em
estar envolvendo a cultura que o aluno traz consigo de sua convivência social ao
aprendizado escolar, ―Uma palavra que não representa uma idéia é uma coisa morta, da
mesma forma que uma ideia não incorporada em palavras não passa de uma sombra‖ (Lev
Vygotsky 1896-1934). Dentro do espaço escolar sempre foi possível encontrar diversas
formas metodológicas de ensino, entretanto, todas essas praticas viviam aprisionadas aos
livros e a escrita, sendo assim, pode se concluir que o aprendizado esta relacionado à
linguagem que, por sua vez, reproduz os conteúdos didáticos.

A educação por sua vez, necessita também da oralidade como instrumento construtor do
aprendizado, visto que, os alunos necessitam estar em contato com a leitura e a escrita para
que se desenvolva o conhecimento. Mas com todas as modernidades contemporâneas
pelas quais a sociedade vem passando seria praticamente impossível não se admitir a
importância de recursos para didáticos como fatores intermediários de condução do
aprendizado.

Nesta perspectiva não foi difícil associar o recurso da oralidade, como fator importante no
auxilio das aulas ministradas de todos os componentes curriculares. Promover um processo
educativo, ao qual aluno possa se submeter associando o aprendizado com seu cotidiano e
visualizando o conteúdo para que o mesmo possa ser reproduzido pela sua criatividade, um
apelo à criatividade do aluno.

No contexto histórico pode-se afirmar que o pioneiro que instaurou os recursos audiovisuais
dentro do processo educativo foi João Amos Komensky, que ficou conhecido pelo termo do
seu nome em Latim, Comenius, trazido pela cultura brasileira ―Comenio‖, em seu primeiro
livro ―Preceitos para uma gramática facilmente ensinada‖, Comenio viveu suas experiências
na educação em um período de transição da Idade Media para à Idade Moderna, nesse
sentido suas praticas pedagógicas baseavam-se em utilizar o antigo auxiliado pelo novo,
Comenio partia de um ponto em que a educação se direcionava para não tão somente o
aluno como ser passivo de ouvir as informações mas que a observação dos mecanismos
educacionais eram agentes promovedores da construção do saber. Comenio então por volta
do ano de 1600 trouxe para as praticas educacionais uma tão simples metodologia, que se

Conhecimento em Destaque, Serra, ES, v. 03, n. 02, fev./jun. 2014. 2


tratava da observação de figuras ilustradas em sala de aula o que trouxe significantes
resultados para aulas da época.

No entanto a ideia comeniana, apenas foi o primeiro passo do que só chegaria a ser
reconhecido como Praticas Audiovisuais, no século XIX, século esse onde se difundiram as
modernas invenções que conseguiram conquistar o ambiente escolar como: fotografia,
telefone, rádio, telégrafo, disco, cinema, papel fotográfico e imprensa rotativa, a nossa atual
sociedade somente pode contemplar a expansão dos instrumentos audiovisuais no nosso
presente século quando em 1905 foram criados os primeiros espaços para realização de
observação pedagógica nos Estados Unidos, os chamados Museus Pedagógicos.

Partindo dessa perspectiva a educação recebeu um turbilhão de artigos que agora eram
concebidos como agentes facilitadores das aulas, a utilização de mapas nas aulas de
geografia reproduzia nos alunos a imaginação das rotas marítimas navegadas pelos
pioneiros das descobertas, assim como também a utilização de instrumentos que
permitissem aos alunos enxergar em longa distância como os ultrapassados telescópios da
época que permitiam aos educandos a contemplação do que não poderiam alcançar.

Sendo assim rapidamente os estudiosos da educação passaram a admitir que o recurso


áudio visual pudesse apelar para outras faculdades nos alunos que não se imaginava
anteriormente, isso facilitou em muito para que nos anos 50, com a chegada da televisão,
com o progresso e a expansão do cinema, e dos programas televisionados, ao pensamento
que a televisão no futuro poderia substituir a escola, entretanto o que não se poderia
imaginar foi que a televisão mesmo com toda sua tecnologia avançada na transmissão de
imagens em tempo real, ficaria ultrapassada com a chegada do computador na década de
70, com as funcionalidades oferecidas pelo computador poderia se pensar em um
instrumento educacional que oferecia além de imagens o acesso rápido a livros, figuras e
todos os recursos possíveis dentro do processo educativo.

Nos anos 90 aconteceram ainda mais investidas inovadoras, e nesse momento poderia se
realizar uma associação do recurso, computador com a televisão, aulas ministradas em
programas televisionados passaram a oferecer até mesmo certificados de conclusão de
curso, como o Tele curso 2000, transmitido em canal aberto. O computador exercia

Conhecimento em Destaque, Serra, ES, v. 03, n. 02, fev./jun. 2014. 3


fundamental importância na construção da educação, uma vez que para ingressar no
mercado de trabalho totalmente informatizado o aluno deveria estar prontamente preparado
para dominar todos os recursos que ele oferecia, forçando então as escolas instaurar no
universo metodológico os laboratórios de informática considerados após os anos 2000 de
fundamental importância nas escolas.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais para a área de Matemática no ensino


fundamental estão pautados por princípios decorrentes de estudos, pesquisas,
práticas e debates desenvolvidos nos últimos anos. São eles:

— A Matemática é componente importante na construção da cidadania, na medida


em que a sociedade se utiliza, cada vez mais, de conhecimentos científicos e
recursos tecnológicos, dos quais os cidadãos devem se apropriar.
— A Matemática precisa estar ao alcance de todos e a democratização do seu
ensino deve ser meta prioritária do trabalho docente.
— A atividade matemática escolar não é ―olhar para coisas prontas e definitivas‖,
mas a construção e a apropriação de um conhecimento pelo aluno, que se servirá
dele para compreender e transformar sua realidade.
— No ensino da Matemática, destacam-se dois aspectos básicos: um consiste em
relacionar observações do mundo real com representações (esquemas, tabelas,
figuras); outro consiste em relacionar essas representações com princípios e
conceitos matemáticos. Nesse processo, a comunicação tem grande importância e
deve ser estimulada, levando-se o aluno a ―falar‖ e a ―escrever‖ sobre Matemática, a
trabalhar com representações gráficas, desenhos, construções, a aprender como
organizar e tratar dados.
— A aprendizagem em Matemática está ligada à compreensão, isto é, à apreensão
do significado; apreender o significado de um objeto ou acontecimento pressupõe
vê-lo em suas relações com outros objetos e acontecimentos. Assim, o tratamento
dos conteúdos em compartimentos estanques e numa rígida sucessão linear deve
dar lugar a uma abordagem em que as conexões sejam favorecidas e destacadas. O
significado da Matemática para o aluno resulta das conexões que ele estabelece

Conhecimento em Destaque, Serra, ES, v. 03, n. 02, fev./jun. 2014. 4


entre ela e as demais disciplinas, entre ela e seu cotidiano e das conexões que ele
estabelece entre os diferentes temas matemáticos.

2 PROBLEMATIZAÇÃO
2.1 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA

Partindo do ponto em que a educação atual esta cada vez mais apoiada pelos recursos
tecnológicos e que se pensar o processo de ensino e da aprendizagem sem o uso das
tecnologias sua realização é praticamente impossível, o ensino e a aprendizagem da
Matemática deve se orientar por essa mesma questão, baseando - se nesta situação o
presente artigo pretende esclarecer e dar suporte para a seguinte prática em sala de aula:
Os conteúdos matemáticos são mais eficazes quando se utilizam de recursos áudio visuais
ou a para a aprendizagem da Matemática fica restrito apenas a linguagem verbal em sua
compreensão?

3 OBJETIVO
3.1 OBJETIVO ESPECÍFICO

Introduzir para o campo metodológico em sala de aula da Matemática a utilização de


recursos áudio visuais como requisitos facilitadores dos conteúdos ministrados;

4 METODOLOGIA

Para a classificação da pesquisa, toma-se com base a fundamentação primaria de João


Amos Komensky, que ficou conhecido pelo termo do seu nome em Latim, Comenius, trazido
pela cultura brasileira ―Comenio‖, que classifica o aprendizado em relação ao seu aspecto
visual ser mais efetivo e que, provou a exploração da criatividade da criança como recurso
fundamental no processo do ensino e da aprendizagem, bem como também os estudos de

Conhecimento em Destaque, Serra, ES, v. 03, n. 02, fev./jun. 2014. 5


Lev Vygotsky (1896-1934) que, postulam uma dialética das interações com o outro e com o
meio, como desencadeador do desenvolvimento sócio-cognitivo, que por sua vez,
impulsionam as metodologias educacionais a explorar a inter-relação com o meio para que a
aprendizagem aconteça.

Quanto aos fins a pesquisa é exploratória, pois tem como objetivo proporcionar maior
familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explicito ou construir hipóteses.
Seu planejamento e bastante flexível, de modo que possibilite a consideração dos mais
variados aspectos relativos do fato estudado.

Quanto aos meios, trata-se de uma pesquisa de campo, porque para a fundamentação
teórica metodológica do trabalho será realizada uma investigação sobre os seguintes
assuntos: observação e análise em sala de aula de um assunto matemático abordado de
duas maneiras, de maneira tradicional utilizando-se apenas do recurso da oralidade dos
conteúdos e para a exemplificação o quadro branco e o pincel e de maneira modernizada
utilizando-se de recursos tecnológicos áudio visuais que possibilitem uma ilustração e
contemplação do assunto abordado.

4.1 CONTEXTUALIZANDO A PRESENÇA DA LUDICIDADE NO ENSINO FUNDAMENTAL

Hoje, há um desafio de prender a atenção do aluno, que vive rodeado pela mídia e uma
grande variedade de recursos tecnológicos, e o educador sem perder o foco, que é a
aprendizagem, precisa fazer uma profunda reflexão sobre sua prática. Pois é preciso saber
a ―lidar‖ e a trabalhar de certa forma com a tecnologia, para que sua prática pedagógica faça
a diferença diante a complexidade da sociedade atual, afinal, o aluno/criança não aceita
mais estar dentro de uma sala de aula enfileirados e aquela aula em que o professor fala e
ele escuta.
O professor, por sua vez, precisa perceber que o foco não está no conteúdo programado,
aquele que foi elaborado por ele, mas sim no aluno o deixando interagir, dialogar, discutir
para sair da posição de ―espectador‖ e assumir o papel de ―protagonista‖ na construção do
seu conhecimento. Paulo Freire (1983, p.68), diz que:

O educador é o que educa; os educandos, os que são educados; o


educador é o que sabe; os educandos, os que não sabem; o educador é o
que pensa; os educandos, os pensados; o educador é o que diz a palavra;

Conhecimento em Destaque, Serra, ES, v. 03, n. 02, fev./jun. 2014. 6


os educandos, os que a escutam docilmente; o educador é o que disciplina;
os educandos, os disciplinados; o educador é o que opta e prescreve sua
opção; os educandos os que seguem a prescrição; o educador é o que
atua; os educandos, os que têm a ilusão de que atuam; o educador escolhe
o conteúdo programático; os educandos se acomodam a ele; o educador
identifica a autoridade do saber com sua autoridade funcional, que opõe
antagonicamente à liberdade dos educandos; estes devem adaptar-se às
determinações daquele; o educador, finalmente, é o sujeito do processo; os
educandos, meros objetos.

Portanto, a utilização de atividades diferenciadas nas escolas contribui nos resultados de


aprendizagem dos alunos. Claro, que atividades de cunho lúdico não abarcam toda a
complexidade que envolve o processo educativo, mas auxiliam na busca de melhores
resultados por parte dos educadores interessados em promover mudanças.
Assim, são atividades mediadoras que contribuem para tornar a sala de aula em um
ambiente mais alegre e favorável para a aprendizagem. Por isso, é fundamental
aprendermos sobre o jogo, brincadeiras, músicas, danças, histórias, atividades lúdicas por
excelência.

4.1 EVOLUÇÃO DOS RECURSOS AUDIOVISUAIS NA ESCOLA

Quando se faz uma analise da história da educação no contexto de sua modernização é


impossível não citar que ao longo das décadas ela vem passando por metamorfoses as
quais se consolidam um único pensamento, a educação nada mais é do que um processo
de aprendizagem que necessita ser repensado e se atualizar de maneira que caminhe junto
com as atualidades contemporâneas da sociedade.

―A função social da escola é um dos temas mais freqüentes no debate


contemporâneo sobre educação. Vive-se um período de
transformações sem precedentes na história da humanidade. Este
tem recebido muitas denominações – Era do conhecimento,
sociedade da comunicação, para citar apenas algumas. O elemento
atual refere-se ao papel central do conhecimento na organização
social e econômica atual, o que tende a redefinir a centralidade da
instituição escolar. Sempre que a sociedade defronta-se com as
mudanças significativas em suas bases sociais e tecnológicas, novas
atribuições passam a ser exigidas à escola. Conseqüentemente,
também sua função social tende a ser revista; seus limites e
possibilidades, questionados. Este ensaio pretende aprofundar
elementos do debate atual sobre a escola, trazendo à tona questões
relativas ao seu papel na sociedade do conhecimento na relação com
outras dimensões importantes como a democracia, a comunidade e a
cultura‖ (VIEIRA, 2007, p.13).

Conhecimento em Destaque, Serra, ES, v. 03, n. 02, fev./jun. 2014. 7


Pensamento esse que já vem sendo discutido e estudado até mesmo em décadas
passadas, uma vez que, com as transformações do mundo e a informação cada vez
acontecem de maneira mais ágil, seria quase impossível se manter o ritmo da escola se a
mesma não acompanhasse a evolução dos alunos. Partindo deste sentido, os recursos
audiovisuais rapidamente tomaram elaborações pedagógicas e incorporaram as
metodologias aplicadas não tão somente no cotidiano exterior da escola, bem como
também, dentro do ambiente escolar. O objetivo da escola por sua vez, seria apresentar aos
alunos praticas educacionais onde eles pudessem participar de forma agradável e acima de
tudo que pudessem também aprender de forma prazerosa e efetiva. As Secretarias
Estaduais de Educação no Brasil investem milhões de reais na modernização de
equipamentos para que as escolas possam oferecer recursos didáticos/áudio visuais aos
alunos na intenção de se aprimorar o ensino além de aumentar os índices de absorção dos
conteúdos ministrados pelos componentes curriculares oferecidos pela educação pública.
Isso se da de maneira praticamente igual nas escolas de educação privada, onde os alunos
pagam por seu aprendizado, e nesse contexto a escola por sua vez, necessita resgatar o
aluno para o aprendizado e oferecer uma pratica metodológica onde ele se reconheça e
participe do aprendizado gradativamente.

Oferecer modernização que possa acompanhar o nível cognitivo dos envolvidos da


educação, e ao mesmo tempo reproduzir um aprendizado evolutivo e efetivo vem sendo o
maior desafio da escola em um sentido universal. Por isso a utilização de um recurso
audiovisual dentro da condução das aulas nada mais é do que trazer para o universo da
aprendizagem a reprodução do que os alunos costumam vivenciar nos seus momentos de
lazer causando um impacto de inter relação entre o mundo cotidiano e o aprendizado.
Formalizar o ensino da metodologia por meio, de algo que os mesmos possam: associar,
ver, e reproduzir as ações que o instrumento da aula apresenta para o aluno.

4.1.2 A EDUCAÇÃO EM DOIS ASPECTOS: ORALIDADE TRADICIONAL E TECNOLOGICA


UTILIZADA POR MEIO DE RECURSOS AUDIO VISUIAS

A utilização de recursos áudio visuais dentro do campo da educação estabelece uma


inovadora área de aprendizado que há pouco tempo vem se estudando, comparando e

Conhecimento em Destaque, Serra, ES, v. 03, n. 02, fev./jun. 2014. 8


pesquisando, para que o uso das tecnologias modernas possam ser instrumentos de
facilitação do aprendizado, embora muitos teóricos venham ha algumas décadas abordando
essa questão, de se estar estimulando o aprendizado por meio de recursos alem da
linguagem oral, o fato da educação estar em constantes mutações e o próprio cotidiano dos
alunos revelarem inúmeros recursos de comunicação e de entretenimento, como programas
de televisão, computadores, internet entre outros, a preocupação de se estar
proporcionando um ensino onde os alunos possam associar o aprendizado e compará-lo as
questões vivenciadas no seu dia a dia é pouco estudada e promove em alguns professores
certos temores.

A linguagem verbal foi utilizada durante anos no campo da educação como principal fonte
de se estabelecer o aprendizado, entretanto, com a modernização global que as sociedades
sofreram com o passar das décadas tomou conta do universo educacional, ora pode – se
facilmente detectar esta ação em aulas de Literatura, quando por sua vez, foi constatado
que os clássicos de literatura infanto-juvenil traziam mais resultados se aplicados por meio
de dramatizações das histórias passando então o papel do professor não apenas como
leitor das histórias para o publico, mas sim como contador dramático que interage trazendo
para a realidade seus personagens e seus cenários.

―A dificuldade de execução desse projeto na educação infantil, no


entanto, retoma outra face de queda de braço estabelecida entre o
universo infantil e o universo adulto. Será que os adultos que ensinam
nossas crianças guardaram na memória coisas que tem cheiro de
leite, como histórias de reis, sacis, pessoas que morreram,
assombrações? Será que as pessoas grandes que hoje ensinam as
pessoas pequenas tiveram pais, tios, avós, contando histórias
sentados em cadeiras na calçada ou em qualquer canto da casa de
uns e de outros? Será que os educadores de hoje lembram-se de
alguma par lenda? Será que os professores que atuam na educação
infantil já ouviram os contos de fadas e os reproduzem em sala de
aula? O elemento mediador das relações humanas que desapareceu
do convívio das comunidades é a oralidade associada‖(CASTRO,
OLIVEIRA, 2008, p.51).

Não diferente no campo da Matemática é possível se estabelecer o mesmo resultado, uma


vez que, os conteúdos quando são estabelecidos somente pela oralidade não conseguem
atingir em suas plenitudes o fator mais importante de uma criança que o professor pode se
utilizar na construção da aprendizagem que nada mais é que, sua fértil imaginação.

Conhecimento em Destaque, Serra, ES, v. 03, n. 02, fev./jun. 2014. 9


―Conhecer o ser humano é, antes de mais nada, situa-lo no universo,
e não separá-lo dele. Todo conhecimento deve contextualizar seu
objeto, para ser pertinente. ―Quem somos‖? é inseparável de ―Onde
estamos‖?, ―De onde vivemos‖?, ―Para onde vamos?‖(MORIM, 2007,
p.47)

5 PERCURSO METODOLÓGICO

O Percurso metodológico foi traçado em uma escola de Ensino Fundamental do município


de Serra/ES que oferece as séries finais, 5ª, 6ª e 7ª série, para realização da pesquisa
foram utilizadas duas turmas de 5ª série a 5ª A e a 5ª B.

Para a 5ª Série A foi estabelecido que fossem aplicados os recursos tradicionais, onde seria
trabalhado o assunto abordado de maneira tradicional utilizando-se apenas da oralidade e o
uso do quadro branco e pincel como exemplificação e explicação dos conteúdos.

5.1 DESENVOLVIMENTO TRADICIONAL – RECURSOS TRADICIONAIS

O Desenvolvimento tradicional aplicado para a turma A, compreende estabelecer o assunto


abordado de maneira simplificada com a utilização de recursos comuns como: livro didático,
leitura dos textos, a utilização do quadro branco e do pincel para exemplificar, por meio da
oralidade e da escrita, exemplos dos problemas matemáticos sugeridos na matéria principal.
Outro recurso utilizado foi à comparação do assunto abordado com o cotidiano por meio,
também da oralidade para isso foi estabelecido conversas informais e debates em sala de
aula em relação ao assunto proposto.

A grande dificuldade encontrada neste aspecto foi que, em uma sala de aula com mais de
25 alunos freqüentes, o nível de aprendizado era defasado onde se encontrou alunos com
diferentes níveis de aprendizado, alguns não tinham a menor maturidade para estarem na 5ª
série do Ensino Fundamental, essa individualidade no nível de aprendizado tornou
extremamente difícil ministrar os assuntos discutidos nas conversas informais, uma vez que,
eles não conseguiam relacionar o assunto ao seu cotidiano.

5.2 DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO – RECURSOS AUDIO VISUAIS

Conhecimento em Destaque, Serra, ES, v. 03, n. 02, fev./jun. 2014. 10


O desenvolvimento tecnológico se deu com a utilização de slides reproduzidos por um, Data
Show, vídeos educativos relacionados ao assunto, material didático como: papel cartão,
pincel com tinta, réguas de diferentes ângulos, compasso, e também o quadro branco e o
pincel. O livro didático foi utilizando apenas no primeiro dia para conhecimento do assunto
que seria abordado segundo o currículo da disciplina uma breve leitura foi feita, e logo
depois foram introduzidos vídeos educativos que abordavam o assunto de maneira
contextualizada, este vídeo foi retirado do percurso Tele curso 2000, exibido pela TV aberta
de segunda a sexta, este vídeo pretendia estabelecer a relação do assunto com o cotidiano,
ou seja, em que momento da vida o aluno iria se deparar com aquela questão, e para que o
conhecimento do assunto servisse para sua vida.

O Data Show, exibiu a reprodução da resolução do assunto de maneira contextualizada com


imagens em terceira dimensão que promoveram a contemplação de todos os ângulos da
matéria, logo após este exercício foi estabelecia conversa e debates informais sobre o
assunto em sala de aula.

Nesta Turma, foi detectada a mesma problemática da sala anterior, o nível de conhecimento
e de aprendizado da meteria era bem defasado, entretanto, com a utilização dos recursos
áudio visuais as conversas sobre o assunto podiam ser desenvolvidas com mais
produtividade uma vez que, mesmo que os alunos não dominassem o assunto eles
conseguiam estabelecer o aprendizado com o cotidiano de maneira mais proveitosa, visto
que, muitos já traziam consigo o conhecimento prévio adquiridos por meio, de suas
experiências cotidianas mas não se davam conta disso, e não conseguiam relacionar, os
vídeos a utilização da produção de artefatos com papel cartão e tinta reproduziram a
associação e conseguiram obter resultado quando se fez um apelo a fértil imaginação dos
alunos.

6 RESULTADOS OBSERVADOS

Para a 5ª Série A foi estabelecido que fossem aplicados os recursos tradicionais, onde seria
trabalhado o assunto abordado de maneira tradicional utilizando-se apenas da oralidade e o
uso do quadro branco e pincel como exemplificação e explicação dos conteúdos.

Conhecimento em Destaque, Serra, ES, v. 03, n. 02, fev./jun. 2014. 11


Para a 5ª série B seriam utilizados recursos áudio visuais que compreenderiam vídeos,
slides que contemplem a visualização como recurso de apelar para a imaginação na
construção do aprendizado do tema abordado.

Este estudo foi realizado em duas semanas que compreendia uma semana de trabalhos
teóricos, aulas programadas afim de se estabelecer discussões em sala de aula e de
exemplificações relacionando o tema com o cotidiano dos alunos, no final da primeira
semana foram solicitados exercícios para serem feitos em casa na perspectiva de se avaliar
o que realmente os alunos haviam aprendido quando estivessem diante do assunto
individualmente para estabelecer uma correção em grupo das dúvidas que poderiam ser
peculiares a toda a turma.

Na segunda semana então, quando foram entregues os exercícios do final de semana, para
a sala A onde foi aplicada as metodologias tradicionais o resultado foi de 30% da sala com
bom aproveitamento contra 70% do restante que não conseguiu relacionar o aprendizado e
solucionar os problemas comprovando que mais da metade da sala ainda sentiam duvidas
ou não haviam aprendido nada.

Na turma B, os resultados seguiam de maneira satisfatória, onde, 78% da sala conseguiram


solucionar os problemas e as duvidas eram menores contra 28% que ainda sentiam
dificuldades para desenvolver os exercícios, mas um agravante que chamou a atenção foi
que, os alunos que sentiam dificuldades na porcentagem da turma A eram ainda maiores do
que da turma B.

Na segunda semana a tarefa se encarregou de promover o esclarecimento das duvidas da


turma A e B, utilizando-se das mesmas técnicas, tradicional para a turma A e tecnológica
para a turma B. No final da semana seria aplicado um teste avaliativo para por fim na
pesquisa.

Como já se era esperado ao final da segunda semana, com a correção dos testes, a turma
B foi superior a turma A, para a turma B á media de notas foi superior a 7,5 numa avaliação
com pontuação máxima de 10, 85% da turma tirou nota superior a 7,5 e 15% inferior a 7,5.

Conhecimento em Destaque, Serra, ES, v. 03, n. 02, fev./jun. 2014. 12


Para a turma A 88% com nota inferior a 7,5 e o restante da turma não conseguiu atingir a
média mínima.

7 CONCLUSÃO

Buscar compreender os anseios dos educadores em fazer com que o aluno aprenda,
instigou-me o desenvolvimento do artigo sobre os benefícios da ludicidade no processo de
construção de novas aprendizagens no contexto da escola. Deste modo, reconhecemos a
importância de se compreender a ludicidade relacionando-a aos aspectos sócio-culturais e
históricos dos sujeitos que estão inseridos no contexto da escola, na medida em que
corroboramos com o pensamento de que a ludicidade pode ser uma ponte entre a
construção do conhecimento tanto do educando como do educador.
Dessa forma, devemos identificar a realidade escolar, levando em conta que há professores
formados em várias áreas e que nem todas têm a inserção do lúdico como um ato de
conhecimento, que se possam avaliar as possibilidades de uma formação mais sólida e
comprometida, facilitando a ampliação de seu universo do faz-de-conta, da criatividade, da
espontaneidade e da autonomia, experimentando várias situações vivenciadas no dia-a-dia
do nosso cotidiano escolar.

8 REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9.394, de 20 de dezembro


de 1.996

BRASIL/MEC, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais.


Brasília, 1998.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 2. Ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983. P. 63.

___________. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à pratica educativa.


4.ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1996.

Conhecimento em Destaque, Serra, ES, v. 03, n. 02, fev./jun. 2014. 13


KISHIMOTO, T. M. O jogo e a educação infantil. São Paulo: Pioneira, 1997.

MORIN, E. Introdução ao pensamento complexo. 3. ed. Porto Alegre: Sulina, 2007

MORIN, Edgar. Os Sete Saberes Necessários à Educação do Futuro.11ed. São Paulo:


Cortez, 2006

OLIVEIRA, Iolanda de. Raça, Currículo e Práxis Pedagógica. In: Cadernos PENESB. Rio
de Janeiro/Niterói, v. 7. pp. 43-70.

PIAGET, Jean. A Formação da Simbologia na Criança. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.

VYGOTSKY, L. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1989.

Conhecimento em Destaque, Serra, ES, v. 03, n. 02, fev./jun. 2014. 14

Potrebbero piacerti anche