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PETROLINA – PE
2012
FLORISVALDO CUNHA CAVALCANTE JÚNIOR
PETROLINA – PE
2012
FLORISVALDO CUNHA CAVALCANTE JÚNIOR
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PETROLINA – PE
2012
DEDICATÓRIA
A Deus,
“Senhor, a ti, que nos concedeste a vida, que nos fizeste seres racionais,
queremos ser gratos, pois o que antes parecia longínquo, hoje se concretiza.”
Obrigado senhor!”
AGRADECIMENTO
Aos meus pais, Florisvaldo Cunha Cavalcante e Maria Lucia Neres Cavalcante pelo
incentivo e apoio em todos os momentos.
INTRODUÇÃO.................................................................................................... 10
CAPÍTULO 1 - FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA.................................................. 12
1.1 A CONTABILIDADE GERAL......................................................................... 12
1.2 A CONTABILIDADE GERENCIAL................................................................. 13
1.3 A CONTABILIDADE PÚBLICA...................................................................... 14
1.3.1 Definição de Despesas Públicas............................................................. 16
1.3.2 Definição de Receitas Públicas............................................................... 18
1.4 A CIDADE DE PETROLINA.......................................................................... 20
1.5 A PREFEITURA MUNICIPAL DE PETROLINA............................................. 22
CAPÍTULO 2 – A CONTABILIDADE PÚBLICA COMO FERRAMENTA
GERENCIAL........................................................................................................ 25
2.1 CONTRIBUIÇÕES DA CONTABILIDADE PÚBLICA NAS DECISÕES DO
GESTOR PÚBLICO............................................................................................. 25
2.2 ALGUMAS FERRAMENTAS QUE A CONTABILIDADE PÚBLICA PODE
UTILIZAR PARA SER MELHOR APLICADA...................................................... 26
2.2.1 Mensuração de Custos............................................................................ 26
2.2.2 Modelo de Gestão..................................................................................... 27
2.2.3 Controle..................................................................................................... 28
2.2.4 Controle Interno........................................................................................ 29
2.2.5 Controle Externo....................................................................................... 30
2.2.6 Nota Fiscal Eletrônica.............................................................................. 32
2.2.7 Programa Nota 10..................................................................................... 33
CAPÍTULO 3 – AS PARTICULARIDADES, IMPORTÂNCIA E
APLICABILIDADE DA CONTABILIDADE PÚBLICA........................................ 35
3.1 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS PÚBLICAS E DISTINÇÕES DA
CONTABILIDADE GERAL................................................................................... 35
CAPÍTULO 4 – A TRANSPARÊNCIA NA GESTÃO PÚBLICA......................... 40
4.1 A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE PÚBLICA PARA O GESTOR E A
SOCIEDADE........................................................................................................ 40
4.1.1 Lei de Responsabilidade Fiscal.............................................................. 40
4.1.2 Prestação de Contas................................................................................ 41
4.1.3 Tomada de Contas.................................................................................... 42
4.2 O NÍVEL DE CONHECIMENTO DOS SECRETÁRIOS EM RELAÇÃO A 43
APLICABILIDADE DA CONTABILIDADE PÚBLICA...........................................
4.2.1 Escola do Servidor Público de Petrolina................................................ 43
4.2.2 Programa de Qualificação de Servidores Públicos da União.............. 45
4.3 TRANSPARÊNCIA NA GESTÃO DOS RECURSOS PÚBLICOS................. 45
CAPÍTULO 5 – METODOLOGIA DA PESQUISA.............................................. 49
CAPITULO 6 – ANÁLISE DOS RESULTADOS................................................. 50
CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................ 52
REFERÊNCIAS................................................................................................... 54
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INTRODUÇÃO
Desta forma, para se chegar aos resultados foi utilizado o seguinte problema: qual
a contribuição e como é utilizada a Contabilidade Pública como instrumento
de tomada de decisão dos Secretários Municipais da Área Financeira /
Orçamentária da cidade de Petrolina estado de Pernambuco?
O desdobramento desse tema está baseado nas leis que regem a Contabilidade
Pública, bem como outras literaturas existentes sobre aspectos relacionados à
Contabilidade Geral, muitos deles já aplicado no cotidiano dos órgãos públicos.
As informações apresentadas como resultados estão limitados às informações
cedidas pelos gestores pesquisados, onde foram realizados os estudos
exploratórios dos dados.
Foi escolhido para esta amostra somente aquelas secretarias que estão ligadas
diretamente com as Finanças / Orçamento do citado órgão. Os documentos que
foram analisados são: Licitações e Execução Orçamentária. Os dados foram
organizados por ordem de objetivos específicos e apresentados de forma
descritiva, inclusive com quadros e tabelas apresentando em alguns casos
sugestões e recomendações se necessário.
A contabilidade como ciência social aplicada tem como principal objeto de estudo o
patrimônio das entidades. O valor da contabilidade é algo imensurável, visto que
toda empresa possui bens, direitos e obrigações e a ausência de um controle
eficiente e eficaz pode acarretar serias conseqüências para a empresa. Acerca
deste assunto Pereira (2010, p. 17) aborda que
Quando Padoveze cita o orçamento tem-se uma noção maior do quando esta
ferramenta tem ligação com a Contabilidade Pública, pois a Assembléia Legislativa
de Pernambuco (2011np) disserta que,
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Uma das funções mais nobres da Contabilidade Pública é o controle das despesas
que na definição do Tesouro Nacional (2011np), “é o compromisso de gasto dos
recursos públicos, autorizados pelo Poder competente, com o fim de atender a uma
necessidade da coletividade prevista no orçamento”. De nada adianta um
município ter uma arrecadação elevada se não houver um controle efetivo dos
seus gastos.
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O controle das receitas também constitui peça chave da contabilidade, afinal sem
receitas nenhuma entidade funciona, deste modo pode-se afirmar que a Receita
Pública
órgãos públicos que não almejam lucro este regime é o que apresenta um controle
interno mais efetivo.
As despesas públicas são gastos realizados pelos entes das esferas Municipal,
Estadual e Federal para manutenção da máquina pública. Para Angélico, (1976)
Despesa pública é o processamento do o conjunto de atividades desempenhadas
por órgãos de despesas na aquisição de bens e serviços. A despesa pública
corresponde à aplicação de certa quantia, em dinheiro, ou ao reconhecimento de
uma dívida por parte da autoridade ou agente público competente, dentro de uma
autorização legislativa (orçamento) visando a uma finalidade de interesse público.
(CGU, 2005). No quadro a seguir uma breve descrição das diversas modalidades
de despesas públicas.
economia.
Despesa de custeio Aquela necessária à manutenção da ação
governamental e à prestação de serviço público, tais
como: pagamento de pessoal e de serviços de
terceiros, compra de material de consumo e gasto
com reforma e conservação de bens móveis e
imóveis.
Despesa de exercícios anteriores As relativas a exercícios encerrados, para as quais
existia crédito próprio e dotação suficiente nos
respectivos orçamentos, mas que não foram
processadas na época devida.
Despesa discricionária Aquela cuja previsão consta somente na lei
orçamentária, não há outro diploma legal que a
estabeleça.
Despesa empenhada Valor do orçamento público formalmente reservado
(pela emissão do empenho) para compromissos
assumidos com terceiros.
Despesa executada Como a realização da despesa pública observa três
fases distintas (empenho, liquidação e pagamento),
dependendo da análise que se faz, a despesa
executada pode corresponder a qualquer um dos três
agregados.
Despesa financeira Aquela que cria um direito ou extingue uma
obrigação, ambas de natureza financeira, junto ao
setor privado interno e/ou externo.
Despesa obrigatória Aquela que, além de constar da lei orçamentária, está
prevista em diploma legal específico e, portanto,
representa obrigação legal do Estado.
Despesa primária Também conhecida como despesa não-financeira,
corresponde ao conjunto de gastos que possibilita a
oferta de serviços públicos à sociedade, deduzidas às
despesas financeiras. São exemplos os gastos com
pessoal, custeio e investimento. Pode ser de natureza
obrigatória ou discricionária.
Despesa pública Gasto do Estado com vistas ao atendimento das
necessidades coletivas e ao cumprimento das
responsabilidades institucionais; constam do
orçamento e requerem prévia autorização legislativa.
Quadro 1 – Tipos de Despesas Públicas
Fonte: Senado Federal (2011np).
Receita Pública é o total arrecadado pelos órgãos públicos, estas receitas têm a
finalidade de suprir os gastos com a manutenção da máquina pública, bem como
realizar investimentos de uso comum da sociedade. Na prática Receita Pública
Neste contexto se observa que grande parte dos recursos dos órgãos públicos são
provenientes dos tributos pago pelo cidadão, assim sendo o Código Tributário
Nacional (CTN) conceitua tributo como
Petrolina, a cidade objeto deste estudo esta localizada no Sertão do São Francisco
Estado de Pernambuco, distante 730 km da Capital do Estado Recife e 500 km de
Salvador Capital do Estado da Bahia, possui uma população de 294.081 (IBGE
2010). A cidade é um Pólo de Educação / Saúde e Serviços de uma região de mais
de meio milhão de habitantes, é sede da Região Administrativa Integrada de
Desenvolvimento (RIDE) que abrage os municípios de Juazeiro, Curaçá, Casa
Nova e Sobradinho no Estado da Bahia e Cabrobó, Lagoa Grande, Orocó,
Petrolina e Santa Maria da Boa Vista no Estado de Pernambuco. Petrolina possui
um moderno Aeroporto Internacional que dispõe de cerca de oito vôos diários para
as cidades de Brasília, Recife, Salvador e São Paulo com conexões para todos os
estados do Brasil.
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Neste sentido se observa que este órgão tem a missão de controlar os recursos e
garantir a eficácia da gestão tendo sempre o controle interno como grande aliado.
“O Sistema de Controle Interno do Município de Petrolina, foi criado pela lei 2.206,
de 30 de junho de 2009 e é regulamentado pelo Decreto 102 e 103 de 28 de
dezembro de 2009”. (PREFEITURA MUNICIPAL DE PETROLINA, 2011np).
Com base nas demonstrações contábeis públicas pode-se ter uma visão ampla dos
recursos da entidade e verificar a melhor decisão a ser tomada no tocante a sua
aplicação. “A decisão representa a atividade por meio da qual é realizada uma
escolha, dentre muitas opções possíveis, que é capaz de solucionar
satisfatoriamente uma situação”. (SUZART, 2010, p. 31).
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Pouco houve se falar de Contabilidade de Custos nos órgãos públicos, mas esta
ferramenta que por sinal é muito útil no ambiente empresarial privado pode e deve
ser aplicada nos órgãos públicos visando uma racionalidade dos recursos. O
Ministério da Saúde, (2011, p. 07) disserta que a “otimização dos recursos, sem
comprometer a funcionalidade e a qualidade dos produtos e serviços, deve ser um
objetivo permanente nas instituições que buscam a excelência”.
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Soares (2007, p. 22) afirma que a Contabilidade de Custos “utiliza uma série de
procedimentos técnicos para coletar, organizar e interpretar os dados referentes ao
consumo de recursos efetuado por uma determinada organização”. Desta forma os
órgãos públicos necessitam destes procedimentos na racionalização dos recursos
e alcance dos objetivos.
2.2.3 Controle
Vale ressaltar que um controle interno eficaz proporciona uma confiabilidade maior
nas demonstrações contábeis, pois este serve não só apenas para proteger o
patrimônio da entidade, mas também para proporcionar ações preventivas,
detectivas e corretivas. “É o controle que garante ou não a fidedignidade da
informação para a tomada de decisão pelo gestor”. (PEREIRA, 2010, p. 41).
assunto, necessita de uma atenção maior tanto das instituições publicas como
privadas.
Esta ação é relevante para a cidadania fiscal, visto que com uma maior
arrecadação a prefeitura tem condições de investir em um maior numero de
serviços para a sociedade. Prefeitura Municipal de Petrolina (2011). Oportuno
ressaltar que esta é uma das formas que a Contabilidade Pública pode utilizar para
aumentar a eficácia das gestões públicas.
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o
§ 1 A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e
transparente, em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de
afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante o cumprimento de metas
de resultados entre receitas e despesas e a obediência a limites e
condições no que tange a renúncia de receita, geração de despesas com
pessoal, da seguridade social e outras, dívidas consolidada e mobiliária,
operações de crédito, inclusive por antecipação de receita, concessão de
garantia e inscrição em Restos a Pagar.
estão sujeitos às penas de aplicação das sanções previstas em lei. Todavia esta
deve ser uma preocupação constante do gestor, visto que além dele, o gestor,
sofrer as sanções que pode chegar até a cassação de seu mandato e devolução
do valor recebido e o município fica prejudicado enquanto não se regularizar a
situação.
Desta forma o ônus maior sempre recai sobre a sociedade, visto que a cidade
recebendo menos recursos os serviços essenciais ficam comprometidos.
Neste contexto se observa que a tomada de contas nem sempre acontece após
uma suspeita de irregularidade, como aparentemente pode aparecer. No ponto de
vista do Tesouro Nacional (2011np) á Tomada de contas é o
Há também a tomada de contas especial que é mais específica, pois objetiva reunir
as provas do ilícito ocorrido. A CGU, (2005) afirma que a Tomada de Contas
Especial é a reunião de todos os meios de prova sobre determinada transferência e
a elaboração de um relatório relativo aos fatos ocorridos, inclusive no que se refere
aos resultados físicos, configurando uma fase mais avançada da investigação.
Foi escolhido para esta amostra somente aquelas secretarias que estão ligadas
diretamente com as Finanças / Orçamento do citado órgão. Para Marconi e
Lakatos (2006), a amostra é uma parcela convenientemente selecionada do
universo de determinado objeto a ser estudado.
Inúmeras distinções pode ser observadas como, por exemplo: o Regime Contábil,
a Estrutura do Plano de Contas, as demonstrações contábeis com nomes
semelhantes porém funções distintas, entre outros. Vale ressaltar que estas
particularidades esta atrelada a um simples fato, enquanto a empresarial esta
focada no resultado (lucro) a pública esta alicerçada na eficiência dos recursos e
controle de custos e receitas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Vale ressaltar que recentemente o órgão realizou Concurso Publico para diversos
cargos administrativos, o que na gestão pública constitui uma ação que além de
correta e de acordo com a lei permite aos cidadãos capacitados seguir a tão almeja
carreira pública.
Portanto, para que haja um país justo é democrático é preciso que tenhamos
pessoas capacitadas nesta área para que os recursos públicos sejam melhor
aplicados, sem esquecer da base de uma gestão desejada: ética,
Responsabilidade Social e compromisso com a sociedade.
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei (1966). Código Tributário Nacional - Lei 5172/66, Lei nº 5.172/66,
DF: Senado, 1966.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 3. ed. São Paulo:
Atlas, 1996.
MARION, José Carlos. Contabilidade empresarial. 10 ed. São Paulo: Atlas, 2003.