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INSTITUTO TECNOLÓGICO DA PARAIBA LTDA

PJ:
10.369.768/0001-90 .

Unidade Sousa.
CNPJ: 10.369.768/0003-52
Rua: Sady Fernandes de Aragão – nº 03 – Gato Preto – Sousa – PB
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INSTITUTO TECNOLÓGICO DA PARAIBA LTDA

PROFESSORA:KELMA SONALY CASIMIRO DE OLIVEIRA


TÉCNICO DE ENFERMAGEM
NUTRIÇÃO

Nutrição é um processo biológico em que os organismos (animais e vegetais), utilizando-se de


alimentos, assimilam nutrientes para a realização de suas funções vitais.
Devido sua importância à sobrevivência de qualquer ser vivo, a nutrição faz parte do
aprendizado durante grande parte do período de estudo básico e em nível secundário, assim como
em muitos cursos de nível de graduação e pós-graduação, em áreas como medicina, enfermagem,
biologia, agronomia e zootecnia dentre outras. Fazendo sempre uma relação entre os alimentos
ingeridos e a doença ou o bem-estar do homem e dos animais.

1. Alimentação
A alimentação é a base da vida e dela depende a saúde do homem. A falta de alimentos, os
tabus e crenças alimentares e adiminuição de poder aquisitivo, são fatores que levam á nutrição
inadequada.
Uma dieta saudável pode ser resumida por três palavras: variedade, moderação e equilíbrio. A
alimentação deve ser fornecida em quantidade e qualidade suficientes e estar adequada á
necessidade do indivíduo.
Alimento é tudo que podemos comer ou beber e que é indispensável para manter a vida, o
crescimento, a reprodução e a saúde. E não existe um alimento que, sozinho, forneça tudo o que o
organismo precisa, portanto, é necessário dispor de uma alimentação variada.

2. Nutrientes
Os alimentos são constituídos de diversos elementos chamados de nutrientes, responsáveis
por determinadas funções do organismo. De acordo com suas principais funções, estão
classificados em: reguladores, energéticos e construtores.
• Reguladores (vitaminas, sais minerais, água e fibras vegetais) - são necessários ao bom
funcionamento do organismo, auxiliando na prevenção de doenças e no crescimento. Ex: frutas,
legumes e verduras.
• Energéticos (carboidratos e lipídeos) - fornecem energia para as atividades do dia-a-dia.
Ex: cereais, pães, masas, bolo, batatas, açúcar, óleo, margarina, mandioca.
• Construtores ou plásticos (proteínas): são importantes para a construção do organismo,
como ossos, pele e músculos. Eles são fundamentais para o crescimento, pois servem para repor,
consertar ou construir o corpo. Ex: carne, peixes, ovos, leite e derivados, feijão, soja.
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3. Necessidade básica do ser humano:

Tipos de nutrientes
3.1. PROTEÍNAS - também são chamadas de protídeos e o termo vem do grego e significa
“de primeira importância”. São substâncias nitrogenadas complexas, constituídas de aminoácidos
(carbono, oxigênio, hidrogênio e nitrogênio), enxofre e fósforo.
São necessárias ao organismo na formação dos tecidos novos do corpo, por isso também são
chamados de alimentos de construção ou alimentos plásticos. Além de participarem da defesa do
organismo, as proteínas são um dos materiais de construção do corpo e, por isso, indispensáveis
para o crescimento e manutenção da vida. O organismo gasta constantemente suas proteínas, que
precisam ser susbtituídas.
Fontes: proteína animal – ovos, leite e derivados, carnes em geral (boi, porco, ave, peixe,
crustáceos, vísceras); proteína vegetal – soja, feijão, ervilha, lentilha.
Uma dieta pobre em proteínas é incapaz de promover o crescimento e de manter a vida. A
falta de proteínas ocasiona: crescimento retardado; defeitos de postura; cansaço fácil; palidez e
desânimo; falta de resistência contra doenças e difícil cicatrização.

O organismo humano necessita de proteínas, na proporção de 10 a 15% do valor energético


total.
Em relação à suplementação de proteínas, é bom reforçar que dificilmente não atingimos a
sua recomendação diária através dos alimentos. Entretanto, existe certo mito de que quanto maior a
ingestão protéica, maior é hipertrofia muscular. O que em geral se observa, principalmente entre os
praticantes de musculação, é um consumo muito além do necessário, sem a orientação de um
profissional especializado. Dados encontrados na literatura, ainda são controversos quanto à
suplementação. A cretina, por exemplo, que é sintetizada no organismo a partir de três aminoácidos
(glicínia, argelina e metionina), foi relatada em estudos como responsável por aumentar a massa
muscular e o desempenho nos exercícios de musculação, contudo essa relação não está bem
esclarecida. Dúvidas aparecem também no que diz respeito aos efeitos colaterais em longo prazo e
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em altas doses. O importante é saber que o maior estímulo para o ganho de massa muscular é o
treinamento de força e o descanso suficiente entre as sessões.

3.2. CARBOIDRATOS – também chamados de hidratos de carbono, açúcares ou glicídios, e


formados por compostos de carbono, hidrogênio e oxigênio.

São alimentos queimados com facilidade pelo organismo para dar calor e energia ao corpo,
por isso têm a função energética e constituem a fonte de alimento mais importante de todos os
povos do mundo. Após sua ingestão, são digeridos e absorvidos, ao exercer um trabalho, para se
locomover, ou manter o funcionamento dos sistemas do corpo, uma parte dessa reserva é queimada,
produzindo assim o calor necessário para realizar tais atividades.
Estão classificados em: Monossacarídeos – são aqueles que através do processo
digestivo, não podem ser desdobrados em unidades menores. São a glicose, frutose e galactose;
Dissacarídeos – são aqueles formados por dois monossacarídeos, que são desdobrados em seus
componentes após a digestão. São a sacarose (glicose + frutose), lactose (glicose + galactose) e
maltose (duas unidades de glicose); Polissacarídeos – são os mais complexos, compostos por
inúmeros monossacarídeos. São o amido e o glicogênio.
As principais fontes são: o açúcar e doces em geral, cereais e suas farinhas (trigo, arroz,
aveia, cevada, milho) e tubérculos (batata, batata doce, mandioca, inhame, cará). Variando sua
necessidade de acordo com a atividade de cada pessoa (de 50 a 60% do valor energético total).
A falta de carboidratos no organismo, causa sintomas de fraqueza, tremores, mãos frias,
nervosismo e tonturas, o que pode levar até ao desmaio. É o que acontece no jejum prolongado.
Além disso, a carência desse nutriente leva o organismo a utilizar as gorduras de reserva no tecido
adiposo para o fornecimento adequado de energia, o que provoca o emagrecimento. Enquanto que
quando em excesso no organismo, transformam-se em gordura e provocam a obesidade.
3.3. LIPÍDEOS – também conhecidos por gorduras, são nutrientes altamente energéticos
e que ainda funcionam como veículos das vitaminas lipossolúveis (A, D, E, K).
São compostos que se depositam no tecido conjuntivo subcutâneo, que em certas pessoas,
chega a constituir uma camada espessa na cavidade abdominal. Além de proteger o esqueleto, essas
gorduras subcutâneas funcionam como um manto protetor contra o frio e como isolante de calor
interno produzido pelo organismo.
Os lipídeos estão classificados em: gorduras, fosfolipídios, esteróis, glicolipídeos e
lipoproteínas. E as principais fontes são: animal - manteiga, creme de leite, banha de porco, carnes
gordas, vegetal – óleo de milho, de soja, de arroz, de semente de girassol, do caroço do algodão, do
amendoim, coco, nozes, castanha, abacate.
O organismo necessita de 30 a 35% de lipídeos no volume energético total, e as pessoas
com taxas lipídicas altas e doenças coronarianas devem ingerir em quantidades menores por dia.
3.4. Vitaminas:
3.4.1. Lipossolúveis:
Vitamina A ( retinol):
É importante para o bom desempenho da visão, para o crescimento, para a vitalidade da pele e
cabelo. Para que seja bem absorvida pelo organismo, é necessário consumir alimentos que
contenham gorduras.
A falta da vitamina A pode causar cegueira noturna (maior dificuldade de adaptação da visão
no escuro), secura da pele e maior risco de contrair infecções.
FONTES DE ORIGEM ANIMAL: fígado, gema de ovo, leite integral e derivados, óleo de
fígado de alguns peixes, como bacalhau.
FONTES DE ORIGEM VEGETAL: margarina, óleo de dendê e do buriti, frutas e hortaliças
de cor amarelo-alaranjada, como cenoura, morango, abóbora madura, manga e mamão ou de cor
verde-escura: mostarda, couve, agrião e almeirão etc.
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Vitamina E (tocoferol):
Retarda o envelhecimento e auxilia no aproveitamento da vitamina A.
FONTES: Germe de trigo, amêndoas e avelãs. Encontram-se em óleos vegetais, como os de
germe de trigo, girassol, caroço de algodão, dendê, amendoim milho e soja.
Vitamina K ( menaquinona):
Ajuda na cicatrização e evita sangramentos.
FONTES: Leite e derivados, carnes, ovos, sardinha, amêndoa, semente de gergelim e
hortaliças verdes.
Vitamina D (calciferol):
Essencial para a formação dos ossos e dentes, deixando-os mais resistentes. Sua ausência
pode provocar raquitismo e amolecimento dos ossos (osteomalácea).
FONTES: Gema de ovo, fígado, manteiga e pescados gordos (arenque e cavala). Encontra-se
teores de vitamina D nas sardinhas e no atum. Esta vitamina é formada pelos raios ultravioletas do
sol. SAIS MINERAIS (REGULADORES).
3.4.2. Hidrossolúveis:
Vitamina C ( ácido ascorbico):
Aumenta a resistência do organismo evitando gripes e resfriados, protege a gengiva e aumenta
a absorção do ferro.
FONTES: É amplamente encontrada nas frutas cítricas e folhas de vegetais crus. As melhores
fontes são: acerola, laranja, limão, morango, brócolis, repolho e espinafre.
Vitaminas do Complexo B
Ajudam na manutenção da pele, colaboram no crescimento e deixam os cabelos mais
saudáveis e brilhantes.
FONTES: batata, banana, legumes e alguns tipos de carne (boi, frango, peixe), miúdos em
geral (coração, fígado etc), levedo de cerveja, gema do ovo, germe de trigo, músculo de boi, pão
integral e abacate.
* Vitamina B1( tiamina):
Interfere diretamente no metabolismo dos carboidratos, como integrante de uma
enzima essencial para a degradação da glicose e para a produção de energia.
FONTES: carnes em geral, vísceras, leite, queijos, pescados, gema de ovo, cereais
integrais, amendoim, levedura de cerveja.
* Vitamina B2 ( riboflavina):
Fundamental para o crescimento, conservação dos tecidos e para a fisiologia ocular,
graças a fotossensibildade.
FONTES: carnes, vísceras, leito, queijos, gema de ovo, vegetais folhosos e cereais
integrais.
*Vitamina B6 ( piridoxina):
Indispensável em muitos processos bioquímicos complexos, mediante os quais os
nutrientes são metabolizados no organismo.
FONTES: carne de porco, vísceras, pescados, leite, ovos, batata, aveia, banana, germe
de trigo.
* Vitamina B12 ( cianocobalamina):
Indispensável à função normal do metabolismo em todas as celulas, especialmente as
do conduto gastrintestinal e do tecido nervoso; também está relacionada ao crescimento.
FONTES: leite, ovos, peixes, queijos, carnes, especialmente musculo.
3.5.Sais minerais:
3.5.1. Macronutrientes:
* Cálcio
Importante na formação e manutenção dos ossos e dentes, evitando a fragilidade dos mesmos.
Sua ausência pode provocar deformidades ósseas.
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FONTES: Leite, queijo, gema de ovo, carnes (como boi, peixes e aves), cereais de trigo
integral, legumes e castanha.
* Fósforo
Ajuda na memória e contribui para a formação dos ossos e dentes.
FONTES: Nozes, legumes e grãos.
* Sódio
Evita fraqueza e desidratação.
FONTES: Cloreto de sódio ou sal de cozinha. Alimentos protéicos contêm mais sódio que
outros tipos de alimentos, portanto, geralmente não é necessário o acréscimo de sal em algumas
preparações. A quantidade necessária de sal por pessoa é de ¼ de colher de chá por dia.
* Potássio
Evita a fraqueza muscular e controla os batimentos do coração.
FONTES: Frutas, leite, carnes, cereais, vegetais e legumes.
* Cloro
É encontrado nos tecidos biólogicos como íon cloreto, principalmente em combinação
com o sódio e potássio das celulas.
Constutui aproximadamente 3% do conteúdo total de minerais do corpo e participa,
juntamente com o potassio e o sódio, da distribuição e equilibrio normais da agua, do equílibrio
osmotico e acido-basico, bem como da conservação do tônus muscular normal.
FONTES: sal de cozinha, leite, carne, ovos e nos mariscos.
3.5.2. Micronutrientes:
* Ferro
Importante na formação das células vermelhas, prevenindo a anemia. Quando fornecido pelas
carnes, este mineral é melhor absorvido do que os de origem vegetal. A falta de ferro é a mais
comum de todas as deficiências nutricionais, principalmente para crianças menores de 2 anos,
meninas adolescentes, grávidas e idosos.
FONTES: Fígado, carnes, gema de ovo, feijão, frutas secas, cereais, lentilha, folhas verde-
escuras e beterraba. Os refrigerantes a base de cola reduzem a absorção do ferro se consumidos
durante a refeição. Para melhorar a absorção consuma alimentos ricos em ferro junto com outros
ricos em vitamina c.
* Iodo:
É usado pela tireoide para produzir o hormônio tiroxina, sendo, portanto, o regulador
do funcionamento dessa glândula.
FONTES: frutos do mar ( peixes, ostras, camarões, algas marinhas, lagostas), sal bruto,
agrião.
3.6. Fibras
Sua função é estimular o funcionamento intestinal. Absorvem líquidos e ligam substâncias,
por isso previnem a prisão de ventre, eliminando também elementos tóxicos do organismo.
Comendo poucas fibras pode-se ter doenças como: hipertensão, colesterol alto, obesidade,
inflamação da hemorróida e câncer de intestino.
FONTES: Pão integral, frutas com casca, vegetais crus, grãos, leguminosas e cereais integrais.
4. Pirâmides dos alimentos:
A Pirâmide dos Alimentos é um guia, e não uma prescrição rígida. Para uma vida saudável,
ela ajuda na escolha dos alimentos que devem ser consumidos para se obter os nutrientes
necessários e, ao mesmo tempo, a quantidade ideal de calorias para se manter um peso adequado.
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Para garantirmos que todos os nutrientes essenciais ao organismo estejam presentes na dieta
diária, é recomendado o consumo das porções de alimentos que compõe a pirâmide de alimentos,
conforme indica o quadro a seguir.

5. Água
A água é o principal componente do organismo, constituindo aproximadamente 60% do peso
corporal do adulto. Faz parte de todos os líquidos e células do corpo e funciona na digestão,
circulação e excreção, sendo continuamente utilizado nos processos vitais do organismo.
FONTES:
* FONTES EXTERNA: água pura, todos os líquidos ingeridos; água contida nos alimentos,
principalmente em cerca frutas e vegetais.
* FONTE INTERNA: a água que se forma em virtude da oxidação dos alimentos: 100g de
lipídios produzem 107,1g de água; 100g de carboidratos produzem 55,1g de água; 100g de
proteinas produzem 41,3g de água.

CARÊNCIA:
* DESIDRATAÇÃO:
Resulta de grande perda de água do organismo, principalmente através de vômito e diarreia,
que provocam os seguintes sintomas: sede acentuada, modificação da textura da pele, que pode
ficar enrugada e mais fina, aumento da temperatura, perda de peso, delírio, abatimento, choque,
morte..
- Causas da desidratação: a desidratação é causada pelos seguintes fatores:
• Doença infecciosa e febris, que aumentam a temperatura do organismo, provocando suor
excessivo, respiração acelerada, desgaste orgânico;
• Falta de higiene e alimentação errada, que provocam vômitos, diarreias;
• Diurese intensa causada por doenças.
O organismo perde água normalmente através do suor, das fezes e da urina. Mas no
processo da desidratação a perda é mais rápida e intensa.
A desidratação exige tratamento médico imediato, particurlamente nas crianças, que,
guardadas as devidas proporções, necessitam de mais água que os adultos.

6.Alimentação nas diferentes etapas da vida

6.1. Nutrição na Infância


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A nutrição adequada na infância é importante para o crescimento e o desenvolvimento da


criança, ao mesmo tempo em que se constitui num dos fatores de prevenção de algumas doenças da
idade adulta. O aleitamento materno exclusivo é a alimentação ideal para os primeiros 6 meses de
vida, devendo-se entretanto, introduzir novos alimentos indispensáveis às novas faixas etárias da
criança. O processo de desmame deve ser considerado uma substância viva, protetora e
imunomoduladora. À proporção que a criança aumenta em idade, as necessidades nutricionais vão
se aproximando, progressivamente, das do adulto, devendo-se ter em mente os problemas surgidos
das dietas carente, das dieta restritivas e das dietas excessivas.

6.2. Nutrição no idoso


No envelhecimento ocorre perdas sensoriais com diminuição da sensibilidade do paladar, do
olfato, do tato, da audição, da visão e da função motora. Conseqüentemente, há redução das
secreções salivares, gástricas e pancreáticas, ricas em enzimas. Paralelamente também há redução
do metabolismo, o que implica em menor ingestão de alimentos, de modo que a quantidade
produzida de enzimas, ainda que diminuída, é suficiente para atender às necessidades orgânicas do
idoso. Todavia, estas alterações podem levar à menor ingestão de alimentos como resultado da
redução do apetite, do reconhecimento do alimento e da habilidade em se alimentar, podendo
comprometer a nutrição do organismo.
Por outro lado, com a redução da sensibilidade dos órgãos do sentido, também há risco de
ingestão aumentada de determinadas substâncias nocivas à saúde, como excesso de sal, açúcares,
gordura e, até mesmo, substâncias químicas normalmente detectadas pelos sentidos.
O idoso também está mais sujeito às deficiências nutricionais devido à agudização de
determinadas doenças e/ou à debilidade em se alimentar, ocasionando risco de deficiência de certos
nutrientes, como: vitamina B12, ácido fólico, ferro, vitamina A e vitamina C. Por outro lado, a
manutenção da mesma quantidade de alimentos, usualmente ingerida na vida adulta, pode levar ao
sobrepeso ou obesidade.
Pode haver também diminuição da tolerância à glicose, associada ao processo de
envelhecimento, levando à deficiência da produção de insulina, o que implica na preferência de
uma dieta com carboidratos complexos. Há diminuição do teor da enzima lactase, o que limita a
ingestão de laticínios.
No envelhecimento, há alteração do metabolismo de cálcio e vitamina D, acelerando a perda
óssea e contribuindo para o desenvolvimento da osteoporose.
Ocorre redução da função renal, levando à necessidade de redução de proteínas. Pode haver
constipação pela redução de ingestão de líquidos e fibras, além do sedentarismo.
Cuidados na alimentação do idoso
O idoso, de um modo geral, necessita menos calorias do que o adulto, isto significa que para
manter o peso na faixa de normalidade é necessário reduzir a quantidade total de alimentos
ingeridos.
Na prática, a dieta do idoso difere muito pouco da do adulto. Todavia, é necessário atentar
para a consistência, pois muitas vezes o idoso tem problemas de mastigação e deglutição,
apresentando dificuldade para digerir alimentos mais duros e secos.
Recomenda-se 5 a 6 refeições diárias, pequenos volumes e variação de alimentos.
O alimento, além da função de nutrição, fornece prazer e conforto, devendo ter boa
apresentação e tempero adequado.
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5.3. Nutrição na gestação e lactação

A gestação acarreta modificações no organismo materno com a finalidade de garantir o


crescimento fetal e manter o organismo materno dentro dos limites de normalidade. Para isso faz-se
necessária, entre outros requisitos, a modificação da alimentação materna, a fim de oferecer os
nutrientes necessários que garantam as modificações maternas e necessidades fetais.
Em algumas circunstâncias, a alimentação deve ser mais rigorosamente observada como é o
caso das gestantes diabéticas, hipertensas, cardiopatas, portadoras de hemoglobinopatias ou outras
doenças que possam comprometer o estado nutricional da mulher.
Nos extremos da vida reprodutiva a alimentação materna também é vista com mais cuidado,
na adolescência ocorrendo crescimento materno rápido, isso exige um consumo de nutrientes e se a
essa situação sobrepõe-se uma gestação , as necessidades nutricionais são maiores.
Quando se trata de gestação acima dos 35 anos de idade, em geral, observa-se paridade
elevada, essa associação está relacionada à possibilidade de repercussões negativas sobre o estado
nutricional materno, portanto nessa situação a alimentação materna deve ser cuidadosamente
controlada.

5.4. Nutrição e atividade física

A prática regular de atividade física traz muitos benefícios à saúde, entre eles, aumento do
gasto energético, maior coordenação motora, melhora da capacidade ardiorespiratória, diminuição
do estresse e redução do risco de doenças (hipertensão, obesidade, diabetes). Entretanto, para uma
vida saudável, é necessário aliar o exercício físico a uma dieta balanceada, contendo alimentos de
todos os grupos e nas quantidades adequadas.

A alimentação desempenha um papel importante na atividade física, pois prepara o organismo


para o esforço, fornecendo os nutrientes necessários que irão variar de acordo com o tipo de
exercício e o objetivo que se pretende alcançar como, por exemplo, perda de peso ou ganho de
massa muscular.

6. Indicações e características das dietas: DIETOTERAPIA:

È o tratamento feito mediante ingestão de alimentos ajustados às exigências específicas de


cada caso, no que diz respeito tanto aos componentes nutritivos e ao valor energético da dieta
quanto à quantidade, apresentação final consistência dos alimentos.
A dietoterapia pode ser a parte mais importante de um tratamento ou, dependendo do caso, ser
o único tratamento indicado. Também pode servir de suporte para outros tipos de tratamento.
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As finalidades da dietoterapia são: curar o doente, prevenir as alterações da nutrição ( por


exemplo, no pré e pós- operatório), restabelecer as condições de nutrição, quando se encontrem
alteradas, manter um bom controle de doenças crônicas.
Os tipos de dieta ou regime dietoterapico mais comuns podem ser classificados de acordo
com os seguintes fatores:

• Valor nutritivo do cardápio;


• Aumento total dos componentes;
• Aumento parcial dos componentes;
• Diminuição parcial dos componentes;
• Diminuição total dos componentes;
• Omissão de componentes;
• Consistência dos alimentos (dietas de rotinas);
• Temperatura dos alimentos;
• Forma de distribuição das refeições;
• Forma de apresentação do cardápio;
• Uso em clínica geral;
• Uso em clínica cirúrgica;
• Preparo de exames.

6.1 Valor nutritivo:


De acordo com seu valor nutritivo, as dietas classificam-se em três tipos: geral, carente
e excessiva.

6.1.1. Dieta geral:


Ministrada nos casos em que o paciente pode receber qualquer tipo de preparação
culinária e os alimentos mais variados, de acordo com sua tolerância. É normal em quilocalorias e
nutrientes, sem restrições, preenchendo todos os requisitos de uma dieta racional.

6.1.2. Dieta carente:


Apresenta taxas de nutrientes ou de quilocalorias abaixo dos padrões aceitos como normais.
Seu prefixo é hipo.

6.1.3. Dieta excessiva:


Apresenta taxas de nutrientes ou de quilocalorias acima dos padrões aceitos como
normais. Seu prefixo é hiper.

6.2. Valor quantitativo:


As dietas com base na quantidade de nutrientes e quilocalorias são:
superalimentação, dietas com aumento parcial de nutrientes ou quilocalorias e dietas com
diminuição parcial de nutrientes e quilocalorias.

6.2.1. Superalimentação:
É o tratamento dietético para indivíduos desnutridos, ou que apresentam
diagnósticos que exigem aumento total de nutrientes e elevação considerável do valor energético da
dieta.

6.2.2. Dietas com aumento parcial de nutrientes ou quilocalorias:


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São dietas ministradas em casos específicos, os quais requerem a elevação da taxa


normal de nutrientes, como proteínas, carboidratos, vitaminas, etc., ou aumento do VET (valor
energético total). Seu prefixo é hiper. Exemplos:
• Dieta hiperproteica: com taxa elevada de proteínas, é ministrada em períodos de
convalescença, enfermidades infecciosas e em todas as situações em que se requer um balanço
positivo de nitrogênio.
• Dieta hipercalorica: ministrada onde haja indicação de um valor energético total elevado,
e particularmente nos casos de desnutrição energético- protéica.
• Dieta hiperglicidica ou hiperhidrocarbonada: com taxa elevada de glicídios ou
carboidratos, é utilizada em diagnóstico com indicação de taxa de glicídios acima dos padrões
normais e em algumas doenças como a hepatite.
• Dieta hipercalêmica: com taxa elevada de potássio, é utilizada para aumentar seus níveis
no sangue, bem como durante o processo de utilização de certos diuréticos.

6.33 Dieta com diminuição parcial de nutrientes ou quilocalorias:

São dietas usadas em casos específicos, cuja indicação é a diminuição da taxa


normal de nutrientes como proteínas, carboidratos, lipídios, sais minerais. Seu prefixo é hipo.
Exemplos:
• Dieta hipoproteica: com taxa reduzida de proteínas, sua indicação mais comum visa
facilitar a função renal e evitar a progressão de lesões renais.
• Dieta hipocalórica: com valor energético total abaixo das necessidades do individuo, é
muito indicada em casos de obesidade.
• Dieta hipogordurosa: com taxa reduzida de gorduras, sua utilização mais comum ocorre
em casos de colecistite, pancreatite, colelitiase ou coledoco litíase.
• Dieta hipossódica: com taxa reduzida de sódio, é indicada para casos de edema cardíaco e
renal, hipertensão arterial, cirrose hepática com ascite, toxemia gravídica e administração
prolongada de cortisona.
• Dieta hipocalêmica: com taxa reduzida de potássio, é ministrada nos casos de
insuficiência renal.

6.3. Dieta com omissão de algum componente:


São dietas ministradas em casos específicos, cuja indicação é a retirada total de
algum componente do cardápio. Exemplo:
• Dieta sem sal: sem cloreto de sódio, é ministrada geralmente em casos de pacientes
hipertensos e/ou com edema, por problemas renais e cardíacos.

6.4. Consistência:
De acordo com a consistência das preparações culinárias, as dietas de rotina são as
seguintes:

6.4.1. Dieta líquida restrita:


À base de chá, água, caldo coado de legumes. É comumente ministrada nas primeiras horas
do pós-operatório, nas infecções agudas e para início de hidratação.

6.4.2. Dieta líquida;

Destinada a requerer o mínimo de trabalho digestivo, é constituída de alimentos com


consistência líquida à temperatura ambiente.
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ALIMENTOS UTILIZADOS: leite, café, chá,, sopas coadas, gelatinas, sucos de frutas,
sorvetes.
Indicada para preparo de cirurgias e exames, lesões na cavidade oral e alguns pós operatórios.

6.4.3. Dieta leve:

Destinada a evitar estímulos mecânicos.


ALIMENTOS UTILIZADOS: leite, café, chá, bolachas, mingaus, sopas com carne
desfiada, sucos de frutas, cremes, pudins, gelatinas, purês ralos de tubérculos ou legumes.
Indicada para a transição da dieta líquida e também para o preparo de cirurgias, exames e
alguns pós- operatórios.

6.4.4. Dieta pastosa:

Preparada para requerer o mínimo de mastigação, é constituída de alimentos bem cozidos e de


consistência pastosa.
ALIMENTOS UTILIZADOS: os mesmos da dieta leve, mais carnes moídas, arroz e massas
bem cozidos, ovos quentes ou pochês, legumes bem cozidos e frutas cozidas ou raspadas, caldo de
feijão.
Indicada para pacientes com dificuldade de mastigação e deglutição.

6.4.5. Dieta branda:

É praticamente um cardápio geral, excluindo-se alguns itens de digestão mais demoradas ou


excitantes, como feijão, frituras, condimentos picantes, molhos gordurosos, fontes de fibras e
bebidas alcoólicas.
Indicada para repouso parcial do trato gastrintestinal e transição entre dieta leve e a geral.

6.5. Temperatura:

De acordo com a temperatura, a dieta pode ser:

• Gelada;
• Fria;
• Morna;
• Quente.

6.6. Distribuição:

De acordo com a distribuição, a dieta pode ser:


• Servida nos horários normais de refeição: café da manhã, almoço, lanches, jantar, ceia.
• Fracionada: servida a intervalos mais curtos e me porções mais reduzidas.

6.7. Apresentação:

De acordo com a apresentação, a dieta pode ser:

• Servida em bandejas e material convencional de copa;


• Em material descartável;
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• Líquido, ministrada em sonda.

7. Distúrbios nutricionais:

• RAQUITISMO: é uma doença que envolve a mineralização prejudicada dos ossos em


crescimento. Pode ocorrer não apenas da privação de vitamina D, mas também de deficiência de
cálcio e fósforo. O raquitismo é caracterizado por anormalidades estruturais dos ossos que
sustentam o peso e está associado a dor óssea, sensibilidade muscular e tetania hipocalcêmicas que
as acompanham. Os ossos moles, frágeis, raquíticos não podem suportar os esforços, formando em
pernas arqueadas, “ joelho batendo”, costelas com contas (rosário raquítico), peito de pombo e
protuberância frontal do crânio.

• OSTEOPOROSE: é uma doença que envolve massa óssea diminuída. Esta associada ao
envelhecimento; acredita-se que seja uma doença multifatorial que envolve o metabolismo de
vitamina D e associada a níveis baixos ou decrescentes de estrógeno. É uma doença óssea comum
na mulher pós- menopausa, mas também se desenvolve em homens mais velhos.

• ESCORBUTO: é a deficiência aguda de vitamina C em indivíduos incapazes de


sintetizar a vitamina. Em seres humanos adultos, os sinais se manifestam após 45 a 80 dias de
privação de vitamina C. Nas crianças, a síndrome é chamada de doença de Moeller- Barlow. Em
ambos os casos, as lesões ocorrem nos tecidos mesenquimais e resultam em cicatrização
prejudicada de feridas, edemas, hemorragias e fraqueza dos ossos, cartilagem, dentes e tecidos
conjuntivos. Os adultos com escorbuto podem exibir gengivas edemaciadas, sangrando e eventual
perda dental, letargia, fadiga, dores reumáticas nas pernas, atrofia muscular, lesões de pele e varias
alterações psicológicas.

• ANEMIA PERNICIOSA: é uma anemia macrocistica causada por deficiência de


vitamina B12. Ela afeta não apenas o sangue, mas também o trato gastrointestinal e os sistemas
nervosos periférico e central. Os sintomas manifestos , causados por mielinização inadequada dos
nervos, são parestesia, diminuição da sensação de vibração e posição, pouca coordenação muscular,
memória precária e alucinações. Se a deficiência for prolongada, a lesão ao sistema nervoso pode
ser irreversível, mesmo com início de tratamento com vitamina B12.

• ANEMIA FERROPRIVA: é caracterizada pela produção de eritrócitos (células


vermelhas) pequenos e um nível diminuído de hemoglobina circulante. É realmente o último
estágio de deficiência de ferro, e representa o ponto final de um período longo de privação de ferro.
Os sintomas refletem uma disfunção de uma variedade de sistemas corporais. A função muscular
inadequada é refletida na diminuição do desempenho de trabalho e da tolerância ao exercício.os
defeitos surgem na estrutura e na função dos tecidos epiteliais, especialmente na língua, unhas,
boca, estômago. As alterações bucais incluem atrofia das papilas linguais, queimadura, vermelhidão
e, em casos graves, uma aparência completamente lisa, cerosa e brilhante da língua (glossite).

• ANOREXIA NERVOSA: é uma condição caracterizada por auto inanição voluntária e


emaciação. A perda de peso é vista como um sinal de alcance extraordinário autodisciplina. O
ganho de peso é percebido como uma perda inaceitável de auto-controle. Os pacientes com esse
tipo de distúrbio apresentam distorção de imagem corporal, fazendo com que se sintam gordos
apesar do seu freqüente estado caquético, amenorréia e depressão.
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• XEROFTALMIA: envolve a atrofia das glândulas perioculares, hiperqueratose da


conjuntiva e, finalmente, o envolvimento da córnea, levando a amolecimento (queratomalacia) e
cegueira.

• OBESIDADE: A obesidade hoje é considerada uma doença e caracteriza-se pelo excesso


de gordura no corpo, representando um dos grandes problemas de saúde pública no mundo inteiro.
A obesidade pode aumentar o risco da pessoa desenvolver várias condições, como diabete, pressão
alta, doenças do coração e algumas formas de câncer. Muitos riscos à saúde são mais altos nas
pessoas obesas, e os riscos podem aumentar como o grau de aumento da obesidade. Em particular,
as pessoas que ganham peso extra ao redor da cintura, ao invés de nas pernas e nas coxas, têm
maior chance de ter problemas de saúde causados pela obesidade. O quadro clínico inclue: peso
corporal acima da média, falta de ar, insônia (dificuldade para dormir), apnéia do sono (problema
onde ocorrem interrupções da respiração durante o sono), varizes nas pernas, eczemas causados
pela umidade que se acumula nas dobras da pele, colelitíase (pedras na vesícula biliar), osteoartrite,
especialmente dos joelhos e dos tornozelos, tendência à pressão alta (hipertensão), níveis elevados
de açúcar no sangue (tendência ao diabetes tipo II), hipercolesterolemia (colesterol e triglicérides
elevados).

• BÓCIO: conhecido popularmente como papo, é um aumento do volume da tireóide. A


existência de nódulos na tireóide é também considerado bócio mesmo que não exista aumento do
volume do pescoço. Causada pela falta do sal mineral Iodo, é mais comum nas mulheres. Os
sintomas são muito variáveis, depende da doença de base. Normalmente é estético, a aparição do
inchaço no pescoço e possivelmente dificuldade de deglutir e respiração. O sal iodado é um modo
de evitar a carência de iodo, proteger a tiróide contra radiação e evitar tumores

• DESNUTRIÇÃO ENERGÉTICO- PROTEICA: a desnutrição é a forma de distrofia


(enfermidade resultante da inadequação absoluta ou relativa de um ou mais nutrientes essências)
que ocorre em nosso meio, tendo sua origem em causas primárias (dieta deficiente, devido ao baixo
poder aquisitivo ou à pouco disponibilidade de alimentos, com influência de fatores sociais,
culturais e psicológicos como, por exemplo, os tabus e as crenças), ou secundárias, como alterações
do processo digestivo, má absorção, disfunções endócrinas e outras. Caracteriza-se por estado físico
deficiente, baixo peso, apatia, fadiga, inapetência, resistência reduzida às infecções e capacidade
limitada para realizar esforços físicos. Portanto, o indivíduo desnutrido é aquele cujas células não
recebem os nutrientes de que necessita para desempenhar suas funções de produzir energia, formar
ou reparar tecidos e regular o seu próprio funcionamento. É classificado em : desnutrição de 1º
grau, 2º grau e 3º grau.

A desnutrição de 3º grau pode manifestar-se de 2 modos:

a) Marasmo: definhamento gradativo dos tecidos do organismo, com conseqüente perda do


tecido adiposo subcutâneo, que resulta em pele enrugada, perda de tecido muscular e de força,
déficit de crescimento, letargia, chegando mesmo a acidose e hipoproteinemia.
b) Kwashiorkor: distrofia pluricarencial, que ocorre logo após o desmame, com origem em
deficiência qualitativa e quantitativa de proteínas, caracterizando- se por edema, alterações
cutâneas, déficits de crescimento, fraqueza e apatia severa.

• CARIES DENTÁRIAS: é uma das doenças infecciosas mais comuns. A cárie é sete
vezes mais comum do que q febre do feno e cinco vezes mais comum que a asma. Infelizmente,
aproximadamente 20 a 25% das crianças americanas apresentam 80% de cáries dentais.
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É uma doença infecciosa oral na qual os metabólitos de ácidos orgânicos produzidos


pelo metabolismo de microorganismos orais leva à desmineralização proteolítica da estrutura
dental. A cárie pode ocorrer em qualquer superfície dental.

A etiologia da cárie dental é multifatorial. Quatro fatores devem estar presentes


simultaneamente: 1. um hospedeiro ou superfície dental suscetíveis; 2. microorganismos na placa
dental ou cavidade oral; 3. carboidratos fermentáveis na dieta, que servem como substrato para as
bactérias; 4. tempo (duração) na boca para que as bactérias metabolizem os carboidratos
fermentáveis.

 Cariogenicidade: refere-se às propriedades de promoção de cáries de uma dieta ou


alimentos e varia , dependendo da forma na qual ele é encontrado, da composição de nutrientes, de
quando ele é consumido com relação a outros alimentos e líquidos, da duração da sua exposição ao
dente e da freqüência com que é consumido. É importante diferenciar entre alimentos cariogênicos,
cariostáticos e anticariogênicos. Os alimentos cariogênicos são aqueles que contêm carboidratos
fermentáveis que, quando em contato com os microorganismos na boca, podem causar uma queda
no pH salivar para 5,5 ou menos e estimular o processo da cárie. Os alimentos cariostáticos ou
alimentos que não contribuem para a cárie, não são metabolizados pelos microorganismos na placa
e não causam uma queda no pH salivar para 5,5 ou menos, dentro de 30 minutos. Os alimentos
anticariogênicos são aqueles que impedem a placa de reconhecer um alimento acidogênico quando
ele é consumido primeiro.

8. Efeitos das deficiências da nutrientes sobre o desenvolvimento dental:

NUTRIENTES EFEITOS SOBRE O TECIDO EFEITO SOBRE AS DADOS EM SERES


CARIES HUMANOS
Desnutrição Erupção dental atrasada; Sim Sim
protéico- calórica Tamanho do dente diminuído;
Solubilidade do esmalte
diminuída;
Disfunção de glândulas salivares;

Vitamina A Diminuição do desenvolvimento Sim Sim


do tecido epitelial;
Disfunção da morfogênese dental;
Aumento de hipoplasia de
esmalte.

Vitamina D/ cálcio/ Níveis de cálcio plasmático Sim Sim


fósforo diminuídos;
Hipomineralização (defeitos
hipopláticos);
Integridade dental comprometida
(concentração mineral diminuída);
Padrões retardados de erupção.

Ácido ascórbico Alterações das polpas dentais; Não Não


Degeneração odontoblástica;
Dentina aberrante.
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Flúor Aumento na estabilidade do cristal Sim Sim


do esmalte (formação do esmalte);
Inibição da remineralização;
Esmalte manchado (excesso);
Inibição do crescimento
bacteriano.

Iodo Erupção dental atrasada; Não Sim


Padrões de crescimento alterados;
Más oclusões

Ferro Crescimento lento; Sim Não


Disfunção de glândulas salivares.

9. Higiene e Comportamento Pessoal

Higiene são todas as ações que praticamos para manter a saúde física e mental e prevenir
doenças. É necessário dar especial atenção às boas práticas de higiene, ao bom.
comportamento pessoal, pois muitos microrganismos habitam o nosso corpo.

Devemos:

• Usar uniformes sempre limpos;


• Usar calçados fechados;
• Usar cabelos aparados e protegidos com toucas ou redes;
• Fazer a barba diariamente e não usar bigode (homens);
• Tomar banho diariamente.

10. Nutrição e Saúde Bucal

Alimentos que contém fósforo e cálcio, encontrados particularmente no leite e nos laticínios,
nas verduras , nos cereais integrais e no peixe, legumes, carne, aves e frutas como também mastigar
alimentos duros ou fibrosos, cenoura, maçã, etc. são os provedores substanciais para a saúde dos
dentes.

A dieta e a nutrição desempenham um papel principal no desenvolvimento dental, integridade


dos tecidos gengival e oral, força óssea e prevenção e tratamento das doenças da cavidade oral. A
dieta é diferenciada da nutrição da seguinte maneira: a dieta tem um efeito local sobre a integridade
dental, isto é, o tipo, a forma e a freqüência de alimentos e bebidas consumidos têm um efeito
direto sobre os dentes. A nutrição tem um efeito sistêmico. O impacto da ingestão de nutrientes
sistematicamente afeta o desenvolvimento e manutenção da cavidade oral. Devido a sua rápida taxa
de mudança, a mucosa oral é particularmente sensível às mudanças no estado nutricional.

O câncer oral, que com freqüência ocorre secundário à ingestão de álcool e tabaco, pode ter
um impacto significante sobre a capacidade de alimentação. Isto é combinado com as necessidades
aumentadas de calorias e nutrientes dos indivíduos com carcinomas orais.
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Além destas doenças primárias da cavidade oral, várias doenças crônicas e agudas têm
seqüelas orais que afetam a capacidade de alimentação. O diabetes pouco controlado pode resultar
em síndrome da língua queimada, candidíase e xerostomia, que por sua vez comprometem a
capacidade de alimentação e o apetite.
As manifestações orais das doenças imunossupressoras, tais como a AIDS, também têm um
impacto sobre o apetite, ingestão e necessidades de nutrientes.

10.1. Fatores Nutricionais no Desenvolvimento Dental

A dieta e a nutrição são importantes em todas as fases do desenvolvimento, erupção e


manutenção dental. Após a erupção, a dieta e a ingestão de nutrientes continuam a afetar o
desenvolvimento e a mineralização dental, força do esmalte, assim como os padrões de erupção dos
dentes remanescentes. Os efeitos locais da dieta, particularmente carboidratos fermentáveis e
freqüência de alimentação, determinam a produção de ácidos orgânicos pelas bactérias orais e taxa
de cárie. Por todo o ciclo da vida, a dieta e a nutrição continuam a afetar dentes, ossos e a
integridade da mucosa oral resistência à infecção e longevidade dental.

10.2. Relação entre nutrição e cárie

As bactérias são uma parte essencial do processo de cárie. Vários microrganismos são capazes
de fermentar o carboidrato da dieta; o Streptococcus mutans é o mais prevalente, seguido pelo
Lactobacillus casein e Streptococcus sanguis. Todos os três contribuem para o processo, conforme
eles metabolizam carboidratos e produzem ácidos em níveis suficientes para causar cárie.

Os carboidratos fermentáveis são o substrato ideal para o metabolismo bacteriano. Os ácidos


produzidos pelo seu metabolismo causam uma queda no pH salivar de < 5,5, criando um ambiente
para a cárie. Dadas as recomendações correntes para uma dieta rica em carboidratos, é importante
estar atento aos fatores que afetam o potencial para a ação bacteriana sobre os carboidratos
fermentáveis e guiar os consumidores na integração de uma dieta positiva e hábitos de higiene oral.

São exemplos de carboidratos fermentáveis todos os grãos e amidos, inclusive bolachas,


rodelas finas de batata frita, roscas em forma de laço, cereais quentes e frios, pães; frutas (frescas,
secas e enlatadas) e sucos de fruta; produtos lácteos adoçados com frutose, sacarose ou outros
açúcares e bebidas adoçadas.

A sacarose parece ser levemente mais cariogênica do que os outros açúcares, mas a glicose, a
frutose, a maltose e a lactose também estimulam a atividade bacteriana. Todos os açúcares são
usados pelas bactérias para produzir subprodutos orgânicos ácidos do metabolismo. Destes, a
lactose é o menos cariogênico. Todas as formas dietéticas de açúcar, inclusive o mel, melaço,
açúcar mascavo e sólidos de xarope de milho, têm forte potencial cariogênico. O poliálcool, xilitol,
é considerado anticariogênico. Os adoçantes não carboidratos, tais como sacarina, ciclamato e
aspartame são cariostáticos. Há alguma evidência para suportar a idéia de que o aspartame e a
sacarina podem inibir a ação bacteriana, porque nenhum dos dois fornece um substrato utilizável
para as bactérias Streptococcus.

A nutrição pode ser feita por via oral, ou seja, pela maneira natural do processo de
alimentação, ou por um modo especial. No modo especial temos a nutrição enteral e a nutrição
parenteral. A primeira ocorre quando o alimento é colocado diretamente em uma área do tubo
digestivo (geralmente o estômago ou o jejuno) através de sondas que podem entrar pela narina ou
boca ou por um orifício feito por cirurgia diretamente no abdômen do paciente. A nutrição
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parenteral é a que é feita quando o paciente é alimentado com preparados para administração
diretamente na veia, não passando pelo tubo digestivo.

ALGUNIAS PATOLOGIAS RELACIONADAS A PROBLEl\'IAS NUTRICIONAIS

---10.3- DESNUTRIÇÃO

O que é desnutrição?
A desnutrição é um distúrbio resultante de combinações e graus variados de deficiência
protéico-calórica, normalmente acompanhados de lesão ambiental, lesão fisiológica e estresse. Estes
distúrbios, muitas vezes se agravam devido a problemas infecciosos e são acompanhados de
deficiências nutricionais como a anemia por falta de ferro.

Prevalência:
A desnutrição protéico-calórica é encontrada em todo o mundo e em pessoas de todas as
idades, porém é mais comum em países em desenvolvimento e em crianças. A Organização Mundial
da Saúde (OJ\tIS) estima que 300 milhões de crianças no mundo apresentam retardo de crescimento
resultante de alguma forma de desnutrição.

Classificação
Quanto ao tipo de deficiência que origina a desnutrição, esta pode ser:
1. Específica: quando falta um nutriente bem determinado, caracterizando síndromes específicas.
(Exemplo: anemia por deficiência de ferro; escorbuto por deficiência de vitamina C; etc ...)

2. Global: quando faltam vários nutrientes, inespecificamente. Exemplo clássico constitui a


desnutrição calórico-proteica.
Quanto à etiopatogenia, pode ser:

1. Primária: quando há oferta inadequada de alimentos


2. Secundária: quando o aproveitamento inadequado dos alimentos ocorre por fatores
independentes da oferta, a qual é feita de forma correta.
Quanto à intensidade da DPC, podemos dividi-Ia em graus (Classificação de Gomez):

1°grau ou leve: déficit de peso de mais de 10% até 25%


I 2° grau ou moderada: déficit de peso de mais de 25% até 40% I

3° grau ou grave: déficit de peso superior a 40%.


A desnutrição grave pode ainda ser subdividida em tipos, de acordo com a diversidade de quadros
clínicos:
Kwashiorkor - desnutrição proteica, que leva a edema e apresenta quadro de pobreza extrema
Marasmo - desnutrição seca, com depleção energética, mesmo com adequada oferta de
nutrientes.
Formas intermediárias - apresentam características mistas das duas formas anteriores.

10.4 OBESIDADE
Obesidade uma enfermidade crônica que se acompanha de múltiplas cornplicações
caracterizada pela acumulo excessivo de gordura em urna magnitude tal que compromete a saúde,
ainda o resultado de ingerir mais energia que a necessária para o seu gasto energético diário.
FATORES QUE INFLUÊNCIA A OBESIDADE:
Possui fatores de caráter múltiplo, tais como:
Genéticos (25%), Cultural e nutricionais (30%), Metabólicos.endócrinos e psicosociais(
45%). Também se leva em conta a influência das desordens emocionais e dos fatores psicológicos,
assim como familiares, e existem uma clara tendência entre os membros de uma mesma família
possuírem um índice de massa corporal (IMC) similar.
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10.5 HIPERTENSÃO ARTERIAL


o que é Pressão Arterial?
O coração bombeia o sangue para os demais órgãos do corpo por meio de tubos chamados
artérias. Quando o sangue é bombeado, ele é "empurrado" contra a parede dos vasos sangüíneos.
Esta tensão gerada na parede das artérias é denominada pressão arterial.
o que é hipertensão?
A hipertensão arterial ou "pressão alta" é a elevação da pressão arterial para números acima
dos valores considerados normais (140/90mHg). Esta elevação anormal pode causar lesões em
diferentes órgãos do corpo humano, tais como cérebro, coração, rins e olhos. Outro tipo de
hipertensão menos comum é chamada de hipertensão arterial secundária e poderá ser controlada
através de tratamento médico especifico
.
FATORES QUE PODEM ESTAR RELACIONADOS ÁPRESSÃO ALTA:
História familiar -Pessoas que têm familiares com pressão arterial elevada têm maior chance de
I,
serem hipertensas. Se for o seu caso comunique ao médico.

Idade -Pressão alta ocorre na maioria dos casos em pessoas acima de 35 anos. O risco aumenta com
a idade
.
Raça -A pressão alta é mais comum em pessoas de raça negra do que nas de raça branca.

Sal-A ingestão excessiva de sal predispõe ao aumento da pressão arterial.

Obesidade -Pessoas com excesso de peso têm maior probabilidade de desenvolver a hipertensão.

Procure saber qual é seu peso normal em relação a sua idade, altura e sexo e, se você estiver acima
deste peso, consulte seu médico sobre um programa de exercícios e dieta adequado para uma perda
gradualdepeso:
---- - - --- - -------- ----- --- ------- --------
Diabete -Pessoas com diabete muitas vezes também sofrem de hipertensão. Esta combinação
aumenta o risco de doenças cardiacas e renais.

álcool -Estudos demonstraram que o abuso de álcool pode estar associado pressão alta. O
á

significado de "abuso" pode diferenciarde pessoa para pessoa, dependendo do peso, hábitos
alimentares e hereditariedade. De qualquer maneira recomenda-se moderação.

Vida sedentária -Um estilo de vida sem exercícios regulares aumenta a probabilidade de excesso de
peso, significando um fator de risco para o desenvolvimento da hipertensão.

Cigarro -O hábito de fumar é um fator de contribuição para elevar a pressão arterial.

10.5 DIABETES MELLITUS ( DM)


Sinônimos:
Diabetes, hiperglicemia
Nomes populares:
Açúcar no sangue, aumento de açúcar

, o que é?
Doença provocada pela deficiência de produção e/ou de ação da insulina, que leva a sintomas
agudos e a complicações crônicas características.O distúrbio envolve o metabolismo da glicose, das
gorduras e das proteínas e tem graves conseqüências tanto quando surge rapidamente como quando
se instala lentamente. Nos dias atuais se constitui em problema de saúde pública pelo número de
pessoas que apresentam a doença, principalmente no Brasil. Apresenta diversas formas clínicas,
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sendo classificado em:

I> Diabetes Mellitus tipo I:


Ocasionado pela destrqição da célula beta do pâncreas, em geral por decorrência de doença
I auto-imune, levando a deficiência absoluta de insulina.

!> Diabetes Mellitus tipo II:


Provocado predominantemente por um estado de resistência à ação da insulina associado a uma
relativa deficiência de sua secreção.
!> Outras formas de Diabetes Mellitus:
quadro associado a desordens genéticas, infecções, doenças pancreáticas, uso de medicamentos,
drogas ou outras doenças endócrinas.
!> Diabetes Gestacional:
Circunstância-na -qual a doença é diagnosticada durante a-gestação,-em-paciente sem
aumento
prévio da glicose.

Como se desenvolve?
Conforme pode ser observado no item acima (formas clínicas), são várias as causas do DM.
No DM tipo I, a causa básica é uma doença auto-imune que lesa irreversivelmente as células
pancreáticas produtoras de insulina (células beta). Assim sendo, nos primeiros meses após o
início da
doença, são detectados no sangue dos pacientes, diversos anticorpos sendo os mais
importantes o
anticorpo anti-ilhota pancreática, o anticorpo contra enzimas das células beta (anticorpos
antidescarboxilase do ácido glutâmico - antiGAD, por exemplo) e anticorpos anti-insulina.
No DM tipo II, ocorrem diversos mecanismos de resistência a ação da insulina, sendo o
principal deles a obesidade, que está presente na maioria dos pacientes.
Nos pacientes com outras formas de DM, o que ocorre em geral é uma lesão anatõmica do
pâncreas, decorrente de diversas agressões tóxicas seja por álcool, drogas, medicamentos ou
infecções, entre outras.
o que se sente?
Os sintomas do DM são decorrentes do aumento da glicemia e das complicaçõescrônicas que
se desenvolvem a longo prazo.Os sintomas do aumento da glicemia são:
t> sede excessiva
fi aumento do volume da urina,
l> aumento do número de micções
!> surgimento do hábito de urinar à noite
!> fadiga, fraqueza, tonturas
!> visão borrada
l> aumento de apetite I[
!> perda de peso.
Estes sintomas tendem a se agravar progressivamente e podem levar a complicações severas
que são a cetoacidose diabética (no DM tipo I) e o coma hiperosmolar (no DM tipo lI).
Os sintomas das complicações envolvem queixas visuais, cardíacas, circulatórias, digestivas,
renais, urinárias, neurológicas, dermatológicas e ortopédicas, entre outras.

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