0 valutazioniIl 0% ha trovato utile questo documento (0 voti)
718 visualizzazioni5 pagine
O documento é um recurso contra uma notificação de infração de trânsito por avançar sinal vermelho. O recorrente alega que: 1) as fotos que embasaram a notificação não mostram a infração ocorrendo; 2) a notificação não possui a assinatura do condutor como exigido por lei; 3) não houve animus de cometer infração, já que o sinal ficou vermelho no fim da travessia. Pede-se a nulidade da notificação.
O documento é um recurso contra uma notificação de infração de trânsito por avançar sinal vermelho. O recorrente alega que: 1) as fotos que embasaram a notificação não mostram a infração ocorrendo; 2) a notificação não possui a assinatura do condutor como exigido por lei; 3) não houve animus de cometer infração, já que o sinal ficou vermelho no fim da travessia. Pede-se a nulidade da notificação.
O documento é um recurso contra uma notificação de infração de trânsito por avançar sinal vermelho. O recorrente alega que: 1) as fotos que embasaram a notificação não mostram a infração ocorrendo; 2) a notificação não possui a assinatura do condutor como exigido por lei; 3) não houve animus de cometer infração, já que o sinal ficou vermelho no fim da travessia. Pede-se a nulidade da notificação.
EXCELENTISSIMO SENHOR DIRETOR DA JUNTA ADMINISTRATIVA DE RECURSOS E
INFRAÇÕES
AIT- PM-B5-997220-7
LEONARDO VOSNIAK CORRÊA, brasileiro, solteiro,
advogado, devidamente registrado sob o CPF n° 356.538.008-05 e RG n° 43.999.589-9, residente na Rua Olinda 164, apto22, Bairro Nova Petrópolis, São Bernardo do Campo/SP – CEP: 09770-070, vem, mui respeitosamente, perante V.Sª, emprazo hábil, interpor REQUERIMENTO/RECURSO para solicitar a apreciação do(s) Auto(s) de Infração (ões) n. PM-B5-997220-7, requerendo o seu devido cancelamento, tendo em vista a inobservância do disposto na Legislação de Trânsito vigente, ou pelas razões que apresento a seguir:
O Recorrente recebeu notificação por infração de trânsito
(Doc. em anexo na Defesa), pois que, supostamente, teria avançado o sinal vermelho (art. 208 da citada Lei), na data de 01/08/2016.
Sabe-se, que o Respeitável Órgão de Trânsito, possui em
seus arquivos, TODAS as fotografias advindas de aparelhos eletrônicos devidamente equipados para flagrar infrações cometidas no trânsito deste município, inclusive àquelas que possam invalidar os autos pela ausência de qualquer caractere considerado imprescindível para a formalização destas autuações de infrações. Por conhecer desta informação e do seu direito de ter acesso visual às fotografias que ensejariam uma autuação que envolvesse veículo de sua propriedade, vem o Recorrente, solicitar que sejam RE – ANALISADAS as fotografias que ensejariam a presente notificação de autuação, posto que ficará evidente e cristalino os ERROS FORMAL E MATERIAL DE TIPIFICAÇÃO DANOTIFICAÇÃO.
Pois bem, eis que indago: No auto de infração recebido,
onde consta a foto que demonstra que realmente o condutor ultrapassou o sinal vermelho, nesta data e local?! Digo mais, onde consta a devida assinatura do condutor do veiculo?!
Por ora, fica lógico e evidente, estar a Notificação de
Autuação n° PM-B5-997220-7 em discordância com as formalidades exigidas pela legislação de trânsito, ensejando, portanto, em sua anulação por erro FORMAL e MATERIAL e devido arquivamento.
Ademais, é sabido que a infração acima mencionada só é
caracterizada quando do animus volitivo do agente em avançar sinal vermelho ou de parada, não caracterizando a infração o fato de o sinal ter ficado vermelho quando o condutor já havia ultrapassado a faixa estando ao final de sua travessia.
Tal entendimento é o doutrinador Arnaldo Rizardo, in
Comentários ao Código de Trânsito Brasileiro que assim leciona:
"Quando ao semáforo vermelho, a parada do veículo deverá ocorrer
na faixa de retenção (sinalização horizontal), que é composta de uma faixa ligando um lado ao outro da via e aposto antes da faixa de pedestre, quando existente. Se aparecer a luz amarela, estando a desenvolver-se a travessia, isto é, já ultrapassada a faixa que liga um lado ao outro da via, deverá seguir o motorista, não podendo ser autuado. Não é possível deter o veículo depois de tal linha, porquanto bloqueará a circulação nos sentidos que se cruzam."
E oportuno salientar, que pelo horário de mencionada
infração, qual seja, 08:35 horas, não houve a iminência de perigo de dano pelo agente, haja vista que o tráfego neste horário é intenso, sendo impossível trafegar em alta velocidade. Ademais conforme mencionado, não se caracteriza como infração o fato de o sinal ter ficado vermelho quando o condutor já havia ultrapassado a faixa estando ao final de sua travessia.
Agentes mal pocisionados, viaturas escondidas e outras
medidas adotadas, beira ao confisco e este resta proibido por nossa Constituição Federal, quando legisla:
"Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
IV- utilizar tributo com efeito de confisco".
Praticadas as diligências e perícias necessárias, a
notificação deve e precisa ser declarada nula, sob pena de insultar-se a igualdade de todos perante o direito.
Resta, assim, devidamente explanados os fundamentos
da defesa.
A única prova existente acerca da pretensa infração é o
próprio auto de infração, ou seja, documento emitido pela própria autoridade fiscalizadora, sem possibilidade de controle e defesa por parte dos cidadãos.
O Direito Pátrio tem como nulo os atos sujeitos ao
arbítrio de uma das partes.
A nossa Constituição Federal, expressão máxima da
democracia, impõe a inadmissibilidade das provas obtidas por meios ilícitos, principalmente quando fere o princípio constitucional da garantia de ampla defesa a todos os cidadãos.
Ainda mais, validade nenhuma pode ser atribuída ao Auto
de Infração aqui objeto uma vez que, nossa legislação não admite provas colhidas sem caráter contraditório e sem a participação daquele contra quem deve operar.
A notificação de imposição de penalidade alvo do
presente recurso, não observou todos os requisitos legais quando de sua elaboração, uma vez que não trouxe em seu bojo assinatura do condutor, ferindo o legalmente disposto no Art. 280, VI do CTB.
No caso em epígrafe, tal requisito seria essencial, uma vez
que a notificação foi imposta pelo próprio agente municipal no momento de alegada infração, o que invariavelmente exigia a assinatura do condutor do veículo.
Nesse caso, a assinatura do infrator valerá como
notificação do cometimento da infração. A disposição revela importância, pois faz presumir que assiste alguma interferência ou defesa do infrator junto ao órgão a que pertence o agente de trânsito que fez a autuação.
Não tendo sedo preenchidos os requisitos legais, a
presente notificação é nula de pleno direito, já que em desconformidade com os ditames de nosso ordenamento jurídico.
DOS PEDIDOS
Comprovada a inexistência da infração mencionada, haja
vista não ter sido desrespeitado sinal vermelho ou de parada e ainda de estar o Auto de Infração eivado de nulidade, por não atender aos requisitos legais exigidos, com base na inexistência de provas norteadores do direito, seja a presente defesa recebida em seus efeitos legais e JULGADA PROCEDENTE, declarando-se a nulidade do Auto de Infração nº AIT- PM-B5-997220-7.