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Contra:
1. O Objetivo da Demanda.
1
Quer-se, também, antecipação dos efeitos da
sentença em sede liminar.
2.Dos Fatos.
2
ocorrendo, ficará a critério da Comissão
Examinadora, que informará os candidatos antes
do início da seleção, pois depende das modalidades
aplicadas na seleção”. (grifo nosso).
(...)
3
II – zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos
e dos serviços de relevância pública aos direitos
assegurados nesta Constituição, promovendo as
medidas necessárias a sua garantia.
4
b) aos princípios da legalidade, da
impessoalidade, da moralidade e da
publicidade;
5
que esses valores são de ordem pública e que a sociedade através de seus
impostos é o financiador da Universidade Estatal e o não atendimento desses
princípios fere a coletividade em geral, observamos aí um interesse difuso.
(...)
6
disponíveis, sempre que estiver presente o
interesse público, como no presente caso.
(...)
(...)
7
atinjam as pessoas isoladamente, não se
classificam como direitos individuais, no
sentido do alcance da Ação Civil Pública, posto
que sua concepção finalística destina-se à
proteção do grupo. Não está, como visto,
defendendo o Ministério Público
subjetivamente o indivíduo como tal, mas sim a
pessoa integrante desse grupo. Vejo, dessa
forma, que me permita o acórdão impugnado, gritante
equívoco ao recusar a legitimidade do postulante,
porque estaria a defender interesses fora da ação
definidora de sua competência. No caso agiu o
Parquet em defesa do grupo, tal como definido
no Código Nacional de Defesa do Consumidor
(art. 81, incisos II e III) e pela Lei Orgânica
Nacional do Ministério Público ( Lei 8.625, de
12 de fevereiro de 1993), cujo artigo 25, inciso
IV, letra a, o autoriza, como titular, coletivos e
individuais indisponíveis e homogêneos. (grifou-
se)
8
lesado com a ilegalidade praticada. Não se trata de
intromissão da iniciativa ministerial da área
específica reservada à atuação de advogados, senão
a de defender, em nome coletivo, pessoas vítimas de
arbitrariedade praticada com o aumento abusivo de
mensalidades escolares. Dentre os atingidos, muitos
dos pais não teriam condições de arcar com as
despesas judiciais e honorários, como é o caso
daqueles que procuraram o MP indignados e
revoltados com o aumento perpetrado; e por mal
terem condições de pagar os estudos dos seus
filhos, não possuíam condições de suportar despesas
extras. Ademais, estava o Parquet mais do que
impelido a promover a ação, pelo seu dever de
ofício, quando mais se trata de interesses que
se elevam à categoria de bens ligados à
educação, amparados, como se sabe,
constitucionalmente, como dever do Estado e
obrigação de todos (CF, art. 205).” (grifo
nosso)
9
Público de natureza administrativa. As autarquia possuem a características de
exercerem atividades descentralizadas da entidade que as deu origem, não
tendo com essas subordinação hierárquica direta, sujeitas apenas, no dizer de
Meirelles, “ao controle finalístico de sua administração 2”. Nesse sentido a
UFRGS possui capacidade de compor o pólo passivo desta demanda.
2
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo, Malheiros. 28° ed. 2003. P.65.
1
2. A Corte Federal não pode, por sua vez, anular
sentença proferida por juiz de direito, ainda que
incompetente ratione personae para a causa.
3. Recursos não conhecidos, autos remetidos ao
Tribunal de Justiça do Estado de São
Paulo para anulação da sentença.
(TRF 3ª Região, Quinta Turma, AC 94.03.085334-4,
Relatora Juíza Suzana Camargo, decisão unânime,
DJ, 27/04/1999, p. 384) (destacamos)
1
Se o Ministério Público Federal é parte, a Justiça
Federal é competente para conhecer do processo.
(Conflito de Competência n° 93/0013202, 1ª Seção
do STJ, julgado em 14/09/1993, Rel. Min. Humberto
Gomes de Barros).
5. Do Direito.
1
A doutrina do Direito Administrativo, influenciada
nitidamente pelo liberalismo clássico, estabeleceu, sendo esse entendimento
legitimado pela jurisprudência, que em face do Princípio da Separação de
Poderes não caberia ao Judiciário incidir o olhar sobre a “conveniência” e a
“oportunidade” dos atos discricionários. Tal postulado ganhou relevo uma vez
que esses parâmetros teriam caráter eminentemente políticos, não tendo o Juiz
atribuição para apreciá-los. Por essa visão caberia apenas ao Poder judiciário
avaliar os caracteres extrínsecos em face da legalidade, nesse sentido o
Magistrado teria a faculdade apenas de verificar se a lei permite a
discricionariedade, se o ato está formalmente constituído, e se os motivos que
o justificam são verdadeiros. Não poderia, portanto, avaliar se a medida é
adequada a finalidade que se que atingir e nem fazer o sopesamento se há
outros motivos que, em detrimento ao fato, legitimariam escolhas diferente.
1
ato questionado, abstendo-se rigorosamente
do exame da razobilidade, vantagem para o
interesse público, utilidade ou perniciosidade
sociais das medidas implementadas. Enfim o
que vem sendo tradicionalmente entendido como
‘conveniência e oportunidade’ da opção
administrativa discricionária 3”
3
COSTA PASSOS, Lidia Helena Ferreira da. Discricionariedade Administrativa e Justiça Ambiental:
novos desafios do Poder Judiciário nas ações civis públicas. In: Ação Civil Pública: Lei 7. 347 – 15 anos,
Coordenador: Édis Milaré. São Paulo, RT, 2001. P. 453.
4
Ob. cit. P. 164.
1
caráter normativo a aplicação de princípios, trazemos o magistério de Paulo
Bonavidaes:
A terceira fase, enfim é a do pós-positivismo. Que
corresponde aos grandes momentos constituintes
das últimas décadas do século XX. As novas
constituições promulgadas acentuam a hegemonia
axiológica dos princípios, convertidos em pedestal
normativo sobre o qual assenta todo o edifício
jurídico dos novos sistemas constitucionais.
1
conveniência e a oportunidade, eficiência ou
justiça do ato, nessas hipóteses, emitindo-se
manifestação de administração e não de jurisdição
reservada ao Poder judiciário’ (STJ – 1° T. RMS n°
628-0/RS – Rel. Min. Milton Luiz Pereira, Diário de
Justiça, Seção I, 18 out. 1993)6” (grifo nosso)
6
MORAES, Alexandre de. A Constituição do Brasil Interpretada. São Paulo, Atlas, 2002, P. 788.
7
Ob. cit. P.783
1
ADMINISTRATIVO E PROCESSO CIVIL – AÇÃO CIVIL
PÚBLICA – OBRAS DE
RECUPERAÇÃO EM PROL DO MEIO AMBIENTE – ATO
ADMINISTRATIVO
DISCRICIONÁRIO.
1. Na atualidade, a Administração pública está
submetida ao império da lei, inclusive quanto à
conveniência e oportunidade do ato administrativo.
2. Comprovado tecnicamente ser imprescindível,
para o meio ambiente, a realização de obras de
recuperação do solo, tem o Ministério Público
legitimidade para exigi-la.
3. O Poder Judiciário não mais se limita a
examinar os aspectos extrínsecos da
administração, pois pode analisar, ainda, as
razões de conveniência e oportunidade, uma
vez que essas razões devem observar critérios
de moralidade e razoabilidade.
4. Outorga de tutela específica para que a
Administração destine do
orçamento verba própria para cumpri-la.
5. Recurso especial provido.
Processo RESP 429570 / GO ; RECURSO ESPECIAL
2002/0046110-8 Relator(a) Ministra ELIANA CALMON
(1114) Órgão Julgador T2 - SEGUNDA TURMA Data
do Julgamento 11/11/2003 Data da Publicação/Fonte
DJ 22.03.2004 p. 277
1
5. 2 Da Autonomia Universitária
1
(sic: evidente gralha tipográfica) sem fundamento na
Constituição. No segundo contexto, o art. 207
da Constituição Federal operaria como
princípio e instauraria uma ponderação com as
demais normas constitucionais eventualmente
contrapostas.
...............................................
Serão o princípio da proporcionalidade e o
caráter de ponderação nele implícito que
determinarão, nas circunstâncias específicas
dos casos concretos a decidir, o exato alcance
do núcleo essencial da autonomia
universitária. A definição de tudo o que possa ser
referido ao maior alcance possível da autonomia
didático-científica, administrativa e de gestão
financeira e patrimonial será realizada a partir do
conjunto daquilo que a consciência jurídica
dominante entende – ainda que indiretamente –
como relativo a tais matérias.” 8
1
estabeleceriam limites à autonomia universitária.
Como primeiro limite à autonomia, haveria sua
estrita vinculação ao peculiar interesse da instituição
universitária. Afora isso, a autonomia deveria ser
exercida em harmonia com o art. 206 da
Constituição Federal. Haveria ainda os limites
impostos aos direitos individuais e coletivos. Em
verdade, seria o princípio da unidade da
Constituição que permitiria identificar os
limites genéricos à autonomia conferida às
universidades. O princípio da legalidade também
imporia limites à autonomia.”9(Grifo nosso)
2
pública; o serviço que ela presta é
público e federal.
(...)
A autonomia, é de evidência
solar, não coloca a Universidade em
posição superior à lei. Fora assim e a
Universidade não seria autônoma, seria
soberana. E no território nacional
haveria manchas nas quais a lei não
incidiria, porque afastada pela
autonomia.
(...)
13. (...). É preciso ter
presente esse dado elementar e, não
obstante, fundamental. A Universidade
não deixa de integrar administração
pública, e o fato de ela gozar da
autonomia, didática, administrativa,
disciplinar, financeira, não faz dela
um órgão soberano, acima das leis e
independente da República.”(ADIN n° 51-
9/RJ. Publicado no DJ em 17.09.93).
(grifo nosso)
10
Para Robert Alexy, “el carácter del principio implica la máxima de la proporcionalidad, com sus tres
máximas parciales de la adecuación, necesidad (postulado del medio más benigno) e de la
proporcionalidad em sentido stricto (el postulado de la ponderación propriamente dicho).” (Teoría de
Los Decrechos Fundamentales, p. 111). Para Canotilho, diferentemente das regras, “os princípios não
proíbem, permitem ou exigem algo em termos de tudo ou nada, mas são normas que impõem a
optimização de um direito ou de um bem jurídico, tendo em conta a ‘reserva do possível’, fática ou
2
acordo com a verificação de seus pressupostos de fato, é inafastável a
delimitação de sua abrangência conceitual e de seu conteúdo concreto, como
se vem de esboçar relativamente à autonomia universitária, a fim de
compatibilizar a aplicação concomitante dos mesmos, sob a ótica da unidade da
Constituição.
Passamos, uma vez posta a questão, a ponderar,
então, se o ato da UFRGS de não aplicar no seu processo simplificado de
professor substituto prova escrita, fere ou não princípios constitucionais e se
tais mandatos de otimização podem ser sonegados em face da justificativa da
Universidade no caso concreto.
2
Pela aplicação apenas de prova oral e análise de
curriculum vitae, não há como auferir-se critérios objetivos para a classificação
dos candidatos, isso porque ao término da avaliação não existirá nenhum
documento que comprove as habilidades daquele que presta o exame, sendo
que os critérios da seleção serão concepções subjetivas da banca examinadora.
Não há, nesse sentido, por essas duas modalidades de provas, como identificar
contundentemente qual candidato é o mais qualificado a ocupar a vaga de
professor substituto.
Veja-se, por exemplo. a situação de dois candidatos
que possuam Mestrado na mesma área, ambos reconhecidos pelo MEC, um por
uma Universidade do Interior do RS, outro por uma Universidade do Interior do
Mato Grosso, digamos. A UFRGS não conseguiu responder ao MPF
objetivamente como encaminhar a solução de casos tais, mas relegou ao
alvedrio da Banca Examinadora.
2
término, torna-se muito difícil trazer os fatos novamente a tona, verificando se
a resposta oferecida era a correta ou não, pois não há nenhuma prova física da
inaptidão do candidato preterido. Vale sempre lembrar que ser professor
substituto da UFRGS é um título de expressão que qualifica qualquer currículo,
deve, pois, o vitorioso ter realmente mérito na sua conquista.
2
Em verdade, a justificativa da Universidade não pode
vigorar. Realmente o regime instituído pela Lei 8745/93 prevê um processo
mais simplificado, porém o sentido da norma não pode ser entendido fora dos
padrões do Direito Administrativo e do interesse público. É claro que não
necessita esse processo seletivo o mesmo rigor que o concurso para professor
de carreira, no qual se exige também livre docência e apresentações de teses.
Contudo, a seleção não pode ser tão ínfima a ponto de perder a eficiência e
não garantir a igualdade de condições aos candidatos. Afinal, aquele que
detiver a vaga lecionará na instituição por dois anos.
2
ou licença de concessão obrigatória (incluído
pela Lei 9.849 de 26 de outubro de 1999)’
(...)
2
9. A incompatibilidade entre as normas impugnadas
e o texto constitucional é evidente, porquanto a
constituição Federal exige que a necessidade seja
temporária e não a contratação”.
2
a essas a modalidade didática e em apenas 3 (três) foram incluídos prova
escrita (fl. 05 do Procedimento Administrativo 59/2005).
2
administração para a não adoção da medida, percebe-se que a
discricionariedade do ato praticado pela autarquia não atende ao princípio da
proporcionalidade, em decorrência disso a exigência de prova escrita a seleção
de professores substitutos deve tornar-se obrigatória.
2
Administração, tem direito à licença para
acompanhar cônjuge ou companheiro, mesmo nos
casos em que o deslocamento for em decorrência de
posse em cargo público. Interpretação do art. 84 da
Lei nº 8.112/90. Embora o ato de concessão da
licença requerida pela impetrante seja
discricionário, uma vez motivado o ato
administrativo, a Administração fica vinculada
aos motivos expostos (“Teoria dos motivos
determinantes”).
A situação fática que embasou o ato administrativo
revela que a Administração, pela demora na
apreciação do requerimento, ficou
impedida (temporariamente) de redistribuir a vaga
oferecida pela
Universidade Federal de Goiás, o que não significa
que não iráobter a vaga mediante redistribuição.
A possibilidade de que a UFPEL venha a arcar com o
pagamento da servidora se ela, obtida a licença,
entrar em exercício temporário
na Universidade Federal de Goiás, considerando que
a impetrante
está pleiteando licença não remunerada, não passa
de mera conjectura. Mesmo que venha ocorrer, a
situação será solucionada
com a efetivação da redistribuição da vaga,
redistribuição em relação a qual já houve efetiva
manifestação de interesse por parte
da outra Instituição Federal de Ensino Superior.
O ato é inválido, pois os motivos
caracterizadores da ausência de interesse por
parte da Administração são inexistentes e não
coerentes com a realidade dos fatos. Aplicação
da teoria dos motivos determinantes.
Negado provimento à apelação e à remessa oficial.
Rel. JUIZ EDUARDO TONETTO PICARELLI (grifo
nosso )
3
PRIMEIRA TURMA
Data da decisão: 09/02/1999 Documento:
TRF400070998 Fonte DJ DATA:28/04/1999 PÁGINA:
794 Relator(a) JUIZ FERNANDO QUADROS DA SILVA
/ Decisão: unânime
TRIBUTÁRIO E ADMINISTRATIVO. ANULAÇÃO
DE NFLD. TEORIA DOS MOTIVOS
DETERMINANTES.
1. A autoridade administrativa fica vinculada
aos motivos expostos
no relatório anexo à NFLD, aplicando-se a
teoria dos motivos
determinantes.
2. É nula a NFLD quando não verificados os
motivos expostos no
relatório a ela anexo.
3. Apelação provida.
Indexação VIDE EMENTA Data Publicação
28/04/1999
3
Percebe-se, então, que os motivos que embasam a
decisão não são convincentes, pois não estão condizentes com os fatos. Nesse
sentido a demandada obrigar-se a optar por prova escrita em pelo menos uma
das modalidades de avaliação de docente substituto.
3
“Atento, certamente, à gravidade do ato que opera
restrição a direitos fundamentais, estabeleceu o
legislador, como pressupostos genéricos,
indispensáveis a qualquer das espécies de
antecipação da tutela, que haja (a) prova
inequívoca e (b) verossimilhança da alegação.
O fumus boni iuris deverá estar, portanto,
especialmente qualificado: exige-se que os fatos,
examinados com base na prova já carreada, possam
ser tidos como fatos certos. Em outras palavras:
diferentemente do que ocorre no processo cautelar
(onde há juízo de plausibilidade quanto ao direito e
de probabilidade quanto aos fatos alegados), a
antecipação da tutela de mérito supõe
verossimilhança quanto ao fundamento de
direito, que decorre de (relativa) certeza
quanto à verdade dos fatos. Sob esse aspecto,
não há como deixar de identificar os pressupostos da
antecipação da tutela de mérito, do art. 273, com os
da liminar em mandado de segurança: nos dois
casos, além da relevância dos fundamentos (de
direito), supõe-se provada nos autos a matéria
fática. (...) Assim, o que a lei exige não é,
certamente, prova de verdade absoluta, que
sempre será relativa, mesmo quando
concluída a instrução, mas uma prova robusta,
que, embora no âmbito de cognição sumária,
aproxime, em segura medida, o juízo de
probabilidade do juízo de verdade”
(Antecipação da Tutela, editora Saraiva, São Paulo,
1997, fls. 75-76, destacamos).
3
3237, já referida nessa petição, é notório que a prática de contratação de
professores substitutos nas instituições federais de ensino superior, como é o
caso da demandada, se faz reiteradamente, sendo que o último promovido pela
autarquia foi instituído pelo Edital 01/2005, colado á fl. 05 do Procedimento
Administrativo 59/2005. É obvio que a cada processo seletivo feito sem o
advento de prova escrita, não há como recuperar, ou pelo menos mostra-se
extremamente complicado, os danos enumerados ao longo desta petição. Fica
configurado, pois, a exigência do incido I, do artigo 273, do CPC: fundado
receio de dano de difícil reparação.
3
7. Do Pedido Principal e dos demais Requerimentos.